O juiz Alexandre de Moraes solicitou ao Banco Central do Brasil “o descongelamento” das contas bancárias e activos financeiros da rede social, para que a empresa possa “receber transferências internacionais” e “efetuar de imediato o pagamento das coimas indicadas“.
Moraes tinha congelado as finanças da rede social do multimilionário norte-americano Elon Musk no Brasil no final de agosto, pouco antes do acesso à plataforma ser bloqueado no país.
De acordo com o acórdão, a rede social informou o STF que pagaria 28,6 milhões de reais , correspondente a três multas cumulativas, por não ter respeitado as decisões judiciais e por ter contornado o bloqueio de acesso.
Antes da suspensão, cerca de 22 milhões de pessoas utilizavam a rede social no Brasil, o maior mercado da América Latina.
Muitos brasileiros recuperaram o acesso em 18 de setembro, depois de uma troca no IP da X.
MAIS: X (ex-Twitter) suspendeu milhões de contas por quebrarem as regras
A rede social explicou que mudou de provedor para prestar um melhor serviço aos utilizadores latino-americanos, mas o STF rejeitou a explicação.
Alexandre de Moraes multou a empresa em cinco milhões de reais por dia (cerca de 800 mil euros) por tentar contornar o bloqueio.
Um dia depois, a rede social nomeou uma nova representante legal no Brasil, uma das exigências do STF para desbloquear o acesso à rede social no país.
A X anunciou em agosto o encerramento do escritório no Brasil e disse que não cumpriria as ordens do STF para eliminar determinados perfis de pessoas suspeitas de espalhar notícias falsas, por considerá-las ilegais.
Elon Musk criticou Alexandre de Moraes, responsável pela investigação, acusando-o de ser um “ditador com toga”, e apoiou os apelos da extrema-direita brasileira ligada ao ex-Presidente Jair Bolsonaro para o destituir.