No quadro da estratégia de bancarização da população, a Empresa Interbancâria de Serviços (EMIS) fez o lançamento do Kwık-Kwanza Instantâneo (KWIK), que vai incluir as pessoas ainda fora sistema financeiro.
O ato de lançamento decorreu nesta quinta-feira(20) na 38ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), a maior montra de negócios do país, onde o KWIK é uma plataforma de interoperabilidade do sistema de transferências móveis e Instantâneas que vai permitir aos clientes de vários prestadores de serviços de pagamento fazer transações entre si.
A ferramenta vem para trazer ao mercado de pagamentos operadores não bancários com vista a proporcionar soluções para a população não bancarizada, permitindo a inclusão financeira da população não bancarizada, sendo que após o lançamento, será prontamente disponibilizado em vários canais de pagamentos móveis, como o Unitel Money.
Entre as suas várias valências, o KWIK permite o envio e recebimento de dinheiro, isto é, podes utilizar a plataforma para receber ou enviar dinheiro de forma instantânea, de amigos, familiares ou conhecidos, sem teres de andar com dinheiro no bolso.
O KWIK permite ainda o pagamento ou recebimento dos mais diversos tipos de compras e serviços, tais como táxis, zungueiras, motoboys ou outras despesas do dia-a-dia, ou ainda para pagar impostos, faturas, contas de água, energia ou telecomunicações, entre tantas outras possibilidades.
Segundo o que foi revelado, para teres acesso ao KWIK basta ter um smartphone ou um simples telemóvel de teclas para poderes usar a plataforma. Podes enviar kwanzas instantaneamente indicando o número de telemóvel, o e-mail, nicKname ou IBAN, independentemente do banco ou da carteira móvel usada pelo destinatário.
O KWIK é lançado com o objetivo de oferecer maior facilidade, comodidade e rapidez para fazeres pagamentos ou transferências de dinheiro, bem para contribuir para agilizar a economia, aumentar a inclusão financeira e aproximar Angola do futuro.
Cropped shot of an unidentifiable hacker cracking a computer code in the dark
Mais de 38% das empresas angolanas alocam de 6% a 15% em cibersegurança no orçamento geral de TI (Tecnologias da Informação), revelou um estudo realizado pela EY sobre Cibersegurança em Angola, junto de empresas angolanas dos sectores financeiro, petróleo e gás, energia, tecnologia e telecomunicações.
A investigação mostrou que do orçamento de cibersegurança, 44% é alocado a Risco, Conformidade, Resiliência, Proteção de Dados e Privacidade, apontando que a adoção da cloud como ferramenta essencial da transformação digital dos negócios cria os seus próprios riscos em matéria de cibersegurança, estando a merecer a atenção das empresas angolanas.
“O orçamento global de TI é chamado a dar resposta às necessidades de digitalização do negócio, que se podem estender do apoio às equipas de venda, à gestão logística e da produção e até ao funcionamento das equipas de apoio, incluindo a financeira. O investimento em cibersegurança tem normalmente de concorrer com todas estas necessidades”, explica Sérgio Sá, partner da EY e responsável da área de Cibersegurança para Portugal, Angola e Moçambique.
Denominado ‘Cibersegurança: Prioridades apenas após o ataque?’, a EY frisa que o investimento em cibersegurança está também a ser acelerado em função da necessidade de proteger riscos, assegurar conformidade regulamentar e dar segurança a outras iniciativas de transformação digital.
De acordo com as empresas que participaram na investigação, notou-se uma forte sensibilidade para a importância e para a transversalidade das preocupações com a cibersegurança, sendo o CEO a linha de reporte direta do responsável de cibersegurança em mais de 40% das empresas inquiridas, o que demonstra a importância estratégica atribuída ao tema.
“O ritmo de adoção de novas tecnologias digitais é o principal desafio para os responsáveis de cibersegurança em Angola, designadamente a consolidação e proteção dos dados dispersos nas organizações, muitas vezes em resultado de um passado que resulta em múltiplos sistemas e em pouca cultura de segurança dos utilizadores. É preocupante que um dos maiores desafios reportados seja o de conseguir definir e justificar o orçamento da área, o que ilustra um risco grave para as organizações”, frisa o responsável.
Das empresas consultadas, 41% afirma que a sua maior preocupação é que os ciberataques ameacem os dados de clientes, seguidos dos dados financeiros.
“A menor importância relativa dada a riscos relacionados com sistemas industriais ou de suporte à operação pode indiciar uma exposição demasiado elevada em áreas que podem ter um elevado impacto financeiro”, salienta.
As respostas ao survey reflete uma ameaça significativa de exposição a riscos de cibersegurança através de parceiros externos, com uma percentagem muito significativa de casos em que não se procede a uma avaliação ou verificação dos requisitos de segurança, já que 33% das empresas revelam assumir gerir riscos externos com base em contratos que não verificam.
À semelhança de outras áreas tecnológicas, o acesso a recursos humanos qualificados para a área de cibersegurança é um dos maiores desafios para as empresas angolanas. Ao mesmo nível, os responsáveis de cibersegurança destacam a complexidade dos processos de parametrização e otimização de ferramentas.
As respostas ao questionário indiciam uma grande abrangência e versatilidade das equipas de cibersegurança, que se encontram ativas em múltiplas frentes, com destaque para patches/upgrades, segurança de rede, gestão de vulnerabilidades e gestão de identidades e acessos.
“É imperativo que as empresas estejam conscientes da necessidade de elaborarem políticas de segurança de informação e de cibersegurança, contemplarem os riscos cibernéticos na gestão de riscos da organização, criarem um comité de cibersegurança e implementarem ferramentas de deteção de ameaças e vulnerabilidades, sem esquecer a existência de um modelo de governo bem definido e uma gestão do risco eficaz. Apenas assim vão, efetivamente, proteger os seus negócios”, explica Sérgio Sá.
De informar que a cibersegurança é um dos muitos serviços prestados pela equipa de Consultoria da EY em Angola, que colabora com várias entidades do mercado nacional, nos desafios associados à segurança de informação. A equipa de cibersegurança da EY tem apoiado na criação do desenho de sistemas e dados, para que as organizações possam assumir mais riscos, fazer mudanças transformacionais e possibilitar a inovação com confiança.
A operadora MOVITEL é a preferida dos utilizadores da zona rural em Moçambique, com uma taxa de 72% da população nestas zonas, segundo o primeiro inquérito nacional, por amostragem, aos utilizadores de telefonia móvel celular no país.
Realizado Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), o estudo dá grande destaque a MOVITEL como líder das telecomunicações no país, entre os utilizadores de 16 anos e mais que tem, pelo menos, um telemóvel, indicam que do universo dos utilizadores de telemóvel, em Moçambique.
O estudo feito pelo INCM ressalta ainda que a utilização destes serviços varia na razão inversa da idade, sendo maioritária na faixa etária de 20 a 24 anos de idade com 14.1%, seguida da faixa de 25 a 29 anos, com 12.2%.
A MOVITEL compreende 56,8% das comunicações da sociedade civil moçambicana, seguido da VODACOM (42,0%) e apenas 1,2% da TMCEL.
A investigação revelou ainda que quase 59% de utilizadores urbanos usa com frequência a operadora VODACOM. A percentagem de utilizadores da MOVITEL é maior entre utilizadores das províncias do Centro e Norte do País, enquanto a percentagem de utilizadores da VODACOM é maior entre utilizadores das províncias da região Sul do País.
A Bloomberg está a avançar com a notícia de que a Apple se encontra a preparar uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) para rivalizar com o ChatGPT da OpenAI.
De acordo com a publicação, a IA em questão é conhecida internamente como ‘AppleGP’, com o nome verdadeiro a ser alegadamente ‘Ajax’. As fontes que confirmaram o projeto adiantaram que a Apple tem várias equipas envolvidas, notando que uma delas está a lidar especificamente com questões de privacidade.
Não se sabe qual será o objetivo da Apple em criar uma ferramenta de IA semelhante ao ChatGPT, mas, tendo em conta que a tecnologia se está a afigurar como altamente promissora para o futuro dos telemóveis, é provável que a tecnológica de Cupertino queira garantir este caminho.
O contexto da cibersegurança será um dos principais temas da XI reunião dos ministros das Telecomunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), segundo o comunicado oficial que a redação da MenosFios teve acesso.
Para Manuel Lobão, diretor para a Cooperação da CPLP, a reunião vai ainda abordar a questão do investimento pesado em cabos submarinos, passo esse que trouxe um grande avanço na maneira como circula a comunicação entre os Estados-membros e permite uma ligação mais rápida, com a tecnologia de maior velocidade entre os continentes ligados à comunidade.
“O facto de existirem cabos submarinos, amarrados nos países-membros da CPLP, vai permitir uma nova agilidade que ainda está posturado”, disse o responsável, reiterando que merece, igualmente, atenção dos técnicos e pode fazer parte da agenda dos ministros das Telecomunicações o roaming 0 na comunidade.
Manuel Lobão frisa que “isso será um benefício para toda a comunidade, porque quando o cidadão se deslocar de um Estado para o outro não terá as tarifas pesadas de roaming que são conhecidas”.
Já João Ramos, diretor de Telecomunicações de Cabo Verde, sublinha que o seu país está munido de uma estratégia forte de transformação digital na região económica da SADC e que, também, se pode partilhar com a CPLP.
Quanto o chefe da Assessoria Interna de Inclusão Digital das Comunicações no Brasil, Jeferson Nacif, afirmou que, atualmente, se está com 90 por cento da população a usar Banda Larga.
“Existem, ainda, outros desafios a atingir e estamos a desenvolver políticas públicas sem deixar ninguém para trás. Essa é a experiência que estamos a apresentar nos encontros técnicos. Estamos, também, a ouvir dos outros pontos focais da comunidade e levar as experiências para implementar no nosso país”, disse.
Um jovem moçambicano criou um sistema automatizado de orientação e mobilidade de pessoas com deficiência visual, o que deverá ajudar na sua inclusão social, através da sua independência dos acompanhantes.
A tecnologia foi criada por Carlos Mondlane, um aficionado por sistemas digitais e antigo aluno de Engenharia Informática da Universidade Zambeze (UniZambeze).
O projeto compreende um sensor ultrassónico ligado a óculos de proteção, capaz de identificar vários obstáculos e de emitir sinais rápidos para o utilizador.
Em declarações ao NOTÍCIAS, o criador deste sistema, batizado como KUVONA (ver, em chagana), disse que o principal objetivo da sua invenção é dar maior independência às pessoas com deficiência visual para se deslocarem em segurança.
“Esta é uma resposta para os nossos irmãos com problemas de visão. Esta solução é um mecanismo de ajuda para reduzir colisões que eles têm na sua vida diária e dará maior autonomia ao andar na estrada”, disse.
De acordo com Mondlane, os óculos com um sensor ajudarão a identificar objetos através de vários ângulos, cuja deteção através da bengala branca se revela ineficaz ou não assertiva a certos obstáculos em frente da pessoa.
“A bengala é importante, mas não pode detetar obstáculos fora do chão, por exemplo, galhos de árvores ou arames para secar a roupa que podem atingir a pessoa antes que este instrumento os possa identificar”, sublinhou, acrescentando que o KUVONA olha para vários ângulos definidos para o conforto do utilizador. No entanto, Mondlane espera obter financiamento para adquirir os componentes para continuar a aperfeiçoar o sistema e construir uma oficina com as necessidades de produção destes óculos.
A Associação de Cegos e Deficientes Visuais de Moçambique (ACAMO), por sua vez, congratula-se com o projeto que irá revolucionar a forma como andam, proporcionando-os maior segurança e independência.
Segundo a presidente do Comitê de Mulheres com Deficiência Visual, Isaura Baptista, o desenvolvimento desta tecnologia é um ganho porque será usado a favor destas pessoas com necessidades especiais e dar-lhes-á mais prestígio.
Refira-se que, este projeto venceu o prêmio Municipal da Juventude, no âmbito das celebrações dos 135 anos da Cidade Maputo, bem como representou Moçambique na 15.a Sessão Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CPDP), nos Estados Unidos da América.
Foi lançado no princípio desta semana o “Programa de Formação Tecnológicas para Alunos de Escolas Públicas no Município do Cazenga”, um ciclo formativo tecnológico para crianças que pretende combater a literacia digital e criar um ambiente que permite com que tenham um contacto com as ferramentas robóticas e a programação.
Com selo do entusiasta em tecnologia Augusto Firmino, o projeto inovador foca-se em trabalhar com crianças de escolas públicas, provenientes do município do Cazenga, onde se espera que o programa chegue para mais localidades nos próximos tempos.
Falando aos jornalistas, o responsável do projeto informou que durante o primeiro dia os alunos tiveram oportunidade de ouvir o diretor executivo do grupo Zahara, Aquiles Neto, sendo convidado como um ex-morador do mesmo município e falou um pouco sobre a sua trajetória.
Augusto Firmino salienta ainda que o único critério para participar no programa é ser aluno de uma escola pública, onde a seleção para o primeiro grupo foi feita pela associação de estudantes do Cazenga, e que o processo vai-se repetir nas próximas iniciativas.
Por fim, o também Engenheiro Informático finaliza que esta ação de formação busca consciencializar as crianças desde cedo acerca da importância “de criarem referências e o poder de transformação dos estudos e do ensino“.
Os bancos comerciais presentes na 38ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA) apostaram na exposição de serviços e produtos digitais, de modo a atrair clientes e reforçar a quota de bancarização, segundo uma ronda feita pelos jornalistas da MenosFios no evento.
O Finibanco Angola trouxe a esta edição da FILDA os seus novos produtos, casos do cartão “Pré-Pago + Karga”, que a partir da tecnologia traz consigo uma solução útil, segura e inovadora.
Por sua vez, a coordenadora da dinâmica comercial do Banco Keve, Liliana Lourenço, disse que a participação da instituição na FILDA visa mostrar o que existe no grupo para demonstrar a nível do próprio banco a inovação tecnológica e iniciativas para com o público em geral.
“Estamos voltados para o agronegócio que é a nova vertente do banco, que também é o pivô desta edição da FILDA para se poder ter o máximo de informações ao nível de empresas focadas nos mesmos projetos onde o Finibanco possa fazer network reforçado para conseguir fechar em grande esta participação”, disse.
Quanto ao Standard Bank Angola, nesta edição trouxe a tona o serviço “Ponto Azul”, que é a rede de agentes bancários, onde os clientes podem ter acesso a vários serviços de forma simples e automatizada.
Conforme detalhes fornecidos pelo banco, este serviço funciona como sistema integrado, garantindo que as transações sejam concluídas em tempo real. Neste tipo de serviço, as transações são efetuadas por via de aplicativo ou por meio de um sistema de mensagens curtas, através de um dispositivo móvel telefone ou “tablet” fornecido pelo banco.
A gestora de contas do Banco Sol, Denise Kitumba, disse que para além de todos os produtos da banca clássica, a sua instituição coloca-se no mercado para o apoio ao empresariado e aos clientes particulares.
O Sol levou ainda o produto “Sol Importação”, criado para facilitar os clientes que trabalham com importação. Diz ter ainda disponível outros serviços, como as cartas de crédito e o serviço MoneyGram.
“O Serviço MoneyGram, anteriormente, só permitia fazer transferências para pessoas. Hoje, já permite fazer o envio de valores para uma conta bancária no exterior, que é também uma alternativa às operações para o exterior”, disse.
O TikTok anunciou recentemente o lançamento de um serviço de streaming para rivalizar com o Spotify e a Apple Music, de nome TikTok Music. Esta nova proposta começou por ser lançada no Brasil e também na Indonésia e, aparentemente, vai chegar a três novos países, sendo Angola um dos muitos países a ficar de fora.
Conta o site TechCrunch que os próximos países a receber o TikTok Music serão a Austrália, o México e Singapura, um conjunto pequeno que mostra bem a abordagem mais cautelosa que está a ser adotada pelo TikTok. Notar que, para lançar este serviço, a empresa chinesa firmou acordos com as principais ‘players’ da música, incluindo a Universal Music Group, a Warner Music Group e também a Sony Music.
Ainda não detalhes sobre os planos do TikTok para o lançamento do TikTok Music em mais países, mas acredita-se que, eventualmente, o serviço venha a chegar a todos os territórios onde a app está presente, incluindo Angola.
De acordo com o que foi revelado na apresentação, o serviço tecnológico trata-se de uma simples imagem gerada na solução do comerciante ou no portal, disponibilizado pela EMIS, com um “QR Code” estático, associado à conta bancária do comerciante, com um montante fixo ou variável, não necessitando, por isso, de um terminal físico e/ou smartphone, que permite ao utilizador da Rede Multicaixa, através do canal Multicaixa Express, realizar a leitura do referido código e desta forma poder efetivar as compras.
O lançamento do “TPA Code” vem para mostrar a evolução da indústria dos Terminais de Pagamento Automático (TPA) para terminais baseados no sistema operativo Android, que por ser um sistema aberto propicia muitas vantagens em relação ao TPA tradicional, que usa sistemas operativos proprietários.
A família “TPA de nova geração” da rede Multicaixa, está assim constituída por dois produtos “TPA físico” com sistema operativo Android, designados “TPA Full” e “TPA Mini”, que são em tudo similares ao TPA tradicional e que permite compras em lojas com cartão de pagamento e com MCX Express, para além de permitirem ao comerciante agregar outras aplicações. Tem também três produtos baseados numa aplicação móvel Android para instalação em telemóveis ou tablets, designados “TPA Flex”, “TPA Plus” e “TPA Code”.
Segundo os números divulgados pelo Ministério da Economia e Planeamento, o evento tem confirmada a participação ativa de 13 países e 16 províncias angolanas, sendo realizado mais uma vez na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, numa área de exposição de 28 mil metros quadrados.
Dos sectores da comunicação de Portugal às tecnologias alemãs, a FILDA 2023 vai tornar-se num evento no qual mil 307 empresas (o dobro das 624 do ano transato), das quais 139 estrangeiras vão tentar mostrar o seu potencial de internacionalização multissectorial. Sexta e sábado serão os dias de maior número de visitantes na exposição, segundo a organização.