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Sexta-feira, Setembro 5, 2025
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[AngoTIC 2023] Angola com crescimento de 20% no acesso à internet nos últimos três anos

Angola teve um crescimento de 20% no acesso à internet nos últimos três anos, segundo o Presidente da República, João Lourenço.

O Chefe-de-Estado que falava na abertura da 3ª edição do ANGOTIC, adiantou ainda que houve um crescimento também de 55% do serviço de telefonia móvel, referindo que o sector garante o recurso a imagens de satélite para apoio à agricultura, à produção petrolífera, ao ordenamento do território, ao sector mineiro, ao ambiente, ao controlo migratório e de soluções para mitigar a problemática da seca que assola ciclicamente o sul do país.

No seu discurso, o João Lourenço anunciou também a pretensão de instalação no país de uma academia de cibersegurança, visando um serviço de telecomunicações e tecnologias de informação seguro e robusto em defesa dos utilizadores, ao mesmo tempo que se criam as condições regulamentares no uso das redes de telecomunicações.

João Lourenço referiu que, em parceria com as demais partes interessadas, foram redobrados esforços para a garantia da confiança e segurança no uso das redes de serviços com foco na proteção e defesa das infraestruturas críticas e dos serviços vitais de informação.

Adiantou ainda que foram tomadas medidas para potenciar uma utilização livre, segura e eficiente do ciberespaço por parte das entidades públicas e privadas.

No domínio da inovação, destacou o surgimento de startups digitais bastante dinâmicas e de sucesso, que, no seu entender, vem provar a pujança do ecossistema de empreendedorismo jovem angolano, o qual já mereceu diversas premiações internacionais pelo grau de inovação e impacto alcançados na economia.

[AngoTIC 2023] Estudante cria jogo para impulsionar línguas nacionais

Nos últimos anos, os jovens angolanos têm estado pouco ligado com as línguas nacionais, onde para contrapor essa baixa necessidade, um grupo de estudantes do Instituto das Telecomunicações criou o NATIONAL QUIZ, um jogo eletrônico que ajuda as pessoas a aprenderem mais sobre as respetivas línguas nacionais.

Quem contou mais a redação da MenosFios sobre essa inovação tecnológica foi o estudante inventor Domingos Kindieco. Confira no vídeo abaixo.

 

[AngoTIC 2023] Conheça os temas e palestrantes do primeiro dia

Para o primeiro dia do ANGOTIC estão preparados várias mesas redondas para debate, com destaque nesta manhã do webinar “Plenária: Conectividade e Modernização Tecnológica”, com intervenções de Mário Oliveira (Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social), Ann Rita Ssemboga (Representante do Gabinete Regional da UIT para África Austral), Felix C. Mutati (Ministro da Ciência e Tecnologia da Zâmbia) e Emma Theofelus (Vice-Ministra das TIC’s da Namíbia).

O período da tarde começa com uma palestra de alto nível sobre “Mercado e tecnologia 5.0”, presidida por Pedro Francisco, Especialista de Rádio da Huawei, bem como uma mesa redonda de Conteúdo e Media Digital, tendo como convidados: Antónia Pellegrino (Empresa Brasileira de Comunicação EBC), Herculano Coroado (Jornalista) e Sarchel Necésio (CEO da Platina Line).

De informar ainda que um dos destaques deste primeiro dia é o acordo que vai ser assinado entre o Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) e a empresa Angola Cables, que vai restringir-se em um acordo de cooperação que prevê, entre outros, garantir um conjunto de serviços e recursos tecnológicos da empresa de telecomunicações ao universo de MPMEs, certificado pelo INAPEM.

Confira abaixo outros temas preparados para hoje:

MasterClass: Tendências de Cibersegurança e como proteger o seu negócio – Dr. Daniel Jorge Ferreira (Chefe dos Serviços de Assessoria de Cibersegurança da NewCognito Angola), Marcelo Lau (Diretor Executivo da Data Security), Toure Khadidja (SaH Analytics).

Tecnologia Disruptivas: Blockchain e Inteligência Artificial – Leonardo Luciano de Almeida Maia (INATEL), Vicente Lopes (Presidente da Associação Angolana de Computação da UAN), Diogo Sousa (Management Consulting, Global Lead Partner, Head of EMA Telco CoE / KPMG), Moussa TRAORE (CEO da SaH ANALYTICS France), Daniel Sapateiro  (Economista).

Digital innovation Hubs: Inovação digital das PMEs – Antonio Ines Nlaza (Huawei), Adilson Camacho (TISTECH).

Modelo de Negócios para a Tecnologia Espacial – Mjumo Mzyece (University of the Witwatersrand, SA), Temidayo Oniosun (Space in Africa). Robert Van Zyl (AAC Space Africa), Andrei Alekhin (Glavscosmos).

 5G – principais desafios para implantação em África – Fabio Akira (Chefe de engajamento de vendas, garantia e serviços gerenciados da Huawei na África do Sul), Amadou Moustapha Niang (Managing Director Ericsson Angola), Amilcar Safeca (Administrador e Diretor Geral Adjunto da UNITEL), Gonçalo Faria (AFRICEL).

[AngoTIC 2023] Principal evento de telecomunicações arranca e com a presença da MenosFios

Arrancou hoje(12) a edição de 2023 do ANGOTIC, maior evento internacional de tecnologias, comunicações e inovações de Angola, que vem para contribuir no fomento das indústrias de telecomunicações e tecnologias de informação, turismo tecnológico, bem como para a atualização das plataformas digitais no fomento da agricultura de precisão, da saúde, educação, preservação do ambiente e investigação científica.

Com presença da redação da MenosFios no evento, esta edição vai servir para se passar em revista todas as tendências da indústria espacial, a conectividade e modernização tecnológica, com oradores nacionais e internacionais. O certame prevê juntar mais de 100 expositores que poderão apresentar as potencialidades que o mercado dispõe, para além de entendimento.

Para o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTIC), Mário Oliveira, considera que o Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola (ANGOTIC) pode contribuir para a diversificação da economia nacional.

Mário Oliveira afirmou ainda que o fórum servirá para refletir em torno do potencial e desenvolvimento das TICs para as novas soluções de negócios, dar visibilidade às competências do mercado nacional e internacional, com reflexos importantes na geração de emprego, renda e qualidade de vida.

Sobre o sector das startups, as mesmas vão ser desafiadas a apresentar projetos inovadores e disruptivos nos ramos da saúde, educação, mobilidade e agronegócio, num concurso denominado Acelera Pitch.

O concurso vai ser promovido pela Angola Cables, onde a startup vencedora levará para casa o prémio de Dois Milhões de Kwanzas e outros benefícios, sendo que os concorrentes terão a oportunidade de partilhar as suas ideias de negócios diante de um painel de investidores nacionais e internacionais bem sucedidos.

Para conhecer a lista dos oradores clica em aqui.

M-Pesa atinge um marco de USD365 mil milhões

A plataforma M-Pesa processou 364,8 mil milhões de dólares em valor de transações nos últimos doze meses, um aumento de 13%, consolidando a sua posição de topo no espaço fintech africano.

A M-Pesa, propriedade conjunta do Grupo Vodacom e da Safaricom, é a plataforma de dinheiro móvel mais bem sucedida de África e tornou-se um fluxo de receitas fundamental para ambas as empresas de telecomunicações.

O Grupo Vodacom divulgou o seu desempenho anual para o ano que terminou em março, afirmando que, nos 12 meses, as receitas internacionais da M-Pesa aumentaram 31,1% para 6,5 mil milhões de reais, contribuindo com 24,6% das receitas de serviços.

Shameel Joosub, CEO do Grupo Vodacom, diz que o crescimento foi apoiado por um forte desempenho na RDC, com o desempenho da Tanzânia a recuperar, uma vez que as taxas sobre o dinheiro móvel foram reduzidas durante o ano.

“A dinâmica subjacente da M-Pesa reflete as nossas melhorias contínuas de produtos nos segmentos de consumo e de comércio, apoiadas pela M-Pesa África. No segmento de consumo, lançámos novos produtos de seguros, empréstimos a prazo e poupanças de grupo, aumentámos as transferências internacionais de dinheiro e melhorámos a nossa aplicação M-Pesa durante o ano”, afirma Joosub.

Na Tanzânia, afirma: “Os empréstimos concedidos através do nosso produto de crédito “Songesha” mais do que duplicaram, atingindo 8,2 mil milhões de reais durante o ano. Para aumentar e diversificar o ecossistema M-Pesa, também acelerámos a nossa estratégia de comerciantes, mais do que duplicando o número de comerciantes ativos para 196 000.”

Comentando a licença de funcionamento concedida à M-Pesa na semana passada na Etiópia, Joosub diz que é um marco importante para o grupo, uma vez que acelera a sua “ambição de transformar vidas no país, à medida que procuramos ligar todos os etíopes à economia digital global”.

O M-Pesa é o serviço de pagamento móvel mais bem-sucedido de África. Lançado no Quénia em 2007, evoluiu desde então para se tornar um importante motor de inclusão financeira com mais de 50 milhões de clientes em sete países.

A M-Pesa processa mais de 61 milhões de transações por dia, o que a torna o maior fornecedor de fintech de África, e atraiu 42 000 programadores externos para criarem serviços adicionais para a plataforma.

Angola Cables e Orange selam acordo de partilha de infraestruturas

Angola Cables e o fornecedor internacional de serviços de telecomunicações, Orange, selaram no mês passado um acordo de partilha de infraestruturas na Rede Djoliba da África Ocidental.

As duas empresas afirmam que o acordo proporciona aos clientes, acesso direto aos mercados francófonos da África Ocidental e dá a ambas as empresas a opção de alargar a respetiva conectividade global através da partilha de redes terrestres e da rede de cabos submarinos e da infraestrutura de base da Angola Cables.

Em comunicado, a Angola Cables afirma que a Djoliba é a primeira rede a oferecer “segurança total na África Ocidental, com mais de 10.000 km de rede terrestre de fibra óptica, disponibilizando banda larga (até 100 Gbit/s) com uma taxa de disponibilidade de 99,99%”.

Acrescenta: “A expansão da infraestrutura que combina a rede terrestre de fibra óptica de ponta a ponta de Djoliba e a já estabelecida rede global de cabos WACS, SACS e MONET da Angola Cables oferecerá aos clientes conectividade segura e de baixa latência – e opções adicionais de redundância para múltiplos destinos na América do Sul, nos EUA e na Europa.”

A Angola Cables, um dos transportadores do tráfego de dados e de Internet de África para outras partes do mundo, tem vindo a impulsionar a conectividade digital no Atlântico Sul, impulsionando as economias de África e da América do Sul.

A empresa tem vindo a fazê-lo fornecendo “ligações ininterruptas e de baixa latência” em todo o mundo, através da sua rede global e de parceiros.

Rui Faria, diretor comercial global da Angola Cables, comenta que, “obter acesso a serviços digitais e de nuvem eficientes e seguros é um requisito essencial para qualquer empresa na atual economia de gigabytes.

“O acesso à rede Djoliba da África Ocidental e à nossa robusta infraestrutura submarina alarga a capacidade das empresas no acesso aos mercados internacionais e oferece destinos de tráfego alargados em toda a África Ocidental e noutras partes do mundo.”

China prepara lei para regular o desenvolvimento da inteligência artificial

O órgão máximo legislativo da China está a rever um projeto de lei para regular a pesquisa e desenvolvimento na área da inteligência artificial, no que seria a primeira legislação no país a abranger o setor.

Especialistas citados hoje pelo jornal oficial Global Times consideraram urgente criar uma lei para “regular a investigação e o desenvolvimento da tecnologia de inteligência artificial e as suas cadeias de abastecimento”, uma vez que o “setor está a desenvolver-se a um ritmo sem precedentes”.

Formular uma lei para este tipo de tecnologia faz parte de um plano de desenvolvimento que o país asiático estabeleceu em 2017.

A inteligência artificial já é usada em vários campos, o que criou grandes desafios, que devem ser enfrentados com urgência”, disse Li Zonghui, vice-presidente do Instituto Estatal de Inteligência Artificial e do Ciberespaço, citado pelo jornal.

O plano, elaborado pelo Conselho de Estado (Executivo), em 2017, destacou a “necessidade de estabelecer um sistema inicial de leis, regulamentos, ética e políticas para a inteligência artificial, visando formar a capacidade de avaliar e controlar a sua segurança”.

De acordo com o projeto, a tecnologia deve ser uma “força importante, que impulsione a modernização industrial e a transformação económica do país”, até 2025.

Em abril passado, a Administração do Ciberespaço da China emitiu um projeto de regulação para o setor que estipula que os textos gerados por inteligência artificial não podem incluir conteúdo que tente “subverter o poder do Estado”, “incitar à divisão do país” ou “promover o ódio étnico e a discriminação”.

O documento também exige que as empresas “tomem medidas apropriadas para evitar que os utilizadores se tornem muito dependentes ou viciados nos conteúdos”.

O Ministério da Indústria e Tecnologia de Informação da China (MIIT, sigla em inglês) anunciou em maio passado a criação de um comité e de um grupo de especialistas em ética da ciência e tecnologia, com o objetivo de estabelecer um sistema de administração exclusivo para atender a questões éticas no campo da inteligência artificial.

Empresas chinesas como o Baidu ou Sensetime apresentaram recentemente os seus próprios chatbots, semelhantes ao popular ChatGPT, desenvolvido pela norte-americana OpenAI e que está inacessível na China, embora nas últimas semanas tenham surgido dúvidas sobre a aplicação dessa tecnologia no país, devido à forte censura imposta pelas autoridades.

Amazon multada em USD 30 milhões por violação de privacidade

A FTC e a Amazon chegaram a um acordo em relação aos casos de espionagem de clientes pela Ring e Alenxa. De acordo com a FTC, a Amazon manteve as gravações de crianças mesmo após os pais solicitarem a exclusão das imagens.

A Ring ganhou fama ao ser apresentada inicialmente no programa americano Shark Tank. A Amazon adquiriu a empresa em 2018 por USD 1 bilhão, como parte dos seus serviços de “home care”.

Nas acusações, constam que empregados da Ring teriam tido acesso irrestrito a vídeos de clientes. Em resumo, a Ring é uma campainha eletrónica com vídeos. Os empregados tiveram acesso a centenas de vídeos de pelo menos 18 clientes mulheres. Além disso, as câmaras da Ring gravaram banheiros e outros locais de cunho íntimo.

“O histórico da Amazon de enganar os pais, manter as gravações das crianças indefinidamente e desrespeitar os pedidos de exclusão dos pais violou a COPPA (Lei de Proteção à Privacidade Online da Criança) e sacrificou a privacidade pelos lucros”, declarou Samuel Levine, chefe de proteção ao consumidor da FCT.

Segundo o comissário da FTC Alvaro Bedoya, “quando os pais pediram à Amazon para excluir os dados de voz da Alexa dos seus filhos, a empresa não excluiu tudo”. Assim, a agência ordenou que a exclusão de contas infantis inativas, bem como certos dados de voz e geolocalização.

A Amazon discorda das alegações da FTC e nega ter violado qualquer lei. “Os nossos dispositivos e serviços são construídos para proteger a privacidade dos clientes e para fornecer controle sobre a sua experiência”, disse a empresa em comunicado.

Agora, as ordens propostas pela FTC devem ser aprovadas por juízes federais.

Teams, Meet, Webex, ou Zoom: qual é o mais adequado?

As plataformas de reunião tornaram-se muito populares devido à pandemia do coronavírus. Em 2023, será impossível imaginar um negócio sem estas aplicações, especialmente agora que o trabalho híbrido tornou-se a norma para muitos sectores. No entanto, existem bastantes fornecedores com funcionalidades de videochamada e colaboração, mas o que é que cada plataforma tem para oferecer? Mais concretamente: que situação empresarial se adequa a que aplicação?

Todas as aplicações abaixo permitem obviamente a realização de videochamadas e reuniões em linha. No entanto, existem muitas diferenças no que diz respeito à interface, facilidade de utilização, funcionalidade e modelo de preços. Listamos as características abaixo.

Microsoft Teams

Neste momento, os utilizadores do Windows já estão familiarizados com o Teams, que vem incluído no Windows 11 para utilização privada. No entanto, também está incluído no Microsoft 365 para empresas com mais opções, o que os rivais no mercado dizem que leva a uma vantagem competitiva injusta. Por outro lado, isso significa que as empresas podem chegar lá facilmente.

Interface e facilidade de utilização

Com o lançamento do novo Teams, popularmente designado por Teams 2.0, a plataforma mudou significativamente. A interface antiga desapareceu, em favor de um estilo Windows 11 completo com a “translucidez Mica” que a distingue visualmente do seu antecessor. Em suma, o Teams é muito menos púrpura e muito mais Windows 11. A integração com o Windows 11 e o Office 365 garante uma grande interoperabilidade.

A sincronização de calendários é fácil, assim como as notificações de reuniões do Teams que aparecem no Outlook. Além disso, a Microsoft reviu totalmente o código por detrás da plataforma, o que resulta num funcionamento muito mais rápido do que anteriormente. Por fim, o início de sessão é muito mais simples, uma vez que o ecossistema do Microsoft 365 já trata disso. Outra coisa que é muito útil durante uma conversa é o cancelamento de ruído que efetua em segundo plano.

Funcionalidades

O nível de funcionalidade é bastante diferente entre a versão gratuita e a versão Premium, que custa 8,40 euros por mês. Pelo menos a versão normal já oferece Multi-Contas Multi-Tenant (MTMA), permitindo-lhe manter contas privadas e de trabalho num único dispositivo. Também introduziu recentemente o Teams Payments para gerir os pagamentos. Além disso, o Teams suporta chamadas de vídeo e chats normais, como é óbvio. No entanto, o Teams Premium tem muito mais funcionalidades únicas. A assistência de IA através de notas geradas, “destaques” personalizados e transcrições em direto são boas mais-valias se passar muito tempo em reuniões online.

Google Meet

Tal como a Microsoft, a Google quer que o utilizador trabalhe o mais possível no ecossistema Google. Antes falávamos do Hangouts e do G Suite, mas o Google Meet existe agora no âmbito da oferta do Google Workspace. O Google Workspace é o novo nome do G Suite e o Hangouts é outra forma rebatizada de Google Meet.

Interface e facilidade de utilização

Por predefinição, o Google Meet reside num navegador Web. Claramente, o Meet está configurado para conversas mais pequenas por defeito: só recentemente é que aumentou o número máximo de utilizadores visíveis no modo “mosaico” de quatro para 16. Tal como acontece com a Microsoft, a suite Google está configurada para se integrar perfeitamente entre si.

O Google Calendar liga-se ao Meet, tal como as outras aplicações do Workspace. A partilha de ecrã é uma vantagem, uma vez que oferece a opção única de mostrar apenas parte do ecrã. Isto garante uma maior privacidade para um utilizador observador e torna claro para os outros utilizadores do Meet o que está em causa numa reunião. Também são suportadas legendas em tempo real, que podem ser activadas com um único clique.

Funcionalidades

Os utilizadores podem participar numa videochamada através de correio electrónico, de uma ligação partilhada ou de um convite do Calendário, e existe a opção de marcação. Além disso, é possível transmitir conteúdo de vídeo para um máximo de 100 000 espectadores num único domínio. Existe também a possibilidade de gravar chamadas e guardá-las directamente no Google Drive.

Cisco Webex

Um dos veteranos na área da colaboração é o Webex, que viu a luz do dia em 1995 e foi comprado pela Cisco em 2007. A ponta de lança desta plataforma é a segurança. Por este motivo, não é de estranhar que o governo central e a UE, por exemplo, realizem reuniões digitais no Webex. Esta plataforma é composta por vários componentes, sendo o Webex Meetings especificamente destinado a videochamadas.

É também de salientar que o Webex pode ser utilizado através de uma aplicação de ambiente de trabalho ou de uma aplicação Web. A aplicação Web tem a mesma funcionalidade que a versão para computador, com excepção de duas características importantes: a versão Web não suporta encriptação de ponta a ponta e não suporta VoiP (Voice-over-IP). De resto, as duas versões são praticamente iguais.

Interface e facilidade de utilização

A utilização do Webex Meetings é intuitiva. A interface é semelhante à de outros serviços de permanência, mas antes de iniciar uma chamada, existe um painel de controlo claro. Nesse painel, pode escolher entre Iniciar reunião, Planear reunião ou Participar em reunião; estes botões falam por si. No lado direito, pode ver as reuniões agendadas, se existirem, e os ficheiros visualizados recentemente.

Ao planear uma reunião, podem ser definidas características padrão como a hora, a data e a duração da reunião, e podem ser convidadas as pessoas necessárias. Além disso, podem ser adicionados itens à agenda, bem como uma palavra-passe para a reunião. Além disso, tal como noutros serviços, é possível escolher os dispositivos de áudio pretendidos, mas estas definições são um pouco mais fáceis de encontrar no Webex do que no Microsoft Teams, por exemplo.

Funcionalidades

O Webex está amplamente integrado com outros produtos Cisco, incluindo ferramentas e hardware. Também dispõe de gravação na nuvem, transcrições em tempo real e salas de descanso, algo que nem todos os serviços de videochamadas oferecem. Não pode ser deixado para trás no que diz respeito à IA, razão pela qual começou recentemente a oferecer resumos automáticos das reuniões. Qualquer participante da videochamada pode utilizá-los, ao contrário das restrições impostas pelo Zoom.

Zoom

Talvez tenhamos guardado o nome mais conhecido para o fim. Qualquer pessoa que falasse de reuniões digitais durante a pandemia do coronavírus mencionava rapidamente “Zoom”, mesmo que a chamada nem sequer tivesse tido lugar no Zoom. Capturou assim o chamado “zeitgeist” de 2020 em particular. No entanto, logo ficou claro que havia trabalho a ser feito em termos de privacidade e segurança. A empresa não tardou a mexer nisso, e o resultado final é que atualmente não há nada a reclamar nestas áreas.

Interface e facilidade de utilização

Participar numa chamada demora apenas alguns segundos se já tiver a aplicação instalada e dois cliques adicionais se optar pela aplicação Web. Os participantes podem ligar-se e conversar uns com os outros antes da chegada do anfitrião, se tal for permitido. O administrador também pode desligar o microfone ou a câmara de um participante em qualquer altura. O som pode ser ligado e desligado utilizando os botões no ecrã ou a partir das preferências da conta.

Os anfitriões dispõem ainda de um botão de segurança na sua barra de ferramentas durante as chamadas activas. Este botão dá aos anfitriões acesso rápido a uma série de funcionalidades, tais como bloquear a reunião, permitir uma espécie de sala de espera para novos participantes adicionais, dar aos participantes permissão para partilhar os seus ecrãs, conversar, etc.

Outro aspeto útil da interface é o facto de o administrador poder ver informações sobre a conectividade de todos os participantes na conversa. Isto permite que um anfitrião reconheça facilmente onde se localiza qualquer problema de conectividade. Como participante, pode configurar o seu ecrã para ver informações relevantes e uma caixa de conversação. Existe também a opção de definir automaticamente o Zoom para o modo de ecrã inteiro.

Funcionalidades

O Zoom também pode ser utilizado através de uma aplicação Web ou de uma versão para computador. Os utilizadores recebem um ID de reunião pessoal que pode ser utilizado para iniciar uma chamada em qualquer altura. Assim, sem muito planeamento, é possível iniciar uma reunião desta forma, mas em termos de segurança, um ID de reunião única é uma melhor opção (especialmente agora que esse ID já não é apresentada na aplicação, pelo que as pessoas não podem fazer capturas de ecrã). As chamadas também podem ser protegidas por palavra-passe.

As chamadas Zoom também podem ser associadas a calendários, incluindo o Google Calendar, iCal e Microsoft Outlook. Assim, as chamadas agendadas aparecem automaticamente no seu calendário. Além disso, os participantes podem participar por telefone, podendo os administradores escolherem os números de telefone que devem ser apresentados para cada país.

Com uma conta Pro, existe a opção de exigir que os participantes se registem para uma chamada. Isto implica o preenchimento de um pequeno inquérito antes de participarem, o que é bastante útil para webinars ou eventos online. Existe também a opção de apresentar uma espécie de área de espera se o administrador ainda não tiver começado, mas se os participantes já estiverem sentados.

Conclusão

Existem mais intervenientes do que estes cinco no mercado, mas, no que nos diz respeito, uma destas opções é recomendada em quase todos os casos de utilização. O ponto comum aos conselhos que damos é que dependem muito da carteira de aplicações que uma empresa tem. As que estão profundamente integradas nos produtos da Microsoft ou da Google estariam a privar-se de muitas funcionalidades se não escolhessem o Teams ou o Meet, respetivamente.

Além disso, as partes sensíveis à segurança com integrações Cisco beneficiam do Webex como aplicação de videochamada de eleição. O BlueJeans, por outro lado, tem a particularidade de ser uma opção simples, sem todo o tipo de integrações adicionais de que algumas partes podem não necessitar. Por último, não podemos ignorar a agilidade do Zoom, que tem uma forte integração com a Google e a Microsoft.

Se olharmos para reuniões excecionalmente ocupadas, dificilmente podemos ignorar o máximo de 1.000 participantes numa reunião do Teams. Isto pode ser útil para as grandes empresas de vez em quando, embora nos perguntemos com que frequência isso acontece. Se a segurança é, de longe, o aspeto mais importante, a Cisco oferece a solução mais óbvia com as suas próprias integrações. Claramente, há algo para todos no mercado das videochamadas.

43% dos ataques em 2022 iniciaram via exploração de aplicativos

Quase metade (43%) dos ataques de ransomware ocorridos em 2022 tiveram início a partir da exploração de aplicativos. O comprometimento de contas corporativas, bem como a abertura de mensagens de e-mail maliciosas também fizeram parte da somatória de fatores que possibilitaram a cibercriminosos iniciar os ataques com esse tipo de ameaça, representando respetivamente 24% e 12% dos vetores identificados.

As informações são do relatório “IT Security Economics”, anualmente divulgado pela empresa de cibersegurança Kaspersky e que analisou dados ao longo de 2022. O levantamento considerou um total de 3.230 respondentes, de empresas de diversos portes em 26 países nos mercados de atuação da Kaspersky.

O levantamento também aponta que ataques de ransomware ainda são abundantes e podem atingir qualquer empresa, a qualquer momento: no ano passado, mais de 40% das empresas enfrentaram ao menos um ataque de ransomware.

Em média, as pequenas e médias empresas (PMEs) tiveram de desembolsar mais de USD 5 mil para resgatar informações, enquanto que grandes corporações pagaram em torno de USD 60 mil em resgate.

Os analistas da Kaspersky identificaram que o principal objetivo dos golpistas com ataques ramsomware não era a extorsão ou a criptografia de dados, mas a mineração de dados pessoais, propriedade intelectual e outras informações sigilosas – cujo valor de venda no mercado ilícito representa altos ganhos para criminosos.

A questão de educação de usuários é especialmente importante, porque muitos dos ataques começam com uma falta de atenção humana, ou um comportamento de alto risco – como o uso recorrente de combinações em serviços online diferentes, bem como senhas fracas que podem ser rapidamente quebradas.

A falta de conhecimento também pode acarretar na falta de uso de ferramentas que podem aumentar a segurança, como o uso de validações secundárias. Da mesma forma, educar sobre ameaças atuais e maneiras de se proteger também contribuem para blindar o acesso de ameaças às redes.