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Sexta-feira, Dezembro 26, 2025
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INAPEM plataforma tecnológica para as startups nacionais

O Instituto de apoio às Micropequenas e Médias Empresas (INAPEM) lançou recentemente uma plataforma tecnológica com o objetivo de fomentar a visibilidade e potencializar projetos inovadores em início da atividade, com destaque para aceleradoras, incubadoras e startups.

Lançado na província da Huíla, o portal vem para ser “uma porta aberta para atrair apoios aos pequenos projetos que podem, a partir do portal, apresentar o seu portfólio de iniciativas em desenvolvimento, interagir com potenciais financiadores ou acesso aos instrumentos de financiamento a projetos de alto risco por intermédio da plataforma crowdfunding, entre outros benefícios”, segundo o chefe do departamento de Consultoria e Assistência Técnica do INAPEM, Alexandre Manuel, falando na cerimónia de apresentação.

No mesmo ato, foram informadas as atuais condições da 1ª edição do Startup Challenge na respetiva província, que vai juntar vários jovens com desafio de ideias inovadoras e entre empresas emergentes.

Viemos cumprir uma missão dada pelo Ministro da Economia e Planeamento, Dr Mário Caetano João, sobre o repto lançado em abril, em que desafia o génio criativo e a resiliência dos jovens  desta região sul de Angola. Há bases sólidas para que o primeiro Startup Challenge seja realizado aqui, fizemos contactos com fornecedores locais para permitir a participação de representantes das 18 províncias e o cumprimento dos objetivos preconizados para o evento cuja fase final deve acontecer em setembro próximo”, referiu Alexandre Manuel no fim da missão.

MAIS: INAPEM lança plataforma de crowdfunding para financiar startups

O responsável especificou o formato do evento resultante da constatação realizada, reiterando que “há consideráveis vantagens para que o evento decorra no Lubango. Vamos fazê-lo no formato pitch competition –  um formato em que as startups previamente selecionadas, poderão apresentar os seus projetos inovadores diante de um júri”, concluiu.

Alexandre Manuel, lembrou, que o passo a seguir será a elaboração da proposta dos termos de referência do evento para ser submetido à equipa técnica encarregue da organização da 1ª edição do Angola Startup Challenge 2023.

Errata: Hélder Silva não está a concorrer ao Nobel da Física

Recentemente foi partilhado por nós, a informação de que o “Inventor angolano Hélder Silva concorre ao Prémio Nobel de Física“, com a sua investigação onde aborda a descoberta há dois anos, que um campo magnético tem uma só polaridade ao invés dos polos norte e sul. Segundo o inventor, fez a descoberta através de uma injeção de um campo magnético residual e com a ajuda desse campo anula o outro polo.

Com o intuito de corrigir esse erro, onde não corresponde a verdade de que o mesmo está a concorrer, O inventor angolano, Hélder Silva, explicou, esta segunda-feira ao Jornal de Angola, que “não está a concorrer diretamente ao Prémio Nobel da Física”, mas a sua pesquisa dá-lhe a hipótese de “ser nomeado para o referido concurso”.

O que é necessário para o mesmo concorrer ao Prémio Nobel da Física?

A concorrência ao prémio depende da publicação e da divulgação do trabalho, uma vez que há outros candidatos em busca de serem notados pela organização. Hélder Silva afirmou que para ser nomeado para o Nobel e se possível garantir a vitória final é necessário publicar o máximo possível em universidades e países credíveis. Por regra, o Nobel avalia investigações e em função daquilo que achar proeminente em relação à novidade e à circunstância é primeiro nomeado o candidato e depois é que se vê o vencedor.

A Equipa da Menos Fios deseja todo o sucesso ao nosso compatriota, e espera que esse trabalho possa ser notado, ao ponto de ser então indicado a concorrer ao Prémio Nobel da Física.

“Sandbox Regulatória”. Conheça as startups selecionadas ao programa

Já são conhecidas as startups selecionadas para a 1° edição da plataforma “Sandbox Regulatória”, projeto que vai permitir que as startups da área de tecnologia financeira (fintech) e instituições do sector financeiro testarem os seus produtos, serviços e modelos de negócios.

Eis as startups selecionadas:

APP PAY: O propósito do gateway de pagamentos desenvolvida pela Appy Pay é de facilitar os comerciantes no processo de adesão e utilização dos métodos de pagamentos disponíveis em Angola, como o caso do Gateway de Pagamentos Online (“GPO”), Pagamentos por Referência, Pagamentos via Subsistema de Débito Direto (“SDD”).

CSA: É uma plataforma de equity crowdfunding, que permite que pequenas e médias empresas tenham acesso a financiamento, através de uma plataforma que intermédia a venda de participações destas empresas a um elevado número de investidores.

DIN DIN: É um aplicativo que permite aos seus clientes receberem os trocos que muitas vezes não é possível em formato físico de forma digital por intermédio do aplicativo onde o número de conta será o contacto telefónico de cada indivíduo. Precisa esclarecimento adicional sobre o core business.

FINANCIO: É uma plataforma crowdfunding com um processo de criação de campanha e financiamento simples e claro, construído de raiz que traz para financiadores a oportunidade de encontrar uma variedade de projetos a serem financiados, da mesma forma proporcionar aos criadores de Projetos um lugar para exporem os seus projetos e serem encontrados por possíveis investidores.

LOMBONGO: É uma plataforma móvel de pagamentos e transferência internacionais.

O ambiente de teste “sandbox” vem com o selo do Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamentos de Angola (LISPA), e prevê salvaguardar os interesses dos consumidores, segurança, bem como a integridade do sistema financeiro angolano, bem como facilitar as startups angolanas, em termos de orientação regulatória para se adaptarem a sua atuação à legislação em vigor.

MAIS: Startups angolanas vão beneficiar-se de um ambiente de teste (“sandbox”) regulatório

Para o vice-governador do Banco de Angola, Pedro Castro e Silva, que esteve presente no evento de lançamento, diz que a iniciativa resulta da necessidade de se fornecer uma plataforma para incentivar a inovação nos serviços financeiros, estimular a segurança, comodidade, reduzir outros encargos no acesso e uso pelos consumidores.

A Sandbox Regulatória vem ainda a necessidade de se promover a concorrência, eficiência e propiciar a inclusão financeira, onde para o representante do BNA, a mesma tem vantagens para a principal instituição financeira angolana, pois permitirá ajustar a regulamentação, por meio do aprendizado, com a devida adaptação de requisitos ou procedimentos regulamentares que inibem involuntários à inovação ou tornam os serviços, produtos ou modelos de negócio inviáveis.

Pretendemos ser capazes de exercer as nossas funções de forma equilibrada e proporcional, estabelecendo um ambiente Regulatório favorável“, informou Pedro Castro Silva.

A plataforma que disponibilizará vagas anualmente possui uma estrutura composta por quatro etapas de trabalho, que incluem 10 projetos selecionados mediante candidatura prévia, com sessões sobre a regulamentação para obtenção de licenças e mentorias para a definição de uma estratégia de crescimento no mercado.

 

Apple anuncia iOS 17; saiba quais iPhones vão receber o novo sistema

A Apple anunciou ontem o iOS 17, um grande lançamento que aprimora a comunicação nos apps Telefone, FaceTime e Mensagens, torna ainda mais fácil a partilha por AirDrop e oferece entradas de texto mais inteligentes, que deixam a digitação mais rápida e precisa.

O iOS 17 também introduz novas experiências com Diário, uma app que incentiva a prática da gratidão, e Em Espera, uma nova maneira de ver informações rápidas quando o iPhone estiver apoiado e a recarregar.

Com o iOS 17, deixamos o iPhone mais pessoal e intuitivo fazendo uma análise profunda dos recursos que usamos todos os dias”, disse Craig Federighi, vice-presidente sénior de Engenharia de Software da Apple.

iOS 17 — Foto: Reprodução/Apple

Entre as novidades está a personalização das ligações que agora terá uma tela para cada contacto, ainda vai mudar a exibição a cada chamada diferente. O Facetime também sofrerá mudanças e ficará mais parece com o Snapchat, onde os usuários poderão enviar vídeos de poucos segundos.

O iOS 17 ainda contará com aprimoramento do teclado virtual, melhorias de funcionalidade no AirDrop e novidades no iMessage, como checkin automático, transcrição, áudio e outras funções. O aplicativo de Música também sofrerá uma repaginada e terá uma página inicial mais intuitiva para o usuário. O lançamento deve acontecer em algum momento entre setembro e outubro.

Segundo a Apple, todos os iPhones a partir do SE 2 serão compatíveis com o novo sistema operacional. São estes:

  • iPhone 14, 14 Plus, Pro e Pro Max;
  • iPhone 13, 13 Mini, Pro e Pro Max;
  • iPhone 12, 12 Mini, Pro e Pro Max;
  • iPhone 11, 11 Pro e Pro Max;
  • iPhone XS e iPhone XS Max;
  • iPhone XR;
  • iPhone SE geração 2 ou posterior.

Com isso, iPhone SE (2020), iPhone X, iPhone 8 e 8 Plus não receberão o novo sistema.

Como proteger as crianças da tecnologia: Dicas e orientações para pais e responsáveis

A tecnologia desempenha um papel significativo na vida das crianças hoje em dia. Desde o acesso a dispositivos móveis e computadores até o uso de redes sociais e jogos online, é importante que os pais e responsáveis intendam como proteger os seus filhos nesse ambiente digital. Neste artigo, forneceremos dicas e orientações valiosas para garantir a segurança e o bem-estar das crianças ao utilizar a tecnologia.

  1. Estabeleça limites e regras claras: defina limites de tempo para o uso de dispositivos eletrónicos e estabeleça regras claras sobre o que é apropriado e seguro na internet. Discuta essas regras com os seus filhos e explique os motivos por trás delas.
  2. Converse abertamente com os seus filhos: mantenha uma comunicação aberta e honesta com as crianças sobre a tecnologia. Esteja disponível para responder a perguntas e orientá-los sobre como se proteger de ameaças online, como bullying virtual e conteúdo inadequado.
  3. Ensine sobre privacidade e segurança online: explique aos seus filhos a importância da privacidade na internet e ensine-os a proteger as suas informações pessoais. Incentive-os a usar senhas fortes, a não partilhar informações confidenciais com estranhos e a ter cuidado ao publicar fotos e vídeos online.
  4. Acompanhe o uso da tecnologia: mantenha-se envolvido e acompanhe as atividades online dos seus filhos. Conheça os aplicativos, sites e jogos que eles estão a usar e verifique regularmente o seu histórico de navegação. Considere a instalação de softwares de controle parental para monitorar e filtrar conteúdos inadequados.
  5. Eduque sobre o bullying virtual: ensine os seus filhos sobre os danos causados pelo bullying virtual e incentive-os a serem gentis e respeitosos online. Explique como denunciar qualquer forma de assédio ou comportamento inadequado e encoraje-os a falar com você se enfrentarem alguma situação desagradável.
  6. Promova um ambiente de confiança: estabeleça um ambiente em que os seus filhos se sintam confortáveis para partilhar as suas experiências online sem medo de serem punidos. Se algo der errado, oriente-os a pedir ajuda e ofereça suporte emocional.
  7. Fique atualizado sobre as tendências tecnológicas: mantenha-se informado sobre as últimas tendências tecnológicas e redes sociais populares entre as crianças. Isso ajudará você a entender melhor os riscos e desafios enfrentados e permitirá que você tenha conversas significativas com os seus filhos sobre essas plataformas.

Conclusão: Ao seguir essas dicas e orientações, você estará melhor equipado para proteger as suas crianças na utilização da tecnologia. Lembre-se de que a educação e a comunicação são fundamentais. Ao estabelecer limites, educar sobre segurança e promover um ambiente de confiança, você estará a ajudar os seus filhos a navegar no mundo digital de maneira segura e responsável.

Organizações apresentam baixos níveis de confiança na gestão de segurança e privacidade

Perante o aumento da necessidade de proteger as organizações ao nível da cibersegurança, um novo estudo levado a cabo pela Devoteam Cyber Trust, em conjunto com a IDC, revela níveis baixos de confiança na gestão das organizações em termos de segurança e privacidade.

Apenas 31% das organizações admite que consegue gerir todos os aspetos que dizem respeito à segurança e à privacidade. O inquérito realizado junto de 700 profissionais de IT e segurança da Europa e Médio Oriente concluiu também que até 2025 70% dos CEO de grandes organizações europeias serão incentivados a gerarem, pelo menos, 40% das receitas a partir de iniciativas digitais.

A realidade crescente dos ciberataques leva a um reforço nos orçamentos de segurança, a par de uma antevisão mais estratégicas destas questões. Pouco mais de metade das organizações (53%) admite que aposta no security-by-design.

No entanto, e apesar da preocupação, a execução da resiliência cibernética continua a ficar aquém para muitas empresas, com 55% dos inquiridos a afirmar que a resiliência cibernética é “a principal prioridade com uma estratégia definida” em vigor, com as organizações à procura de corrigirem os riscos de segurança para fortalecerem a sua postura de segurança.

O inquérito concluiu também que, de forma a garantirem a capacidade de segurança, as empresas menos maduras procuram MSSP para usar de forma mais extensiva, visto que precisam de aceder a recursos de segurança mais sofisticados. Por outro lado, as indústrias mais maduras adotam menos os Provedores de Serviços Geridos de Cibersegurança, uma vez que têm maiores capacidades de segurança.

As organizações olham para o MSSP como uma ferramenta para a simplificação que os pode ajudar a gerir e proteger a empresa.

Os serviços financeiros são, segundo o estudo, um setor que valoriza a entrada de MSSP e estão mais abertos a usar tecnologias mais sofisticadas.

Mas neste caso, mesmo as organizações que trabalham com equipas de segurança internamente ou as que trabalham com MSSP, a maioria sofre ainda com baixa eficiência e capacidade operacional.

Segundo o estudo, estes são alguns dos fatores que os compradores consideram mais importantes na hora de escolher um parceiro de segurança, com especial prioridade para as capacidades técnicas, rapidez e eficiência no tempo de resposta:

  • 36%: Acesso a ferramentas avançadas, como resposta a incidentes, inteligência de ameaças e XDR (Extended detection and response);
  • 35%: Maior monitorização de ameaças com visibilidade em tempo real e resposta mais rápida;
  • 32%: Equipa alargada de especialistas e consultores de segurança certificados;
  • 28%: Ajuda para evitar configurações incorretas.

[AngoTIC 2023] Mais de 40 empresas inscritas na 3ª edição do Fórum Tecnológico

Mais de 40 empresas, das 150 previstas já estão inscritas para a 3ª edição do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola (ANGOTIC 2023), que vem para contribuir para a diversificação da economia nacional.

A informação foi revelada pelo diretor Nacional das Telecomunicações, Tecnologias de Informação, Matias Borges, salientando que há uma “grande” procura de empresas nacionais e internacionais para participar no evento que decorre de 12 a 14 do mês corrente, em Luanda, propriamente nas instalações do Centro de Convenções de Talatona, sob o lema “Conectividade e Modernização Tecnológica”.

As empresas inscritas para mostrar o seu potencial consta dos sectores da Agricultura, Saúde, Ambiente, Banca, entre outros”, disse o diretor.

MAIS: [AngoTIC 2023] Conheça os oradores do evento

 Já o Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTIC), Mário Oliveira, afirmou que o fórum servirá para refletir em torno do potencial e desenvolvimento das TICs para as novas soluções de negócios, dar visibilidade às competências do mercado nacional e internacional, com reflexos importantes na geração de emprego, renda e qualidade de vida.

O ministro referiu que a terceira edição promete, apesar dos desafios geopolíticos e económicos que o mundo enfrenta, ser um evento de tecnologia de referência no continente, combinado o conteúdo inigualável de um fórum de grande exposição, assim como oportunidades de networking.

Destacou ainda que as empresas e organizações poderão exibir produtos inovadores, tecnologias e aplicações, mostrando novos produtos desenvolvidos pelas empresas de Tecnologia de Informação (TI), que permitem aprimorar a gestão, melhorar a qualidade dos produtos e serviços, ampliar a produtividade e fidelizar a tomada de decisões.

Huawei pode ser banida do sistema de conexão 5G de Portugal

Conforme noticiou a Bloomberg, nesta semana, o governo de Portugal recomendou proibir as operadoras locais de adquirir equipamentos 5G de fabricantes sediados fora da União Europeia ou de países que não fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ou da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A informação foi obtida num documento divulgado pela Comissão de Avaliação de Segurança de Portugal. O material menciona a necessidade de barrar alguns equipamentos considerados “de alto risco”, como uma forma de minimizar brechas na segurança das redes sem fio e dos serviços nacionais.

A decisão seria controversa para Portugal. O país tem boas relações com as empresas de tecnologia da China há anos. Diversas das companhias portuguesas de telecomunicações já utilizam componentes da Huawei.

A Altice Portugal, a maior operadora de comunicações sem fios do país, assinou um acordo em 2018 para utilizar equipamento da Huawei em parte da sua implementação do 5G.

Se Portugal avançar com a proibição, uma troca potencialmente profunda de infraestrutura pode levar bastante tempo.

“A Huawei não tem conhecimento prévio e não foi consultada sobre este assunto”, afirmou um porta-voz da Huawei ao Financial Times. “Ao longo das últimas duas décadas, a Huawei trabalha com as operadoras portuguesas para construir redes sem fios e fornecer serviços de qualidade que ligam milhões de pessoas”, destacou.

A marca alegou que continuará cumprindo todas as leis e regulamentos aplicáveis e a servir os clientes e parceiros portugueses que confiam nos seus produtos e serviços.

Até o momento, o governo português não acatou formalmente a decisão, por isso os equipamentos da Huawei poderão operar normalmente por enquanto.

Grande maioria das empresas com incidentes de cibersegurança

Uma pesquisa realizada pela Deloitte Global Future of Cyber Survey 2023 revelou que a grande maioria das empresas inquiridas (91%) registou pelo menos um incidente de cibersegurança no último ano, o que representa um aumento de 3% em comparação ao período anterior. O estudo, considerado a maior pesquisa da Deloitte nesta área até hoje, contou com entrevistas a mais de 1.000 líderes em 20 países.

Incidentes de cibersegurança com impacto negativo

De acordo com o levantamento, 56% dos inquiridos afirmaram terem enfrentado consequências moderadas ou graves em relação aos episódios de incidentes de cibersegurança das suas organizações. Esses resultados demonstram a crescente ameaça enfrentada pelas empresas. Contudo, à medida que essa ameaça se intensifica, também cresce o interesse pelo investimento em cibersegurança como um fator de crescimento.

Investimentos em cibersegurança como impulsionadores de negócios

O estudo revelou que 86% dos decisores na área de cibersegurança afirmaram que iniciativas de segurança digital contribuíram significativamente para a melhoria dos negócios, especialmente na confiança adicional que proporcionaram nas suas áreas de atuação. Esse dado aponta para a importância crescente da segurança cibernética como um fator estratégico para o desenvolvimento e crescimento empresarial.

Necessidade de postura proativa e colaboração

A pesquisa sobre o futuro global da cibersegurança destacou a necessidade urgente das organizações adotarem uma postura proativa em relação à cibersegurança. Com o surgimento de novas tendências nesse campo, como a interconexão digital e o aumento exponencial da produção e armazenamento de dados, bem como a disseminação do trabalho remoto, o perigo de ciberataques e outras ameaças à segurança das organizações e das pessoas que delas dependem se amplia.

Cibersegurança no radar dos conselhos de administração

O estudo também revelou que 70% dos inquiridos afirmaram que a cibersegurança está na agenda do conselho de administração das suas empresas, com reuniões mensais ou trimestrais. Essa indicação evidencia que o tema está agora mais ligado às operações, aos resultados e às oportunidades de negócio, estabelecendo-se como parte integrante do caminho crítico das organizações.

Empresas líderes em cibersegurança

Como parte do estudo, a Deloitte identificou um grupo de “líderes globais”, empresas que estão implementando práticas exemplares na área da cibersegurança.

Essas organizações têm adotado ações importantes, como um plano operacional e estratégico, um plano de ação para melhoria contínua da segurança da informação e um programa de gestão de riscos para monitorar e acompanhar a postura de segurança de parceiros e fornecedores. Essas empresas relataram que as iniciativas de cibersegurança tiveram impactos positivos em áreas como reputação de marca, confiança dos clientes, estabilidade operacional e faturação.

Cibersegurança como ingrediente essencial da transformação digital

Frederico Macias, Partner da Deloitte e líder global de Risk Advisory para a indústria de Technology, Media & Telecommunications, destacou que o ciberespaço também pode representar uma oportunidade de crescimento. Muitos líderes de empresas globais estão a mudar a visão sobre a cibersegurança, e passar a encará-la não apenas como um risco empresarial, mas também como um ingrediente essencial da transformação digital das empresas.

Com a crescente ameaça cibernética, a segurança digital torna-se cada vez mais essencial para a proteção das organizações e o desenvolvimento dos negócios, exige uma abordagem proativa e investimentos significativos nessa área crítica.

Kaspersky diz que invasores hackearam iPhones dos funcionários com malware desconhecido

Na quinta-feira, a Kaspersky anunciou o alegado ciberataque e publicou um relatório técnico de análise do mesmo, onde a empresa admitiu que a sua análise ainda não está completa. A empresa disse que os hackers, que até agora são desconhecidos, entregaram o malware com um exploit de clique zero através de um anexo iMessage, e que todos os eventos aconteceram num período de um a três minutos.

 

O porta-voz da Kaspersky, Sawyer Van Horn, disse que a empresa determinou que uma das vulnerabilidades usadas na operação é conhecida e foi corrigida pela Apple em dezembro de 2022, mas pode ter sido explorada antes de ser corrigida, junto com outras vulnerabilidades. “Embora não haja nenhuma indicação clara de que as mesmas vulnerabilidades foram exploradas anteriormente, é bem possível”, disse o porta-voz.

Os investigadores da Kaspersky afirmaram que descobriram o ataque quando repararam em “atividade suspeita proveniente de vários telemóveis com iOS”, enquanto monitorizavam a sua própria rede Wi-Fi empresarial. Van Horn disse que os ciberataques foram descobertos “no início deste ano”.

A empresa chamou a este alegado hack contra os seus próprios empregados “Operação Triangulação” e criou um logótipo para o efeito.

Os investigadores da Kaspersky disseram que criaram cópias de segurança offline dos iPhones visados e inspecionaram-nos com uma ferramenta desenvolvida pela Amnistia Internacional chamada Mobile Verification Toolkit, ou MVT, que lhes permitiu descobrir “vestígios de compromisso”. Os pesquisadores não disseram quando descobriram o ataque, e disseram que encontraram vestígios dele desde 2019 e que “o ataque está em andamento, e a versão mais recente dos dispositivos visados com sucesso é iOS 15.7.”

Embora o malware tenha sido projetado para limpar os dispositivos infetados e remover vestígios de si mesmo, “é possível identificar de forma confiável se o dispositivo foi comprometido”, escreveram os pesquisadores.

No relatório, os pesquisadores explicaram passo a passo como analisaram os dispositivos comprometidos, descrevendo como outros podem fazer o mesmo. No entanto, não incluíram muitos pormenores sobre o que descobriram com este processo.

Os pesquisadores disseram que a presença de “linhas de uso de dados mencionando o processo chamado ‘BackupAgent'”, foi o sinal mais confiável de que um iPhone foi hackeado, e que outro dos sinais foi que os iPhones comprometidos não podiam instalar atualizações do iOS.

“Observámos que as tentativas de atualização terminavam com a mensagem de erro ‘Falha na atualização de software. Ocorreu um erro ao descarregar o iOS'”, escreveram os investigadores.

A empresa também publicou uma série de URLs que foram usados na operação, incluindo alguns com nomes como Unlimited Teacup e Backup Rabbit.

A Russian Computer Emergency Response Team (CERT), uma organização governamental que partilha informações sobre ciberataques, publicou um aviso sobre o ciberataque, juntamente com os mesmos domínios mencionados pela Kaspersky.

Numa declaração separada, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) acusou os serviços secretos dos EUA – mencionando especificamente a NSA – de piratear “milhares” de telemóveis Apple com o objetivo de espiar diplomatas russos, de acordo com uma tradução online. O FSB também acusou a Apple de cooperar com os serviços secretos americanos. O FSB não apresentou provas das suas alegações.

“Nunca trabalhámos com nenhum governo para inserir uma porta traseira em qualquer produto, Apple e nunca o faremos”, disse o porta-voz da Apple, Scott Radcliffe, num e-mail.
A NSA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A descrição dos ataques pelo FSB ecoa o que a Kaspersky escreveu no seu relatório, mas não está claro se as duas operações estão conectadas.

“Embora não tenhamos detalhes técnicos sobre o que foi relatado pelo FSB até agora, o Centro Nacional de Coordenação de Incidentes Informáticos da Rússia (NCCCI) já declarou no seu alerta público que os indicadores de comprometimento são os mesmos”, disse Van Horn.

Além disso, a empresa recusou-se a atribuir a operação a qualquer governo ou grupo de hackers, dizendo que “a Kaspersky não faz atribuição política”.

“Não temos detalhes técnicos sobre o que foi relatado pelo FSB até agora, portanto, também não podemos fazer qualquer atribuição técnica. A julgar pelas características do ciberataque, não conseguimos associar esta campanha de ciberespionagem a qualquer agente de ameaça existente”, escreveu Van Horn.

O porta-voz disse ainda que a empresa contactou a Apple na quinta-feira de manhã, “antes de enviar o relatório aos CERT nacionais”.

O fundador da empresa, Eugene Kaspersky, escreveu no Twitter que “estão bastante confiantes de que a Kaspersky não foi o principal alvo deste ciberataque”, prometendo “mais clareza e mais pormenores” nos próximos dias.