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Sábado, Agosto 16, 2025
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Sector bancário em Angola sofre sete ataques cibernéticos em 2023

O sector bancário de Angola enfrentou sete ataques cibernéticos bem-sucedidos ao longo deste ano, afetando quatro instituições financeiras. Durante uma entrevista realizada no contexto da 3ª edição do CyberSecur Summit 2023.

José Nkombo responsável da Agência de Proteção de Dados, destacou que as origens dos ataques ainda não foram identificadas. Além disso, ele observou que, devido à organização eficaz de alguns bancos, eles conseguiram conter a situação, evitando impactos significativos nos seus sistemas.

“Os nomes dos bancos serão revelados no seu devido tempo, sendo que o processo está em fase de instrução”, informou. O responsável apontou também que os números de ataques registados no país “são preocupantes”, porque muitas instituições públicas e privadas ainda encaram a questão da segurança como uma despesa e não como prioridade.

“No contexto atual, em que queremos digitalizar, principalmente os acervos das nossas instituições, requer que com essa digitalização exista uma consciencialização em termos de segurança da informação, que parte pela formação de pessoas até os próprios programas de consciencialização dos seus funcionários”, referiu.

Por sua vez, Analise Ferreira, responsável para Angola, Moçambique e Cabo Verde da Check Point – empresa que atua em diversos países na área de segurança para internet, também apontou que a banca é um dos [sectores] mais atacados, referindo que os ataques rodam os 10%. Para combater os ataques, Analise Ferreira apela o Estado angolano e às empresas a reforçarem as políticas de segurança, realizando workshop e dar a conhecer o que se passa neste sentido. “É importante começarmos a prevenir para evitar menor impacto e maior mitigação.

Google vai adotar novo método padrão de login sem senha

A Google anunciou que vai começar a incentivar os utilizadores a usarem ‘passkeys’ nos seus serviços como o Gmail. As ‘passkeys’ são uma alternativa às tradicionais palavras-passe que, de acordo com a tecnológica de Mountain View, são mais cómodas e também mais seguras.

A Google explica numa publicação de blogue que, para usar a ‘passkey’, os utilizadores poderão usar a impressão digital, a face ou um pin para desbloquear o dispositivo e afirma que são “40% mais rápidas do que palavras-passe”.

MAIS: Google passa a aceitar Passkeys no login em contas pessoais

Apesar de serem um grande passo em frente, sabemos que novas tecnologias levam tempo para serem adotadas – por isso as palavras-passe vão permanecer por mais algum tempo. É por isso que será dada às pessoas a opção de usar uma palavra-passe para entrar e podem nem usar ‘passkeys’ de todo, pode ler-se na publicação da Google.

Serve sublinhar que a Google não é a única empresa tecnológica a incentivar a utilização de ‘passkeys’, com a Apple a também ter lançado com o iOS 17 o suporte para este tipo de funcionalidade de segurança.

CyberSecur Summit 2023: APD preocupada com a recolha excessiva de Dados no país

A Agência de Proteção de Dados (APD), expressa preocupação com a falta de legalização de bases de dados em Angola. A informação foi expressa por José Nkombo, Chefe do Departamento de Inspeção da Agência durante o CyberSecur Summit 2023, em Luanda, ao abordar questões de proteção de dados pessoais.

Na sua apresentação, José Nkombo iniciou a destacar os progressos observados no país, principalmente em relação à implementação das leis reguladoras no sector. Enfatizou que a APD está dedicada a posicionar o país no âmbito internacional da proteção de dados.

Nesse sentido, o responsável mencionou que já estabeleceram parcerias com os países africanos, especialmente de língua portuguesa, como Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Além disso, estão atualmente em andamento negociações para acordos de cooperação com Portugal e Espanha, no continente africano.

O Chefe do Departamento de Inspeção da entidade pública responsável pela regulamentação do sector de dados no país expressou igualmente a sua preocupação com a recolha excessiva de dados dos cidadãos, realizada sem motivo, justificação e sem o consentimento dos titulares.

Para José Nkombo, a prática ideal seria que as organizações solicitem apenas os dados necessários para as suas operações específicas. E também destacou uma das principais preocupações do sector, sendo o recorrente roubo de identidade através de redes sociais e dispositivos eletrónicos.

Outro ponto ressaltado foi a questão da hospedagem de dados no exterior, a respeito da qual a APD emitiu um alerta. Embora o ordenamento jurídico em vigor não proíba essa prática, o responsável enfatizou a importância de seguir as normas ao optar por armazenar os dados da sua empresa em outro país.

No que diz respeito às medidas de segurança de informação, José Nkombo fez uma denúncia, apontando que há empresas públicas e privadas que carecem de sistemas de segurança de informação, tornando-se assim vulneráveis a ataques cibernéticos.

[Rumores] Disney interessada na compra da Electronic Arts

A Bloomberg está a avançar com a notícia de que a Disney pode estar interessada em comprar a editora e produtora de videojogos Electronic Arts – conhecida mais recentemente por ‘EA Sports FC 24’, ‘Star Wars Jedi: Survivor’ e também o ‘remake’ de ‘Dead Space’.

A publicação refere que os executivos mais próximos do CEO da Disney, Bob Iger, têm incentivo o líder da empresa a apostar na indústria dos videojogos com a compra da Electronic Arts, considerada uma das grandes empresas da área. Todavia, parece que Iger não é particularmente fã desta ideia e, aparentemente, pode não optar por esta via.

MAIS: [Vídeo] Electronic Arts revela o substituto do videojogo FIFA

Serve sublinhar que a indústria dos videojogos tem passado por grandes aquisições nos últimos tempos. Além da compra da Bungie pela Sony, a Microsoft também já adquiriu a Bethesda e prepara-se para comprar também a Activision Blizzard.

Empresas angolanas já exploram os serviços comerciais do Angosat-2

Já são várias as empresas angolanas que exploram o Angosat-2, como são os casos da Endiama, no domínio da mineração, aplicativos de gestão do Corredor do Lobito, Gestão de Ativos do Estado, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e no monitoramento da costa angolana.

Essa informação foi revelada pelo chefe do Departamento de Educação Espacial do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), Gilberto Gomes, reiterando que a instituição traçou um programa nacional para dar a conhecer e clarificar sobre os negócios de satélites de observação da terra.

Dentre os objetivos do evento, consta a massificação no uso de Internet a nível do país, para além da criação de oportunidades e negócios entre startups nacionais e internacionais no sector espacial, com destaque para projetos ligados à observação da terra.

MAIS: Operadoras de telecomunicações já estão a migrar serviços para o Angosat-2

De informar que as empresas de telecomunicações em Angola poderão poupar mensalmente mais de 20 milhões de dólares com as operações do Angosat-2, desde a entrada do processo de comercialização, segundo o diretor do Centro de Controlo e Missões de Satélites do GGPEN, Amaro João.

O diretor que falava durante a abertura da Feira das Tecnologias, organizada pela Universidade Católica de Angola (UCAN), realizado em alusão ao 17 de maio, Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação, disse que “desde fevereiro, o Angosat-2 entrou no processo de comercialização e está a ser usado por operadores nacionais, o que vai permitir que se possam internamente realizar os pagamentos em moeda nacional“.

Amaro João salientou ainda que, com o funcionamento do Angosat-2, estão criadas as oportunidades para os operadores locais fazerem o aproveitamento do equipamento como infraestrutura utilizada para as próprias redes, isto é, com a existência da fibra óptica no país.

Google aceita multa de USD 93 milhões no caso de privacidade de localização

O Google concordou em pagar USD 93 milhões para resolver uma ação movida pelo estado da Califórnia, nos EUA, sobre alegações de que as práticas de privacidade de localização da empresa enganaram os consumidores e violaram as leis de proteção ao consumidor.

“A nossa investigação revelou que o Google estava dizendo uma coisa a seus usuários – que não rastrearia mais a sua localização depois que eles desistissem – mas fazendo o oposto e continuando a rastrear os movimentos dos seus usuários para o seu próprio ganho comercial”, disse o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, disse.

A ação é uma resposta às revelações de que a empresa continuou a rastrear a localização dos usuários, apesar de afirmar o contrário, que tais informações não seriam armazenadas se a configuração “Histórico de localização” fosse desativada.

A denúncia apresentada pelo Governo da Califórnia alegou que o Google coletou dados de localização por meio de outras fontes e enganou os usuários sobre a sua capacidade de cancelar anúncios personalizados direcionados à sua localização.

Com o Google obtendo mais de USD 220 mil milhões em receitas em 2022 apenas com publicidade, este é o mais recente de uma série de acordos financeiros feitos pela empresa para resolver vários processos movidos por diferentes estados dos EUA.

Em novembro passado, o Google concordou em pagar USD 391,5 milhões para resolver reclamações semelhantes apresentadas por 40 estados dos EUA. Então, em janeiro de 2023, consentiu em desembolsar outros USD 29,5 milhões para resolver duas ações judiciais diferentes movidas pelos estados de Indiana e Washington, D.C.

Posteriormente, em maio de 2023, a empresa fez um acordo com o estado de Washington por USD 39,9 milhões pelos mesmos motivos. Atualmente enfrenta um processo de rastreamento de localização no estado do Texas.

A gigante da tecnologia, que não admitiu qualquer irregularidade, afirmou que se baseiam em “políticas de produtos desatualizadas que alteramos anos atrás”. Também concordou em fornecer maiores controles e transparência aos usuários sobre os dados de localização.

A decisão ocorre duas semanas depois que a organização austríaca de privacidade NOYB (abreviação de None of Your Business) apresentou três reclamações contra o Fitbit, de propriedade do Google, por forçar novos usuários do seu aplicativo a consentir em transferências de dados confidenciais fora da União Europeia que podem não ter o mesmo nível de proteção de dados do bloco.

“Ao contrário dos requisitos legais, os utilizadores nem sequer têm a possibilidade de retirar o seu consentimento”, acrescentou ainda. “Em vez disso, eles precisam excluir completamente as suas contas para impedir o processamento ilegal”.

A ascensão das atividades de ciberespionagem em todo o mundo

A Microsoft divulgou os resultados do Relatório de Defesa Digital, onde revela que os ciberataques atingiram 120 países, impulsionados por espionagem instigada por governos e com as operações de influência também a aumentar. Com base em mais de 65 biliões de sinais diários, o estudo cobre as tendências entre julho de 2022 e junho de 2023 das atividades de Estado-Nação, cibercrime e técnicas de defesa.

Quase metade destes ataques visaram Estados-membros da NATO e mais de 40% foram dirigidos a organizações governamentais ou do sector privado envolvidas na construção e manutenção de infraestruturas críticas. Apesar dos ataques que estiveram em destaque no ano passado estivessem frequentemente associados à destruição ou ao ganho financeiro com ransomware, os dados mostram que a motivação predominante voltou a ser a vontade de roubar informações, monitorizar secretamente as comunicações ou manipular o que as pessoas leem:

  • Os serviços secretos russos reorientaram os seus ciberataques para atividades de espionagem de apoio à guerra contra a Ucrânia, e continuam simultaneamente a efetuar ciberataques destrutivos na Ucrânia, mas a desenvolver esforços de espionagem mais vastos;
  • Os esforços iranianos, outrora centrados em derrubar as redes dos seus alvos, tendem também hoje a amplificar mensagens manipuladoras para promover objetivos geopolíticos ou aceder a dados que circulam em redes sensíveis;
  • A China alargou o recurso a campanhas de espionagem para obter informações destinadas a impulsionar a sua iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” ou a política regional, para espiar os EUA, incluindo as principais instalações para as forças armadas norte-americanas, e para estabelecer o acesso às redes de entidades de infraestruturas críticas;
  • Os atores norte-coreanos têm tentado roubar secretamente informações confidenciais; visaram uma empresa envolvida na tecnologia de submarinos e, por outro lado, utilizaram os ciberataques para roubar centenas de milhões em criptomoeda.

Embora os EUA, a Ucrânia e Israel continuem a ser os países mais atacados, no último ano assistiu-se a um aumento dos ataques a nível global. É o caso, em particular, do Sul Global, nomeadamente da América Latina e da África Subsariana. O Irão aumentou as suas operações no Médio Oriente. As organizações envolvidas na elaboração e execução de políticas estão entre as mais visadas, em consonância com a mudança de foco para a espionagem.

Tanto a Rússia, como a China, estão a aumentar as suas operações de influência contra uma série de comunidades da diáspora. A Rússia pretende intimidar as comunidades ucranianas a nível mundial e semear a desconfiança entre os refugiados de guerra e as comunidades de acolhimento numa série de países, especialmente na Polónia e nos Estados Bálticos.

Em contrapartida, a China utiliza uma vasta rede de contas coordenadas em dezenas de plataformas para difundir propaganda dissimulada. Estas contas visam diretamente as comunidades globais de língua chinesa e outras, denegrindo as instituições dos EUA e promovendo uma imagem positiva da China.

Os atores Estados-Nação estão a utilizar mais frequentemente as operações de influência juntamente com as ciber operações para difundir narrativas de propaganda favoráveis. Estas têm como objetivo manipular a opinião pública nacional e mundial para enfraquecer as instituições democráticas das nações adversárias, o que é mais perigoso no contexto de conflitos armados e de eleições nacionais.

Por exemplo, na sequência da invasão da Ucrânia, a Rússia programou consistentemente as suas operações de influência com ataques militares e cibernéticos. Do mesmo modo, em julho e setembro de 2022, o Irão avançou com ciberataques destrutivos contra o governo albanês com uma campanha de influência coordenada que ainda está em curso.

Embora tenha havido um aumento geral das ameaças, foram observadas tendências nos atores mais ativos dos Estados-Nação.

  • Rússia tem como alvo os aliados da Ucrânia na NATO – Os atores estatais russos expandiram as suas atividades relacionadas com a Ucrânia para visar os aliados de Kiev, principalmente os membros da NATO. Em abril e maio de 2023, a Microsoft observou um aumento de atividade contra organizações ocidentais, 46% das quais em Estados-membros da NATO, em particular os Estados Unidos, o Reino Unido e a Polónia. Vários atores estatais russos fizeram-se passar por diplomatas ocidentais e funcionários ucranianos, tentando aceder às contas para obter informações sobre a política externa ocidental em relação à Ucrânia, planos e intenções de defesa e investigações de crimes de guerra;
  • China tem como alvo a defesa dos EUA, os países do Mar do Sul da China e os parceiros da Iniciativa Uma Faixa, Uma Rota – As atividades alargadas e sofisticadas da China refletem a sua dupla procura de influência global e de recolha de informações. Os seus alvos são mais frequentemente as infraestruturas críticas e de defesa dos EUA, as nações que fazem fronteira com o Mar do Sul da China (especialmente Taiwan) e até os próprios parceiros estratégicos da China. Para além dos múltiplos ataques sofisticados às infraestruturas dos EUA descritos no relatório, a Microsoft também identificou atores baseados na China atacarem os parceiros da Iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, como a Malásia, a Indonésia e o Cazaquistão;
  • Irão lança novos ataques em África, na América Latina e na Ásia – No ano passado, alguns atores estatais iranianos aumentaram a complexidade dos seus ataques. O Irão não só visou países ocidentais que considera estarem a fomentar a agitação no Irão, como também expandiu o seu alcance geográfico para incluir mais países asiáticos, africanos e latino-americanos. Na frente IO, o Irão tem promovido narrativas que procuram reforçar a resistência palestiniana, semear o pânico entre os cidadãos israelitas, fomentar a agitação xiita nos países do Golfo Árabe e contrariar a normalização dos laços israelitas e árabes. O Irão também tem feito esforços para aumentar a coordenação das suas atividades com a Rússia;
  • Coreia do Norte tem como alvo as organizações russas, entre outras – A Coreia do Norte aumentou a sofisticação das suas ciberoperações no último ano, especialmente no que respeita ao roubo de criptomoedas e aos ataques à cadeia de abastecimento. Além disso, a Coreia do Norte está a utilizar emails de spearphishing e perfis do LinkedIn para visar especialistas da península coreana em todo o mundo para recolher informações. Apesar do recente encontro entre Putin e Kim Jong-Un, a Coreia do Norte tem como alvo a Rússia, especialmente para a recolha de informações sobre energia nuclear, defesa e política governamental.

Os atacantes já estão a utilizar a Inteligência Artificial (IA) como uma arma para aperfeiçoar mensagens de phishing e melhorar as operações de influência com imagens sintéticas. Mas a IA também será crucial para uma defesa bem-sucedida, automatizando e aumentando aspetos da cibersegurança, como a deteção, resposta, análise e previsão de ameaças. A IA também pode permitir que os modelos de linguagem de grande dimensão (LLM) gerem informações e recomendações em linguagem natural a partir de dados complexos, ajudando a que os analistas sejam mais eficazes e reativos.

Neste período de análise, foi possível assistir a uma ciberdefesa impulsionada por IA a inverter a maré de ciberataques; na Ucrânia, por exemplo, a IA ajudou a defender a Rússia.

À medida que a IA transformadora reformula muitos aspetos da sociedade, é necessário apostar em práticas de IA responsáveis, cruciais para manter a confiança e a privacidade dos utilizadores e para criar benefícios a longo prazo. Os modelos de IA generativa exigem uma evolução das práticas de cibersegurança e os modelos de ameaças para fazer face a novos desafios, como a criação de conteúdos realistas – incluindo texto, imagens, vídeo e áudio – que podem ser utilizados por atores de ameaças para espalhar desinformação ou criar código malicioso.

A telemetria da Microsoft indica que as organizações viram os ataques de ransomware executados por humanos aumentarem 200% desde setembro de 2022. Esses ataques são geralmente um tipo de ataque do tipo “mãos no teclado”, normalmente visando uma organização inteira com pedidos de resgate personalizados.

Os atacantes também estão a desenvolver ataques para minimizar a sua pegada, com 60% a utilizar encriptação remota, tornando assim ineficaz a correção baseada em processos. Estes ataques são também notáveis pela forma como tentam obter acesso a dispositivos não geridos – mais de 80% de todos os comprometimentos observados têm origem nesses dispositivos não geridos.

A MFA é o método de autenticação cada vez mais comum que exige que os utilizadores forneçam dois ou mais fatores de identificação para obterem acesso a um site ou aplicação. Embora a implementação da MFA seja uma das defesas mais fáceis e eficazes que as organizações podem implementar contra-ataques, reduzindo o risco de comprometimento em 99,2%, os atores de ameaças estão cada vez mais a tirar partido da “fadiga de MFA” para bombardear os utilizadores com notificações MFA, na esperança de que estes acabem por aceitar e fornecer acesso.

A Microsoft observou aproximadamente seis mil tentativas de fadiga da MFA por dia no último ano. Além disso, o primeiro trimestre de 2023 registou um aumento dramático de dez vezes nos ataques a passwords contra identidades na cloud, especialmente no sector da educação, de cerca de três mil milhões por mês para mais de 30 mil milhões – uma média de quatro mil ataques a passwords por segundo direcionados para identidades na cloud da Microsoft este ano.

VPNs em 2023: segurança real ou apenas uma ilusão?

É tentador optar por uma VPN gratuita, mas é importante saber que nem todas as VPNs são criadas da mesma forma. As VPNs gratuitas apresentam várias limitações:

  • Falta de encriptação robusta
  • Venda de dados dos utilizadores
  • Publicidade invasiva

Estas limitações não só comprometem a sua privacidade, como também podem colocar em risco a sua segurança.

O que torna uma VPN segura?

Escolher uma VPN segura não é tarefa fácil, mas há alguns critérios que podem ajudar na decisão:

  1. Protocolos seguros: Opta por VPNs que utilizam protocolos seguros como WireGuard ou IKEv2/IPSec.
  2. Política de não registos: Uma VPN segura não deve guardar registos das suas atividades online.
  3. Autenticação de dois fatores: Este é um extra que adiciona uma camada adicional de segurança.

A importância da localização da empresa

A jurisdição sob a qual a VPN opera pode afetar a tua privacidade. Países com leis de privacidade rigorosas são geralmente mais seguros. Evita VPNs sediadas em países que têm um histórico de violações de direitos humanos ou leis de vigilância invasiva.

Navegação privada não é suficiente

Muitos pensam que o modo de navegação anónima ou privada oferece o mesmo nível de proteção que uma VPN. Isso é um mito. Enquanto a navegação privada pode apagar o teu histórico de navegação, ela não encripta os teus dados nem esconde o teu endereço IP.

Como funciona uma VPN

Quando te conectas a uma VPN, o teu dispositivo estabelece uma ligação encriptada com um servidor remoto. Todos os dados que envias ou recebes passam por este “túnel” encriptado, tornando quase impossível para terceiros espiar as suas atividades.

Escolher o fornecedor de VPN mais seguro

Para garantir que estás a fazer a escolha certa, considera os seguintes fatores:

  • Preço: VPNs gratuitas são inerentemente menos seguras.
  • Histórico da empresa: Procura informações sobre eventuais fugas de dados ou práticas duvidosas.
  • Características adicionais: Servidores apenas em RAM, pagamentos em criptomoedas, etc.

VPNs são uma ferramenta valiosa para proteger a sua privacidade online, mas é crucial escolher uma que seja tanto segura quanto confiável. Optar por uma VPN paga de um fornecedor respeitável pode fazer toda a diferença na tua experiência online. Não te deixes seduzir por ofertas gratuitas que podem acabar por custar-te muito mais.

LISPA JumpStart: Abertas candidaturas para 4ª edição do ano do programa acelerador de startups

Estão abertas a 4ª edição de 2023 do LISPA JumpStart, um programa acelerador a nível nacional que apoia ideias inovadoras, organizado pelo Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamentos de Angola (LISPA) e o Acelera Angola.

As inscrições ao programa vão até ao dia 5 de Novembro, onde o LISPA Jumpstart é um programa de ideação que tem como missão, contribuir para a construção do ecossistema de empreendedorismo em Angola, por isso convida jovens empreendedores, estudantes universitários a mergulhar numa experiência intensa e cheia de aprendizados, que darão forma à sua ideia de negócio.

O objetivo do LISPA JUMPSTART é fomentar o espírito empreendedor e o desenvolvimento de novas ideias de negócio. Este é um programa intensivo, onde os participantes irão aprender sobre validação e modelos de negócio, protótipo, teste e pitch.

MAIS: Startup Nulongi vence 3ª edição do ano do concurso de empreendedorismo digital LISPA JumpStart

O LISPA JUMPSTART procura ideias ou soluções digitais para problemas reais e inclui workshops, mentoria e trabalho de equipa. Chegou a hora de juntar a tua equipa, agarrar a oportunidade e submeter a candidatura da vossa ideia.

Os founders selecionados vão ter oportunidade de interagir com mentores muito experientes no setor, ao longo do programa, que vão dar suporte durante as fases de validação do conceito e criação do produto/serviço.

De informar ainda que o mesmo consiste num programa intensivo de 5 (cinco) dias, onde as startups escolhidas vão aprender a validar, criar modelos de negócio, protótipos, a fazer o pitch e muito mais.

O programa de submissão de candidaturas está aberto para todas as pessoas que tenham uma ideia para uma Startup Digital e anseiam solucionar problemas reais da sociedade angolana, sem esquecer que as startups selecionadas ao programa vão estar habilitadas a ganhar um incentivo económico de 1.000.000,00 de kwanzas.

Para submeteres a sua inscrição ao programa, clique em aqui.

Para mais informações queiram contactar: [email protected][email protected]

A tensão em Israel impacta a indústria tecnológica

Israel seguia em expansão, tecnologicamente falando, sendo esta indústria responsável por 14% dos postos de trabalho e por cerca de 5% do PIB do país. Além de ser o sector de crescimento mais rápido, a tecnologia representava um motor essencial da expansão económica.

Apesar do cenário animador, a deterioração vem ganhando força desde 2022: a instabilidade política e da cadeia de abastecimento, a inflação e as taxas de juro, entre outros, motivaram um declínio do sector tecnológico. Em março deste ano, muitos investidores e empresas de tecnologia decidiram transferir dinheiro para fora de Israel.

Israel é uma urbe tecnológica

Atualmente, Israel abriga mais de 500 multinacionais, incluindo startups de gigantes da tecnologia como a Google, Facebook, Apple e Microsoft.

A escalada da guerra já provocou uma queda nas ações das empresas tecnológicas do país, resultando no declínio de muitas, segundo o Tech Times.

Por exemplo, a maior fabricante de medicamentos genéricos do mundo, a Teva Pharmaceutical, caiu 5,25%, e o ICL Group, um produtor de fertilizantes, registou um declínio de 0,7%.

Os fundos negociados na bolsa americana que estão expostos a Israel, como o iShares MSCI Israel ETF e o ARK Israel Innovative Technology ETF, registaram quedas de 7,8% e 4,9%, respetivamente.

Mais, a Tower Semiconductor, uma fabricante israelita de chips, caiu 5,14%, e a Check Point Security, uma empresa de cibersegurança, caiu 1,77%.

Segundo a Reuters, para Jack Ablin, director de investimentos e sócio fundador da Cresset Wealth Advisors, a guerra entre Israel e o Hamas pode levar ao desvio de recursos, nomeadamente, exigindo que os funcionários de muitas tecnológicas sirvam de reserva militar.

Agora, conforme adiantado pela Reuters, analistas e investidores esperam que as empresas tecnológicas israelitas precisem de reforçar a segurança, por estarem largamente sujeitas a perturbações devido à guerra entre Israel e o Hamas.