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Segunda-feira, Agosto 18, 2025
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Como mitigar o aumento dos incidentes cibernéticos em África

Não há dúvida de que as empresas africanas estão a ser cada vez mais visadas por ciberataques, com incidentes de ransomware, spyware e backdoor, bem como fugas de dados, a tornarem-se cada vez mais frequentes.

Um exemplo recente são os ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) a organizações quenianas e nigerianas pelos “hacktivistas” Anonymous Sudan em julho e agosto deste ano.De acordo com um relatório da empresa de cibersegurança Cloudflare, o grupo original surgiu no Sudão, “em resposta aos desafios políticos e económicos do país. Também eram conhecidos por utilizar o activismo digital, que inclui pirataria informática e ataques DDoS a governos e outros sítios Web de alto nível, para chamar a atenção para questões como a censura na Internet”.

No início de 2022, os Anonymous Sudan lançaram ataques DDoS contra países como a Suécia, a Dinamarca e os EUA, que continuaram este ano, tendo o grupo anunciado que iria atacar o sector financeiro dos EUA e da Europa em meados de junho.

A partir do final de julho, as organizações quenianas ficaram sob cerco e várias empresas do país, como bancos, meios de comunicação social, hospitais, universidades e outras empresas, foram alegadamente visadas numa ofensiva DDoS que durou dias.

Os efeitos destes ataques são de grande alcance, diz o relatório, enumerando desafios como a indisponibilidade do serviço, a perda de receitas, a diminuição da produtividade, os custos de correção e os danos à reputação.

Como podem, então, as empresas africanas tomar medidas para mediar este tipo de ataque ou, pelo menos, minimizar os danos causados pelos cibercriminosos? A resposta é garantir que estão a ser tomadas as medidas estratégicas correctas

Estabelecer um Plano de Resposta a Incidentes

Um excelente ponto de partida é ter um plano de resposta a incidentes em vigor; um documento formal, escrito e aprovado pela direção, que fornece um conjunto de instruções para as organizações detectarem, responderem e recuperarem de um incidente cibernético.

Caso ocorra um ataque, a empresa deve consultar o seu plano de resposta a incidentes e adoptar as medidas recomendadas.

O plano de resposta a incidentes deve seguir várias etapas:

  • A primeira, uma vez que o plano é invocado no caso de um incidente de cibersegurança, é alertar todas as pessoas responsáveis dentro da empresa, incluindo o responsável pela governação e risco, a gestão de topo e os executivos.
  • O passo seguinte é reunir uma equipa de especialistas em segurança do Centro de Operações de Segurança (SOC), que incluiria membros de diferentes disciplinas de cibersegurança.
  • Abrir uma “sala de guerra”, incorporar todos os seus especialistas técnicos em cibersegurança, que têm a tarefa de investigar o ataque, conceber o que tem de ser feito do ponto de vista da atenuação e executar as medidas necessárias.
  • Todas as partes interessadas devem ser mantidas actualizadas sobre os progressos realizados durante este processo.

Idealmente, um plano de resposta a incidentes deve abranger todos os tipos de ciberataque e, quer se trate de ransomware ou de um ataque de malware, por exemplo, a resposta deve ser sempre a mesma – pelo menos inicialmente.

Isto significa que todos os membros das equipas técnicas e operacionais estão envolvidos nas fases iniciais, até que seja decidido como será feita a mitigação. Se forem designadas diferentes equipas para gerir diferentes tipos de ataques, a empresa corre o risco de perder de vista o panorama geral da cibersegurança e pode ficar vulnerável a outros tipos de incidentes.

MAIS: Grupo de Hackers “BlackCat” reivindica ataque cibernético a ENDE e a COSAL

A proactividade é fundamental

O conselho é que as organizações devem não só ter um plano de resposta a incidentes, mas também garantir que este é regularmente posto à prova. Isto pode ser efectuado através de simulações de ataques (testes de penetração) para verificar se existem vulnerabilidades exploráveis, digamos, pelo menos duas a quatro vezes por ano. Estes exercícios confirmarão que, na medida do possível, todas as partes interessadas e equipas envolvidas estão preparadas para um ataque real à empresa.

Além disso, as empresas devem fazer verificações frequentes com as suas equipas de engenharia de segurança para confirmar que possuem as certificações de segurança correctas.

Outro exercício essencial é garantir que a empresa oferece formação contínua em cibersegurança aos utilizadores finais. Isto é de extrema importância, considerando que mais de 80 por cento dos ataques são causados por erro humano.

Foi atacado, o que se segue?

É cada vez menos provável que as empresas africanas permaneçam ilesas aos ciberataques, pelo que é importante analisar a forma de recuperação em caso de incidente.

Para começar, a organização deve analisar o tipo de incidente sofrido e ver como pode tomar medidas mais eficazes para proteger os seus sistemas empresariais de ataques futuros semelhantes.

Mais uma vez, a empresa também deve procurar uma formação mais eficaz para os utilizadores finais, bem como sensibilizar as partes interessadas para o seu plano de resposta a incidentes, verificando o que o plano significa para a empresa e como pode ser melhorado.

As empresas que não dispõem de uma equipa de segurança interna dedicada devem procurar o apoio de um parceiro de cibersegurança estabelecido que ofereça serviços de Centro de Operações de Segurança (SOC).

Um SOC subcontratado oferece as vantagens de um acesso imediato, 24 horas por dia, 7 dias por semana, a uma equipa de especialistas em cibersegurança, bem como as mais recentes tecnologias avançadas, informações partilhadas sobre ameaças, opções de escalabilidade e também custos operacionais reduzidos.

Para além do conjunto de medidas de cibersegurança poderosas, proactivas e multidisciplinares, um parceiro de cibersegurança experiente poderá, além disso, ajudar a estabelecer um plano sólido de resposta a incidentes e simulações e cenários de teste regulares.

Angola presente no I Fórum Lusófono de Governação da Internet

Uma comitiva angolana esteve presente no I Fórum Lusófono de Governação da Internet que decorreu de 18 a 19 deste mês no Museu da Língua Portuguesa e na Sede do NIC.Br, na cidade de São Paulo, Brasil.

Liderada pelo Diretor Nacional das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Matias Borges e pelo Diretor do Instituto de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI), André Pedro, o encontro reuniu especialistas, órgãos responsáveis pela gestão, registo e manutenção dos domínios, empresas e universidades de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé, com o objetivo de abordar os desafios da Internet nos países da lusofonia.

MAIS: Nigéria acolhe o Fórum Africano sobre a Governação da Internet

O evento considerou ainda vários temas, com destaque para língua portuguesa na Internet; Inteligência Artificial: desafios e oportunidades para a língua portuguesa; Iniciativas em língua portuguesa de Capacitação Digital e em Governança da Internet; Lançamento da iniciativa para um “Pequeno Almanaque da Internet Lusófona”; Uma agenda Lusófona para o futuro da Cooperação Digital ao nível internacional: Pacto Digital Global e WSIS+20; Cooperação e criação para um Secretariado do FGI Lusófono.

Além do fórum, a delegação participou igualmente na Assembleia Geral da LusNIC (Associação dos ccTLD’s da Língua Portuguesa), órgão que reúne as entidades responsáveis pela gestão, registo e manutenção dos domínios de todos os países de língua portuguesa, onde o Diretor do INFOSI, Eng.º André Pedro foi eleito Presidente do Conselho Fiscal, para um período de 4 anos.

UNITEL lança 5ª edição do programa de bolsas “Mulheres para o Futuro”

A UNITEL, lançou ontem, dia 22 de setembro, a 5ª edição do Programa de Bolsas de Estudo “Mulheres para o Futuro” referente ao ano académico 2023/2024.

A UNITEL vai assim disponibilizar 50 bolsas de estudo, para Mulheres até 25 anos de idade, que pretendam matricular-se ou que já estejam a frequentar o ensino superior nas seguintes áreas de formação:

• Engenharia Eletrotécnica e Telecomunicações
• Engenharia de Informática
• Engenharia de Telecomunicações
• Engenharia Eletromecânica
• Ciência da Computação
• Engenharia de Redes
• Engenharia Mecatrónica
• Engenharia Eletrónica

As bolsas de estudo serão atribuídas para a frequência em instituições de Ensino Superior legalmente reconhecidas pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, e cobrirá anualmente a matrícula, inscrição e propina, conferindo igualmente à bolseira um subsídio para gastos gerais (alimentação, transporte e livros). As beneficiárias contarão ainda, com o suporte de um mentor UNITEL durante a vigência da bolsa, para orientação de estudos e carreira.

Após o término dos estudos, as bolseiras que obtiverem bom aproveitamento (média final de, no mínimo 16 valores) estarão habilitadas para o programa da empresa denominado “TOP STUDENTS” (3 meses de estágio remunerado). As estudantes que terminarem o estágio com aproveitamento de 75% ou acima, beneficiarão de um contrato de trabalho.

As candidatas devem reunir os seguintes requisitos:

  • Ter nacionalidade angolana;
  • Ter até 25 anos de idade;
  • Não estar ou ter estado vinculada como bolseira de outras instituições, quer sejam públicas ou privadas;
  • Ter no mínimo 14 valores de média final tanto para o ensino médio, bem como no exame de admissão à Universidade. Se já tiver iniciado os estudos numa instituição de ensino superior, também deverá ter uma média de, no mínimo, 14 valores;
  • Não ser detentora de bacharelato ou licenciatura;
  • Ser candidata e/ou frequentar cursos universitários em instituições acreditadas na República de Angola e nas áreas referenciadas acima.

O termo da bolsa é igual à duração do curso a frequentar, sendo que, para manter a bolsa é necessário ter anualmente uma média igual ou superior a 14 valores.

A admissão ao programa referente ao ano académico 2023 – 2024, será feita no período de 22 de setembro à 6 de outubro 2023, devendo as potenciais candidatas obter o Formulário de Inscrição e toda a informação sobre o Programa no site da UNITEL, www.unitel.ao.

As candidaturas deverão ser enviadas para o email [email protected] ou entregues numas das Lojas indicadas no site da UNITEL (www.unitel.ao), com os seguintes documentos:
– 1º Ensino Médio concluído:
– Formulário preenchido
– Cópia de B.I
– Cópia do NIF (caso tenha disponível)
– Certificado de notas do Ensino Médio
– Nota do exame de admissão (apresentar até ao dia 6 de outubro) 2º Frequência do Ensino Superior
– CV atualizado
– Formulário preenchido
– Cópia de B.I
– Cópia do NIF (caso tenha disponível)
– Nota do exame de admissão (frequência do 1º ano)
– Declaração de notas dos anos anteriores (2º,3º e 4º ano)
– Notas do ano em curso (apresentar até ao dia 6 de outubro)

Enquadrada na estratégia de Responsabilidade Corporativa da UNITEL, esta iniciativa visa contribuir para a promoção da igualdade e inclusão do género nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em Angola.

Para mais informação sobre o programa, por favor, visite o site da UNITEL www.unitel.ao

Grupo de Hackers “BlackCat” reivindica ataque cibernético a ENDE e a COSAL

Recentemente a Empresa Nacional de Electricidade (ENDE) comunicou que, interrompeu a vendas de energia pré e pós-pago em todo o território nacional por causa de uma anomalia no seu sistema informático, anomalia está que em nenhum momento foi especificado, tendo a mesma já recuperado as vendas de energia apenas nos canais físicos.

Mas pelo que se soube hoje, a referida anomalia avançada pela ENDE foi um ataque cibernético reivindicado pelo BlackCat Ransomware Group via Twitter, onde a mesma declara-se responsável pelo que aconteceu a ENDE e ao Grupo COSAL que é a responsável da marca Hyundai em Angola, essa segunda foi uma informação que apenas surgiu agora.

É importante salientar que, as empresas angolanas não foram os únicos alvos da BlackCat Ransomware Group, consta ainda empresas de países como a França, EUA, Holanda, Inglaterra,  Alemanha, onde a mesma diz ter realizado as operações com sucesso. A Daily Dark Web informa ainda que, Para quaisquer questões sobre o post, pode-se entrar em contacto com os mesmos via email, e todas as duvidas serão esclarecidas.

BlackCat Ransomware Group: Uma nova gangue de resgate está à solta

O BlackCat utiliza técnicas de encriptação semelhantes a outros tipos de resgates, mas também acrescenta algumas medidas de segurança adicionais para tornar mais difícil decifrar ficheiros se estes forem encriptados. Isto inclui a utilização de dois algoritmos de encriptação diferentes e a garantia de que a chave de desencriptação nunca é armazenada na mesma unidade que os ficheiros encriptados.

Os criadores do BlackCat parecem visar empresas e organizações em vez de indivíduos, o que faz sentido uma vez que estes tipos de organizações tendem a estar mais dispostos a pagar o resgate do que os indivíduos estariam.

BlackCat é um grupo de cibercriminosos que tem como alvo as empresas para roubar a sua propriedade intelectual e informação pessoal. É conhecido por visar negócios nos sectores da construção e engenharia, retalho, transportes, serviços comerciais, seguros, etc.

Não houve partilha de infraestruturas entre Africell e UNITEL

Durante o fórum VI Telecom do Expansão que decorreu no dia 15 do corrente mês, no hotel intercontinental em Luanda, os responsáveis das operadoras móveis abordaram diversos assuntos do sector como a partilha de infraestruturas entre as empresas de telecomunicações.

Durante a mesa-redonda, Gonçalo Farias administrador da Africell revelou que a partilha de infraestrutura entre a Africell e a Unitel não se realizou.

Por sua vez, Miguel Geraldes, CEO da Unitel, argumentou que a partilha não foi possível porque Africell é também seu cliente. “Nós prestamos circuitos à Africell nas zonas fora de luanda“, afirmou.

Entretanto, o CEO da Unitel, empresa com a maior rede de infraestruturas do país, diz que Angola está nas melhores posições do continente ao nível de infraestruturas de telecomunicações.

Conheço várias fibras nacionais na região e vários países, apenas nos comparamos com a África do Sul, e neste momento já há comparações com o Quénia. Alem destes, não há outro país onde tenha um nível nacional de fibra óptica nacional como temos em Angola“, afirmou.

Assim, considera que o país tem um nível de infraestruturas “concorrencial e bastante maduro”, o que obriga fazer planeamentos de longo prazo.

Já Marcus Valdez, responsável da Dstv Angola, por seu turno, referiu que em parte depende das infraestruturas feitas pelo Governo e pelas operadoras, por isso, um avanço nas infraestruturas melhora a qualidade de investimento e oferta dos seus produtos.

TikTok vai mostrar links do Google no resultado das pesquisas

O TikTok deverá começar a apresentar resultados do Google na sua área de pesquisa, mostra uma fotografia partilhada pelo investigador Radu Oncescu na rede social X (ou Twitter).

“O TikTok está agora a exibir um atalho para o motor de busca da Google?”, pergunta-se o especialista em redes sociais Matt Navarra em resposta a Oncescu. “Surpreendente, uma vez que o TikTok se tornou o motor de busca preferido da Geração Z”. A apresentação de resultados provenientes da Google significa que o TikTok continua a desenvolver cada vez mais a sua área de pesquisa.

MAIS: TikTok e Billboard vão mostrar as músicas mais populares no aplicativo

A empresa chinesa confirmou ao site Business Insider que está a testar a integração, mas nota que de momento apenas o está a fazer em alguns mercados.

Ataque com malware raro assola operadoras móveis em três continentes

Há coisas que não vemos todos os dias. Uma delas é malware desenvolvido em Lua, uma linguagem de programação pouco popular entre os hackers. E essa é exatamente a notícia que te trazemos hoje. Descoberto recentemente por investigadores de cibersegurança da SentinelOne, um malware chamado LuaDream tem como alvo operadoras de telecomunicações em três continentes diferentes.Segundo as informações, os locais afetados são o Médio Oriente, a Europa Ocidental e o subcontinente Sul-Asiático. Mas o que torna este malware tão único e por que é importante que fiques a par desta situação? Vamos mergulhar nos detalhes.

Lua como arma cibernética: para além do convencional

O LuaDream não é um malware qualquer. Ele é escrito numa linguagem de programação chamada Lua, que não é exatamente o que os hackers costumam usar. Esta escolha pouco comum faz dele um caso raro, tendo sido observado apenas três vezes nos últimos dez anos. E não é só isso: o malware também utiliza um compilador just-in-time (JIT) para Lua, conhecido como LuaJIT.

O que o LuaDream quer?

LuaDream é um backdoor modular, multiprotocolo e bastante sofisticado. Ele tem 13 componentes principais e 21 componentes auxiliares. O objetivo é roubar informações do sistema e do utilizador, além de executar plugins adicionais, incluindo execução de comandos. Parece que estamos a falar de um projeto em grande escala, muito bem executado e mantido.

Sinais de uma operação complexa e bem planeada

O LuaDream foi detetado em agosto de 2023, mas a data no código-fonte aponta para junho de 2022. Isto sugere que a preparação para o ataque demorou mais de um ano. É algo bem orquestrado e que demonstra um nível de planeamento e execução considerável.

Possível ligação a atores chineses

Embora ainda não se saiba quem está por trás deste malware, há indícios que apontam para atores chineses. Além de LuaDream, foram detetadas intrusões estratégicas na África que se relacionam com ele e que também podem estar ligadas a grupos chineses.

Cuidados e medidas de proteção

Estes são eventos que mostram o quanto o mundo cibernético pode ser um campo de batalha complexo e perigoso. Portanto, é crucial manter sempre sistemas atualizados e utilizar soluções de segurança robustas.

Como se proteger contra ameaças emergentes

  • Mantém o teu software sempre atualizado
  • Utiliza soluções de segurança confiáveis
  • Fica atento a quaisquer sinais de atividade suspeita no teu sistema

Não estamos a falar de uma simples ameaça, mas de algo que parece fazer parte de uma estratégia muito maior e poder ter implicações sérias globalmente.

ENDE resolve “anomalia informática” que interrompeu vendas de energia pré e pós-pago

A Empresa Nacional de Distribuição de Eletricidade (ENDE) já resolveu a “anomalia informática” que impedia as vendas de energia Pré-Pago nos canais presenciais e não presenciais em todo o território nacional, revelou a empresa pública em nota oficial.

Pelo que informa a empresa, os sistemas foram restabelecidos às 14h00 de quinta-feira(21), depois de três dias de paralisação.

Segundo Lauro Fortunato, porta-voz da instituição, uma “anomalia técnica” causou indisponibilidade temporária do serviço, que, referiu, estará disponível faseadamente em todo o país, começando pelo sistema presencial e em seguida abrangendo outros canais habituais de pagamento.

Estamos a trabalhar para ultrapassar a anomalia o mais breve possível em todo o país“, sublinhou, acrescentando que a ENDE está preocupada com os transtornos que a situação causou a mais de dois milhões de clientes, dos quais 900 mil do sistema pré-pago, cujas recargas terminaram.

A falha registada no sistema informático fez com que moradores de vários pontos do país, com realce para Luanda, percorressem as várias cidades angolanas em busca de uma agência onde podessem fazer o pagamento pré-pago.

Grupo Paratus irá revender serviços da Starlink em África

Recentemente o INACOM não aprovou o lançamento dos serviços da Starlink em Angola para o IIº trimestre de 2023, falhou por falta de aprovação do regulador, mas o Jornal Expansão garante que vai estar disponível em Angola a partir do quarto trimestre deste ano.

Para a nossa surpresa, a instantes o Grupo Paratus anunciou que celebrou um acordo como distribuidor dos serviços de alta velocidade da Starlink em todo o continente africano. Este acordo permitirá à Paratus fornecer a Starlink aos seus clientes em toda a África, à medida que as licenças de operação forem concedidas à Starlink nesses países. Inicialmente, e, com efeito imediato, a Starlink será disponibilizada pela Paratus em Moçambique, Quénia, Ruanda e Nigéria, antes de ser alargada a mais países (que poderá ser o caso de Angola).

Com esse acordo, a Paratus por intermédio da sua subsidiaria em Angola (Paratus Angola anteriormente denominada ITA – Internet Technologies Angola) poderá fornecer aos seus clientes serviços fixos, de mobilidade e marítimos com efeito imediato (Caso não necessite de mais alguma autorização do INACOM). A Paratus poderá fornecer aos seus clientes apoio empresarial 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano.

Será que a Starlink irá funcionar no país via Paratus Angola?

Moçambique vai aderir ao programa de aceleração digital da Microsoft

Moçambique está a negociar a sua inclusão na primeira edição de um programa de aceleração digital da Microsoft, anunciou hoje a administração da tecnológica norte-americana, após uma reunião, em Nova Iorque, com o Presidente moçambicano.

É o primeiro ano do programa, é um ano de lançamento. E estamos a tentar identificar quais são os países que vão avançar connosco. Moçambique, neste momento, está posicionado como um dos países da linha da frente em termos de avançar com o programa“, avançou André Aragão Azevedo, diretor do Programa de Desenvolvimento Digital da Microsoft, em declarações aos jornalistas após uma reunião com o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi.

De acordo com o responsável da tecnológica norte-americana, o encontro de hoje visou “trabalhar em conjunto com o Governo, em conjunto com o país“, para promover “essa aceleração da digitalização em Moçambique e das oportunidades digitais para a população de moçambicana“.

Na Microsoft criámos um novo programa que se chama um programa de desenvolvimento digital. O programa de desenvolvimento digital tem, na verdade, o objetivo de apoiar os países na aceleração da digitalização“, acrescentou André Aragão Azevedo.

MAIS: Cabo Verde e Microsoft assinam acordo para apoio tecnológico

Traz uma série de benefícios, uma série de vantagens para países em desenvolvimento, para os sistemas de digitalização, portanto, estamos neste momento num processo de identificação dos primeiros países com quem vamos trabalhar, dos cinco países com quem vamos trabalhar“, disse ainda o responsável, reconhecendo a “vontade enorme” de Moçambique entrar neste programa.

O senhor Presidente tem mostrado essa intenção e essa prioridade de investir neste tema da transformação digital. E, foi a pedido dele que de facto viemos falar e é proativamente o Presidente que está a dinamizar essa agenda“, concluiu.

O chefe de Estado moçambicano está de visita aos Estados Unidos da América, onde discursou terça-feira na 78.ª sessão anual da Assembleia Geral das Nações Unidas.

A visita prevê a assinatura, na quinta-feira, no Capitólio, em Washington, com a Millennium Challenge Corporation (MCC), do segundo compacto de financiamento, de 500 milhões dólares, na presença de Filipe Nyusi.