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Terça-feira, Julho 15, 2025
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Arrancou a Africacom 2022. Angola está representada no evento

Arrancou nesta terça-feira(08) o AfricaCom 2022, no Centro Internacional de Convenções da Cidade do Cabo, África do Sul, um dos maiores eventos sobre tecnologia em África, com presença de empresas de todo o mundo e que abordam vários tópicos relevantes sobre tecnologia, destacando apresentações com profissionais com vastos anos de experiência.

Aquele sendo o maior encontro da comunidade de tecnologia no continente africano, e de acordo a organização, vai atrair mais de 11.000 especialistas em tecnologia e líderes de negócios numa ampla gama de setores verticais da indústria.

Que empresas estarão a representar Angola?

Com presença marcada nos últimos grandes eventos mundiais, a Unitel surge mais uma vez a representar Angola, com presença no evento das mais altas figuras da Administração, e pretende destacar o seu portfólio de produtos e serviços empresariais, com soluções inovadoras desenhadas para atender aos diferentes desafios e necessidades das pequenas, médias e grandes.

A AngolaCables é a outra empresa nacional presente no evento, com destaque para o seu CEO, Ângelo Gama, sendo palestrante na #AfricaCom2022 no Painel de Início: “A Nuvem Computação está a conduzir uma Revolução Africana de Infraestruturas” e falou sobre a corrida que está a decorrer para construir a infraestrutura de nuvens de África.

No dia inaugural a União Africana de Telecomunicações (ATU) realizou um fórum ministerial com participantes do Malawi, Namíbia, Uganda e Zâmbia, numa sessão que concentrou em métodos para criar um novo senso de esperança para a jornada da economia digital da África.

Sob o tema “Rise Stronger with Digital Economy: New Paths towards a Resiliente Recovery and Growth”, o fórum foi apoiado pela Huawei e moderado por Sharoda Rapeti, parceira não executiva da Delta Partners.

Apresentando a sessão, o secretário-geral da ATU, John Omo, falou sobre a transformação digital como o motor do crescimento econômico inclusivo, da criação de empregos, da melhoria da prestação de serviços públicos e da otimização dos serviços empresariais em África.

A África precisa de inovação digital para impulsionar em todos os segmentos de negócios e sociedade se quisermos fortalecer a nossa economia digital“, disse John Omo. “De acordo com o Banco Mundial, a África precisa de US$ 100 triliões para alcançar a transformação digital completa, e ninguém no setor público ou privado tem a capacidade de fazer isso sozinho. Através do poder do investimento e da regulação, juntos podemos criar uma estrutura que dê efeito ao crescimento e desenvolvimento que queremos ver.

Leo Chen, presidente da Huawei na região sul da África, enfatizou os três principais elementos da transformação digital: infraestrutura digital, serviços digitais e habilidades digitais.

Se fizermos essas três coisas bem, podemos conectar as pessoas e as empresas não conectadas, liberar totalmente a produtividade digital e desenvolver a economia digital, não importa qual seja sua definição“, reiterou.

Para isso, a Huawei inova para causar impacto com parceiros locais, para encontrar soluções locais para problemas locais“, disse Chen. “Somos uma empresa líder global em TIC, e a tecnologia é nosso ativo mais importante. Queremos manter o que importa mais na África. É por isso que fizemos investimentos significativos em transferência de pessoas e habilidades, por meio de treinamento, certificação e inovação conjunta.

Os convidados do fórum estavam em consenso de que a infraestrutura digital é fundamental para garantir a transformação digital dos seus respetivos países. Francis Bisika, secretário-chefe do governo eletrônico no Malawi, disse que 2.300 km de rede de fibras foram instalados em todo o país, inclusive em áreas rurais remotas.

Confira agora abaixo algumas fotos do evento captadas pela redação da MenosFios.

Programa da Inovação e Transferências de Tecnologia vai aumentar a literacia digital no país

O Programa da Inovação e Transferências de Tecnologia vai aumentar a literacia digital e a promoção do desenvolvimento da economia real e do país de uma forma geral, de uma forma sustentável e moderna.

Lançado pelo Governo Angolano, o mesmo tem como plano de fundo o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação e na transferência de tecnologia, a partir de parcerias com diferentes instituições, públicas e privadas, destinado às instituições e aos milhares de angolanos de todas as idades, em todo o território nacional.

Segundo informações que chegou a nossa redação, o programa terá um alcance nacional de modernização tecnológica e inovação e de inclusão digital e é coordenado pelo ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), em colaboração com os ministérios da Economia e Planeamento e da Indústria e Comércio, no âmbito da estratégia de reforço e ampliação de inovação e desenvolvimento tecnológico.

Um dos principais benefícios da inovação e transformação tecnológica, é a redução de gastos para a realização de certa tarefa, a melhor e maior utilização do tempo e a facilidade na realização das tarefas.

As novas tecnologias permitem que processos e formas de trabalho, estudo, e não só, sejam automatizados e feitos de forma mais eficiente, o que elimina erros manuais e diminui o tempo necessário para a execução de diversas atividades.

No geral, a inovação tecnológica permite o aumento da produtividade com menos recursos, mas com resultados para todos e progressivos.

MAIS: Especialistas nacionais reforçam a literacia financeira para evitar burlas

Aliado a programação de transformação tecnológica e inovação, o Executivo angolano, projetou a criação de infraestruturas para o desenvolvimento científico e tecnológico e com isso, mas não só, estimular e promover a inovação e a criatividade nas Universidades.

No conjunto de projetos concluídos e em curso, realce para a construção de um Parque de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia de Luanda, que inclui especialidades diversas de engenharia e modelo de gestão.

À luz das metas do programa de transformação tecnológica e inovação, no período de 2018 – 2021, foram criados 45 projetos de inovação de start-ups/spin-off ou empresas em Instituições do Ensino Superior em todo o país.

Destaque para o Digital.AO e a incubadora tecnológica, que para além de facilitar a regularização de sites e de assegurar a existência de aplicativos informáticos, tem permitido reforçar as competências de start ups, através do seu mecanismo de incubação bem como de treinamento e acompanhamento de centenas de iniciativas empreendedoras.

As mediatecas constam das iniciativas, que conta com mais duas mediatecas fixas, Malanje e Bié, perfazendo 10 fixas e seis móveis, e permite a inclusão digital de milhares de jovens.

O que se sabe sobre a subscrição de 8 dólares do Twitter?

A atual subscrição Twitter Blue custa 4,99 dólares e oferece serviços adicionais aos utilizadores. Agora, Elon Musk anunciou que a modalidade vai passar a custar 7,99 dólares, confirmando algumas características, mas sem detalhar todos os pormenores, como, por exemplo, a data de lançamento do serviço.

Já se sabe que a adesão a esta modalidade vai significar que os utilizadores vão receber o ‘visto azul’, semelhante ao que é mostrado nos perfis de contas verificadas de “celebridades, empresas e políticos”. Este sistema de verificação foi lançado em 2009, com o Twitter a ver-se obrigado a ceder à pressão de autenticar as contas de figuras públicas e agências, para assegurar uma maior proteção da opinião pública e da informação.

Além da conta verificada, os utilizadores que aderirem a esta modalidade vão ver metade dos anúncios publicitários e ter a possibilidade de publicar vídeos mais extensos na plataforma, de acordo com o jornal Time. A 5 de novembro, Musk escreveu que os utilizadores de contas verificadas vão perder o visto azul dentro de poucos meses, caso não adiram à nova modalidade. O executivo referiu ainda que as contas que tentem fazer-se passar por outros perfis previamente verificados serão suspensas.

Há ainda dúvidas sobre como vai funcionar o novo processo de verificação e, nos EUA, levantam-se vozes preocupadas com o efeito desta mudança especialmente numa altura de eleições, com jornalistas, cientistas e políticos a demonstrar os receios: “A minha principal preocupação com o novo Twitter Blue é que o visto azul tem sido encarado como um certificado de confiança como ‘verificamos que a pessoa que escreveu é quem afirma ser’ (…) agora estamos a aceitar os seus dólares e a sua palavra”, escreveu Chris Krebs, o ex-diretor da Cybersecurity and Infrastructure Security Agency dos EUA.

O atual serviço Twitter Blue, ainda sem as alterações agora anunciadas, promete “acesso a funcionalidades exclusivas”, como a edição de tuítes e que está disponível nos EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e a Nova Zelândia.

Huambo recebe a primeira Escola Virtual para promover a inclusão digital no sistema de ensino

A UNITEL e o Ministério da Educação (MED) inauguram recentemente o projeto Escola Virtual “Eunice de Carvalho”, na Província do Huambo.

Segundo o que foi revelado, esse projeto vem para melhorar a qualidade de aprendizagem e promoção da inclusão digital no sistema de ensino, onde para isso foi selecionada a escola nº 1 Augusto Ngangula, localizada no Município da Caála.

MAIS: Ministério da Educação disponibiliza versão digital dos manuais escolares gratuitamente

Essa iniciativa tem ainda como plano de fundo a capacitação dos professores no domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

O evento contou com as presenças de Gildo José, Secretário de Estado para o Ensino Secundário, Ruben Etome, Administrador da Caála e Mário José da Costa, Diretor Provincial da Educação, bem como Eliana Santos, Administradora para a área Financeira da UNITEL.

Moçambique em destaque na Conferência de Segurança Cibernética de Portugal

Moçambique foi um dos principais países que participou na 8° Conferência de Segurança Cibernética de Portugal, designada C-Days 2022, organizada pelo Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), no Centro de Conferências de Estoril, Portugal, juntando especialistas e amadores da área de segurança cibernética para debater o sector.

Com o lema “Apostar na Prevenção”, a Conferência C-Days contou com oradores de diferentes áreas, dentre eles gestores, profissionais, académicos, estudantes e público no geral, que proporcionaram discussões e reflexões visando a consolidação dos níveis de cibersegurança do ecossistema.

Entre os oradores, destaque para o Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC), Lourino Chemane, que falou no painel sobre a Geopolítica e Insegurança Cibernética, juntamente com Felipe Pathé Duarte, da Nova Scool of Law, e Luís Barreira de Sousa, do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal.

MAIS: Filipe Nyusi. Sector das Comunicações em Moçambique tem ainda muitos desafios

A delegação moçambicana incluiu, para além de quadros do INTIC, funcionários de outras instituições públicas como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Banco de Moçambique e Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM).

A participação de Moçambique no evento é resultado da implementação parcial do Plano de Cooperação e Colaboração entre o INTIC e o CNCS de Portugal, acordado em 2021, que inclui a integração de Moçambique como observador nos exercícios de segurança cibernética de Portugal e de quadros do CNCS, nas ações de capacitação dO INTIC na área de segurança cibernética nos próximos dois anos.

Zimbabué envia satélite para o espaço

O Zimbabué entrou hoje para o clube dos Estados Africanos com satélites no espaço, ao anunciar o envio do primeiro engenho da sua história.

O satélite é um pequeno bloco do tamanho de uma caixa de sapatos que vai fotografar a Terra e recolher dados.

A História está a caminho. #ZimSat1 está no espaço!“, escreveu na rede social Twitter o porta-voz do Governo, Nick Mangwana, que saudou o feito como “um importante passo científico para o país“.

Um foguete partiu às 10:32 TMG na Virgínia, nos Estados Unidos da América, uma carga com destino à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), levando a bordo três CubeSats desenvolvidos pelo Zimbabué, Uganda e Japão, confirmou a NASA.

Os satélites fotografarão a Terra para recolha de dados de monitoramento do clima e desastres“, disse a agência espacial norte-americana também no Twitter, numa mensagem com uma foto dos pequenos centros de tecnologia, cada um decorado com a respetiva bandeira nacional.

As imagens recolhidas também permitirão distinguir o solo não arborizado e terras agrícolas e poderem ser usadas “para melhorar os meios de subsistência dos cidadãos do Uganda e do Zimbabué“, anunciou também a agência espacial norte-americana NASA num comunicado.

O Zimbabué está a trabalhar no projeto desde 2018, menos de um ano após a posse do Presidente Emmerson Mnangagwa, que sucedeu a Robert Mugabe e criou a Agência Nacional Geoespacial e Espacial do Zimbabué (Zingsa, no acrónimo em inglês).

Neste país assolado pela pobreza e com uma economia debilitada, o anúncio da colocação em órbita de um satélite provocou fortes reações nas redes sociais.

O custo do projeto não foi divulgado.

Lançar um satélite quando a economia está fragilizada é estúpido. A pobreza aumentou nos últimos cinco anos. Não se pode comprar um carro quando a família está a morrer de fome“, escreveu nas redes sociais alguém que assina como @patriot263.

O Zimbabué está mergulhado numa profunda crise económica há 20 anos e continua a ser alvo de sanções internacionais.

Em setembro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou novas previsões de crescimento em baixa, em particular devido à queda na produção agrícola.

SALO RÁPIDO. A plataforma que permite a troca de serviços e ganho de kumbú extra

O emprego continua a ser um dos principais desafios para os jovens na África Austral e sobretudo, em Angola. E estima-se que, entre 2015 e 2030, somente 1.1 milhões de pessoas entrem anualmente no mercado de trabalho.

Em Angola, a maioria dos jovens está em situação de pobreza, desemprego, subemprego, atuantes no sector informal, maioritariamente no sector agrícola ou em serviços de baixo valor acrescentado.

Portanto, tendo o conhecimento de que o desenvolvimento de um país a todos os níveis dependem em parte das oportunidades criadas para os jovens, afim de combater a pobreza através do acesso às tecnologias para a obtenção de fontes extras de rendimento, a empresa Ekanda Digital fez o lançamento da plataforma denominada Salo Rápido.

MAIS: Cultura angolana ganha plataforma digital para promoção e divulgação da música nacional

Segundo a nota oficial enviada a nossa redação, a Salo Rápido é uma plataforma de prestação e troca de serviços, onde os jovens com habilidades terão a oportunidade de fazer com que as suas aptidões e talentos sejam conhecidas, e até rentáveis, através de um aplicativo ou website que possibilita o intercâmbio entre os mesmos.

A plataforma MADE IN ANGOLA e feita por jovens Angolanos, almeja ainda neste ano garantir que mais de 1000 jovens, desde Designers, Professores Particulares, Gestores de Marketing, Desenvolvedores de Softwares, websites, aplicativos, Gestor de SEO, Gestor de Anúncio, consigam obter rendimentos de forma regular e frequente, durante ou após a sua formação académica, a fim de concretizarem as suas aspirações pessoais, e pagarem as suas contas sem dependerem exclusivamente do ganho de um salário alto, criação e legalização de algum negócio, ou da obtenção de um vínculo contratual com alguma empresa ou qualquer outra entidade empregadora.

Para descarregar o aplicativo para android click em aqui.

Meta, empresa por trás do Facebook, sofre crise e deverá demitir em massa

As grandes empresas tecnológicas estão a atravessar os mesmos problemas que as restantes. A economia está um período conturbado e isso reflete-se de muitas formas. A Meta poderá ser a próxima a reagir, com despedimentos em massa.

Este não é um processo ainda oficial, mas que deve iniciar-se esta semana. Tudo aponta para que na próxima quarta-feira as notícias comecem a chegar e não vão ser positivas. A grande questão é se vão ser suficientes para resolver os problemas da Meta.

Apesar de ter intenções diferentes, o Twitter iniciou na semana passada um processo que era já esperado por muitos. A indústria tem de se adaptar aos problemas da economia e a forma aparentemente mais simples passa por despedimentos em massa.

A informação mais recente, avançada por fontes próximas à Meta, avança que esta semana a dona do Facebook e do Instagram deverá seguir o mesmo caminho. Vão dispensar uma parte importante dos seus colaboradores esta semana.

MAIS: Meta vai permitir venda de NFTs pelo Instagram

Não se sabe ao certo quantos funcionários vão ser dispensados, mas estima-se que será um número significativo. A informação mais recente dá conta de que a Meta terá cerca de 87 colaboradores nos seus diferentes escritórios espalhados pelo planeta.

Apesar de ser uma questão preocupante e significativa, esta já vinha a ser anunciada de forma indireta. Desde o início do verão que a Meta mostrava a necessidade de reduzir as suas equipas e focar-se em desenvolvimentos essenciais para a empresa.

Também na última apresentação de resultados, Mark Zuckerberg revelou a mesma posição, ao revelar que a empresa deveria focar-se em áreas essenciais para a Meta, o Facebook e o Instagram. Ao mesmo tempo, abriu também a porta para redução necessária nas equipas de desenvolvimento e de outras áreas.

Como se viu na última apresentação de resultados, a Meta está a perder parte dos seus lucros e atravessa um período menos positivo. Estas medidas, caso aconteçam, vão tentar reduzir ou abrandar estes problemas no curto prazo.

Luanda acolhe II edição do fórum sobre marketing digital

Começou hoje a II edição da Expo-Fórum, que vai abordar o marketing digital, publicidade e vendas online, realiza-se de 8 a 10 deste mês, no auditório do Royal Plaza, em Luanda.

Organizado pela Angomarketers, empresa de marketing e publicidade, a conferência terá como plano de fundo um padrão dos certames da Europa e América Latina sobre a mesma temática.

Durante os três dias do evento prevê juntar mais de 50 oradores e 30 agências de comunicação, bem como mais de 300 participantes que trocarão experiência sobre os mais variados assuntos no domínio  do marketing e vendas on-line.

MAIS: Angola recebe 1°edição do Fórum Internacional de Cultura em Compliance

Segundo o que foi revelado, evento é destinado a empreendedores, gerentes de empresas, CEO, diretores de marketing e comerciais, responsáveis de Recursos Humanos, Imagem e Comunicação e estudantes, entre outros.

De informar que a I edição do Expo-Fórum foi realizado em 2019 e abordou o marketing digital e vendas online.

Quem paga melhor aos músicos, a Apple ou o Spotify?

Não há dúvidas que o Spotify é um gigante do streaming de música. A Apple é outro gigante que persegue, de longe, o pódio, mas tem alguns trunfos, que podem ser mais atrativos, segundo quem trabalha com os dois serviços. A questão foi posta às claras por um produtor que fez as contas e mostrou-as lado a lado. O Spotify é muito maior, mas será que paga mais do que a Apple?

Esta é uma guerra já antiga, que coloca lado a lado os dois maiores serviços deste mercado que cresceu imenso nos últimos anos. Um tem mais clientes, mas o outro tem muito mais dinheiro. Fica a questão, qual será o mais “forreta”?

Os serviços de streaming de música ajudaram a quase erradicar a pirataria de música. Trouxeram qualidade e usabilidade sem que com isso o utilizador tenha de pagar um euro sequer. Esse é o foco do Spotify que, segundo dados recentes, já conta com mais de 400 milhões de utilizadores, sendo que destes 162 milhões pagam o serviço premium.

Já a Apple, que não partilha qualquer informação do número de utilizadores desde há alguns anos, deverá ter, segundo estimativas, cerca de 78 milhões de subscritores. Neste caso, deverá ser quase o número total, visto que a Apple apenas tem o plano pago e um plano temporário (3 meses de teste gratuito). Portanto, pagadores, o Spotify terá cerca de 162 milhões e a Apple 78 milhões.

  • Qual a melhor plataforma de streaming de música para os artistas?

O preço das subscrições de serviços de streaming de música tem uma leitura dupla. Por um lado, temos o preço que pagamos pelo serviço, mas, por outro, há o valor que os artistas recebem quando ouvimos as suas. Uma figura que muda radicalmente entre Apple Music, Spotify, Amazon Music e outras.

Informação que não é exatamente pública, embora no caso da Apple o seja, mas que podemos, em grosso modo, deduzir os rendimentos que os artistas recebem. É exatamente disto que o produtor L.Dre fala, e oferece-nos uma visão muito interessante de como a paisagem de streaming é para aqueles que enchem os seus catálogos de conteúdo.

Neste vídeo, L.Dre mostra números concretos. Uma música, com 4,7 milhões de streams na Apple Music, rende-lhe 24.200 dólares. Entretanto, outro tema, com 4,5 milhões de streams no Spotify, rende-lhe 11.683 dólares, menos de metade do valor pago pela Apple.

Sim, há uma diferença abismal quando se trata de monetizar as obras que os artistas enviam, às vezes diretamente, às vezes através de editoras, para os serviços de streaming.

Conforme devem estar lembrados, no ano passado, a Apple publicou uma carta aos artistas sobre a Apple Music, onde afirmava que em média foi pago um royalty de um cêntimo de dólar por reprodução.

Declarou também que, até 2020, o número de artistas que recebem mais de 50.000 dólares por ano da Apple Music tinha duplicado. Números que a Apple cita com orgulho em pagar aos artistas no seu serviço de streaming a sua quota-parte, e que são muito diferentes de outras figuras concorrentes.

Se olharmos para os números partilhados por L.Dre, o Spotify paga menos de um terço de centavo de dólar, nomeadamente 0,0026 dólares por stream. Neste caso, a Apple paga 0,0051 dólares por stream, o dobro do valor. Uma diferença abissal no que os artistas recebem. A isso temos de acrescentar que, através das produtoras/editoras, estes números podem ainda ser mais baixos.

As razões para estas diferenças – em média 0,01 dólares na Apple Music contra 0,0033 dólares na Spotify – não são claras. Podemos especular que o plano de Spotify gratuito e apoiado por anúncios não é tão lucrativo como deveria ser, mas pouco mais.

O que é claro é que a Apple sempre teve uma relação muito especial com a música. Não podemos esquecer o que fez com o iPod, com o iTunes, ou mesmo com o que Steve Jobs fez pela indústria. Lembra-se das palavras de David Ellefson da banda Megadeth, ele disse que “Steve Jobs salvou o negócio da música”.

Bom, não é por acaso que a Apple aposta neste segmento. Aliás, há algumas semanas, foi notícia a plataforma Apple Music ter ultrapassado as 100 milhões de músicas disponíveis. Um número que, não tenhamos dúvidas, se deve em grande parte à oferta de condições vantajosas para os artistas que contribuem para o catálogo da Apple.

  • A guerra tem várias frentes e está a crescer

A guerra do streaming de música parece estar em curso, especialmente agora que a Amazon Music está incluída na Amazon Prime, o que representa uma competição ainda mais dura pelo Spotify.

Dado o número de opções, não seria surpreendente se os artistas decidissem dar prioridade a serviços mais vantajosos quando se trata de monetizar as suas obras. Nós, como utilizadores, podemos falar sobre os preços da Apple Music e dos outros serviços, mas o outro lado da moeda também tem muito a dizer.

Afinal, agora paga-se para ouvir música e estes serviços estão em todo o lado, como nos smartphones, smartwatches, colunas inteligentes, carros, computadores, TVs… entre outros dispositivos.