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Quinta-feira, Agosto 21, 2025
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Como a parceria entre Ministérios e Huawei pode promover o desenvolvimento de talentos TIC em Angola?

A Huawei, em parceria com o Ministério do Ensino Superior, Ciência e ciência tecnologias de inovaçãor e o Ministério das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social, realizaram hoje a Cimeira sobre Talento e Inovação Tecnológica 2020 com o objectivo de criar uma base de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), o cultivo de talentos e inovação.

Durante o evento, as entidades presentes enfatizaram a importância do desenvolvimento de talentos e divulgaram os planos e programas de desenvolvimento de talentos assim com chamaram a atenção da necessidade de se estabelecer mecanismos e definir métodos básicos e regras curriculares para o desenvolvimento de talentos no país.

Na sua apresentação, a ministra do Ensino Superior e Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, ressaltou que a parceria entre ministério e a Huawei almeja ser uma base de sucesso para os desafios das TIC no País. “A aposta no desenvolvimento de Talentos é fundamental porque pode ajudar a criar emprego, desenvolver o empreendedorismo e acelerar a transformação digital que se pretende e para isso o Executivo está comprometido a concretizar as suas políticas, assim como deve haver compromisso das instituições do ensino superior na melhoria dos currículos”, sustentou a governante.

Segundo Maria do Rosário Bragança, “existem carências infraestruturais, laboratoriais e tecnológicas, assim como de quadros, quer docentes, investigadores e profissionais, que são importantes uma vez que o progresso das TIC é muito rápido, com muitas actualizações e inovações que devem merecer acompanhamento”. Entretanto, “o grande desafio em realidades como a nossa é o acesso aos serviços de internet que ainda tem custos são uma barreira para que os estudantes possas ter um acesso maior as tecnologias de comunicação e informação”, conclui a ministra.

Na mesma senda, o Secretário do Estado das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Mário Oliveira, a juventude tem um papel importante porque são os potenciais talentos caso se destaquem na formação, pesquisa e educação. “Dentre os vários projectos temos o evento AngoTIC que tem sido uma plataforma onde muitos jovens e start ups se têm destacado com resultados visíveis que hoje estão disponíveis no mercado nacional”.

Alinhado com a estratégia de formação de quadros do Governo, o Secretário de Estado da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, António Francisco Afonso, assume que é tarefa fundamental deste Executivo garantir a promoção de talentos que salvaguardem o desenvolvimento sócio económico de Angola, uma vez que  sem talentos não é possível desenvolver uma nação, na sua opinião.

“Contudo, é preciso que este talento seja forjado, munido de competências e inovação que são melhor potenciados através da inovação tecnológica que catapulte o empreendedorismo social, pessoal e até mesmo empresarial. Talento e inovação caminham juntos e talento e inovação tecnológica é o novo normal, no actual quadro mundial em que as tecnologias vão moldando todos os estratos e substratos sociais”, sustentou o dirigente.

Por sua vez, o CEO da Huawei em Angola, Chuxiaoxin (Edric Chu) reafirmou o compromisso da Huawei no apoio ao Estado angolano com quem a empresa estabelece uma relação de mais de 20 anos na melhoria das telecomunicações no país. ”A Huawei vai continuar a investir na formação das pessoas e dedicamos isso grande parte das nossas receitas, eis a razão que hoje empregamos 194 mil pessoas em todo o mundo, pessoas com capacidade fazem grandes pesquisas que contribuem para que a nossa firma tenha resultados mais eficazes”, reforçou o responsável.

Chuxiaoxin (Edric Chu) revelou que no final de 2021 a empresa vai inaugurar o Parque Oficial da Huawei um investimento de 60 milhões de dólares americanos que vai contemplar centros de formação, escritórios e apartamentos numa área total de 32,503m2. “A infraestrura terá um Centro de Inovação para estudar as exigências do mercado e inovar serviços, um Centro de Treinamento para dar treino e certificação em TIC para governos, clientes, parceiros, alunos com capacidade máxima de 1.800 por ano, e, por último, um Centro de Experiências para compreender as exigências do mercado e trabalhar com os usuários, parceiros e inovar serviços”, detalhou o líder da Huawei em Angola na apresentação.

Com uma série de campanhas vocacionadas para o ecossistema de talentos na África subsariana, como “Seeds for the Future” e “ICT Competition”, a Huawei conta melhorar a competência de mais de 6,000 mil profissionais de TIC até 2023. O objectivo é preencher a lacuna de talentos nesta área, avançando na transformação digital das indústrias.

África Subsaariana digital na época da COVID-19

África Subsaariana registou um aumento no uso de pagamentos móveis o que contribuiu para um crescimento digital significativo, embora desigual, nesta sub-região, isto é, de acordo com o relatório divulgado na semana passada pela Fletcher School da Tufts University, nos Estados Unidos da América, intitulado Digital in the time of COVID.

De acordo com o relatório, as economias da África Subsaariana estão em meio a uma revolução móvel, onde as conexões móveis e os pagamentos móveis aumentaram em todo o continente africano.

“Mais de 135 milhões de contas de pagamento móvel foram abertas por consumidores da África Subsaariana apenas entre 2010 e 2018, e a região é responsável por mais de um terço dos pagamentos móveis globais”, afirma o relatório.

O relatório argumenta que o acesso à Internet móvel e o telefone móvel são apenas o primeiro passo para desbloquear os benefícios da digitalização. Uma lição importante que a pandemia ofereceu é a qualidade do acesso.

O acesso superior, como banda larga terrestre confiável e dispositivos melhores – por exemplo, laptops e tablets são mais adequados para aprender e trabalhar – é um insumo fundamental para a resiliência económica numa época de forte dependência de tecnologias digitais.

As economias digitais da África Subsaariana fariam bem em se concentrar na melhoria do acesso, acessibilidade e qualidade da internet móvel e não perder de vista a necessidade de investir em mais acesso de banda larga e melhores dispositivos para desbloquear todo o potencial do crescimento económico impulsionado pela digitalização,” avança o relatório.

Outra boa notícia é que a lacuna da internet móvel contribuiu para o alto impulso demonstrado pelas economias Break Out, que são economias com pontuação mais baixa no seus actuais estados de digitalização, mas estão a evoluir rapidamente. Exemplos de economias emergentes na África são Quénia, Camarões, Costa do Marfim, Ruanda, Tanzânia e Gana.

O forte ímpeto das economias emergentes e o seu significativo espaço para crescimento as tornariam altamente atraentes para inovadores e investidores, diz o relatório. As economias emergentes também exibem algumas das atitudes mais optimistas em relação à digitalização e tecnologia.

O relatório observa que várias nações de médio porte, incluindo Quénia, Bangladesh e Ruanda, têm usado tecnologias digitais para avançar e transformar sas uas economias.

Esses avanços são modelos e referências ideais para outras economias Watch Out sobre como usar a economia digital como uma alavanca para criar uma mudança radical na sua trajectória de crescimento, diz o relatório. Exemplos de economias vigilantes na África são África do Sul, Nigéria, Uganda, Etiópia e Namíbia.

Algumas recomendações

O relatório diz que as economias na África Subsaariana estiveram em desvantagem durante a COVID-19, enfrentaram uma escolha particularmente difícil quanto ao momento, profundidade e duração dos bloqueios e medidas de distanciamento social.

Embora as economias digitais, como a do Ruanda, não tenham evoluído o suficiente para ser uma grande fonte de resiliência durante bloqueios, elas fornecem uma luz no fundo do túnel para os formuladores de políticas que estão a sair da COVID-19 .

Essas economias em rápida evolução tendem a ter muito em comum: um aumento demográfico jovem, um aumento na aceitação digital e um público cada vez mais envolvido com o digital. Os formuladores de políticas nesta região do continente fariam bem em aproveitar esse entusiasmo e olhar para o digital como uma forma de impulsionar o crescimento económico em 2021 e além, afirma o relatório.

AKI eleita melhor startup de tecnologia financeira pelo BNA

No ano passado o Banco Nacional de Angola (BNA) em parceria com o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação angolano e a empresa Acelera Angola, colocaram no mercado o Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamentos (LISPA) , com vista a promoção da inovação, potencialização da oferta de produtos e serviços financeiros diversificados ao consumidor, salvaguardando a gestão de riscos, a fim de impulsionar a inclusão financeira.

Na sua primeira edição, abriu as inscrições de ideias e projectos de inovação de 24 de Outubro a 24 de Novembro de 2019, e os vencedores foram apresentados no dia 03 de Dezembro de 2020 em um evento denominado “Demo Day“. Dentre as 10 startups que participaram na primeira edição, a startup “AKI” foi eleita, como a melhor iniciativa tecnológica financeira (Fintechs), no quadro do Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamento de Angola (LISPA).

Com vários projectos embrionários, o team AKI concentra serviços de pagamentos por intermédio no qual os utilizadores podem encontrar, de forma rápida, simples, cómoda e segura, um variado leque de ofertas de bens e serviços, por via de um telemóvel. Para as compras do dia-a-dia, pagar bens e serviços, levantar, transferir e depositar dinheiro com toda a segurança e simplicidade, a Aki apresentou tal capacidade, de forma mais simples e de fácil manuseio.

Com um sistema que congrega vários serviços, com a startup garante ser possível efectuar
compras de recargas digitais dos provedores de telefonia móvel, TV e Internet, bem como
pagamento de produtos e serviços como o da GH Kids da Ghasist que permite acompanhar as crianças durante a partida e/ou chegadas de voos internacionais.

Técnicos do GGPEN certificados para controlar o Voo do AngoSat-2

No principio do corrente ano, surgiu a informação de que, técnicos angolanos iriam acompanhar a construção do Ango-Sat (AngoSat-2 e AngoSat-3), e parece que o processo já está a decorrer, pois recentemente confirmou-se que os técnicos do GGPEN (Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional) foram certificados como como controladores
de voo do Angosat-2.

Quarenta e sete controladores/operadores de voo foram certificados pelo Centro de Controlo e Missão (MCC), na França, para monitorar o desempenho de satélite, detectar anomalias e aplicar as acções de correção, no âmbito do Angosat 2.

Os técnicos estão capacitados para interagir directamente com o satélite e a infraestrutura terrestre durante a sua operação em tempo real, sendo responsáveis por implementar as acções previstas no plano de actividades diário, monitorar o desempenho do satélite, detectar anomalias no satélite e aplicar as acções de correção ou mitigação.

O referido treinamento esclarece as principais dúvidas relativas ao modelo de certificação de engenheiros para operarem um satélite de comunicação, tendo como base teórica a documentação contratual e a observação do modelo actualmente implementado pelo GGPEN para a certificação dos operadores/controladores de voo do satélite Angosat2.

Deste estudo resultou a identificação dos pontos fortes do modelo actual, nomeadamente a
garantia da aquisição de conhecimentos sólidos e experiência para gerir a operação do satélite, de forma autónoma, capacidade para criação de documentação operacional e técnica em português. Foi, igualmente, possível identificar um campo de melhoria deste modelo, baseado no estudo do modelo implementado pela NASA (no Bowie Satellite Operations and Control Center (BSOCC) localizado no campus da Universidade Estadual de Bowie, onde têm treinado e certificado alunos em operações de voo por satélite em tempo real desde 1996).

Conheça as 25 Startups Africanas vencedoras das edições locais do Seedstars

Os vencedores locais do concurso mundial Seedstars World (SSW) 2020 foram anunciados, com 25 startups de África incluídas no lote. De mais de 5.000 candidatos, 94 startups tecnológicas de mercados emergentes foram seleccionadas para avançar para a fase regional do concurso. Os vencedores locais estão prontos para representar os seus respectivos países enquanto competem por um lugar na Final Global, onde o grande prémio é de 500 mil USD em financiamento.

Durante este ano invulgar para todos, tenho orgulho em dizer que conseguimos identificar as start-ups mais promissoras em 94 mercados emergentes. O formato online do concurso permitiu-nos sonhar e aumentar à medida que chegámos a uma audiência maior e convidámos mais startups de todas as cidades de cada país a candidatarem-se. Agora, não podemos esperar pelos nossos vencedores locais para representar os seus países nos webisódios da etapa regional do concurso. Gostaria de convidar todos a seguirem a sua viagem e a enraizarem-se para o seu arranque favorito dos diferentes cantos do mundo“, partilha Eugenia Shevchenko, líder do Concurso Mundial Seedstars 2020.

A fase seguinte do concurso leva os vencedores locais para a fase regional. Dos regionais, 10 startups receberão USD 50K em investimento no programa de crescimento, bem como a oportunidade de competir na Grande Final.

Para África, há 25 startups que avançam para a fase seguinte:

  1. SOCIA (Angola) – Uma aplicação que permite às pessoas comprar um produto partilhando a conta e o produto em partes iguais.
  2. Dial-a-skill (Botswana) – uma plataforma de conectividade para trabalho, ligando quem precisa de um serviço com profissionais que podem atender.
  3. HMO-Africa (Burundi) – Fornece serviços de saúde a toda a população e aos que vivem nas aldeias mais remotas e nas comunidades mais pobres.
  4. RESERMAR CV Reservas Online (Cabo Verde) – Uma plataforma integrada de serviços aprovados em Cabo Verde com base nos transportes marítimos e actividades relacionadas
  5. Grupo AIT (Camarões) – sistema de detecção de doenças SMART/diagnóstico em tempo real.
  6. Astech-Congo – Umoja Funding (DRC) – Uma plataforma de financiamento participativo para reunir investidores e líderes de projectos.
  7. Rohobot Home Health Care Service P.L.C (Etiópia) – Fornece serviços de saúde domiciliários de qualidade para doenças crónicas e pessoas idosas com profissionais de saúde qualificados a preços acessíveis.
  8. Innovarx Global Health (Gâmbia) – A IGH está posicionada para revolucionar o sistema de prestação de cuidados de saúde na Gâmbia com uma infusão clínica de serviços de base tecnológica.
  9. CodeLn (Gana) – ajuda as empresas a contratar rapidamente programadores africanos verificados.
  10. CAPTURE Solutions COTE d’IVOIRE (Costa do Marfim) – promete oferecer o melhor sistema de gestão operacional de agro-fornecimento em África.
  11. Zydii (Quénia) – Solução de aprendizagem digital end-to-end online e offline adaptada às empresas africanas
  12. Neytech Solutions (Malawi) – Oferece um laboratório de informática móvel que as escolas não serão obrigadas a possuir, mas podem utilizar em conformidade.
  13. Denko Kunafoni (Mali) – Uma plataforma que sensibiliza e dá conselhos de saúde a mulheres, grávidas, e a bebés até 5 anos.
  14. BrillantTS Africa C32-PEX (Maurícias) – A próxima geração de pagamentos digitais alternativos e plataforma bancária aberta e aplicação móvel para o próximo bilião de euros abaixo e fora da banca.
  15. BioMec (Moçambique) – Permite às pessoas experimentar a vida com possibilidades construindo próteses biónicas de alto desempenho a partir de plástico recolhido dos oceanos.
  16. Tasked Technology Solution CC (Namíbia) – Uma aplicação que ajuda as pessoas a poupar tempo e dinheiro, estabelecendo o preço e dando poder a outros através da delegação.
  17. Ladda (Nigéria) – democratiza o acesso ao investimento para investidores de retalho apoiados pela alfabetização financeira.
  18. Grupo Octan (Ruanda) – Uma aplicação moderna que automatiza os serviços de encomenda e seguimento de refeições dentro de um restaurante e oferece uma opção de recolha de alimentos.
  19. Keys Job (Senegal) – Uma plataforma tripartida de trabalho em rede para empresas, escolas de formação e pessoas à procura de emprego.
  20. OPower Sierra Leone (Serra Leoa) – Um sistema de e-Learning que mistura rádio e televisão, e recursos online e offline.
  21. Zindi (África do Sul) – um mercado de ciência de dados que liga a oferta e a procura de soluções de ciência de dados e profissionais capacitados.
  22. Flamingoo Foods Company Ltd (Tanzânia) – Utilizando tecnologia de ponta em matéria de clima, Flamingo Foods prevê áreas deficitárias e excedentes alimentares antes de serem conhecidas e reagir proactivamente à insegurança alimentar.
  23. Ridelink Limited (Uganda) – Re-imagina a forma como as pequenas e médias empresas movimentam tanto bens como pessoas, ligando estas empresas a condutores profissionais.
  24. Sparco Inc. (Zâmbia) – Fornece ferramentas que permitem às empresas recolher dinheiro dos seus clientes em qualquer lugar e também ter acesso a um conjunto de empresas de entregas.
  25. Phenemenon tech (Zimbabwe) – Um laboratório portátil no seu telefone para estudantes de ciências em África.

A Gestora Regional Seedstars Africa Lorraine Davis mostrou-se empolgada com o desempenho das startups durante este ano: “Tem sido inspirador ver empresários de toda a região a trabalharem em prol da pandemia e a continuarem a trabalhar arduamente nas suas soluções. Conhecemos empresários incríveis e estamos entusiasmados por vê-los a competir na fase regional por uma oportunidade de estar na Grande Final da Seedstars em 2021. Desejamos a todos os vencedores locais a melhor das sortes para a competição da etapa regional“.

A etapa regional do concurso incluirá um Programa de Preparação para o Investimento com a duração de 1 mês, modernizado e personalizado, ajudando as empresas em fase de arranque a preparar o investimento. Consistirá em: webinars orientados para a acção sobre as principais métricas empresariais; horas de trabalho em linha, onde as empresas em fase de arranque podem discutir os desafios que enfrentam; grupos de domínio e sessões de orientação 1-a-1; reuniões de investidores para potenciais oportunidades de financiamento; e sessões de aprendizagem entre pares e sessões de networking.

As sessões online para a fase regional do concurso serão transmitidas no final de Janeiro de 2021. No final das sessões, serão anunciados os vencedores regionais que passarão à Final Global em Março de 2021.

Para acompanhar o concurso, poderá visitar a página oficial do Seedstars 2020: https://seedsta.rs/38BbeDW

ITU afirma que o acesso doméstico à Internet em áreas urbanas duplica em relação às áreas rurais

O União Internacional das Telecomunicações (ITU sigla em inglês) apresentou um novo relatório denominado Measuring Digital Development: Facts and Figures 2020 em que afirma que, praticamente todas as áreas urbanas do mundo são cobertos por uma rede de banda larga móvel, mas as lacunas preocupantes em conectividade e acesso à Internet persistem em áreas rurais.

O relatório afirma que as lacunas de conectividade nas áreas rurais são particularmente pronunciadas nos países menos desenvolvidos, onde 17% da população rural vive em áreas sem cobertura móvel e 19% da população rural é coberta apenas por uma rede 2G. Além disso, de acordo com os dados de 2019, globalmente cerca de 72% das famílias nas áreas urbanas têm acesso à Internet em casa, quase o dobro do que nas áreas rurais com 38%.

A pesquisa revela que cerca de um quarto da população em países menos desenvolvidos e países em desenvolvimento sem litoral, e cerca de 15% da população em pequenos estados insulares em desenvolvimento não têm acesso a uma rede de banda larga móvel, ficando aquém dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Meta 9.c para aumentar significativamente o acesso à tecnologia da informação e comunicação e se esforçar para fornecer acesso universal e acessível à Internet nos países menos desenvolvidos até 2020.

Uso da Internet predominante entre os jovens

  • No entanto, o uso da Internet é consistentemente mais difundido entre os jovens, independentemente da região ou nível de desenvolvimento. Enquanto pouco mais da metade da população global total usa a Internet, a proporção de uso da Internet aumenta para quase 70% entre os jovens de 15 a 24 anos.
  • Nos países menos desenvolvidos, 38% dos jovens estão a usar a Internet, enquanto a proporção geral de pessoas que a usam, incluindo jovens, é de 19%.
  • Nos países desenvolvidos, praticamente todos os jovens estão a usar a Internet, enquanto a maior proporção jovens- total está presente na Ásia e no Pacífico.

O relatório observa que os dados mais recentes da ITU demonstram que a implantação de redes de banda larga móvel tem desacelerado em 2020.

“Entre 2015 e 2020, a cobertura da rede 4G dobrou globalmente e quase 85% da população global será coberta por uma rede 4G no final de 2020”, afirma a ITU.

No entanto, o crescimento anual tem desacelerado gradualmente desde 2017, e a cobertura de 2020 é apenas 1,3 pontos percentuais maior do que 2019.

Além da implantação da infraestrutura, a divisão de gênero digital, a falta de habilidades digitais e acessibilidade continuam a ser as principais barreiras para a participação significativa em uma sociedade digital, especialmente no mundo em desenvolvimento, onde a telefonia móvel e o acesso à Internet continuam sendo muito caros para muitos.

BNA vai apresentar os vencedores do Programa de Incubação de FINTECHS

No final do ano passado, o Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou que estava a procura de 10 startups de Fintech em Angola para incubar no seu laboratório de inovação (LISPA), concebido como uma Incubadora em parceria com o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação angolano e a empresa Acelera Angola.

Depois de praticamente um ano, o Banco Nacional de Angola (BNA) realiza no dia 3 de Dezembro, quinta-feira, o Demo Day, evento que visa apresentar os resultados do desenvolvimento e da materialização de projectos embrionários de tecnologia financeira (Fintech), bem como da capacitação de startups angolanas, de forma gratuita, por via de formação com mentores especializados e suporte técnico, de modo a fomentar a inclusão financeira e social, no âmbito do Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamento de Angola (LISPA).

Neste sentido, as startups realizarão em 3 (três) minutos, uma apresentação (pitch) dos seus negócios para potenciais investidores e parceiros de negócios. As startups finalistas foram escolhidas por um processo de avaliação em decorrência da sua participação no programa.

Participaram do referido programa as seguintes startups :

  • Usekamba – “plataforma de pagamento integrada com um hub de serviços financeiros e digitais”;
  • Arotec – “leitor de cartão de débito ou crédito (multicaixa) destinado aos pequenos negócios do mercado informal”;
  • YouBank – “plataforma digital que permite efetuar pagamentos e transferências de forma instantânea a partir do telemóvel, sem necessidade de ter uma conta bancária”;
  • Kubinga Pay – “solução para transformar o ecossistema de pagamento de serviço em cashless”;
  • Digipay – “plataforma de gestão de cobranças que integra as empresas que prestam serviços recorrentes ao Sistema de Débitos Directos de Angola (SDD)”;
  • Team AKI – “pagar de forma fácil, simples e segura, tudo através de um telemóvel”;
  • PAGA3 – “plataforma de pagamentos de bens e serviço de forma parcelada”;
  • Nojoje – “tendo ou precisando de livros académicos usados e de conteúdo diverso, a E-Kuta é o lugar onde pode vender, comprar ou alugar livros”;
  • Credit Score – “responde a questões para auxiliar na tomada de decisão sobre crédito”.

O evento será aberto ao público em geral, caso queira assistir clique aqui.

Certificados Digitais: HTTPS não é sinónimo de total segurança!

Imagine um cenário em que para se identificar os membros de uma família bastaria um Bilhete de Identidade (ou Cartão de Cidadão) para cada grupo etário. Ou seja, em média, numa família teríamos 3 Bilhetes de Identidade: o das Crianças – com os dados de todas as crianças, o dos Jovens – com os dados de todos os jovens, e o dos Adultos – com os dados de todos os adultos. Seria um documento estranho, mas bastaria estar lá o nome do membro e ele teria o direito de receber uma cópia e usá-la. Agora, acrescente o detalhe de que os Bilhetes de Identidade possuiriam uma Chave que daria acesso a zonas da casa de acordo com o grau de maturidade do grupo etário. Por exemplo, uma criança teria acesso ao quarto de brincar, mas não ao escritório aonde se encontra o cofre das jóias. Com esse cenário em mente, concordaria que seria perigoso se uma criança tivesse os seus dados no Bilhete de Identidade dos adultos, recebesse a sua cópia e, por descuido e imaturidade, a deixasse cair nas mãos de um bandido?

Pois é, assim também podem funcionar os Certificados Digitais, no seu duplo papel de garantir a Identidade de um Sujeito (ou grupo de sujeitos) e a Distribuição da sua Chave Criptográfica, exigindo por essa razão um tratamento seguro para se evitar dissabores. Caso tenha concordado com a questão no final da analogia, então poderá compreender a minha inquietação ao ver os detalhes do Certificado Digital de um dos portais web de uma proeminente instituição angolana.

Em resumo, o próprio Certificado Digital, apesar de válido e funcional, representava um Risco à Segurança. Nos detalhes, a lista de SANs (Subject Alternative Name – nomes alternativos do sujeito) continha não só os dados dos portais web do ambiente de Produção (PRD = Adultos), como também dos ambientes de Homologação (HML = Jovens) e Desenvolvimento (DEV = Crianças), num total de 23 portais web. Esse facto representava as seguintes vulnerabilidades: (1) a divulgação dos ambientes de desenvolvimento adoptados pela instituição; (2) a fácil enumeração (colecta de informação) sobre os outros activos tecnológicos; (3) a exposição de activos tecnológicos com políticas de segurança menos rigorosas (HML e DEV); e por último, sendo o mais crítico, (4) a reutilização do mesmo Par de Chaves Criptográficas do ambiente de Produção nos outros ambientes (HML e DEV) – acção que foi confirmada a sua ocorrência conforme demonstrado mais abaixo.

Bilhete de Identidade dos adultos com dados de jovens e crianças.

Antes de avançar para os detalhes, vale relembrar que no caso das ligações HTTPS (“com o cadeado no navegador”), os Certificados Digitais têm dois propósitos: conferir credibilidade à identidade do servidor e difundir a sua Chave Pública que será sempre usada no processo de estabelecimento do canal de comunicação seguro entre o servidor e os seus visitantes. Essa chave pública tem o seu par, a Chave Privada, que deve permanecer protegida no servidor e ser manipulada com segurança respeitando os princípios, políticas e procedimentos da Gestão de Chaves [Criptográficas] (Key Management) para que nunca seja comprometida enquanto ainda estiver dentro do seu tempo de uso (criptoperíodo).

Assim, considerando os princípios da Gestão de Chaves [Criptográficas] e o pilar da Confidencialidade, apesar de estarmos perante um certificado SSL/TLS fidedigno do tipo Wildcard, daqueles que permitem a protecção de um domínio e de todos os seus subdomínios (*.meusite.com), uma observação minuciosa revelou os seguintes aspectos:

1. Divulgação dos Ambientes de Desenvolvimento

Apesar de aparentemente inofensivo, a divulgação de detalhes sobre os ambientes de desenvolvimento definidos pela organização pode ser usada durante a fase preparatória de um ataque. A expectativa da existência de uma vasta superfície de ataque poderá alimentar o empenho de um potencial agente malicioso.

2. Enumeração (colecta de informação) dos activos

A lista de SAN é também um elemento usado na primeira fase de um ataque cibernético: a enumeração ou colecta de informação. Nessa fase, o agente malicioso colecta o maior número de informações sobre a potencial vítima para traçar a sua estratégia inicial de ataque.

3. Exposição de activos com políticas de segurança pouco rigorosas

Pela natureza das acções realizadas nos Ambientes de Teste e Homologação, é esperado que estejam activas configurações úteis para os desenvolvedores, como o debuggin e a exibição de mensagens de erros sem tratamento. O problema surgirá se um agente malicioso tiver acesso a esses ambientes e aproveitar-se das potenciais vulnerabilidades, tal como a de Divulgação de Informação (Information Disclosure), para aplicar os métodos e ferramentas de intrusão mais eficazes no ambiente alvo.

Por esse motivo, o nível de exposição desses ambientes deve ser reduzido ao mínimo necessário para viabilizar o negócio, salvaguardando sempre a segurança.

4. Reutilização do Par de Chaves Criptográficas entre ambientes

Apesar de ter sido possível identificar a existência de outros dois certificados dedicados aos respectivos Ambientes de Teste e Homologação, o que reforça o facto da instituição seguir o princípio da segregação de ambientes, foi possível identificar em 3 ocasiões o uso do Certificado do ambiente de Produção no ambiente de Homologação, ou seja, 3 jovens receberam e puderam usar o Bilhete de Identidade de adulto porque os seus dados lá constavam por descuido.

Tendo em conta o rigor exigido na actividade de Gestão de Chaves [Criptográficas], esse facto já representava um incidente de segurança que culminaria com a Revogação da Chave e respectivo Certificado por comprometimento, sendo necessária a geração do novo par de chaves e certificado e a devida substituição para a continuidade do negócio.

A entidade foi notificada e prontamente deu início ao tratamento da ocorrência. A principal recomendação de resolução passou pela geração do novo Par de Chaves Criptográficas e emissão do novo Certificado Digital, retirando os SANs desnecessários, principalmente os dos 12 portais web dos ambientes de Homologação e Desenvolvimento.

HTTPS não é sinónimo de total segurança!

O HTTPS não é uma super capa protectora! Devemos estar conscientes que poderão existir várias pontas soltas, inclusive no próprio Certificado Digital, que poderão ser exploradas pelos malfeitores. Sem que os outros procedimentos e controlos de segurança sejam garantidos e se realizem testes periódicos, todo o esforço dedicado à segurança poderá ser anulado.

Adicionalmente, as equipas técnicas deverão sempre garantir o rigor e segurança na Gestão de Chaves [Criptográficas] principalmente se estiverem a actuar em indústrias mais exigentes como a Financeira, Telecomunicações e Defesa e Segurança. Mesmo que recorram a Certification Authorities (CA) externas ou façam a gestão de uma PKI (Public Key Infrastructure) interna, deverá sempre existir um racional quando estiverem a lidar com a Gestão de Certificados Digitais.

Huawei reúne estudantes do ensino superior em Angola para cimeira de Talentos e Inovação

A Huawei e o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação realizaram sexta-feira, 27 de Novembro, conjuntamente o Talent and Technology Innovation Summit 2020. O evento visa promover uma maior importância e participação no desenvolvimento de talentos e transmitir o investimento e a estratégia da Huawei na criação de talentos.

A Conferência contou com a Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Dra. Maria do Rosário Bragança, o Secretário de Estado das Comunicações, Tecnologias de Informação e Comunicações Sociais, Eng. Mário Oliveira, e o Secretário de Estado da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social Dr. António Francisco Afonso, O Vice Presidente Global da Huawei Technologies Co., Ltd – Sr. Hou Tao e o CEO da Huawei Angola – Sr. Edric Chu (Chu Xiaoxin), participaram e fizeram discursos. Um total de 130 pessoas de ministérios, universidades, operadoras e empresas relacionadas, professores e alunos foram convidados para o evento.

Durante a sua apresentação a Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Bragança, fez saber que “esta é uma das principais atividades desde a assinatura do memorando de entendimento com a Huawei”.

“Confiamos na Huawei para fornecer as capacidades e o apoio necessários para o desenvolvimento de talentos em Angola. Até 2022, treinaremos mais de 40 PhDs para apoiar o desenvolvimento de empresas de alta tecnologia como a Huawei”, reforçou a governante.

Por sua vez, o Secretário de estado das Telecomunicações, Tecnologia da Informação, Mário Oliveira adiantou que “o desenvolvimento de talentos é fundamental para o desenvolvimento de nações e países”. “A Huawei é um parceiro com o qual podemos contar. A Huawei está sempre pronta para nos ajudar e nos surpreender em termos de tecnologias de ponta e actividades sociais responsáveis. No evento Sementes para o Futuro 2020, também vi o compromisso da Huawei com o desenvolvimento e determinação de talentos”, exemplificou o responsável.

Na mesma senda, o Secretário de Estado da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, António Francisco Afonso, frisou que o desenvolvimento de talentos requer a colaboração de várias partes, razão pela qual trabalhamos em estreita colaboração com a Huawei. “A Huawei é a empresa de TIC mais importante em Angola e tem feito um excelente trabalho na descoberta e construção de um melhor ecossistema para talentos em Angola. Continuaremos a trabalhar com a Huawei para fornecer treinamento para mais talentos angolanos com base em várias academias de ICT da Huawei, como o CINFOTEC”, revelou o dirigente.

Já o Vice Presidente Global da Huawei Technologies Co. Ltd, Sr. Hou Tao vincou que o talento é a força motriz do desenvolvimento das TIC, por isso, nos últimos 30 anos, a Huawei tem feito muitos esforços no desenvolvimento de talentos em TIC, desenvolveu padrões globais de certificação de talentos em TIC, implementou o programa Seeds for the Future e construiu uma plataforma e um ecossistema de desenvolvimento de talentos em TIC. “Embora o ambiente externo em 2020 esteja mudando e desafiando, ainda alcançamos um crescimento de 9,9% do primeiro ao terceiro trimestre. Gostaria de agradecer aos clientes angolanos o apoio prestado. Espero que esta atividade ajude a promover o cultivo de talentos e a inovação em Angola”, observou.

O CEO da Huawei Angola – Sr. Edric Chu (Chu Xiaoxin) assumiu que a Huawei Angola está comprometida em servir os clientes, aumentar o investimento local e criar valor para a sociedade.

“Acreditamos que o desenvolvimento de talentos é fundamental. Por iniciativa da TECH4ALL, iremos fortalecer a cooperação com universidades locais em áreas como a Huawei ICT Certification, Huawei ICT Academy, Huawei ICT Competition e Huawei ICT Job Fair para acelerar o desenvolvimento de talentos TIC e inovação tecnológica em Angola”, conclui o líder da companhia em Angola.

Twitter vai avisar quando utilizadores clicarem em “gostar” numa publicação falsa

O Twitter passará a alertar os utilizadores quando estes tentam ‘curtir’ uma publicação que contenha informações consideradas incorretas, medida que faz parte da esforço da empresa para combater a desinformação.

A empresa lançou novos rótulos para conteúdo enganoso e começou a mostrar um aviso quando os utilizadores tentam retuitar esses tweets falsos. Agora a rede social adiciona mais uma arma ao seu arsenal – um novo alerta para quando as pessoas tentarem “gostar” de uma publicação rotulada como enganosa.

O Twitter disse que era “vital” que a empresa fornecesse contexto adicional sobre porquê os tweets rotulados eram enganosos, nomeadamente de tweets sobre a eleição nos Estados Unidos ou sobre a COVID-19.

De acordo com a rede social, os avisos que mostram quando as pessoas tentam citar tweets enganosos ajudaram a diminuir a disseminação de informações falsas em 29%,  a empresa espera aumentar esses números com o novo alerta. A actualização está a ser lançada para iOS e a web, Os utilizadores do Android terão que esperar mais alguns dias.

Esta mudança surge após a divulgação de um estudo, no qual foi revelado que os ‘tweets’ polémicos de Trump desviavam a cobertura dos media sobre tópicos potencialmente prejudiciais para o Presidente.