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Terça-feira, Dezembro 23, 2025
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Preenchendo a lacuna digital: por que nunca devemos desistir da conectividade de banda larga universal

Durante o ano passado, digamos, a transformação digital acelerou a uma taxa sem precedentes nas sociedades de todo o mundo. Quer estivéssemos a trabalhar, a pesquisar ou a manter contacto com amigos e familiares, estar online tornou-se mais imprescindível do que nunca. Porém, apesar de um grande número de pessoas estar a adaptar-se às suas novas realidades, tornou-se também evidente que um número igualmente grande de pessoas foi impedido de o fazer. Considerando que o tema do Dia das Telecomunicações e da Sociedade da Informação deste ano, que aconteceu a 17 de Maio, é “Acelerando a Transformação Digital em tempos desafiantes”, vale a pena examinar o quão grande é essa lacuna e como a mesma pode ser preenchida.

Na África Subsaariana, por exemplo, aproximadamente 800-milhões de pessoas não estão conectadas à internet móvel. Daquelas, cerca de 520 milhões podem acessar à internet móvel, mas não o fazem por razões como penetração de smartphones e falta de habilidades, enquanto 270 milhões não podem acessar à internet móvel porque não têm a cobertura necessária. Em toda a região, a cobertura de banda larga 4G é de apenas 21 por cento.

Os números são ainda mais claros no que diz respeito à conectividade com a Internet de linha fixa. De acordo com dados da empresa de pesquisas Ovum, há apenas 6,6 milhões de assinaturas de linha fixa na África Subsaariana.  Enquanto se estima um crescimento dos números em três vezes até 2023, o que representa ainda uma pequena parcela da população da região. Tais números deixam evidente que a região lida com uma grande deficiência de infraestrutura de Internet.

Os benefícios da crescente acessibilidade à Internet são óbvios. Em 2019, na África Subsaariana, mais de 650.000 empregos foram sustentados directamente pelo ecossistema móvel e mais de 1,4 milhões de empregos informais em 2019. Também contribuiu com mais de US $ 17 bilhões para financiamento público ao longo do ano. A União Internacional de Telecomunicações (UIT) também definiu que um aumento de 10% na penetração da banda larga móvel em África geraria um aumento de 2,5% no PIB per capita.  Isso sem mencionar os benefícios que uma internet móvel melhor e mais acessível pode ter na educação, saúde e serviços governamentais. Com conectividade de Internet de fácil acesso, as pessoas podem procurar empregos, adquirir novas habilidades e acessar serviços governamentais sem terem que se deslocar para um endereço físico e, potencialmente, ficar em longas filas.

Como vimos, a pandemia causou uma devastação económica e social, mudando a forma como vivemos, trabalhamos, estudamos e socializamos, trazendo uma era de distanciamento social. Uma das mudanças mais significativas é a aceleração da transformação digital. Os legisladores africanos perceberam que o acesso à banda larga é fulcral para mitigar os efeitos da pandemia e impulsionar a recuperação económica na era pós-Covid. Com as mudanças no comportamento e na mentalidade das pessoas, a banda larga também continuará a fornecer oportunidades para que os países africanos ultrapassem os obstáculos para o desenvolvimento socio-económico sustentável e inclusivo.

Obviamente, a responsabilidade de criar acesso não cabe apenas ao governo. As empresas também têm um papel a cumprir. Na Huawei, reconhecemos isso e apoiamos uma série de iniciativas que visam ajudar a aumentar o acesso em áreas onde é mais necessário. Em Julho do ano passado, por exemplo, lançámos o projecto DigiSchool em parceria com uma operadora local e uma organização sem fins lucrativos. Em resposta ao apelo para garantir que todas as crianças sul-africanas em idade escolar possam ler fluentemente para entender, o programa visa conectar mais de 100 escolas primárias urbanas e rurais à Internet de banda larga.

Além disso, lançámos DigiTrucks em vários países africanos, o que permite que todos, de estudantes à empresários, aprendam a usar computadores e a conectar-se com o mundo digital. No início deste ano, também anunciámos uma parceria com operadoras do Gana para construir mais de 2.000 estações base em áreas remotas daquele país para conectar os não conectados.

De uma perspectiva de saúde, entretanto, com as conexões de banda larga, Lifebank, uma startup nigeriana pioneira que entrega sangue e outros suprimentos médicos essenciais para hospitais. Ao manter a startup e seus usuários conectados, podemos garantir que os hospitais recebam suprimentos urgentes quando forem necessários.

Esses tipos de projectos, no entanto, servem apenas para ilustrar quanta necessidade de banda larga acessível existe realmente em toda a África Subsaariana. Eles representam um vislumbre do tipo de acesso que todos devem ter e que os intervenientes da sociedade devem procurar fornecer.

Por mais de uma década, as Nações Unidas reconheceram que a internet é um catalisador para o desenvolvimento sustentável. Todavia, como os eventos do ano passado ou mais mostraram, muitas pessoas são incapazes de desfrutar desses direitos porque não têm acesso e conectividade. Todos nós nos beneficiaremos com a expansão do acesso e a redução dessa divisão. Não há dúvida de que deve ser uma contínua grande prioridade para os governos, empresas e actores da sociedade civil.


Por Leo Chen, Presidente da Huawei na Região da África Austral

Unitel à espera do INACOM para implementação do 5G

A Unitel, a maior operadora de telefonia móvel do país, avançou que está somente à espera do sinal verde do Instituto Nacional de Telecomunicações (INACOM) para começar a operar em 5G, segundo o seu director-geral Miguel Geraldes, durante um workshop sobre a tecnologia promovido pela empresa, na passada segunda-feira.

Miguel Geraldes sublinhou, no entanto, que o regulador estaria mais próximo de viabilizar a tecnologia, sendo que a empresa continua a aguardar por um posicionamento oficial que passe pelo leilão das licenças.

A Operadora argumenta que atribuição de licença é condição primeira para a concretização de investimentos.Consultas ocorrem com o regulador, mas ministro afirma que processo está dependente das empresas.

O director-geral da Unitel apontou consultas com o INACOM, destacando que a atribuição da frequência é condição necessária para a realização do investimento. “Não temos investimentos concretizados. Estamos em consulta com Inacom que tem de emitir a frequência de rádio. Não podemos fazer investimento sem saber a frequência que vamos usar”, fundamentou Geraldes, no mesmo dia em que o minstro  das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, atribuía, entretanto, às empresas a responsabilidade para o arranque da tecnologia.

Antecipando que a implementação da tecnologia deverá ser de forma gradual, a começar pelas zonas urbanas que dispõem de pólos industriais, Miguel Geraldes apontou Luanda, Cabinda, Benguela e Huíla como as províncias prioritárias. A efectivação do 5G, segundo se prevê, deverá proporcionar mais velocidade na internet, reduzir custos com o conceito de network, e permitir poupança no consumo de energia nos smartphones, além de revolucionar o sector económico.

A Unitel também reclama dos “elevados custos” na manutenção dos equipamentos, fruto da desvalorização do kwanza. José Mavungo, director de operação e supervisão, enumera outras dificuldades como as vias de acesso e a falta de energia em várias localidades. Dos 44 distritos existentes, não há cobertura de rede no Baia (em Viana) e na Bela Vista (Icolo e Bengo), ambas regiões de Luanda. No entanto, a empresa augura, este ano, efectivar a cobertura, passando a representar um aumento dos actuais 14 mil quilómetros.

O lixo espacial deve ser uma preocupação?

Recentemente o planeta terra esteve preocupado com descaída dos destroços do foguete chinês que encontrava-se descontrolado, dando a possibilidade da mesma ter caído em qualquer lugar, onde existiu até a possibilidade da mesma cair em alguma zona habitada, e essa foi uma das grandes preocupações que existiu em torno do famoso  “Long March 5B”, que felizmente caiu no oceano na manhã de domingo (09/05/2021). O local de descanso final dos destroços do foguete, perto das Maldivas, fica a algumas centenas de quilômetros do extremo sul da Índia.

Como ninguém ficou ferido ou não causou um acidente grave, praticamente o “Problema” foi desconsiderado, mas fiquei alguns dias a pensar: E se tivesse acontecido algo pior? Será que os países tomariam outras medidas? Será que a China seria crucificada? Qual é a quantidade de lixo espacial que existente e que amanhã poderá ser um perigo para o planeta terra? São muitas questões, mas vamos ao que interessa.

Os países continuarão a lançar foguetes com várias cargas úteis para o céu, e o ritmo tende a aumentar à medida que os lançamentos se tornam mais baratos. Isso garante que o lixo espacial será uma preocupação crescente . Já é uma ameaça aqui no solo pois anteriormente não havia garantia de que o foguete chinês pousaria sem causar danos em um pedaço vazio do oceano. Mas também é um problema a algumas centenas de milhas acima, onde a densidade de satélites mortos e foguetes em desuso podem se tornar uma barreira para a exploração espacial.

Ameaças preocupantes vindas dos céus dificilmente são novas, e por mais que não queiramos aceitar, a natureza tem estupidamente bombardeado o nosso planeta com rochas por mais de 4 bilhões de anos ou desde que a Terra existiu. Mas, como o impulsionador da “Long March 5B” deixou claro, os humanos estão dando ao cosmos uma competição real. A raça humana tem estado a colocar hardware em órbita a uma taxa de cerca de 100 lançamentos por ano , e a maior parte deles eventualmente voltará para baixo um dia.

Portanto, tudo o que é enviado para a órbita baixa da Terra (a região mais cobiçada do espaço próximo) é eventualmente retardado pelo atrito enquanto voa através do ar rarefeito encontrado a algumas centenas de milhas acima. Este arrasto desencadeia uma espiral de morte acelerada em que o hardware mergulha na atmosfera mais densa abaixo. Eventualmente, o objeto queima completamente ou, se for grande o suficiente, seus restos carbonizados se espatifam no chão. Para ser uma noção (Em 1961, a queda de destroços matou uma vaca em Cuba).

Em Angola em outras palavras diríamos assim “Tudo que sobe, um dia cai”. Mas antes de construir um abrigo antiaéreo, é instrutivo considerar as chances de que um satélite morto ou um foguete gasto possa regressar a terra. Actualmente existem mais de 6.000 satélites orbitando a Terra. Claro, metade deles está morta, mas essa distinção será de pouco consolo se algum deles um dia cair sobre o telhado da nossa casa, com tantos objetos acima de nossas cabeças, a chuva de destroços continuará.

Existe alguma maneira de nos precavermos deste problema?

Sim há uma solução que poderá ser adotada. Imaginemos equipar cada grande satélite com um propulsor auxiliar. Quando o satélite atinge sua data de validade, o propulsor dispara e manda o satélite extinto para cima, para uma órbita de cemitério mais espaçosa, onde a atmosfera é muito mais rarefeita. Ele poderia ficar lá com segurança por milhões de anos, fora da vista, da mente e, com sorte, fora do caminho para regressar a terra.

Éóbvio que instalar esse tipo de sistema em torno de uma plataforma de lançamento custa dinheiro, tanto a despesa direta da tecnologia necessária quanto o custo de oportunidade de sacrificar a carga útil adicional. Mas os países podem concordar em fazer isso, considerando-o um imposto para o bem comum. Outras propostas não requerem adesão individual. Por exemplo, a indústria espacial poderia construir uma frota de satélites especializados equipados com redes gigantes ou arpões para coletar detritos. Alternativamente, pode-se usar lasers de alta potência para alterar as órbitas de hardware indesejado ou explodi-lo em pedaços pequenos o suficiente para queimar completamente em seu caminho para baixo.
Em qualquer caso, não fazer nada a respeito do lixo espacial não será uma opção por muito mais tempo. Isso se deve a uma reação em cadeia destrutiva descrita pelo cientista da NASA Donald Kessler no final dos anos 1970. Conforme a densidade do lixo espacial aumenta, a chance de colisão também aumenta. E as colisões produzem mais destroços, o que leva a ainda mais colisões.

Manuel Homem diz que o Estado “não impõe restrições ao 5G” da China

Em entrevista ao Jornal de Angola, Manuel Homem disse que o Estado “não impõe restrições ao 5G da China” e que nos termos das recomendações da União Internacional das Telecomunicações, “o órgão regulador está a fazer o ‘refarming’”.

Por outras palavras, o ministro referiu que o órgão regulador do sector das Telecomunicações está a retirar entidades que estejam num determinado espaço para frequências que foram convencionadas para o 5G, “de maneira a que, tão logo existam condições no país, tenhamos capacidade para entregar aos operadores essa frequência”.

O dirigente declinou, sem meias palavras, as afirmações segunda as quais o Estado angolano esteja apreensivo sobre eventuais violações de soberania levantadas pelo Ocidente em relação a tecnologia 5G chinesa.  

O início da operação da tecnologia 5G em Angola, de acordo com o dirigente, está a depender apenas da avaliação técnica das operadoras de telefonia móvel interessadas, das melhores ofertas comerciais de mercado e de autorizações necessárias do Instituto Nacional de Telecomunicações (INACOM) para a cedência e utilização das frequências.  

Garantiu, no entanto, que o INACOM já preparou a faixa de frequência para disponibilizar aos operadores que queiram implementar o 5G. “Estamos preparados para que, caso qualquer dos nossos operadores queira dar início à operação 5G, possa ter o suporte do órgão regulador quanto à utilização das frequências necessárias”, assegurou o ministro das Tecnologias de Informação e Comunicação Social.

A polêmica em torno da implementação da tecnologia 5G é um dos assuntos quentes nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Além dos EUA, países como Reino Unido, Itália, França, Austrália, Nova Zelândia e Japão bloquearam parcial ou totalmente a adesão da quinta geração da tecnologia por meio de empresas chinesas que as oferecem – actualmente a Huawei e a ZTE.

O bloqueio, liderado pelos EUA desde o final de 2018, é baseado em alegações que a nova tecnologia armazena uma quantidade significativas de dados dos usuários e que pode servir de base para espionagem e ataques cibernéticos do governo chinês. Esse argumento é justificado com o facto da parte da infraestrutura do 5G serem datacenters que, supostamente, conseguem armazenar dados dos usuários.

Tecnologia 5G em Angola depende apenas das operadoras

O ministro das Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), Manuel Homem, que negou que o Estado angolano esteja apreensivo em relação a alegadas violações de questões de soberania levantadas pelo Ocidente sobre a tecnologia 5G chinesa.  

O início da operação da tecnologia 5G em Angola está a depender apenas da avaliação técnica das operadoras de telefonia móvel interessadas, das melhores ofertas comerciais de mercado e de autorizações necessárias do Instituto Nacional de Telecomunicações (INACOM) para a cedência e utilização das frequências.  O Estado, segundo o ministro em exclusivo ao Jornal de Angola, “não impõe restrições ao 5G.” “É importante dizer que, nos termos das recomendações da União Internacional das Telecomunicações, o órgão regulador está a fazer o “refarming” (retirar entidades que estejam num determinado espaço para frequências que foram convencionadas para o 5G), de maneira a que, tão logo existam condições no país, tenhamos capacidade para entregar aos operadores essa frequência”, sustentou o ministro.  

Manuel Homem garantiu que o INACOM já preparou a faixa de frequência para disponibilizar aos operadores que queiram implementar o 5G. “Estamos preparados para que, caso qualquer dos nossos operadores queira dar início à operação 5G, possa ter o suporte do órgão regulador quanto à utilização das frequências necessárias”, disse. 

O ministro revelou que há uma licença multi-serviços que permite que qualquer entidade que queira prestar serviços de Telecomunicações de telefonia fixa, distribuição de Internet e de provedor de serviços de comunicações por satélite pode fazê-lo sem pagar nada ao Estado para a sua obtenção, desde que formalize o seu interesse e cumpra com as regras de mercado. 

A rede 5G é a quinta geração das redes móveis. Trata-se de um grande salto evolutivo em relação à rede que é empregada actualmente, chamada 4G. A rede 5G vem sendo desenvolvida para comportar o crescente volume de informações trocado diariamente por bilhões de dispositivos sem fio espalhados mundialmente.

Angola Telecom não será privatizada

O ministro das Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, garantiu na entrevista publicada na edição impressa do Jornal de Angola desta segunda-feira (17), que Angola Telecom não será privatizada conforme estava previsto.

Segundo o ministro, a saúde financeira da Angola Telecom não está boa. “Existem vários factores que concorreram para que chegássemos a essa situação que se vive hoje naquela empresa pública”. “Uma delas pode ter sido a gestão que foi feita nos últimos anos.” Também podemos considerar que, apesar de ter acompanhado o desenvolvimento tecnológico, muitos dos investimentos feitos foram mal orientados na sua implementação. Também podemos, por outro lado, apontar um pouco aquilo que era o entendimento de que os serviços de empresas públicas são públicos.Logo, instituições públicas não deviam pagar os serviços que consumiam, porque entendiam que era do Estado e podiam, por isso, consumir sem pagar. Era cultural pensar que tudo era do povo. Infelizmente, esse comportamento, que se assistiu durante muitos anos em vários sectores, em particular na Angola Telecom, permitiu que a empresa perdesse muito a capacidade que tinha de fornecer serviços. Mas, a empresa tem bons propósitos, ou seja, tem capacidade para poder responder às expectativas dos serviços.

Manuel Homem garantiu que Angola Telecom não está no Programa de Privatizações (PROPRIV) para ser alienada. “Não está, porque a Angola Telecom é um recurso estratégico e é importante que isso fique claro.” A Angola Telecom gere, se tanto, a maior infra-estrutura de comunicações do nosso país e, por essa razão, deve ter um tratamento diferenciado, tendo em conta a sua relevância estratégica.

Mas não é por causa disso que deve ser uma empresa que viva à custa do Estado. Ela tem de conseguir libertar-se dessas dificuldades. E para isso, aprovamos, já com o novo conselho de administração, o Plano Estratégico de Reestruturação da Angola Telecom que, na verdade, tem vindo a ser executado há alguns anos. Mas entendemos que era preciso fazer correcções pontuais para permitir que a empresa possa ter uma melhor dinâmica e reduzir custos.

Manuel Homem disse que, existiam na empresa serviços desnecessários e era preciso cortar determinados vícios. Ainda não os eliminámos na totalidade, mas temos estado a fazer esse exercício. Estamos à procura de parcerias estratégicas para operar com a Angola Telecom o conjunto de infra-estruturas que possui. É possível abrir nichos de operações para permitir que a empresa tenha mais agilidade e, com isso, chegar com mais qualidade aos clientes.

Em 2019 já estava praticamente confirmado que a privatização da Angola Telecom aconteceria naquele ano e apenas estava a decorrer o processo de avaliação do património e activos da operadora. Segundo o antigo ministro das Telecomunicações, José Carvalho da Rocha, 45% das acções da Angola Telecom que seriam privatizadas estavam avaliados em cerca de 500 milhões USD.

Celebra-se hoje Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação

O Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação celebra-se anualmente 17 de maio. Esta data marca o aniversário da assinatura da 1.ª Convenção Internacional do Telégrafo, em Paris, a 17 de maio de 1865. O seu propósito corresponde à sensibilização dos benefícios e das oportunidades que a Internet e as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) trazem para as sociedades e economias.

As TIC integram a Agenda 2030 da ONU, sublinhando-se a necessidade de ultrapassar o fosso digital existente entre os países desenvolvidos e os países em vias de desenvolvimento. Todos os anos as celebrações dão ênfase a um tema específico. O tema de 2021 é “Accelerating digital transformation in challenging times”.

O dia 17 de maio foi proclamado como Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação através da Resolução 60/252 adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas, de 27 de março de 2006. Angola tem um histórico de mais de um século no subsector das Telecomunicações com a encomenda dos primeiros 50 telefones para uso público em 1885.

O minsitro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, avançou que é muito importante e estratégico o histórico que o nosso país tem nas Telecomunicações, porque as Telecomunicações surgem muito no contexto, ainda, dos correios, telégrafos… Desde aquela altura, o país sempre se preocupou com a comunicação.

As comunicações foram sempre consideradas como um recurso estratégico. Portanto, com a evolução dos tempos e, sobretudo no período da guerra civil, as comunicações foram sempre estratégicas. Por isso, o Estado sempre teve uma preocupação no investimento e na protecção das infra-estruturas das Telecomunicações. Com isso, podemos dizer que, durante o percurso histórico da evolução mundial das Telecomunicações, o nosso país também vem acompanhando esse desenvolvimento que o mundo tem registado, disse Manuel Homem, durante a entrevista concedida ao Jornal de Angola.

A propósito da data, o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS) reafirma a aposta na contínua melhoria da prestação dos serviços públicos e básicos de telefonia e acesso à internet, por serem fundamental no processo de modernização da governação.

Dados oficiais do Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social indicam que Angola tem mais de 15 milhões de assinantes de telefonia móvel, 7 milhões de utilizadores de internet e mais de 2 milhões de utentes de televisão por assinatura.

Angola conta com mais de 50 Provedoras de Serviços de Internet

O Ministro das Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem disse numa entrevista concedida ao Jornal de angola que, Angola conta com mais de 50 Provedoras de Serviços de Internet (ISP, na sigla inglesa).

O número de operadores com licenças multisserviços deve ultrapassar os 50, aqueles que têm efectivamente títulos.” Com relação preço-qualidade o ministro avançou que tem muito a ver com a forma como cada operadora gere as suas empresas. “O que é importante esclarecer é que o nosso país não tem défice de Internet.

Segundo o ministro, as políticas essenciais para que as operadoras possam prestar um melhor serviço foram criadas. O subsector liberalizou o acesso a esse tipo de infra-estruturas a partir de 2007. Esta liberalização já faz tempo que aconteceu, ou seja, o Estado já não precisa de se preocupar com o serviço final. Abrimos para que outras entidades pudessem fazer esse serviço.

Manuel Homem avançou que, muitas empresas que decidem ser Provedoras do Serviço de Internet não acompanham, depois, uma série de pressupostos básicos de gestão de empresas. “Faz a ligação a um cliente, mas não se preocupa em saber se o serviço chega em condições, se a ligação está boa, e passamos ao cidadão uma percepção de que não temos qualidade suficiente para entregar o serviço, por um lado”.

“Outro fenómeno que também podemos destacar é a arquitectura tecnológica que é utilizada para prestar o serviço. E isto é importante porque se eu não tiver uma arquitectura tecnológica em condições, usar o equipamento certo, o cliente final vai ter dificuldades e vai dizer que a qualidade é péssima”.

Um outro indicador que temos de considerar é a oferta de serviços, o número de prestadores de serviço. Mas uma vez, os grandes operadores de serviços de Internet no país não devem passar de cinco, mas o sector liberalizou e, hoje, temos 50 ou mais provedores do serviço de internet autorizados.

Africell vai fornecer serviços de televisão digital e dinheiro móvel

A vencedora do concurso público para quarta licença de telecomunicações em Angola, ao qual foi a única candidata, a Africell que inicia operações no país ainda este ano, vai fornecer os serviços de televisão digital e dinheiro móvel.

Africell assinou um acordo multimilionário com a empresa de soluções de transporte sem fio Aviat, que fornecerá à empresa uma rede de transmissão desagregada pronta para o 5G em vários países africanos em que opera.A nova rede, que será projectada, instalada e mantida pela Avit, incluirá rádios de várias bandas e switches de micro-ondas CTR e gateways desagregados do site células (DCSGs)- que são as redes edgcore que executam o sistema operacional de rede OcNOS da Infusão IP.

A implementação, que ocorrerá no segundo trimeste de 2021, será o primeiro esforço DCSG compactível com Telecom Infra Project (TIP) da Africell. A TIP é uma comunidade global de empresas e organizações que estão impulsionando soluções de ifnraestruturas para avançar na conectividade global.

O momento deste anúncio é bastante significativo. Não só a Africell, uma operadora móvel que atende mais de 12 milhões de assinantes, uma das operadoras móveis que mais crescem em África.

Angola é o quinto mercado onde o Grupo Africell vai ter operações, juntando-se ao Uganda, Serra Leoa, Gâmbia e RDC, onde já tem uma base de 12 milhões de clientes. Com origens no Líbano, o grupo está desde 2020 registado em Jersey, ilha do canal da Mancha, e tem escritórios em Londres.

MINTTICS comprometido com melhoria dos serviços de telefonia e internet

O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS) reafirmou, na última quarta-feira (12/05), a aposta na contínua melhoria da prestação dos serviços públicos e básicos de telefonia e acesso à internet.Numa mensagem alusiva ao Dia Internacional das Telecomunicações e da Sociedade de Informação, que se assinala a 17 deste mês, o departamento ministerial considera o sector como fundamental no processo de modernização da governação, do desenvolvimento social e económico e de inclusão social.

Face ao actual momento marcado pela pandemia da Covid-19, o MINTTICS exorta os profissionais do sector a continuarem a trabalhar com brio e dedicação, para assegurarem os serviços das comunicações electrónicas e o reforço da prevenção e combate à Covid-19, com o suporte dos meios tecnológicos disponíveis.

Aos usuários, o ministério exorta ao uso responsável dos serviços digitais e das redes sociais. Dados oficiais indicam que Angola tem mais de 15 milhões de assinantes de telefonia móvel, 7 milhões de utilizadores de internet e mais de 2 milhões de utentes de televisão por assinatura.

O Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação visa incentivar acções que chamem a atenção das pessoas para as mudanças que acontecem com a internet outras formas de telecomunicação.