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Terça-feira, Setembro 9, 2025
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[AngoTIC 2023] Mais de 40 empresas inscritas na 3ª edição do Fórum Tecnológico

Mais de 40 empresas, das 150 previstas já estão inscritas para a 3ª edição do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola (ANGOTIC 2023), que vem para contribuir para a diversificação da economia nacional.

A informação foi revelada pelo diretor Nacional das Telecomunicações, Tecnologias de Informação, Matias Borges, salientando que há uma “grande” procura de empresas nacionais e internacionais para participar no evento que decorre de 12 a 14 do mês corrente, em Luanda, propriamente nas instalações do Centro de Convenções de Talatona, sob o lema “Conectividade e Modernização Tecnológica”.

As empresas inscritas para mostrar o seu potencial consta dos sectores da Agricultura, Saúde, Ambiente, Banca, entre outros”, disse o diretor.

MAIS: [AngoTIC 2023] Conheça os oradores do evento

 Já o Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTIC), Mário Oliveira, afirmou que o fórum servirá para refletir em torno do potencial e desenvolvimento das TICs para as novas soluções de negócios, dar visibilidade às competências do mercado nacional e internacional, com reflexos importantes na geração de emprego, renda e qualidade de vida.

O ministro referiu que a terceira edição promete, apesar dos desafios geopolíticos e económicos que o mundo enfrenta, ser um evento de tecnologia de referência no continente, combinado o conteúdo inigualável de um fórum de grande exposição, assim como oportunidades de networking.

Destacou ainda que as empresas e organizações poderão exibir produtos inovadores, tecnologias e aplicações, mostrando novos produtos desenvolvidos pelas empresas de Tecnologia de Informação (TI), que permitem aprimorar a gestão, melhorar a qualidade dos produtos e serviços, ampliar a produtividade e fidelizar a tomada de decisões.

Huawei pode ser banida do sistema de conexão 5G de Portugal

Conforme noticiou a Bloomberg, nesta semana, o governo de Portugal recomendou proibir as operadoras locais de adquirir equipamentos 5G de fabricantes sediados fora da União Europeia ou de países que não fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ou da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A informação foi obtida num documento divulgado pela Comissão de Avaliação de Segurança de Portugal. O material menciona a necessidade de barrar alguns equipamentos considerados “de alto risco”, como uma forma de minimizar brechas na segurança das redes sem fio e dos serviços nacionais.

A decisão seria controversa para Portugal. O país tem boas relações com as empresas de tecnologia da China há anos. Diversas das companhias portuguesas de telecomunicações já utilizam componentes da Huawei.

A Altice Portugal, a maior operadora de comunicações sem fios do país, assinou um acordo em 2018 para utilizar equipamento da Huawei em parte da sua implementação do 5G.

Se Portugal avançar com a proibição, uma troca potencialmente profunda de infraestrutura pode levar bastante tempo.

“A Huawei não tem conhecimento prévio e não foi consultada sobre este assunto”, afirmou um porta-voz da Huawei ao Financial Times. “Ao longo das últimas duas décadas, a Huawei trabalha com as operadoras portuguesas para construir redes sem fios e fornecer serviços de qualidade que ligam milhões de pessoas”, destacou.

A marca alegou que continuará cumprindo todas as leis e regulamentos aplicáveis e a servir os clientes e parceiros portugueses que confiam nos seus produtos e serviços.

Até o momento, o governo português não acatou formalmente a decisão, por isso os equipamentos da Huawei poderão operar normalmente por enquanto.

Grande maioria das empresas com incidentes de cibersegurança

Uma pesquisa realizada pela Deloitte Global Future of Cyber Survey 2023 revelou que a grande maioria das empresas inquiridas (91%) registou pelo menos um incidente de cibersegurança no último ano, o que representa um aumento de 3% em comparação ao período anterior. O estudo, considerado a maior pesquisa da Deloitte nesta área até hoje, contou com entrevistas a mais de 1.000 líderes em 20 países.

Incidentes de cibersegurança com impacto negativo

De acordo com o levantamento, 56% dos inquiridos afirmaram terem enfrentado consequências moderadas ou graves em relação aos episódios de incidentes de cibersegurança das suas organizações. Esses resultados demonstram a crescente ameaça enfrentada pelas empresas. Contudo, à medida que essa ameaça se intensifica, também cresce o interesse pelo investimento em cibersegurança como um fator de crescimento.

Investimentos em cibersegurança como impulsionadores de negócios

O estudo revelou que 86% dos decisores na área de cibersegurança afirmaram que iniciativas de segurança digital contribuíram significativamente para a melhoria dos negócios, especialmente na confiança adicional que proporcionaram nas suas áreas de atuação. Esse dado aponta para a importância crescente da segurança cibernética como um fator estratégico para o desenvolvimento e crescimento empresarial.

Necessidade de postura proativa e colaboração

A pesquisa sobre o futuro global da cibersegurança destacou a necessidade urgente das organizações adotarem uma postura proativa em relação à cibersegurança. Com o surgimento de novas tendências nesse campo, como a interconexão digital e o aumento exponencial da produção e armazenamento de dados, bem como a disseminação do trabalho remoto, o perigo de ciberataques e outras ameaças à segurança das organizações e das pessoas que delas dependem se amplia.

Cibersegurança no radar dos conselhos de administração

O estudo também revelou que 70% dos inquiridos afirmaram que a cibersegurança está na agenda do conselho de administração das suas empresas, com reuniões mensais ou trimestrais. Essa indicação evidencia que o tema está agora mais ligado às operações, aos resultados e às oportunidades de negócio, estabelecendo-se como parte integrante do caminho crítico das organizações.

Empresas líderes em cibersegurança

Como parte do estudo, a Deloitte identificou um grupo de “líderes globais”, empresas que estão implementando práticas exemplares na área da cibersegurança.

Essas organizações têm adotado ações importantes, como um plano operacional e estratégico, um plano de ação para melhoria contínua da segurança da informação e um programa de gestão de riscos para monitorar e acompanhar a postura de segurança de parceiros e fornecedores. Essas empresas relataram que as iniciativas de cibersegurança tiveram impactos positivos em áreas como reputação de marca, confiança dos clientes, estabilidade operacional e faturação.

Cibersegurança como ingrediente essencial da transformação digital

Frederico Macias, Partner da Deloitte e líder global de Risk Advisory para a indústria de Technology, Media & Telecommunications, destacou que o ciberespaço também pode representar uma oportunidade de crescimento. Muitos líderes de empresas globais estão a mudar a visão sobre a cibersegurança, e passar a encará-la não apenas como um risco empresarial, mas também como um ingrediente essencial da transformação digital das empresas.

Com a crescente ameaça cibernética, a segurança digital torna-se cada vez mais essencial para a proteção das organizações e o desenvolvimento dos negócios, exige uma abordagem proativa e investimentos significativos nessa área crítica.

Kaspersky diz que invasores hackearam iPhones dos funcionários com malware desconhecido

Na quinta-feira, a Kaspersky anunciou o alegado ciberataque e publicou um relatório técnico de análise do mesmo, onde a empresa admitiu que a sua análise ainda não está completa. A empresa disse que os hackers, que até agora são desconhecidos, entregaram o malware com um exploit de clique zero através de um anexo iMessage, e que todos os eventos aconteceram num período de um a três minutos.

 

O porta-voz da Kaspersky, Sawyer Van Horn, disse que a empresa determinou que uma das vulnerabilidades usadas na operação é conhecida e foi corrigida pela Apple em dezembro de 2022, mas pode ter sido explorada antes de ser corrigida, junto com outras vulnerabilidades. “Embora não haja nenhuma indicação clara de que as mesmas vulnerabilidades foram exploradas anteriormente, é bem possível”, disse o porta-voz.

Os investigadores da Kaspersky afirmaram que descobriram o ataque quando repararam em “atividade suspeita proveniente de vários telemóveis com iOS”, enquanto monitorizavam a sua própria rede Wi-Fi empresarial. Van Horn disse que os ciberataques foram descobertos “no início deste ano”.

A empresa chamou a este alegado hack contra os seus próprios empregados “Operação Triangulação” e criou um logótipo para o efeito.

Os investigadores da Kaspersky disseram que criaram cópias de segurança offline dos iPhones visados e inspecionaram-nos com uma ferramenta desenvolvida pela Amnistia Internacional chamada Mobile Verification Toolkit, ou MVT, que lhes permitiu descobrir “vestígios de compromisso”. Os pesquisadores não disseram quando descobriram o ataque, e disseram que encontraram vestígios dele desde 2019 e que “o ataque está em andamento, e a versão mais recente dos dispositivos visados com sucesso é iOS 15.7.”

Embora o malware tenha sido projetado para limpar os dispositivos infetados e remover vestígios de si mesmo, “é possível identificar de forma confiável se o dispositivo foi comprometido”, escreveram os pesquisadores.

No relatório, os pesquisadores explicaram passo a passo como analisaram os dispositivos comprometidos, descrevendo como outros podem fazer o mesmo. No entanto, não incluíram muitos pormenores sobre o que descobriram com este processo.

Os pesquisadores disseram que a presença de “linhas de uso de dados mencionando o processo chamado ‘BackupAgent'”, foi o sinal mais confiável de que um iPhone foi hackeado, e que outro dos sinais foi que os iPhones comprometidos não podiam instalar atualizações do iOS.

“Observámos que as tentativas de atualização terminavam com a mensagem de erro ‘Falha na atualização de software. Ocorreu um erro ao descarregar o iOS'”, escreveram os investigadores.

A empresa também publicou uma série de URLs que foram usados na operação, incluindo alguns com nomes como Unlimited Teacup e Backup Rabbit.

A Russian Computer Emergency Response Team (CERT), uma organização governamental que partilha informações sobre ciberataques, publicou um aviso sobre o ciberataque, juntamente com os mesmos domínios mencionados pela Kaspersky.

Numa declaração separada, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) acusou os serviços secretos dos EUA – mencionando especificamente a NSA – de piratear “milhares” de telemóveis Apple com o objetivo de espiar diplomatas russos, de acordo com uma tradução online. O FSB também acusou a Apple de cooperar com os serviços secretos americanos. O FSB não apresentou provas das suas alegações.

“Nunca trabalhámos com nenhum governo para inserir uma porta traseira em qualquer produto, Apple e nunca o faremos”, disse o porta-voz da Apple, Scott Radcliffe, num e-mail.
A NSA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A descrição dos ataques pelo FSB ecoa o que a Kaspersky escreveu no seu relatório, mas não está claro se as duas operações estão conectadas.

“Embora não tenhamos detalhes técnicos sobre o que foi relatado pelo FSB até agora, o Centro Nacional de Coordenação de Incidentes Informáticos da Rússia (NCCCI) já declarou no seu alerta público que os indicadores de comprometimento são os mesmos”, disse Van Horn.

Além disso, a empresa recusou-se a atribuir a operação a qualquer governo ou grupo de hackers, dizendo que “a Kaspersky não faz atribuição política”.

“Não temos detalhes técnicos sobre o que foi relatado pelo FSB até agora, portanto, também não podemos fazer qualquer atribuição técnica. A julgar pelas características do ciberataque, não conseguimos associar esta campanha de ciberespionagem a qualquer agente de ameaça existente”, escreveu Van Horn.

O porta-voz disse ainda que a empresa contactou a Apple na quinta-feira de manhã, “antes de enviar o relatório aos CERT nacionais”.

O fundador da empresa, Eugene Kaspersky, escreveu no Twitter que “estão bastante confiantes de que a Kaspersky não foi o principal alvo deste ciberataque”, prometendo “mais clareza e mais pormenores” nos próximos dias.

Revelada uma ameaça global de malware camuflado

A ESET, empresa europeia especializada em soluções de cibersegurança, desvendou recentemente pormenores acerca de um cryptor – um método de camuflagem empregue por criminosos informáticos para dissimular o código de malware e escapar à deteção.

Conhecido como AceCryptor, este disfarce, em circulação desde 2016, tem auxiliado na disseminação de campanhas de maliciosas à escala global.

AceCryptor-Mapa

Apenas durante 2021 e 2022, a avançada telemetria da ESET identificou mais de 240 mil casos de códigos maliciosos camuflados com AceCryptor. Este número corresponde a mais de 10 mil deteções mensais, sugerindo que este cryptor seja possivelmente comercializado na dark web ou em fóruns secretos. Presentemente, inúmeras famílias de código malicioso, incluindo os destinados ao roubo de credenciais de cartões de crédito e dados confidenciais, recorrem ao AceCryptor como a sua principal barreira contra a deteção.

Desafios na proteção contra deteção de malware

Para os criadores de malware, salvaguardar os seus instrumentos de ataque é um desafio constante. Jakub Kaloč, investigador da ESET, explicou que “os cryptors representam a primeira linha de defesa do malware distribuído. Enquanto os autores de ameaças conseguem criar e manter os seus próprios cryptors personalizados, muitas vezes torna-se custoso ou tecnicamente complexo manter um cryptor num estado de completa não detetabilidade. Esta necessidade de camuflagem originou uma variedade de opções de cryptor-como-serviço que incluem malware”.

O RedLine Stealer, um dos malwares mais recorrentes a utilizar o AceCryptor, é um software malicioso vendido em fóruns clandestinos com a finalidade de roubar credenciais de cartões de crédito, dados sensíveis, e até mesmo criptomoedas. Este ahente malicioso foi detetado pela primeira vez no início de 2022 e, desde então, os seus distribuidores têm recorrido ao AceCryptor.

Dada a multiplicidade de agentes maliciosos a usar o AceCryptor, o malware é distribuído de diversas formas. Segundo a telemetria da ESET, os dispositivos foram maioritariamente expostos ao malware com AceCryptor através de instaladores fraudulentos de software pirata ou emails de spam com anexos maliciosos.

Implicações do AceCryptor e Medidas de Proteção

A extensa utilização do AceCryptor implica que qualquer utilizador pode ser afetado. Devido à variedade de códigos maliciosos associados ao AceCryptor, é complicado determinar a gravidade das consequências para um utilizador comprometido. A ESET prevê que o AceCryptor continue a ser amplamente usado. Uma monitorização cuidada poderá contribuir para prevenir e identificar novas campanhas de malware com este cryptor. Ao longo de 2021 e 2022, a ESET protegeu mais de 80 mil clientes afetados por malwares cujo código estava dissimulado com AceCryptor.

5 países africanos comprometeram-se a manter a Internet gratuita em 2021, mas quebraram a promessa

A Comissão Nigeriana das Comunicações (NCC), num tweet de quinta-feira, 1 de junho, afirmou que 150 milhões de nigerianos têm acesso à Internet, enquanto mais de 80 milhões têm acesso à Internet de alta velocidade. Mas há questões que se prendem com o facto de esse acesso ter sido ininterrupto nos últimos anos.

 

A Surfshark, uma empresa de cibersegurança, realizou um estudo para compreender as posições dos países da ONU na Resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH) de 2021 sobre a promoção, proteção e gozo dos direitos humanos na Internet.

Ao comparar as posições dos países com os dados do Internet Shutdown Tracker da Surfshark, a Surfshark identificou que cinco países africanos que afirmaram apoiar a resolução “quebraram a sua palavra” ao impor restrições à Internet.

A Internet como um direito humano

Num documento intitulado “Ending Internet Shutdown: a path forward”, datado de 15 de julho de 2021, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que “o direito de aceder e utilizar a Internet e outras tecnologias digitais para fins de reunião pacífica está protegido pelo artigo 20 da Declaração Universal dos Direitos do Homem e pelo artigo 21 do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos”.

A resolução – liderada por um grupo central do Brasil, Nigéria, Suécia, Tunísia e os Estados Unidos, e copatrocinada por 70 países de todas as regiões – foi adoptada por uma votação com forte apoio no Conselho em 13 de julho de 2021. Esta foi a quinta de uma série de resoluções com o mesmo título, a primeira das quais foi adotada em 2012.

Pontos principais:

A resolução consolida e reforça os compromissos assumidos no sentido de melhorar a acessibilidade e os preços da Internet.

A resolução condena o encerramento da Internet e a censura em linha e apela aos governos para porem termo a essas medidas. Nesta perspetiva, o Alto Comissariado para os Direitos Humanos foram mandatado para preparar um relatório sobre os encerramentos da Internet, analisando as suas causas, implicações jurídicas e impactos nos vários direitos humanos.

A resolução sublinha ainda “a necessidade de garantir que as medidas de proteção da segurança nacional, da ordem pública e da saúde pública, fora de linha ou em linha, estejam em plena conformidade com as obrigações de direito internacional e serem respeitados os princípios da legalidade, legitimidade, necessidade e proporcionalidade, e sublinha também a necessidade de proteger os direitos humanos, incluindo a liberdade de opinião e de expressão, de reunião e associação pacíficas e de privacidade, e os dados pessoais na resposta a emergências sanitárias e outras”.

“No mundo atual, os encerramentos da Internet tornaram-se uma grande preocupação. Os governos autoritários utilizam-nos frequentemente como um meio de manipular o público e sufocar a liberdade de expressão.

A resolução da ONU sobre os direitos humanos na Internet tem como objectivo fazer com que os países condenem abertamente estes encerramentos e outras formas de restringir o discurso em linha. No entanto, é preocupante que, apesar de cinco países africanos terem apoiado publicamente a resolução, continuem a impor restrições à Internet.

“É importante promover uma Internet aberta e acessível e pressionar os países a respeitarem os seus compromissos em matéria de direitos humanos em linha”, afirma Gabriele Racaityte-Krasauske, porta-voz da Surfshark.

O Sudão detém o segundo maior número de restrições que ocorreram após o país ter apoiado a resolução de 2021. A primeira interrupção ocorreu apenas três meses após a resolução, coincidindo com a eclosão do golpe militar no Sudão.

Os dados de rede da NetBlocks confirmaram uma interrupção significativa do serviço de Internet no Sudão a partir da manhã de 25 de outubro de 2021, afetando a conectividade celular e alguma conectividade de linha fixa em vários fornecedores. O incidente continuou até 18 de novembro de 2021, altura em que se verificou um restabelecimento significativo do serviço em vários fornecedores no Sudão, após 24 dias de inatividade. As restrições nas redes sociais permaneceram em vigor até quarta-feira, 24 de novembro de 2021.

Desde então, o Sudão enfrentou várias interrupções da Internet em grande escala, tendo a mais recente sido registada em abril de 2023, no meio de um conflito armado em curso entre fações rivais das forças militares.

Internet restrictions in Africa - NetBlocks

O Burkina Faso registou quatro restrições desde a adoção da resolução em 2021. A restrição imposta pelo país ao Facebook em 2022 ainda está em vigor.

O encerramento do acesso à Internet através de redes de telemóveis no país começou apenas quatro meses após a resolução. O governo disse num comunicado que o desligamento é do interesse da defesa nacional e da segurança pública e vai durar até a noite de 23 de novembro de 2021.

O encerramento surgiu na sequência de protestos que bloquearam um comboio de abastecimento militar francês que tentava viajar da Costa do Marfim para o Níger. Os manifestantes afirmaram querer pôr termo à intervenção militar francesa na guerra regional contra os militantes islâmicos.

Em 23 de janeiro de 2022, as autoridades do Burkina Faso encerraram a Internet pela terceira vez no espaço de meses, visando a Internet móvel no país.

O encerramento foi implementado no meio de relatos de que soldados amotinados teriam alegadamente detido o Presidente do país.

Só em 25 de Janeiro de 2022 é que o país teve o restabelecimento total do acesso à Internet e o desbloqueio do Facebook pelas autoridades do Burkina Faso.

A Mauritânia e a Somália sofreram ambas uma restrição da Internet desde que apoiaram a resolução. A Mauritânia restringiu a Internet móvel devido a um motim nas prisões e a Somália sofreu um apagão da Internet após o parlamento ter votado a favor da destituição do primeiro-ministro.

A NetBlocks confirmou uma interrupção à escala nacional do tráfego de Internet móvel na Mauritânia em 6 de março de 2023. Isto aconteceu após as autoridades terem lançado uma busca a quatro prisioneiros de alto risco, acusados de terrorismo e traição, que encenaram um motim e uma fuga da prisão em Nouakchott. O serviço foi restabelecido em 12 de março de 2023, após os prisioneiros terem sido detidos ou mortos.

De acordo com o Surfshark, a Nigéria tinha uma restrição em curso no momento da adoção da resolução, mas não teve novas restrições desde então. A Nigéria proibiu o Twitter um mês antes da adoção da resolução, e a restrição durou até janeiro de 2022.

Internet restrictions

Dos 193 Estados-membros da ONU, 14 países não cumpriram as suas promessas. Apesar de terem apoiado a resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU de julho de 2021, o Surfshark’s Internet Shutdown Tracker mostra que estes países ou tinham restrições contínuas à Internet, ou interromperam o acesso à Internet desde então.

Estes países são a Índia, o Sudão, Cuba, o Uzbequistão, o Burkina Faso, o Paquistão, a Rússia, o Brasil, a Arménia, a Indonésia, a Mauritânia, a Nigéria, a Somália e a Ucrânia.

Porque é que isto é importante?

78 países (ou 40%) apoiaram a resolução, votaram a favor.

Mais de metade dos países (111) adotaram uma posição passiva. Não puderam expressar a sua posição através do voto porque não foram eleitos para o Conselho. No entanto, tiveram a oportunidade de patrocinar a resolução, mas optaram por não o fazer.

Por outro lado, quatro países que faziam parte do Conselho decidiram abster-se de votar. Esses países eram os Camarões, a China, a Eritreia e a Venezuela. A sua decisão de não votar a resolução levanta questões sobre a sua posição relativamente à promoção dos direitos humanos em linha.

De acordo com um novo relatório, um número recorde de países cortou o acesso aos serviços de Internet em resposta a convulsões políticas em 2022, causando “danos incalculáveis e persistentes à vida das pessoas”.

“Os governos utilizam os encerramentos da Internet como armas de controlo e escudos de impunidade”, disse Felicia Anthonio do Access Now.

“Em 2022, sob regimes autoritários e em democracias, os traficantes de poder aceleraram o uso dessas táticas insensíveis, interrompendo a Internet para alimentar as suas agendas de opressão – manipulando narrativas, silenciando vozes e garantindo cobertura para os seus próprios atos de violência e abuso.”

A pesquisa do grupo de direitos da Internet Access Now e da coalizão #KeepItOn documenta 187 desligamentos em 2022. Estes foram introduzidos por governos em 35 países – o maior número num único ano desde que os grupos começaram a documentar os apagões da Internet em 2016.

A maioria dos cortes foi desencadeada por protestos, conflitos e alegações de violações dos direitos humanos, com um número menor a coincidir com exames escolares e eleições.

Em África, os líderes têm mostrado cada vez mais vontade de desligar a Internet durante eventos políticos importantes. Nos últimos dois anos, os governos da República do Congo, do Níger, do Uganda e da Zâmbia cortaram o acesso à Internet durante as eleições.

O risco de encerramento da Internet é maior em 2023, com a realização de eleições presidenciais no Gabão, Libéria, Líbia, Madagáscar, Serra Leoa, Sudão do Sul, Sudão e Zimbabué. Os governos de todos estes países, com exceção de Madagáscar, têm um historial de encerramento da Internet ou de restrição da utilização de plataformas digitais.

Cuidado! Há um novo malware a atacar os iPhone

Questões de segurança não são normais no iOS ou no macOS. A Apple trata de proteger os seus sistemas operativos e garantir que estes estão imunes a problemas. Uma nova ameaça está a circular e a atacar o iOS, com uma simples mensagem a infetar este sistema, sem que o utilizador tenha de fazer nada.

Esta é uma nova ameaça e que até agora não era conhecida no iOS. O nome da campanha que está a usar este malware é, por agora, Operation Triangulation, procurando infetar muitos utilizadores deste produto da Apple, de forma completamente silenciosa.

A sua forma de atuação é igual a muitas outras e que foram já vistas no passado. Uma simples mensagem enviada para o iMessage tem a capacidade de infetar o iOS com este malware e que chegará de forma completamente silenciosa, sem que o utilizador tenha de realizar qualquer ação.

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Assim que este está infetado, e novamente de forma silenciosa, tenta roubar dados do utilizador. Ao conseguir permissões de administrador no iOS, algo que aparenta ser simples com a suposta falha que está a explorar, rapidamente consegue acesso a áreas mais sensíveis do sistema da Apple.

Nesse momento consegue ainda comunicar com o seu servidor remoto e descarregar e instalar algum código adicional. É aqui que vai recolher a informação e enviar para o seu ponto de destino, onde entrega todos os dados que forem recolhidos do utilizador.

Há ainda uma particularidade interessante e que a torna ainda mais silencioso. Após realizar a função para que foi preparado, este malware trata de apagar todos os seus vestígios e da sua intervenção. Chega ao pormenor de eliminar a mensagem do iMessage que levou a que entrasse no iOS.

Governo propõe o fomento da literacia digital e investigação na CPLP

O Governo angolano propõem o fomento da literacia digital a nível das Tecnologias Comunicação e Investigação Científica na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), segundo palavras da Vice-Presidente da República, Esperança Costa.

A dirigente que falava na abertura da XII Reunião de Ministros da Educação da CPLP, afirmou que a educação constitui bases assentes para o desenvolvimento sustentável, nos mais variados domínios na comunidade.

A CPLP deve, no seu conjunto, continuar engajada nas questões atinentes à educação, sobretudo, uma educação capaz de acompanhar as mutações que se operam no plano das tecnologias“, referiu.

A Vice-Presidente da República considerou também crucial a atenção as posições consertadas de cooperação, para segmentos específicos da educação, com ênfase para a educação financeira, a educação para a ação climática e a educação para as tecnologias, com forte incidência para a tecnologia digital.

Esperança Costa salientou ainda a necessidade de se introduzir à iniciação ao cálculo matemático, às línguas e às TICs, sem esquecer a componente da ética, sendo também dado assente que a educação deve estar voltada para a humanização.

Neste quadro, disse que a educação deve estar ao serviço do desenvolvimento, da paz, da harmonia social e da busca de soluções de problemas locais e globais.

MAIS: Mediatecas e Digital.ao permitem o aumento da literacia digital

Recordou que no âmbito da preocupação de conferir melhor qualidade à educação, foi realizada, em 2022, a II reunião Extraordinária de Ministros da Educação que aprovou o Plano de Ação de Cooperação Multilateral da Educação na CPLP 2022 – 2024.

A reunião, que juntou os membros da CPLP para a área da educação, decorreu sob tema, “Promoção da Cooperação Educacional com vista à Transformação dos Sistemas Educativos na comunidade”.

O certame visa também proceder à avaliação do Plano de Ação de Cooperação Multilateral em Educação na CPLP 2022 – 2024, efetuar o lançamento oficial da Iniciativa “Escolas Amigas da CPLP”, assim como promover a cooperação entre a CPLP e Organizações Internacionais com realce para a UNESCO.

Durante o encontro, os ministros da educação da CPLP, vão prestar especial atenção ao contexto mundial e buscarem, por via de troca de experiências sobre ações de cooperação bilateral, promover o multilateralismo.

Onde está a Apple na corrida da Inteligência Artificial?

É seguro dizer que 2023 será um ano de Inteligência Artificial (IA) generativa. Todas as empresas de tecnologia respeitadas estão a fazer algo com ela ou querem fazer algo com ela. Toda a gente fala sobre o assunto, mas numa empresa de tecnologia é visivelmente silencioso. A Apple parece estar a passar ao lado de tudo isto. Será que vai continuar assim? Ou será que podemos esperar os anúncios necessários em breve?

Na verdade, a Apple faz sempre tudo de forma ligeiramente diferente das outras empresas. Isto difere no domínio da IA (generativa). Até agora, o Director Executivo da Apple, Tim Cook, apenas disse que vê potencial na IA. Não quis dizer muito mais sobre o assunto.

Isto é surpreendente para uma empresa que foi rotulada como a mais inovadora pelo Boston Consulting Group na semana passada. Seria de esperar, então, que se registassem progressos na inovação em torno da IA generativa. Independentemente do facto de o selo de “empresa mais inovadora” ser ou não justificado.

No entanto, parece pouco provável que a Apple queira entrar na luta entre a Microsoft e a Google. O mais provável é que a Apple comece a analisar a forma como pode aplicar a IA, mais especificamente a IA generativa, nos seus produtos e soluções atuais. De facto, tem vindo a fazê-lo desde o lançamento do Siri em 2011. Mais recentemente, o Neural Engine nos iPhones, iPads e Macs é um bom exemplo disso. Cook fala então em “tecer” a IA nos seus produtos. Será que a Apple vai adotar esta estratégia também para a IA generativa? E quando é que devemos esperar por isso?

Estudantes do ITEL criam aplicação tecnológica que corrige provas sem intervenção humana

Um grupo de estudantes do Instituto de Telecomunicações (ITEL) criou uma aplicação tecnológica que permite a criação de testes personalizados e a realização de correções automáticas, sem a necessidade de intervenção humana.

Quando um candidato inicia a prova, o sistema gera folha de exame personalizada com questões únicas e os dados do candidato (nome, número de processo, código, etc.). Isso ajuda a garantir a individualidade das provas. Após a realização do teste pelos candidatos (ou estudantes), as respostas são submetidas ao sistema, que as compara com as respostas corretas esperadas e realiza a correção automática. Após o processo de validação das respostas, as notas dos candidatos são calculadas, registadas pelo sistema e disponibilizada de imediato,” disse o coordenador do Curso de Informática da instituição, Manuel Paulo Tumba.

MAIS: MINTTICS e Huawei formam jovens em telecomunicações e tecnologias de informação

Segundo ainda o docente, a inovação tecnológica funciona através de um conjunto de tecnologias, algoritmos e conta com um banco de dados de questões previamente definidas, com as respetivas respostas corretas.

Ainda sobre o projeto, nele os utilizadores podem selecionar critérios específicos, como tema, nível de dificuldade e número de questões, para gerar um teste único.

De informar ainda que a aplicação pode ser utilizada tanto em instituições de ensino básico quanto em instituições de ensino superior. Ela também pode ser aplicada em programas de treinamento profissional, cursos de capacitação, teste de seleção para um processo de candidatura e avaliação de habilidades em diferentes sectores.