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Angola
Segunda-feira, Agosto 25, 2025
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Angola aposta na consolidação de uma economia digital robusta

Ao discursar na abertura do Fórum Nacional de Inteligência Artificial 2025, sublinhou que Angola está a reformar-se e a construir, com coragem e método, os alicerces de um Estado inteligente, orientado por dados e centrado na dignidade do cidadão.

Acrescentou que o país vive um momento de inflexão tecnológica, política e económica, onde a inteligência artificial está a tornar-se o motor silencioso, mas decisivo da transformação global.

No seu entender, a IA pode ser tão transformadora quanto a Internet, mas, para isso, exige preparação, visão e compromisso.

“Mais recentemente, entrámos numa nova fase do desenvolvimento da inteligência artificial, a era da IA Generativa. Esta tecnologia, capaz de criar texto, imagem, som, código e até vídeo com base em simples comandos humanos, representa um salto qualitativo que redefine a própria natureza da criação e da análise computacional”, disse.

Reforçou que a IA Generativa não substitui a inteligência humana, mas expande o que pode alcançar, permitindo que um jovem empreendedor crie uma identidade visual profissional sem recorrer a agências dispendiosas, que uma escola rural produza materiais de ensino adaptados ao seu contexto ou que um ministério analise milhares de páginas legislativas em minutos.

Meick Afonso frisou que esta capacidade de amplificação cognitiva deve ser entendida como um activo nacional estratégico.

“Mas tal poder exige responsabilidade. A IA Generativa levanta questões legítimas sobre propriedade intelectual, desinformação e viés algorítmico”, advertiu.

Por isso, continuou, o compromisso com a adopção da IA deve ser acompanhado por políticas públicas robustas, por regulamentação clara e por mecanismos de transparência e auditabilidade.

Segundo o responsável, ignorar a IA Generativa seria abdicar de uma oportunidade histórica, “o nosso dever é compreendê-la, moldá-la e colocá-la ao serviço do desenvolvimento sustentável, da soberania digital e do bem comum”.

Meick Afonso entende que estes momentos não são apenas curiosidades tecnológicas, são sinais claros de que o futuro da produtividade, da competitividade e da soberania passa pela IA.

Para que a transformação digital produza resultados concretos e sustentáveis, segundo o director, é essencial consolidar um conjunto de fundamentos interdependentes, uma identidade digital segura e universal, que legitime o acesso aos serviços.

Disse ser importante também a existência de mecanismos eficazes de interoperabilidade, que permitam a partilha responsável e segura de dados entre instituições, a adopção estratégica de soluções de inteligência artificial para apoiar a decisão pública baseada em evidência.

Citou, igualmente, uma arquitectura de cibersegurança robusta, que garanta confiança e continuidade; e a expansão da conectividade, para que nenhum cidadão ou território fique excluído do novo modelo digital de desenvolvimento.

“A inteligência artificial não se limitará a automatizar tarefas. Ela redefinirá cadeias de valor, redes logísticas, políticas sociais, gestão do território, práticas jurídicas, e até mesmo o conceito de emprego”, enfatizou.

Biometria substitui a palavra-passe na nova estratégia de cibersegurança

A autenticação baseada apenas no utilizador e na palavra-passe dominou a proteção dos sistemas corporativos durante décadas, mas as estatísticas mostram que já não é suficiente. 22% das violações de segurança em 2025 tiveram origem em credenciais roubadas e 60% estiveram ligadas a erros humanos e campanhas de phishing.

Perante um ecossistema de ameaças cada vez mais sofisticado, a indústria está a virar-se para métodos capazes de verificar a identidade do utilizador combinando vários fatores e, quando possível, a impressão física única de cada pessoa.

O relatório Cibersegurança no Edge: Inovação, riscos e ameaças, elaborado pela consultora espanhola knowmad mood, detalha a evolução. A autenticação multifator e a biometria estão a tornar-se o padrão de facto para proteger acessos críticos nas organizações. Na prática, isso significa adicionar ao clássico par chave-utilizador uma segunda prova (um código temporário, um token físico ou um elemento biométrico), dificultando consideravelmente a falsificação de identidade.

Phishing: sinais de alerta para detectar e-mails fraudulentos

Os dispositivos móveis, a banca eletrónica e as plataformas corporativas já integram reconhecimento facial, leitura de impressões digitais ou digitalização da íris. Além de reforçar a segurança, esses métodos agilizam o início da sessão, reduzindo o atrito para o funcionário ou cliente final.

A abordagem Zero Trust, baseada na verificação de cada pedido de acesso sem exceção, ganha terreno impulsionada pelo trabalho remoto e pelas infraestruturas distribuídas. O modelo exige a verificação da identidade, do dispositivo e do contexto antes de permitir a conexão a recursos sensíveis, e encontra um aliado natural na autenticação multifator e na segmentação de redes.

A automação, por sua vez, reforça essa estratégia. A automação da resposta a incidentes permite reduzir drasticamente os tempos de deteção e mitigação, descarregando as equipas de segurança de tarefas repetitivas e concentrando-as em ameaças complexas. Ferramentas capazes de recolher telemetria, lançar alertas e executar ações corretivas iniciais adicionam uma camada essencial de resiliência contra ataques em grande escala.

A proteção de dados biométricos e a integração dessas soluções em ambientes legados estão entre os principais desafios para os responsáveis de TI. O Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) impõe salvaguardas rigorosas sobre a gestão de informações pessoais, enquanto a coexistência com sistemas existentes obriga a planear investimentos e garantir a compatibilidade sem comprometer a experiência do utilizador.

A estas dificuldades acresce o crescimento dos dispositivos IoT (indústria, saúde, casa conectada), que ampliam a superfície de ataque. O relatório aconselha a combinar autenticação robusta, encriptação e uma gestão de identidades adaptada ao ritmo de incorporação de novos dispositivos.

A Knowmad mood conclui que a cibersegurança moderna requer uma visão integral em que a governança de dados, a resiliência operacional e a formação contínua dos funcionários reforcem as camadas tecnológicas. Ao abandonar a dependência exclusiva da senha, as organizações ganham em proteção sem abrir mão da agilidade necessária para operar num mercado cada vez mais digitalizado.

Quantos sites existem no mundo em 2025?

Sabia que existem 1.227.232.638 sites no mundo? Se o número pareceu difícil de interpretar, isso representa mais de mil milhões de páginas na web. Apesar de ser um valor elevado, apenas cerca de 15% desses sites estão activos e recebem actualizações frequentes.

A Cloudflare registou o maior crescimento este ano, com um aumento de 8,7 milhões de sites (+5,41%), passando a representar 13,5% (mais 0,48 pontos percentuais) dos sites monitorizados pela Netcraft. O nginx teve o segundo maior crescimento, com mais 4,5 milhões de sites (+1,74%).

A Microsoft teve a maior queda este mês, com uma redução de 757.285 sites (-4,09%), o que diminuiu a sua quota de mercado para 1,42% (menos 0,09 pontos percentuais). O Apache sofreu a segunda maior perda, com menos 80.165 sites (-0,04%).

Os sites mais visitados da Internet em 2024

Quais são os sites mais visitados do mundo em 2025?

De acordo com a Netcraft, os sites mais visitados globalmente em 2025 são:

  • Google

  • YouTube

  • Gmail

  • Outlook

  • Facebook

  • Google Docs

  • ChatGPT

  • Página de login da Microsoft

  • LinkedIn

  • Página de login do Google

Quantas pessoas têm acesso à internet em todo o mundo em 2025?

Em Fevereiro de 2025, cerca de 5,56 mil milhões de pessoas tinham acesso à internet, o que representa 67,9% da população mundial, segundo dados da Statista.

Estes dados são fundamentais para compreender a evolução da presença digital no mundo, tanto em termos de número de sites como de utilizadores activos

Como a tecnologia de jogo está a ser utilizada para aumentar a segurança dos apostadores digitais

A cibersegurança é, cada vez mais, um tema. Quando muito se fala de pishing e outras vulnerabilidades em maior escalas, os engenheiros responsáveis pela segurança assumem cada vez mais um papel importante. E vejamos o setor dos casinos e apostas como exemplo. É um mercado muito apetecível pelos hackers e então há necessidade de ter cuidados redobrados para garantir que todos estão seguros neste universo. Vejamos como.

Créditos da foto: theenterpriseworld

Sistemas Inteligentes que Cuidam de Si

Provavelmente não pensa muito sobre o que está a acontecer nos bastidores quando faz login para jogar, mas há muita tecnologia a trabalhar silenciosamente para garantir que a sua experiência é tranquila e segura. Um grande avanço nos últimos anos foi o uso de inteligência artificial e machine learning.

Um exemplo claro desta evolução tecnológica é o sucesso do aviator moçambique um jogo de estilo crash que se tornou extremamente popular no país. O seu funcionamento depende fortemente de algoritmos avançados e sistemas de inteligência artificial que asseguram a aleatoriedade e a imparcialidade dos resultados.

Além disso, o machine learning permite às plataformas detectar padrões de comportamento suspeitos, protegendo os jogadores contra fraudes e promovendo um ambiente de jogo mais seguro. quando jogam Aviator Moçambique.

Veja o que estes sistemas podem monitorizar:

  • Atividade de início de sessão em locais novos ou suspeitos
  • Padrões rápidos de apostas que não correspondem aos seus hábitos habituais
  • Tentativas de levantar fundos em circunstâncias estranhas
  • Utilização de várias contas no mesmo dispositivo ou rede
  • Este tipo de vigilância em tempo real pode parecer intensa, mas existe para te vigiar. O objetivo é detetar qualquer coisa suspeita antes que se torne um problema real.

Autenticação Biométrica e de Dois Factores

As palavras-passe costumavam ser o padrão de segurança, mas já não são suficientes. Se já teve de verificar o seu início de sessão com uma mensagem de texto ou utilizar a sua impressão digital para aceder a uma aplicação, já experimentou o próximo nível de proteção digital.

As plataformas de casino adotaram a autenticação de dois fatores (2FA) para adicionar uma camada extra de segurança. Em vez de apenas introduzir o seu nome de utilizador e palavra-passe, pode ser necessário introduzir um código enviado para o seu telefone ou verificar a sua identidade utilizando dados biométricos, como a digitalização facial ou a impressão digital.

Esta tecnologia:

  • Reduz o risco de outra pessoa aceder à sua conta
  • Torna mais difícil para os hackers adivinharem ou roubarem os seus dados de login
  • Dá-lhe mais controlo sobre a sua própria segurança
  • Pode achar um pouco inconveniente na primeira vez, mas com o tempo, provavelmente perceberá o quanto torna a sua experiência de jogo mais segura.

Transações Encriptadas e Pagamentos Seguros

Sempre que há dinheiro envolvido, a segurança importa ainda mais. Os casinos online utilizam agora tecnologia de encriptação para proteger as suas transações. Isto significa que os seus dados de pagamento — seja para depositar fundos ou levantar ganhos — estão escondidos de olhares indiscretos.

Pense nisso como se estivesse a selar as suas informações financeiras num envelope digital. A encriptação de ponta a ponta garante que os seus dados são visíveis apenas para si e para a plataforma que está a utilizar. Além disso, muitas plataformas têm agora parcerias com gateways de pagamento seguros, que acrescentam outro escudo de proteção.

Isto inclui:

  • Certificados SSL (Secure Sockets Layer) para encriptar o tráfego
  • Tokenização para substituir dados confidenciais por sequências aleatórias
  • Carteiras seguras e opções bancárias verificadas
  • Toda esta tecnologia trabalha em conjunto para garantir que o seu dinheiro é manuseado em segurança e que as suas informações pessoais não acabam onde não deveriam.

Geradores de Números Aleatórios (RNGs) e Jogo Limpo

A segurança não se trata apenas de manter os intrusos afastados — trata-se também de garantir que o jogo em si é justo. É aí que entram os geradores de números aleatórios. Os RNG são algoritmos que produzem resultados imprevisíveis para cada ronda, distribuição ou lançamento.

Estes geradores garantem que ninguém pode manipular o jogo, nem mesmo a própria plataforma. Quando roda um rolo de slot machines, por exemplo, o resultado é determinado por uma sequência aleatória — e não por quantas vezes jogou ou quanto apostou.

As ferramentas de fair play incluem:

  • Auditoria de RNG por empresas tecnológicas externas
  • Testes regulares do software do jogo
  • Exibição das percentagens de RTP (Retorno ao Jogador) para que saiba o que esperar
  • Este tipo de transparência gera confiança e garante que os resultados são baseados no acaso, e não na manipulação.

Interfaces Inteligentes que o Colocam no Controlo

Pode não se aperceber, mas até o design das interfaces de jogos modernas está orientado para a sua segurança. As plataformas utilizam agora layouts inteligentes e definições personalizáveis ​​que lhe permitem assumir o controlo da sua própria experiência de jogo.

Muitas vezes, pode definir limites para:

  • Quanto deposita por semana ou mês
  • Durante quanto tempo pode permanecer ligado por sessão
  • Quanto está disposto a apostar num único jogo

Estas ferramentas não são impostas, mas estão disponíveis se assim o desejar. Fazem parte de uma mudança maior para dar aos apostadores mais autonomia e controlo sobre o seu tempo e dinheiro.

Bem, aí está

A tecnologia dos jogos evoluiu muito, desde apenas gráficos chamativos e efeitos sonoros. Agora, é também a sua guarda-costas digital, trabalhando silenciosamente em segundo plano para proteger os seus dados, os seus fundos e a sua experiência. Quer seja um jogador casual ou alguém que gosta de emoção com mais frequência, estas ferramentas tecnológicas foram concebidas para garantir que pode relaxar e desfrutar do jogo com tranquilidade.

UNITEL Anuncia Participação na Expo-Cabinda 2025

A UNITEL, maior operadora de telecomunicações de Angola, confirma sua participação na 3ª edição da Feira Internacional de Cabinda – Expo-Cabinda 2025, que acontecerá de 11 a 14 de julho no Estádio Municipal do TAFE, sob o lema “O Futuro é para Todos”.
Nesta estreia da operadora no evento que promete marcar as comemorações dos 50 anos da Independência de Angola, promovendo o desenvolvimento socioeconómico da província de Cabinda e atraindo novos investimentos. No seu stand de 18m², a UNITEL apresentará uma vitrine vibrante de soluções tecnológicas.

Entre os destaques, o UNITEL Money trará facilidades para pagamentos e transferências móveis, enquanto o Net Casa oferecerá conectividade de alta velocidade para lares. Um espaço dedicado à venda de produtos e serviços diversos colocará a inovação ao alcance de cidadãos e empresários de Cabinda, reforçando o compromisso da operadora com a inclusão digital. A presença da UNITEL na Expo-Cabinda 2025 será mais que uma exibição de tecnologia: será um passo firme para conectar comunidades e impulsionar negócios locais.

Em um ano simbólico para Angola, com as celebrações do cinquentenário da independência, a operadora planeja mostrar como suas soluções podem construir pontes para um futuro mais digital e acessível.

A feira promete reunir empreendedores, investidores e autoridades, oferecendo à UNITEL a oportunidade de destacar seu papel como motor de inovação. De

AROTEC e Sinopec Angola lançam o programa “Pequeno Engenheiro”

A robótica e a engenharia estão a chegar às mãos de jovens angolanos de forma gratuita e transformadora. O programa “Pequeno Engenheiro”, promovido pela AROTEC em parceria com a Sinopec Angola, está a capacitar as novas gerações para responder aos desafios da Quarta Revolução Industrial — e a colocar Angola no mapa da inovação africana.

Em duas frentes  Robótica para jovens entre 8 e 16 anos, e Engenharia de Petróleos para os de 17 a 21, o programa já formou 300 estudantes em 2024 e prevê atingir 320 em 2025. Com forte componente prática, os participantes desenvolvem competências em montagem de robôs, programação, geociência e transição energética.

Além disso, 40% das vagas são destinadas a meninas, promovendo a inclusão de género nas áreas STEM.

O que vem a seguir?

O encerramento da edição de 2025 está marcado para 1 de Setembro, mas o futuro já está em construção. A AROTEC planeia:

  • Lançar laboratórios móveis itinerantes;

  • Criar uma plataforma de ensino híbrido para todo o país;

  • Expandir o número de estágios e bolsas com apoio da Sinopec.

Próximas candidaturas?

As inscrições estão abertas até 20 de Julho de 2025 em e basta clicar no link para candidatar-se, clicando aqui. Por outra as instituições interessadas em apoiar ou replicar o modelo podem contactar:
📧 [email protected] | ☎ +244 938 811 659

BRICS apelam a um acesso inclusivo à inteligência artificial

Os chefes de Estado e de Governo dos países BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — publicaram uma declaração conjunta onde apelam à criação de um quadro global de governação da IA que seja inclusivo, representativo e assente nos princípios da soberania, do desenvolvimento e da responsabilidade ética.

As directrizes, que se referem estritamente à utilização da IA em domínios não militares, deverão ser aplicadas através de estruturas nacionais ou internacionais aplicáveis, bem como por meio da elaboração de normas e protocolos interoperáveis, num processo inclusivo, transparente e baseado no consenso, segundo a declaração.

Hoje, a Presidência da República anunciou que o Presidente Cyril Ramaphosa concluiu a sua visita de trabalho ao Rio de Janeiro, no Brasil, onde participou na XVII Cimeira dos BRICS, de 6 a 7 de julho, ocasião em que foi emitida a declaração.

Os BRICS constituem um fórum de coordenação política e diplomática entre países do Sul Global.

A declaração dos líderes dos BRICS posiciona a inteligência artificial (IA) como uma força transformadora para o desenvolvimento sustentável e a inovação, mas também alerta contra modelos de governação descoordenados que possam aprofundar desigualdades globais, marginalizar países em desenvolvimento e fragilizar o multilateralismo.

O documento sublinha que a governação da IA deve estar ancorada no sistema das Nações Unidas, de forma a garantir inclusão e legitimidade.

Desenvolvimento unificado

Os países BRICS alertam contra um cenário regulatório fragmentado e defendem um multilateralismo coordenado que inclua as vozes dos países em desenvolvimento — em especial os do Sul Global.

Os líderes reafirmaram o seu apoio à soberania digital, afirmando que cada país deve manter o direito de definir as suas políticas e tecnologias de IA de acordo com os seus próprios objetivos de desenvolvimento e quadros legais. Isto inclui o reforço de capacidades, governação de dados e autonomia tecnológica.

“Apoiamos firmemente o direito de todos os países a tirar partido da economia digital… a desenvolver capacidades em investigação em IA, fomentar a autonomia tecnológica e a inovação, garantir a proteção de dados e promover as suas próprias economias digitais”, refere a declaração.

Um dos temas centrais do documento é a necessidade de um acesso justo, equitativo e inclusivo às tecnologias de IA. Os líderes dos BRICS salientam que todos os países — independentemente da sua situação económica — devem ter acesso e beneficiar da IA.

O grupo apelou também à cooperação global na construção de quadros de governação de dados, que permitam aos países em desenvolvimento um acesso seguro e equitativo à informação, respeitando plenamente a privacidade, os direitos de propriedade intelectual e as leis nacionais. Isto está alinhado com o apoio à ciência aberta, à inovação aberta e aos modelos de IA de código aberto, capazes de alimentar ecossistemas locais de inovação.

No que toca à propriedade intelectual, a declaração defende um equilíbrio entre os direitos proprietários e o interesse público, para prevenir práticas exploratórias e garantir transparência no desenvolvimento e implementação de modelos de IA.

Os BRICS manifestaram preocupação com o viés algorítmico e a exclusão de culturas e línguas sub-representadas nos conjuntos de dados e modelos de IA.

Os líderes apelam ao desenvolvimento de uma IA ética, transparente e responsável, que reflita a diversidade cultural, demográfica e linguística.

Apoiaram ainda a Recomendação da UNESCO sobre a Ética da Inteligência Artificial e defenderam a cooperação internacional para desenvolver conjuntos de dados inclusivos, ferramentas para detetar desinformação e mecanismos para mitigar preconceitos — especialmente contra grupos vulneráveis como mulheres, crianças, idosos e pessoas com deficiência.

Internet dispara em África com a expansão de novos polos

A informação foi avançada por um executivo sénior da DE-CIX, empresa que opera pontos de troca de tráfego neutros em relação a operadoras e centros de dados na Europa, América do Norte, África, Médio Oriente, Índia e Sudeste Asiático.

Em entrevista concedida esta semana ao ITWeb Africa, Darwin da Costa, responsável pelo desenvolvimento de negócio da DE-CIX, afirmou que os centros de dados, a localização de dados, a adopção da inteligência artificial e a entrada online de países populosos com baixa conectividade — como a República Democrática do Congo — estão a impulsionar o apetite de África pelo consumo de Internet.

“Há actualmente um enorme apetite pelo consumo de tráfego em África. Em resumo, a conectividade do continente está a dividir-se em duas rotas principais: na costa ocidental, a ligação passa sobretudo por Portugal, Espanha e Londres; já na costa oriental, a ligação segue por Marselha ou termina em Frankfurt, na Alemanha. Verificamos que a largura de banda da Internet em África tem crescido cerca de 40 a 50% nos últimos cinco anos.”

Grupo Paratus impulsiona a inclusão digital nas escolas africanas

Costa acrescentou que há uma necessidade crescente de desenvolver redes metropolitanas, bem como políticas de encaminhamento (routing) que liguem nós locais, pontos de troca de tráfego locais (IXPs) e o uso de rotas de peering com fornecedores de trânsito internacionais.

Sublinhou também a importância da conectividade por fibra e satélite para os utilizadores africanos. Os provedores via satélite, como a Starlink, que tem vindo a expandir-se no continente, estão a ligar áreas remotas onde a Internet por fibra ainda não chega.

Se estiver em África e não conseguir aceder a fibra em todo o lado, vai inevitavelmente precisar de satélite, especialmente em zonas agrícolas ou remotas. Se quem não tem acesso à fibra precisar de carregar dados para a cloud, por exemplo, dependerá do satélite. Não devemos subestimar o satélite — a latência da SpaceX, por exemplo, é bastante promissora,” disse Costa.

A Angola Cables, fornecedora de largura de banda, confirma o aumento do consumo de Internet em África.

“Estamos a verificar que a largura de banda da Internet em África tem crescido cerca de 40 a 50% nos últimos cinco anos. Existe uma necessidade crescente de redes metropolitanas e políticas de encaminhamento para conectar nós locais, IXPs locais e utilizar rotas de peering com os fornecedores internacionais,” disse Samuel Carvalho, responsável global de marketing da Angola Cables.

Apesar do crescimento do uso de dados e da variedade de opções de conectividade, as limitações no fornecimento de energia estão a travar parte do potencial. Vários países africanos — como o Zimbabué, Zâmbia e Nigéria — enfrentam cortes de energia frequentes.

Costa acredita que África precisa de muita energia para alimentar pontos de troca de tráfego, centros de dados e estações terrestres que ajudam os serviços de Internet via satélite a reduzir a latência.

Analistas antecipam que os países com fornecimento elétrico mais fiável tornar-se-ão polos atrativos para centros de dados neutros, embora os operadores estejam a apostar cada vez mais em fontes de energia renovável.

INACOM desmente rumores sobre aumento dos preços dos serviços de comunicações em 2025

O Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) veio a público, esta segunda-feira (07 de Julho), desmentir as informações que têm circulado nas redes sociais e em diversas plataformas digitais sobre um suposto aumento nos preços dos serviços de comunicações electrónicas em Angola para o ano de 2025.

Segundo o comunicado oficial emitido pelo órgão regulador, não foi autorizado qualquer reajuste nos preços dos serviços de comunicações no país neste ano. As informações que indicam o contrário são classificadas como falsas, descontextualizadas e com o claro objetivo de manipular a opinião pública.

De acordo com o INACOM, os rumores têm sido alimentados por conteúdos que fazem uso indevido de recortes de jornais datados de 2024, que estão a ser reaproveitados fora de contexto para gerar alarme entre os cidadãos. “Essas práticas visam criar instabilidade na perceção pública sobre a gestão do setor”, afirma o comunicado.

O instituto assegura que continua a monitorar rigorosamente a evolução do mercado e que qualquer decisão sobre tarifários será feita com base no interesse público, legalidade e transparência. O INACOM reforça ainda o apelo aos cidadãos para que se informem apenas através de fontes oficiais, evitando a partilha de informações não verificadas que possam comprometer a confiança dos consumidores no setor das comunicações.

Criador do Twitter lança app de mensagens encriptadas (sem internet)

Jack Dorsey afirmou na rede social X (antigo twitter) que o Bitchat é uma espécie de experiência pessoal que lhe faz lembrar os antigos chats IRC. Explicou ainda que se trata de um serviço de “rede mesh” via Bluetooth, que funciona sem ligação à Internet e não recorre a servidores, contas ou recolha de dados.

O empresário adiantou que a versão beta, disponível através do TestFlight, já atingiu os 10.000 utilizadores e está a ser revista para um lançamento completo, enquanto vai respondendo aos comentários dos testadores ao longo do dia.

Segundo um documento técnico publicado por Dorsey no portal GitHub, onde partilha a arquitetura técnica, os protocolos e os mecanismos de privacidade da aplicação, o Bitchat “fornece comunicação efémera e encriptada sem depender da infraestrutura da Internet, tornando-o resistente a falhas de rede e à censura”.

WhatsApp: utilizador poderá decidir se quer receber chamadas de empresas

O documento indica ainda que as mensagens são armazenadas apenas nos dispositivos dos utilizadores e desaparecem por defeito, sem passarem por qualquer infraestrutura centralizada. Através da aplicação é possível “conversar em público” ou entrar em salas protegidas por palavra-passe.

Dorsey é conhecido pelas suas criações tecnológicas, incluindo a rede social Twitter (actualmente X), que fundou em 2006; a empresa de pagamentos Square (actualmente Block), fundada em 2009; e a Bluesky, uma alternativa à X, criada em 2019, na qual fez parte do conselho de administração até à sua saída em 2024.

O empresário é também conhecido pelo seu estilo de vida boémio e é um defensor convicto do código aberto, como forma de contrariar o domínio das grandes empresas sobre as tecnologias — incluindo a inteligência artificial (IA).