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Terça-feira, Setembro 16, 2025
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MINTTICS lança projeto de implementação da infraestrutura da cloud nacional

Angola conta agora com um Projeto de Implementação da Infraestrutura da Cloud Nacional do país, que vem com o objetivo de promover o desenvolvimento digital, melhorar a perceção do cidadão sobre a governação e eficiência, bem como cultivar talentos locais em TIC.

O projeto que serve ainda para oferecer serviços de Nuvem em Angola e estabelecer uma base para a transformação digital nos mais variados sectores do país foi lançado nesta quinta-feira(16), através do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI).

Com presença no evento do Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), Mário Oliveira, o Projeto de Implementação da Infraestrutura da Cloud Nacional de Angola resulta da assinatura de um Memorando de Entendimento em dezembro de 2021, entre o Governo de Angola e dos Emirados Árabes Unidos, operacionalizado entre a Multinacional Presight e o respetivo ministério angolano.

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Segundo ainda o que foi revelado, a infraestrutura da Cloud Nacional de Angola é uma nuvem Governamental, Unificada, construída sobre os Data Centers do Governo, com capacidade para oferecer mais de 80 Serviços Ecológicos.

O Projeto prevê a migração das Aplicações existentes e a implementação de novas Aplicações para a Nuvem Unificada Governamental.
Localizado no Camama, em Luanda, o edifício onde está instalada a Cloud Nacional de Angola, apresenta-se com 2 andares pré-fabricados de Data Centers Modulares numa área de 860 m2.
Este projeto tecnológico vem completar, também, a rede dedicada do Estado angolano que interliga todos os Departamentos Ministeriais a Assembleia Nacional, num anel de fibra com a capacidade de 50GB.

 

Angotic volta a ocorrer após 2 anos suspensa pela pandemia da Covid-19

O Angotic, evento de tecnologia de informação e de comunicação, voltará a ocorrer após 2 anos suspensa em razão da pandemia de Covid-19, segundo o Ministro das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Augusto Oliveira.

O dirigente que falava na inauguração, pelo Presidente da República, João Lourenço, do Centro de Controlo e Missão de Satélites, na zona da Funda, em Luanda, disse que o “Angotic 2023” vai ser um evento internacional com a presença dos principais atores da indústria de telecomunicações e tecnologias de informação, entre fabricantes de equipamentos e académicos, embora não tendo especificado o dia e o mês do evento.

Mário Oliveira frisou que o certame irá contribuir para o fomento das indústrias de telecomunicações e tecnologias de informação, turismo tecnológico, bem como para a atualização das plataformas digitais no fomento da agricultura de precisão, da saúde, educação, preservação do ambiente e investigação científica.

De informar que a última edição do Angotic era para acontecer nos dias 11, 12 e 13 de junho, mas foi cancelado devido à pandemia da covid-19 tinha assolado o mundo, bem como em obediência ao Decreto Legislativo Presidencial nº 1/20, de 18 de Março, que adota medidas que visem evitar a propagação da pandemia.

A edição de 2020 iria ser dedicada para as ‘startups’ obterem financiamentos e outros ‘inputs’ para o seu desenvolvimento. O fórum e a feira iriam proporcionar às startups uma oportunidade de firmarem acordos de financiamento com instituições bancárias e outros apoios que visam o crescimento técnico e tecnológicos.

Novo MacBook Air chega durante o mês de abril

Um ‘tweet’ partilhado pelo analista da indústria de ecrãs Ross Young refere que a Apple lançará um novo modelo do MacBook Air durante o mês de abril, conta o site MacRumors.

O ‘tweet’ em questão, disponível apenas para os seguidores de Young, indica que o MacBook em questão terá 15 polegadas de ecrã – tornando-se assim o maior portátil de sempre dentro da linha Air dos computadores da Apple.

MAIS: Apple vai limitar a entrada USB-C dos iPhone

De momento ainda não se sabe se este MacBook Air estará equipado com um processador M2 ou M3, pelo que teremos de aguardar um pouco mais para sabermos novidades sobre o assunto.

EUA aconselham Angola a recorrer a comunicações seguras e estáveis

 

O coordenador especial de Joe Biden para infraestruturas globais e segurança energética, Amos Hochstein, defendeu que Angola deve escolher empresas que garantam comunicações seguras e estáveis, face à necessidade de proteção de dados e aos ciberataques, alertando também para aquilo que chamou de “armadilha da dívida”.

Amos Hochstein, efetuou uma curta visita de 48 horas a Angola durante a semana finda, que incluiu encontros com o Presidente angolano, João Lourenço, e a comunidade empresarial norte-americana, bem como os ministros da Energia e Águas, Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social e dos Transportes.

Enviado especial de Joe Biden afirmou, em Luanda, que os EUA apresentam alternativas de financiamento para implementação de comunicação seguras, mas que Angola é livre de optar por outros países.

“Estamos num momento crítico de oportunidades para África e para Angola, em particular. Estamos numa transformação económica mundial como não se via desde a revolução industrial. Face às alterações climáticas, há a necessidade urgente de acelerar a transição energética”, lembrou Amos Hochstein.

O enviado especial do Presidente norte-americano referiu que “a transição energética é uma oportunidade para a transição de África” e que Angola é um “player decisivo” no apoio a outros países para acederem a infraestruturas críticas para os mercados globais.

Sobre o impacto das visitas de alto nível que Angola recebe desde o início deste ano, entre as quais a do chefe da diplomacia chinesa, Qi Gang, e naquilo que tem que ver com as relações entre o país lusófono africano e os EUA, Hochstein afirmou que Presidente Biden reconhece a necessidade de se empenharem mais em África, considerando, no entanto, não haver nenhuma competição entre países.

Amos Hochstein afirmou que os EUA apresentam alternativas de financiamento através de instituições como o DfC (International Development Finance Corporation) e Eximbank, sendo a Africell – operadora de telecomunicações que entrou em Angola no ano passado – um exemplo destes apoios.

“Oferece [a Africell] um bom produto. Temos orgulho em financiar a sua entrada em África e é um bom exemplo porque usam tecnologia europeia, não apenas americana”, realçou.

Questionado sobre os riscos para a segurança nacional de desenvolver a banda larga em parceria com chineses, respondeu que “os países devem fazer as suas escolhas em termos de operadores de telecomunicações que ofereçam segurança”, sobretudo numa altura em que se avança para o 5G, sistema em que a proteção de dados e a segurança face a ciberataques é cada vez mais importante.

“Não vamos dizer a um país, não usem esta ou aquela tecnologia, achamos que devem usar empresas confiáveis, mas não queremos só focar-nos no que não se pode fazer”, frisou, citado pela Lusa.

Exposição de dados pessoais nos talões de pagamento emitido pela EMIS preocupa APD

A exposição de dados pessoais nos talões emitidos pela Empresa Interbancária de Serviços (EMIS), a partir dos Terminais de Pagamento Automático (TPA) está a preocupar a Agência de Proteção de Dados (APD).

Essa informação foi revelada numa nota oficial, onde o diretor do Gabinete Jurídico da APD, Njunjulo António, frisa que “não há nenhum fundamento legal para que informações como nome da pessoa constem nos talões de pagamento, facto que pode expor a vida privada dos seus titulares“.

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Em alternativa, para substituir as informações de carácter pessoal nos recibos, Njunjulo António apontou a atribuição de códigos aos usuários.

As 10 principais prioridades em matéria de privacidade e proteção de dados para organizações em 2023

O Dia Mundial da Privacidade, celebrado anualmente no dia 28 de janeiro, serve para recordar a importância de proteger os dados pessoais na era digital de hoje. A Privacidade de Dados também proporciona aos indivíduos o controlo sobre a forma como os seus dados são recolhidos, utilizados e armazenados.

A proteção de dados é fundamental para alcançar a privacidade dos dados e, por descrição, refere-se às medidas técnicas e organizacionais postas em prática para proteger os dados (incluindo dados pessoais) contra acesso, utilização, alteração ou destruição não autorizada.

Para ajudar a abordar e gerir as complexidades da privacidade e proteção de dados, aqui estão os 10 principais tópicos que uma organização pode considerar.

Estratégia de proteção de dados

As organizações devem começar por criar ou atualizar um plano de Privacidade, Backup & Recuperação de Dados e Recuperação de Desastres como parte de uma estratégia global de proteção de dados.

Criptografia

A encriptação é uma característica crucial da proteção de dados e da proteção de dados privados. Permitir a encriptação de dados em repouso e em trânsito (ao mover dados entre o local e a nuvem ou mesmo entre vários ambientes de nuvem)ajuda a impedir o acesso não autorizado a informações pessoais. Isto é especialmente importante para organizações que lidam com grandes quantidades de dados privados, tais como fornecedores de cuidados de saúde e instituições financeiras.

Autenticação multi-pessoal

O aproveitamento da Autenticação Multi-Pessoal (MPA) com sistemas de proteção de dados assegura que tarefas críticas exigirão múltiplas aprovações de utilizadores pré-aprovados. Esta é uma das formas mais simples de evitar tarefas como a ex filtração ou eliminação de dados.

Armazenamento imutável

Os requisitos de armazenamento imutável estão a tornar-se rapidamente um requisito padrão com regulamentos de gestão de dados como a Lei de Proteção de Informação Pessoal (POPIA), a Lei de Portabilidade e Responsabilização de Seguros de Saúde (HIPAA), e outros. Quando emparelhado com MPA, é possível criar níveis de armazenamento de dados altamente seguros que são perfeitos para o armazenamento de dados confidenciais e privados.

Soberania dos dados

As organizações devem considerar regulamentos que tenham impacto no armazenamento de dados privados ao desenvolverem uma estratégia de proteção de dados. Isto inclui a localização do local onde os dados são armazenados e o comprimento dos regulamentos relativos à soberania dos dados.

Governação e Descoberta de Dados

As organizações precisam de compreender que dados têm, onde estão, e o que está em risco. Ser capaz de dar prioridade aos dados com base nas políticas, prioridades e regulamentos aplicáveis da sua organização é fundamental para proteger os dados. Não se pode proteger aquilo de que não se tem conhecimento.

Classificação dos dados

Saber que dados existem e onde residem é apenas parte da solução. As organizações devem considerar que dados são dados privados de clientes, críticos de negócio, etc., em termos da sua importância para o seu negócio e para os seus clientes. Proteger apenas os dados no local pode fazer perder alguns dados críticos do cliente, tais como dados que vivem no seu software como solução de Gestão de Relacionamento com o Cliente (CRM) baseada em SaaS (Customer Relationship Management).

Retenção

Ser capaz de atribuir um período de vida útil esperado aos dados pode ter um grande impacto nos resultados da sua organização e proteger os dados privados dos seus clientes. A existência de sistemas para encontrar, classificar e definir automaticamente os períodos de retenção reduzirá a probabilidade de expansão dos dados, reduzirá a quantidade de tempo para recuperar dados não utilizados, e reduzirá os custos.

Teste do plano de resiliência e resposta a incidentes

Os testes do plano de resiliência são uma área frequentemente negligenciada de uma estratégia de proteção de dados. A criação ou atualização de um plano desatualizado pode ser uma tarefa assustadora. A parceria com fornecedores de soluções ou empresas estratégicas de proteção de dados com experiência na criação de um plano pode reduzir significativamente o tempo necessário para o fazer.

Avaliação de risco

As organizações precisam de considerar trabalhar com vendedores estratégicos para realizar uma avaliação de risco numa base semestral ou anual. As avaliações programadas podem ajudar a construir a memória muscular para uma mentalidade sólida de proteção de dados e privacidade de dados.

Em conclusão, ao implementar esta lista de considerações e ao atualizar rotineiramente o seu plano de resiliência, pode estar seguro de que as informações pessoais estão seguras e em conformidade com os mais recentes regulamentos de privacidade.

Tecnologia espacial vai minimizar efeitos da seca no sul do país

A ciência espacial nacional vai poder encontrar soluções inovadoras para a mitigação do problema da seca que aflige várias regiões de Angola, segundo informações do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN).

O projeto do GGPEN, em conluio com um parceiro americano, visa explorar a relação entre as tendências ambientais e socioeconómicas, com recurso à ciência espacial , “cujos resultados se poderão constituir num grande contributo” para o país, de acordo com palavras do Ministro das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Augusto Oliveira.

O dirigente que falava na inauguração do Centro de Controlo e Missão de Satélites, na zona da Funda, em Luanda, frisou que entre um conjunto de ações do GGPEN, destaque para o Programa de Observação da Terra, que engloba os serviços e plataformas, já em produção, e que “vão dar um grande contributo à economia nacional”.

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Sobre esses programa inovadores, ressaltar o “Tecnogest”, para monitorar infraestruturas terrestres (estradas, edifícios caminhos de ferro), o “Tecnoecologia”, para monitoramento ecológico da costa angolana (derrames de petróleo) e o “Tecnoagro”, para campos agrícolas, contribuindo para a agricultura de precisão e gestão de solos aráveis, sublinhou.

Sobre os benefícios, Mário Oliveira afirmou que o Programa Espacial Nacional contempla projetos direcionados ao aumento da literacia espacial, com destaque para a educação espacial infantil, a telemedicina, o alargamento da bancarização a todo o território nacional, a tele-educação e a modernização administrativa do Estado.

NATO denuncia ataques informáticos a vários “sites” da Aliança

Um ataque informático no domingo à noite a vários websites da NATO deixou temporariamente inacessível a página do quartel-general de operações especiais da Aliança, disse a organização.

Os especialistas cibernéticos da NATO estão a lidar ativamente com um incidente que afeta alguns websites da Aliança. A NATO lida regularmente com incidentes cibernéticos e leva a segurança cibernética muito a sério“, disse um funcionário da organização à agência de notícias alemã DPA.

MAIS: Ficheiros portugueses da NATO apanhados à venda na dark web

A declaração surge após relatos nas redes sociais terem sugerido que piratas informáticos pró-russos atacaram vários websites, incluindo a página da internet do quartel-general de operações especiais da NATO, deixando temporariamente inacessível.

Ainda de acordo com os mesmos relatos, entre os atacantes, poderá estar o grupo de russo de hackers Killnet, associado a outros ataques recentes, incluindo ao website do parlamento alemão (Bundestag), indicou a DPA.

Cabos submarinos no meio da tensão entre China e EUA

O mundo vive tempos complicados e as duas superpotências mundiais estão de costas voltadas e crescem as tenções políticas entre China e EUA. Depois dos balões, agora são os cabos submarinos que poderão estar no centro de mais uma contenda. A primeira baixa parece ser o ambicioso projeto Sea-Me-We 6.

  • O que é o Sea-Me-We?

Sea-Me-We 6 é uma rede de fibra óptica de alta velocidade de transmissão de dados que liga o continente europeu ao continente asiático, via o continente africano. A sigla “Sea-Me-We” significa “South East Asia – Middle East – Western Europe”.

A Sea-Me-We 6 é uma das mais recentes redes de comunicação submarina que oferece serviços de telecomunicações para empresas, fornecedores de serviços de internet e outras organizações em todo o mundo. A rede fornece uma rota alternativa mais curta e mais confiável para a transferência de dados entre a Europa, Ásia e África, comparada a outras redes de comunicação submarinas existentes.

A obra irá ligar Singapura à França e terá uma largura de banda de 120 Tbps. Uma vez concluída, terá 19.200 km de extensão. O projeto começou já no início de 2022. A previsão é que entre em operação no primeiro trimestre de 2025.

O custo do projeto é de cerca de 500 milhões de dólares.

  • Tensões entre a China e EUA passam do ar para o fundo do mar

A China deu um passo atrás em relação ao projeto do cabo submarino Sea-Me-We 6, segundo o Financial Times, que relata um cenário complexo – marcado por tensões entre Washington e Pequim, para o qual o sector tecnológico não é de modo algum indiferente – dois dos principais grupos de telecomunicações do gigante asiático decidiram retirarem-se da iniciativa.

Como sempre, quando duas potências estão no centro das atenções, a impacto das suas decisões vai muito além da própria infraestrutura e abre uma nova “guerra” geoestratégica.

Nesse sentido importa entendermos os pormenores.

  • Então, o que aconteceu?

A China reduziu significativamente a sua participação no Sea-Me-We 6, um projeto de cabo de rede submarina que visa ligar a Ásia à Europa Ocidental. Para ser mais preciso, dois dos seus principais grupos de telecomunicações, China Telecom e China Mobile, decidiram retirar o seu investimento combinado de 20% no ano passado.

O consórcio por detrás da infraestrutura reconhece que a participação das empresas chinesas é “importante”, mas depois qualifica: “mas não crítica”.

Esta mudança de atitude resulta da mudança de estratégia do consórcio Sea-Me-We-6. A organização que incluiu a Microsoft, Orange e Telecom Egypt, optou pela empresa americana SubCom para construir a linha em vez da Hengtong Marine, o maior fabricante de cabos elétricos e fibras óticas do gigante asiático.

A China Unicom, uma empresa estatal muito mais pequena, permaneceria com uma participação não revelada. A informação foi avançada esta semana pelo Financial Times após contactar várias fontes próximas do projeto e dos seus desenvolvimentos.

Com mais pessoas a trabalhar e a viver remotamente, ajudará todas as partes a fornecer um acesso mais rápido à banda larga aos utilizadores ao longo desta superestrada multiregional de dados.

Disse Yue Meng Fai do comité de gestão do Sea-Me-We 6.

A construção já começou e o objetivo é que esteja concluída e pronta a funcionar até ao primeiro trimestre de 2025, ligando vários países da Ásia e da Europa através da Malásia, Bangladeche, Sri Lanka, Maldivas, Índia, Paquistão, Djibuti, Arábia Saudita e Egipto.

  • O ponto de rutura

Bem, o desinteresse dos chineses apareceu após a SubCom, com sede nos EUA, ter anunciado no ano passado que tinha um acordo com o consórcio Sea-Me-We 6 e ter mesmo iniciado a sua implementação. A empresa anunciou na altura que iria utilizar o cabo SL17-SDM, que suporta até 24 pares de fibras (FP) e que o projeto seria dividido em três segmentos: um submarino de Tuas (Singapura) a Ras Ghareb (Egipto), outro terrestre a Port Said (Egipto) e um terceiro também submerso que se estenderá até Marselha, em França.

Nessa altura, o consórcio internacional incluía BSCCL, Bharti Airtel, Dhirragu, Djibout Telecom, Mobily, Orange, Singtel, Sri Lanka Telecom, Telecom Egypt, Telin, TM e TWA.

Para além da guerra comercial, da mais recente “guerra dos chips”, assim como as tensões decorrentes dos conflitos na Ucrânia e em Taiwan, há apenas alguns dias, houve o choque causado pela deteção – e subsequente abate – de um alegado balão espião chinês em Montana. O episódio frustrou quase “in extremis” o que teria sido a primeira visita de um alto cargo da administração dos EUA à China em anos.

  • Mas cabo Sea-Me-We 6 é importante?

É. Tal como as centenas de outros cabos submarinos semelhantes que ligam continentes à Rede, trata-se de uma infraestrutura estratégica. E precisamente por essa razão pode ser afetado pela segurança nacional. Segundo o Financial Times, cerca de 95% de todo o tráfego intercontinental da Internet, incluindo dados, videochamadas e correio eletrónico, é canalizado através de mais de 400 cabos submarinos que se estendem por 1,4 milhões de quilómetros. Esta função dá também um papel fundamental às suas estações.

É esta a primeira vez que isto acontece? Sea-Me-We 6 não é o primeiro projeto do seu género a ser marcado pela geopolítica. Em 2020, o governo de Donald Trump estava a considerar vetar o troço do cabo submarino Pacific Light entre o seu território e Hong Kong por receio de que a China pudesse roubar dados do mesmo. Também não é o primeiro a destacar claramente a importância estratégica destes cabos.

O risco que preocupa os peritos é que as suspeitas mútuas entre Pequim e Washington levem a uma dissociação das infraestruturas, com empresas americanas e chinesas a investirem em sistemas diferentes.

Angosat-2 vai disponibilizar preços competitivos na comercialização dos seus serviços

A comercialização do Angosat-2 vai ser focada em preços competitivos para fomentar e incrementar negócios em regiões totalmente desconectadas, segundo o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.

O dirigente que falava na cerimónia de lançamento dos serviços do satélite angolano, disse que a referida estratégia vai contribuir, consideravelmente, para diminuição da infoexclusão em Angola e no continente africano.

Mário Oliveira frisou que com o Angosat-2 as empresas de telecomunicações em Angola terão ao seu alcance um meio de comunicação via satélite, permitindo, deste modo, que deixem de pagar o aluguer de capacidade a satélites estrangeiros.

Sendo assim, poderão poderá contribuir, certamente, para o aumento da penetração dos serviços de telecomunicações no país, contribuindo para o aumento da literacia digital e modernização da economia no seu todo.

O Ministro reiterou que a cobertura ANGOSAT-2 abrange todo continente africano, em especial na região da SADC, “onde temos 24 feixes da Banda Ku e cinco transponders da Banda C”.

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Estudos indicam que os países, sobretudo africanos, que apostam em programas espaciais alcançam níveis muito satisfatórios, quanto ao aumento da cobertura da internet, telefonia móvel, melhoria nos serviços administrativos e bancários.

O ANGOSAT-2 vai permitir que as operadoras nacionais de telecomunicações e o Governo possam beneficiar de capacidades de largura de banda, com custos baseados em moeda nacional, o que permitirá melhor gerir os seus investimentos e ajustá-los a realidade do usuário final”, reforçou.

De informar que o Angosat-2 vem também para abrir oportunidades para que os operadores nacionais do sector das telecomunicações possam providenciar serviços em todo o continente e parte sul da Europa, tirando vantagens da zona de cobertura do satélite.

Por fim, Mário Oliveira destacou que, representa ainda uma oportunidade para o empreendedorismo, no sector das telecomunicações e tecnologias de informação, abrindo novas oportunidades para a criação de emprego, principalmente para a camada jovem, nas áreas ligadas à tecnologia espacial, como exemplo, manutenção e instalação de sistemas VSAT, contribuindo igualmente para o desenvolvimento de uma indústria de software no país.

No entender no ministro, no contexto africano os investimentos em telecomunicações são requisitos fundamentais para o crescimento económico, pelo que a conectividade via satélite têm sido amplamente utilizada como fator de apoio ao desenvolvimento sócio económico.