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Terça-feira, Dezembro 23, 2025
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AngolaCables muda marca no Brasil para TelCables Brasil by Angola Cables

A Angola Cables, multinacional angolana provedora de serviços de rede e soluções digitais, terá uma nova marca para o Brasil. A partir deste mês de março, a empresa passa a ser TelCables Brasil by Angola Cables, atuando como uma subsidiária com o objetivo de aumentar e fortalecer a sua presença local, contando com o respaldo global da marca mãe.

A companhia está presente no Brasil desde 2016 e diz que agora está ingressando numa nova fase, sendo necessário demonstrar maior proximidade para atender mais regiões. A TelCables diz que vai tornar ainda mais robustas as ligações globais que possui, a fim de serem expressas na diversificação de produtos e serviços customizados às necessidades de cada região do país. 

Para alcançar esse objetivo, a TelCables passou a contar com toda uma estrutura de gestão local, além de também buscar negócios e oportunidades de parceria no país sul-americano. 

MAIS: Angola Cables vai construir dois DataCenters nos próximos tempos

A TelCables Brasil continuará operando na rede de infraestrutura da Angola Cables, por meio do AngoNAP Fortaleza, o Data Center Tier III, localizado no Ceará, e os cabos submarinos que ligam o Brasil ao resto do mundo, como o Monet, SACS e WACS, além da sua própria infraestrutura em nuvem. 

Além dos anéis de conexão do Ceará (Fortaleza), São Paulo e Rio de Janeiro, a TelCables Brasil vai expandir a sua presença entrando nos mercados do Centro-Oeste e do Norte, oferecendo os seus produtos de rede e soluções digitais, como o Clouds2Brasil, o Shields2Brasil e o Smart Bizz, além de Serviços de integração, para empresas de todos os segmentos, entregando soluções de rede interconectada local com acesso a mercados globais. 

FMI e G20 culpam as criptomoedas pelo colapso do Silicon Valley Bank

O Fundo Monetário Internacional e o G20 culpam as Criptomoedas pelo colapso do Silicon Valley Bank. Este cenário está já a afetar as criptomoedas globalmente.

Tanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) como o Grupo dos 20 (G20) afirmaram que as moedas criptográficas foram as culpados pelo que aconteceu ao sistema financeiro. Para defender o seu argumento, trouxeram um documento de fevereiro que fala sobre os efeitos negativos das criptoações no sistema financeiro. De acordo com este documento, a utilização generalizada de criptoativos traz consigo riscos para a taxa de câmbio e o fluxo de capital.

De acordo com o FMI e o G20, as moedas criptográficas representam um risco para a estabilidade e segurança financeira mundial. De facto, advertem que o colapso do Silicon Valley Bank foi culpa sua e não do setor bancário ou de outros fatores. O documento, apresentado na segunda-feira, adverte para a instabilidade desses ativos, fazendo com que os bancos percam depósitos ou reduzam os empréstimos.

Esta não é a primeira vez que o Fundo Monetário Internacional aponta o dedo às criptomoedas.

MAIS: Ex-líder da FTX “profundamente desolado” após falência da plataforma

Esta situação obrigou mesmo o presidente dos EUA, Joe Biden, a vir falar a público, para tentar acalmar os mercados. Contudo, o SVB não conseguiu reunir o capital e devolver os fundos e depósitos às empresas e aos clientes que escolheram este banco. E com pouco mais de 3 dias depois do colapso, vemos o desastre alastrar, são já 3 os bancos falidos.

O colapso do SVB toca em várias áreas um pouco por todo o mundo. Este era um banco cujas ações valiam mais de 200 dólares e nada fazia prever ou indiciava que poderia entrar em colapso em apenas alguns dias.

As consequências do seu fracasso são mais que claras: todas as empresas que tinham depósitos no banco estão em sérios apuros. Apenas 3% dos depósitos estavam seguros e o montante que o FDIC estava disposto a pagar às pessoas afetadas era um máximo de 250.000 dólares.

Os Estados Unidos estão no meio de uma crise bancária após o colapso do SVB, não que a situação tenha mudado após a aquisição da subsidiária do Reino Unido pelo HSBC. Aliás, várias filiais do Silicon Valley Bank estão a ser vendidas em todo o mundo, havendo mesmo especulações de que Elon Musk poderia ser o comprador do SVB. Mas o alvo parece mesmo ser a criptomoeda.

Lubango vai contar com um mapa turístico digital

O município de Lubango, na província da Huila, vai contar com um mapa turístico digital com dados geográficos, climáticos, históricos, ambientais, arquitetónicos, entre outros, a fim de orientar os transeuntes e turistas pela cidade.

A ideia inovadora tecnológica vem da agência de viagem e turismo angolana Tac Tour, tornando-se a segunda cidade angolana a ganhar o mapa, depois de Luanda, com as ruas, pontos cardeais, locais de referência, a descrição dos pontos principais, entre outras informações.

Segundo o proprietário da agência, Carlos Bumba, falando a ANGOP, informou que o mapa digital destacará Lubango e ainda vai englobar igualmente os dois municípios satélites da Huíla, como a Chibia e Humpata, onde é encontrado o grosso do potencial turístico da província.

MAIS: Angosat-2 permite o uso da telemedicina nos hospitais do Lubango

O mapa vai englobar ainda as potencialidades étnico-culturais dos três municípios, com rotas de arte e rituais como o Ondjelwa (festa da chuva), o Efiko (festa da puberdade), o Ekwendje (o ritual da circuncisão) e o Pita Pondjo (o primeiro contacto do bebé com o exterior).

Nos eventos vai constar as tradicionais Festas da Senhora do Monte, a dos Barracões e as Quintas Pedagógicas, esta última consubstancia-se em agrupar fazendas com vista a receber estudantes para acampar em aulas práticas de agricultura e ambiente”, sublinhou.

[Moçambique] Cidadãos queixam-se de falta de internet no Jardim Tunduru

Em novembro de 2017, o Ministro dos Transportes e Comunicações, que era Carlos Mesquita, inaugurou na cidade de Maputo, um sinal livre de internet instalado pela autoridade reguladora das comunicações, INCM, em colaboração com o Conselho Municipal de Maputo, no âmbito da implementação do projeto de praças digitais.

Na altura, o ministro disse que o funcionamento do sinal livre de internet tinha como objetivo atrair o público para o local, principalmente a camada estudantil, promovendo, dessa forma, a inclusão digital.

Seis anos depois da instalação do sinal livre de internet, vários utentes reclamam contra o facto de não conseguirem ter acesso.

Eu não consigo ter acesso à internet deste local! Sempre que estou aqui uso a minha internet particular. Só assim consigo trabalhar e fazer outras atividades”, disse Ema Gabriel ao CanalMoz.

Fernando Chambuze disse que é frequentador do Jardim Tunduru há mais de cinco anos. No princípio, teve acesso ao sinal de internet gratuita, mas deixou de a usar quando começou a ficar muito lenta devido ao elevado número de utilizadores, em 2018. E não sabe ao certo quando o sinal de acesso livre de internet deixou de funcionar.

Nos últimos tempos, vejo pessoas reclamando que não conseguem ter acesso à internet neste local, mas não sei quando começou”, disse.

MAIS: Moçambique tem problemas de base de infraestruturas de acesso à internet, reforçam os especialistas

Segundo o funcionário do Jardim Tunduru, Alberto Chabisso, o sinal de internet grátis funcionou devidamente naquele local durante um ano, em 2018. E noutros anos funcionava com dificuldades, até à paralisação definitiva.

Quando a internet começou a oscilar, apresentámos aos nossos chefes, mas não obtivemos nenhuma resposta satisfatória, por isso estamos até agora sem o sinal gratuito”, disse Alberto Chabisso.

A implementação do projeto de praças digitais tinha um custo inicial de 1.200.000,00 meticais. Deste valor, cerca de metade era o custo da aquisição dos equipamentos, e a outra metade era para serviços de instalação. E em serviço de internet seria gasto anualmente um valor total de cerca de 665.000,00 meticais, com um custo mensal de 55.401,85 meticais. Durante um ano, o projeto seria financiado pelo Governo. Findo o prazo, o Conselho Municipal beneficiário do projeto daria continuidade com fundos próprios.

O CanalMoz tentou entrar em contacto com o Conselho Municipal de Maputo, na pessoa de Nercio Duvane, que se mostrou indisponível para falar sobre o assunto.

Para além do Jardim Tunduru, foi instalado sinal grátis de internet em dezoito praças no país: Parque dos Poetas (Matola); Praça dos Trabalhadores (Inhambane), Praça do Município e Praça 3 de fevereiro (Beira); Jardim dos Namorados e Jardim da Piscina Municipal (Quelimane), Praça de Gúrúe (Gúrúe); Av. Eduado Mondlane e Jardim Parque (Cidade de Nampula); Jardim Josina Machel, Posto de Turismo, Jardim do Museu, Jardim da Escola Secundária da lha dê Moçambique e Fortaleza (Ilha de Moçambique); Praia de Wimbe (Pemba); Praça da Paz (Mueda); Praça da Liberdade (Lichinga).

Consultório MenosFios. Como fazer o download de vídeos ou fotos do Instagram

Quando desejamos fazer o download de um vídeo no Instagram não existe nenhuma opção para o descarregar. E mesmo as fotografias não podem ser gravadas para o computador. E estas podem ser úteis para projetos ou mesmo quando queremos partilhar em outras redes sociais e não temos um backup nos dispositivos.

Ferramentas como o IGDL servem para fazer download de vídeos, mas esta vai mais longe, ao permitir guardar praticamente todos os conteúdos da rede social: fotos do perfil, Reels em HD, vídeos normais e IGTV. Até pode fazer o download das Stories, antes que estas desapareçam passado 24 horas. As fotografias também podem ser facilmente guardadas com a ferramenta.

Para utilizar, deve copiar o link da rede social com o post que deseja gravar no computador. No entanto, a caixa de endereço não é universal, terá de selecionar a aba correspondente ao tipo de conteúdo, seja um vídeo ou foto, por exemplo, depois colar o endereço na caixa. Em baixo vai encontrar os resultados para download.

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Esse foi o Consultório MenosFios de hoje, onde mostramos como podes fazer o download de vídeos ou fotos do Instagram. Agora, pedimos que os nossos leitores as comentem e que contribuam com informações adicionais que julguem serem necessárias sobre esse mesmo tema.

Todas e quaisquer questões que gostassem de ver aqui respondidas devem ser colocadas no canal de comunicação exclusivo e dedicado ao consultório Menos Fios.

Falamos do email criado para esse fim: [email protected]. Este é o único ponto de receção das questões que nos enviarem. Usem-no para nos remeterem as vossas questões, as vossas dúvidas ou os vossos problemas. A vossa resposta surgirá muito em breve.

Angola conta com mais de 23 milhões de assinantes de telefonia móvel

Angola conta atualmente com um total de 23.977.537 de utilizadores de telefonia móvel, segundo dados do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS).

Pelos números divulgados pelo MINTTICS, isto representa 76,47 por cento da população angolana, quase seis milhões a mais dos últimos números revelados no início de 2022, acrescentando ainda que reafirma o compromisso de continuar a apostar mais na construção de infraestruturas de Telecomunicações.

MAIS: Conheça a quota de mercado de telefonia móvel de Angola do ano de 2022

Na nota, reforça ainda do comprometimento em assegurar que as condições essenciais para a utilização dos serviços de comunicações eletrónicas estejam disponíveis, de uma forma regular para população e a preços acessíveis.

Para o Diretor Nacional das Telecomunicações e Tecnologias de informação, Matias Borges, Angola tem mais de sete milhões de utilizadores de Internet e mais de dois milhões de subscritores de televisão por assinatura, bem como cerca de 22.000 quilómetros de fibra óptica, uma infraestrutura importante para o fornecimento dos serviços de comunicações eletrónicas.

Tens um projeto inovador? Candidata-se ao AfricaTech Awards 2023

Estão abertas as candidaturas para as três categorias – tecnologia climática, fintech e tecnologia de saúde – da segunda edição dos AfricaTech Awards, uma iniciativa para destacar as startups inovadoras em África e que abordam os principais desafios de desenvolvimento ligados às alterações climáticas, cuidados de saúde e inclusão financeira.

Os founders podem candidatar-se até ao dia 23 de março, onde os vencedores dos prémios terão acesso a líderes e executivos de topo na indústria tecnológica e maior visibilidade entre os investidores globais, incluindo a IFC, realizadora do evento e um dos maiores investidores de capital de risco em mercados emergentes.

A edição inaugural dos prémios, lançada no ano passado, atraiu mais de 300 candidaturas de projetos inovadores, com o WEEE Centre a ganhar o prémio de melhor startup na categoria tecnologia climática, o Click2Sure em fintech e o Chefaa em health tech.

Nos últimos tempos, o empreendedorismo tecnológico mostra que pode ajudar a impulsionar o crescimento económico em África e promover a inovação e a competitividade em sectores-chave da economia, incluindo os serviços financeiros, a logística, o comércio, a energia e a agricultura.

O empreendedorismo tecnológico pode ajudar a moldar o futuro de África, contribuindo para os esforços dos países para enfrentar os principais desafios ligados às alterações climáticas, segurança alimentar, resiliência à saúde e inclusão financeira“, disse Makhtar Diop, Diretor Executivo da IFC.

MAIS: Startups nigerianas vencem primeira edição do Africa Tech Awards

No entanto, os ecossistemas tecnológicos da África são mal servidos por investimentos de capital privado, recebendo apenas 1% do financiamento global de capital de risco em 2022. Com iniciativas como os AfricaTech Awards, esperamos ajudar startups inovadoras a atrair mais investimento privado, mostrando as oportunidades dinâmicas e crescentes no sector de tecnologia do continente“, finalizou.

Os AfricaTech Awards 2023 fazem parte da estratégia da IFC para apoiar ecossistemas tecnológicos em mercados emergentes, fornecendo às startups o capital, a experiência de mercado e as redes de que precisam para escalar. Em novembro de 2022, a IFC anunciou uma plataforma de capital de risco de US$ 225 milhões para apoiar empreendedores de tecnologia na África, Oriente Médio, Ásia Central e Paquistão. Além disso, a IFC recentemente expandiu o IFC Startup Catalyst Program em US$ 60 milhões para ajudar fundos semente, incubadoras e aceleradoras a financiar e orientar startups em estágio inicial e prepará-las para investimentos em estágio posterior.

Os vencedores dos Prémios AfricaTech serão anunciados na Viva Technology 2023, de 14 a 17 de junho, em Paris. A Deloitte, parceira de conhecimento, ajudará a selecionar as 15 melhores startups em cada categoria de sector. Após uma segunda rodada de revisão pelo painel de jurados da premiação, as três melhores startups de cada categoria serão convidadas a se juntar à Viva Technology em Paris e apresentar as suas soluções inovadoras diante de uma audiência global de investidores, representantes do governo e executivos de tecnologia de ponta.

Para obter mais informações sobre o AfricaTech Awards clica em aqui.

Governo vai investir nas tecnologias ligadas à televisão digital e à escola virtual

O Governo Angolano vai investir nas tecnologias ligadas à televisão digital, à escola virtual e ao satélite angolano, segundo ministra da Ação Social, Família e Promoção da Mulher, Ana do Sacramento Neto.

A dirigente que falava na plenária da sexagésima sétima sessão da Comissão Sobre o Estatuto da Mulher, que decorre em Nova Iorque, disse que Angola vai apostar numa sociedade de inovação tecnológica, acompanhando assim o desenvolvimento na área das novas tecnologias.

Ana do Sacramento Neto frisou que a aposta traduz-se também na implementação de projetos de reabilitação das infraestruturas das telecomunicações, comunicações rurais, Angola Online e as tecnologias, para garantir a criação de um ambiente digital seguro.

No âmbito do plano da inovação e mudança tecnológica, o Governo angolano implementou o programa de promoção da inovação e transferência de tecnologia que integra projetos de inovação start“, disse a Ministra.

Destacou ainda o programa de incubação e a criação de incubadoras de empresas em algumas instituições do ensino superior, envolvendo a participação das mulheres.

MAIS: Africell vai fornecer serviços de televisão digital e dinheiro móvel

Ana do Sacramento Neto avançou que o satélite angolano, denominado ANGOSAT-2, cuja operacionalização conta com a participação de mulheres, vem gerando excelentes oportunidades em matérias espaciais.

Esclareceu que no subsistema do Ensino Superior e ao desenvolvimento da investigação científica têm sido implementados programas e projetos de promoção da equidade do género e do empoderamento das mulheres.

Como resultado, realçou que o acesso de mulheres e meninas às novas tecnologias de informação e educação digital registou um aumento no que respeita aos cursos de Engenharia e Ciências da Computação.

O nosso Governo olha com preocupação para as mulheres e meninas que se encontram no meio rural, porque não acompanham as dinâmicas sociais no mesmo ritmo que as do meio urbano”, esclareceu.

WhatsApp vai receber novos emojis

Uma das próximas atualizações para o WhatsApp contará com uma série de novos emojis, os quais fazem parte do pacote Unicode 15.0.

Diz o site WABetaInfo que estes emojis estão presentes na versão beta do WhatsApp para Android, o que significa que já estão disponíveis para os utilizadores desta versão da aplicação de mensagens.

Tendo em conta que os emojis já estão presentes na versão beta, é bastante provável que fiquem disponíveis na versão final do WhatsApp muito em breve. Recordar que estes mesmos emojis já estão previstos para a próxima versão do iOS para iPhone.

Angola no top 10 dos países com melhores preços nas telecomunicações

Angola deu um grande salto no sector das telecomunicações, revelam os dados da União Internacional das Telecomunicações (UIT) relativos a 2021 e que constam no relatório de 2022. No espaço de um ano, o custo das telecomunicações (medido pelo seu peso no Rendimento Bruto Nacional (RNB per capita), caiu para mais de metade.

A acessibilidade à internet subiu 7 pontos percentuais, entre 2017 e 2021, passando de 26% para 33% (33 em cada 100 angolanos teve acesso à internet) e aproxima-se da média africana de 40%. E o peso de um pacote de dados e voz de baixo custo para telemóvel está próximo dos 2%, que é a meta de conectividade digital a atingir em 2030, estipulada pela agência das Nações Unidas que se dedica às tecnologias de informação e comunicação.

No início de 2023, a UIT e o gabinete do enviado do secretário-geral da ONU para a Tecnologia anunciaram metas ambiciosas para a conectividade digital universal e significativa até 2030. A acessibilidade de preços, definida como a disponibilidade de acesso à banda larga a um preço inferior a 2% do RNB per capita mensal, foi identificada como prioridade para assegurar que todos possam beneficiar plenamente de conectividade.

O preço médio global dos serviços de banda larga móvel (medido pelo preço do pacote de dados móveis mais baixo relativamente ao RNB per capita) era de 1,9% em 2021. Em Angola situava-se nos 2,4%, muito abaixo da média africana de 7,1%, com grande disparidade entre países, que vão dos 38% no Níger aos 0,66 da Tunísia, o país com os custos de internet mais baixos no continente (ver infografia).

Já no que toca à acessibilidade, Angola deu passos mais tímidos, com uma subida de um ponto percentual por ano desde 2019, após três grandes saltos em 2016, 2017 e 2018, fixando-se nos 33%, 7 pontos percentuais abaixo da média do continente africano. A acessibilidade é medida pela proporção de indivíduos que utilizaram a internet a partir de qualquer local nos últimos três meses. O acesso pode ser feito através de uma rede fixa ou móvel.

Como o serviço de internet fixo exige avultados investimentos em infraestruturas, a banda larga móvel, que permite o acesso à internet a partir de um smartphone, tornou-se referência para a utilização global, uma vez que proporciona um acesso relativamente barato em comparação com o serviço fixo, sublinha a UIT. São também os serviços móveis que têm feito avançar a internet nos países em desenvolvimento, onde ainda “há muitas pessoas a viver na escuridão digital”, segundo Doreen Bogdan- -Martin, diretora do Gabinete de Desenvolvimento de Telecomunicações da UIT.

É precisamente nos serviços de internet fixa que Angola regista menos avanços, com uma conectividade de 0,79% (por 100 pessoas), muito abaixo da média global de 18%, embora o país esteja acima da média africana de 0,70%. As Seicheles e as Maurícias, dois pequenos territórios, lideram em África, com 39% e 25%, e Sudão do Sul está na cauda, com 0,0019%.

Mas é nos custos com o acesso às telecomunicações que Angola registou mais avanços nos últimos anos, segundo os dados da UIT, que ainda não reflete a entrada do quarto operador móvel, Africell, em 2022, já que só vão até 2021.

Angola fecha o top 10 dos países com custos mais baratos em África, ao lado da África do Sul, com 2,4%. Este indicador é medido pelo peso de um pacote de dados móveis e de voz de baixo consumo relativamente ao Rendimento Nacional Bruto per capita. O top 10 é liderado pela Tunísia (0,66%), seguido pelo Egipto (0,78%) e Marrocos (1,1%), três países do norte de África.

Guilherme Massala, engenheiro informático e colaborador do portal Menos Fios, especializado em novas tecnologias, assume que a descida dos custos das telecomunicações é uma evidência e não há como não reconhecê-lo. Ainda assim, o preço das telecomunicações continua a ser um “calcanhar de Aquiles para muitas famílias”. Isto, a par de problemas de falta de cobertura, inclusive em Luanda e em zonas urbanas, impede muitas famílias e empresas de acederem a um serviço com enorme potencial para melhorar a sua renda e os seus negócios.

Globalmente, de acordo com o relatório da UIT de 2022, estima-se que a percentagem de utilizadores da Internet será duas vezes mais elevada nas zonas urbanas do que nas zonas rurais em 2020. Uma menor utilização rural é em parte resultado da falta de infraestruturas, mas há fatores adicionais em jogo. “As zonas rurais têm geralmente níveis de rendimento mais baixos, e a população tem frequentemente níveis de educação mais baixos e níveis mais baixos de competências em TIC, todos eles negativamente correlacionados com a utilização da internet”, refere a agência das Nações Unidas.