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Sexta-feira, Dezembro 19, 2025
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Projectos inovadores marcam 70º aniversário do Instituto Politécnico Industrial de Luanda (IPIL)

Créditos: Tecan Studio

Terminou no princípio dessa semana as festividades comemorativas ao 70º aniversário da Instituto Politécnico Industrial de Luanda (IPIL), onde foram realizadas várias mesas redondas sobre as incubadoras de empresas e as novas experiências no fomento do empreendedorismo e o financiamento das startups, bem como vários projectos tecnológicos em destaque.

Segundo Philomene José Carlos, directora do IPIL, os três dias que compreendeu as festividades foi bastante positivo, visto que serviu de oportunidade para ganhar algum conhecimento, através das mesas redondas e palestras ministradas.

Conheça agora alguns dos projectos tecnológicos que foram apresentados na feira.

Nota IPIL

O Nota IPIL é um sistema que permite um maior controlo das ocorrências, como advertência e suspensão, contribuindo assim para um melhor acompanhamento e participação dos pais na vida escolar dos seus filhos.

De autoria dos alunos Pedro João, Rildo Franco e Bruno Mateus, estudantes da 13.ª classe do curso de Gestão de Sistemas, o Nota IPIL foi pensando em facilitar o trabalho dos seus professores, bem como pelo facto de o processo de gestão de uma escola ser muito complexo, sendo que os desafios aumentam ao mesmo tempo que as mudanças na educação invadem o mundo todo. Por isso, é natural que muitos gestores educativos ainda encontrem dificuldades para atender às novas demandas.

O Nota IPIL permite ainda ao professor lançar as notas a partir de qualquer local, e cria a pauta de forma automática.

 

Veículo JK

O veículo “JK” foi desenvolvido pelos estudantes Joaquim Kwando, Lote Noé, Francisco Manuel, Noé Evaristo, Tomás Pereira, Joel Aragão e Francisco Latino, dos cursos de Maquinas e Motores, Metalomecânica e Electrónica e Telecomunicações da 10.ª e 12.ª.

MAIS: Feira de Inovação Tecnológica (FIT) do Uíge distingue jovens inventores nacionais

O chassi do carro foi feito de chapa de ferro e o seu exterior de plásticos duros normalmente encontrados em coisas como televisores e electrodomésticos. Os assentos do carro foram feitos com bancos fornecidos por um dos familiares dos jovens. A concepção do veículo teve a duração de 8 meses com algumas interrupções na montagem devido à falta de material para o trabalho. Apesar de não contarem com a ajuda de nenhum professor como tutor do projecto, os jovens disseram-nos que a aparência do carro é inspirada nas fabricantes Land Rover e Mercedes Bens.

Foi ainda revelado por um dos inventores, que o veículo pode atingir uma velocidade de 110 quilómetros por hora, sendo que testes foram executados aquando do transporte do mesmo.

 

Estufa Automatizada

O sistema desenvolvido pelos alunos permite que as plantas sejam independentes do clima para o seu crescimento, e onde estabelece padrões para que tais frutos recebam o devido cuidado para que seu crescimento seja de forma qualificada e mais eficiente.

O projecto de autoria de Venâncio Kapessa, Marcos Ntango, Vicentina Carvalho e Igor Martins, estudantes da 12.ª classe do Curso de Electrónica e Telecomunicações do IPIL, a estufa automatizada consiste em “um ambientador que controla a iluminação, a irrigação e a ventilação entre outras variáveis dentro de um sistema agrícola através de processos automáticos. Diferentemente da agricultura convencional, o sistema permite que as plantas sejam independentes do clima para o seu crescimento.  O sistema estabelece padrões para que tais frutos recebam o devido cuidado para que seu crescimento seja de forma qualificada e mais eficiente”, revelou um dos inventores.

 

Lazarus, o grupo de cibercriminosos que rouba e sequestra para o ditador da Coreia do Norte

Foi considerado o maior roubo cibernético alguma vez registado: deu-se no mês passado o roubo de 625 milhões de dólares – cerca de 600 milhões de euros – em criptomoedas (ethereum, a segunda mais utilizada depois da bitcoin) de um site relacionado com o vídeojogo ‘Axie Infinity’. Os Estados Unidos rapidamente vincularam a ação ao grupo Lazarus, os cibercriminosos norte-coreanos bem conhecidos pelos especialistas em segurança cibernética.

Segundo a consultora ‘Blockchain Chainalysis’ estimou que os hackers norte-coreanos possam já ter conseguido outros 375 milhões de euros em ativos digitais em 2021 através de vários ataques direcionados a plataformas de criptomoedas.

Muitos países, como China, Irão ou Estados Unidos, patrocinam não oficialmente equipas de hackers para realizar sabotagens ou obter informações valiosas. O caso de Pyongyang é diferente: usa o seu grupo de especialistas em informática para ganhar dinheiro. O ‘Querido Líder’, uma das formas oficiais para se referir a Kim Jong-un, vê estas ações como uma forma de sobreviver às duras sanções internacionais a que o regime está submetido, segundo revelou o jornal espanhol ‘El País’.

O registo do grupo Lazarus não é curto: os EUA e o Reino Unido, assim como a Microsoft, atribuíram-lhe o lançamento em 2017 do WannaCry 2.0, o maior ransomware da história, um tipo de vírus que ‘sequestra’ os computadores infetados e só os liberta após o pagamento de um resgate. Estima-se qeu o WannaCry tenha afetado cerca de 300 mil computadores em 150 países, incluindo os do sistema de saúde do Reino Unido, que ficou paralisado.

Um ano antes, o Lazarus tentou roubar mil milhões de dólares do Banco Central de Bangladesh, com um plano sofisticado que incluía fazer-se passar por funcionários do banco e obter permissões para movimentar o dinheiro. O ataque foi frustrado por um erro de codificação mas ainda assim conseguiu arrecada 81 milhões de dólares – foi considerado pelo FBI o maior roubo cibernético da história. Também há suspeitas de que em 2018 tenham roubado cerca de 530 milhões de dólares em tokens do portal japonês de câmbio de criptomoedas ‘Coincheck’.

O dinheiro roubado pelo Lazarus tem o mesmo destino: o regime de Kim Jong-un. Lazarus é uma raridade no mundo das Ameaças Persistentes Avançadas (APTs), um termo usado para os grupos organizados de hackers mais capazes. Administradas e patrocinadas não oficialmente por Governos, estas equipas estão no topo da pirâmide dos hackers. São muito bem estruturados e hierárquicos, com departamentos e profissionais com funções bem definiadas, e dispõem de recursos económicos que lhes perimite realizar ataques complexos, coordenados e rápidos. Em teoria, só os serviços secretos das grandes potências têm mais poder do que os APTs.

MAIS: Hackers norte-coreanos roubaram USD 400 milhões em 2021

Devido à própria natureza da internet, os ataques cibernéticos são muito difíceis de atribuir. “Os APTs são basicamente rastreados com pistas fornecidas pelos serviços de inteligência e particularidades do código, mas fazer uma boa análise forense para determinar a autoria pode levar meses”, explicou o hacker e analista de segurança cibernética Deepak Daswani. Por esse motivo, os Governos usam APTs para sabotar, espiar ou realizar ações de inteligência sem provocar incidentes diplomáticos.

Lazarus é um caso único”, referiu Adam Meyers, diretor de inteligência da CrowdStrike e especialista em APT. “Outros grupos lançam ransomware, como a Rússia na Ucrânia através do ‘Voodoo Bear’, mas como cobertura para outros fins, sem interesse em ser pago. E se eles ganham dinheiro é para benefício próprio, como as máfias. O objetivo de Lazarus é obter fundos para sustentar um regime sufocado por sanções internacionais”, acrescentou o analista texano.

A rede Lazarus também realiza ações de sabotagem, nos moldes de APTs de outros países. Os grupos de hackers norte-coreanos foram especialmente ativos durante os meses de 2020, quando a Big Pharma estava a trabalhar freneticamente para desenvolver uma vacina contra a Covid-19 – tentaram invadir os computadores dos funcionários da AstraZeneca, que junto com a Universidade de Oxford estavam a desenvolver um dos remédios. Mais tarde, tentaram roubar informações da Pfizer, outro dos laboratórios envolvidos na vacina.

MAIS: Grupo de espionagem cibernética norte-coreano estava activo na África do Sul

Ninguém acreditava que a Coreia do Norte seria capaz de se tornar uma potência cibernética – ou que pudesse desenvolver uma bomba atómica. Mas Kim Jong-un conseguiu ambos. A segunda foi a obsessão de três gerações de ditadores; o primeiro, um desejo expresso do atual.

Kim Jong-un dirige um dos países mais isolados do mundo com mão de ferro. Desde que assumiu o lugar do seu pai em 2009, conseguiu ver o potencial da esfera digital tanto para espiar e sabotar os seus inimigos (EUA e Coreia do Sul) assim como ganhar dinheiro que não pode obter através do comércio.

O regime norte-coreano promove ativamente hackers de elite”, segundo revelou a especialista australiana Anna Fifield. “Os alunos que demonstram aptidão potencial a esse respeito, alguns com apenas 11 anos, são enviados para escolas especiais e depois para a Universidade de Automação de Pyongyang”, onde “ao longo de cinco anos são ensinados a invadir sistemas e criar computadores vírus”. Segundo diversos relatórios, os hackers norte-coreanos desfrutam de uma posição de respeito e uma vida confortável num país onde há pessoas a morrer de fome.

O regime participa de todos os tipos de sectores que podem trazer divisas, como testes farmacêuticos, cultivo de ópio ou tráfico de pessoas”, finalizou Meyers. “A espionagem cibernética e o crime cibernético são mais um vetor.

7ª Edição da Africa Fintech Summit volta a promover o valor das fintechs no continente

No último dia 16 de Abril os principais players Fintechs do continente africano, bem como no resto do globo, reuniram-se no Ronald Reagan Building and International Trade Center para a 7ª Edição da Africa Fintech Summit, um evento bianual que regressou a Washington D.C. pela primeira vez em três anos, após uma cimeira virtual em 2020 e um evento híbrido no Cairo(Egito) em 2021.

O evento desse ano voltou a promover iniciativas de construção de ecossistemas, partilha de conhecimento e colaboração entre todos os intervenientes da cadeia de valor de fintech africana e global, como undadores de fintech, investidores, partes interessadas globais, formuladores de políticas, líderes de pensamento, capital de risco e participantes de private equity.

MAIS: Catapult: Inclusion Africa leva startups fintech africanas a mentoria na Expo Dubai 2020

O Africa Fintech Summit é uma plataforma de especificidade única, que reúne os futuros inovadores que moldam o futuro da fintech africana, promovendo inovação, investimento e colaboração transfronteiriços na África, reunindo assim actores e partes interessadas do ecossistema globalmente.

A cerimónia serviu também para oportunidade de networking ao mais alto nível para empreendedores, investidores e instituições financeiras, descobrir oportunidades de crescimento e alavancar redes extensas para impactar positivamente o futuro dos serviços financeiros baseados em tecnologia de África.

Essa edição de 2022 apresentou mais de 100 sessões plenárias de alto impacto recebeu mais de 4.000 participantes presenciais e virtuais e mais de 200 painelistas.

Falta de roaming dificulta a expansão da Africell nas restantes provincias

A indisponibilidade de roaming no país é um dos principais motivos que tem feito com que a Africell possa melhorar os serviços e expandir a sua infra-estrutura de telecomunicações nas restantes províncias, a par da capital do país, Luanda.

Essa informação foi revelada pelo administrador para área de Estratégia da empresa, Gonçalo Faria, falando no Fórum Angola Tech Hub 2022, onde frisou que a Africell “teria serviços em Benguela se o roaming nacional fosse uma realidade e, portanto, pudesse correr tráfego em infra-estrutura de outra operadora”, salientando que o roaming está na fase piloto há bastante tempo.

Falando no evento em um painel que juntou os principais intervenientes do sector das telecomunicações no país, nomeadamente o INACOM, a Angola Telecom, a MS Telcom, a Unitel, a Movicel e a Africell, Gonçalo Faria revelou que neste momento a empresa está a construir a sua infra-estrutura na província de Benguela e lamenta que a ausência do roaming nacional tenha retardado o início das operações, garantindo ainda que no curto prazo, a depender da disponibilidade de equipamentos, as províncias da Huíla, Benguela e Cabinda, terão o sinal da operadora.

MAIS: Africell atinge dois milhões de clientes em apenas um mês de operação

Sobre a questão da qualidade do sinal na província de Luanda, o administrador disse que o trabalho também não está concluído, mas que até o fim deste ano serão reforçadas diversas localizações de forma que a experiência de “boa qualidade” se mantenha assimétrica em todas as áreas. “Mesmo na província de Luanda, o trabalho não está executado”, sublinhando que neste momento a empresa tem infra-estruturas que lhes permite arrancar com os serviços.

 

 

5 Startups africanas incríveis para ficar de olho

imagem: Freepik

O continente africano é dividido hoje em 5 regiões que por sua vez separam-se em 55 países que falam mais de 2.096 línguas com quase 9 mil dialetos diferentes.

Paralelamente, a CB Insights, empresa norte americana de pesquisa e tecnologia, levantou que em 2020 cerca de 1.35 milhões de startups de tecnologia estavam ativas no mundo.

O número de empresas deste tipo vem crescendo muito nos últimos anos e algumas das que mais se destacaram nasceram a partir das demandas, pluralidades e riquezas culturais das nações africanas.

Diante disso, listamos 5 startups que nasceram e atuam em diferentes localidades da África que são presença indispensável em qualquer radar de negócios inovadores para o futuro:

1. Intella

Se apresentando como uma plataforma de inteligência de mercado que provê insights e ajuda nas operações comerciais e de branding no cotidiano das empresas, esta startup egípcia é uma dos grandes nomes emergentes no seu segmento. Tendo conseguido aporte recente de mais de um 1 milhão de dólares, a empresa que já atua em 3 países com certeza estará presente em muitos outros.

2. Koolboks

Uma das duas ganhadoras do primeiro prêmio Africa Tech Awards, promovido pelo International Finance Corporation (IFC), a Koolboks se destacou no campo da “climate tech” e desenvolve produtos de refrigeração acessíveis, com tecnologia de ponta e que não agridem o meio ambiente.

3. Digemy

Com base na Cidade do Cabo, capital legislativa da África do Sul, esta startup tem como objetivo a facilitação do ensino, trabalhando com educadores que por meio da plataforma capacitam e treinam equipes remotamente para o mercado. Com uso da gamificação do aprendizado, ferramentas de editor de vídeo online, como legendas, vinhetas e conteúdo inteligente, a empresa vem vencendo a barreira do engajamento no ensino online e já saiu com mais de 70 mil dólares de sua primeira rodada de investimento,

4. Heyfood

Com a premissa de levar os restaurantes favoritos dos cidadãos nigerianos às suas portas, a Heyfood vem ganhando mercado aos poucos. Se destacando pela usabilidade e, segundo a empresa, o desafio do status quo, este aplicativo vem se tornando um dos favoritos para pedir comida e já tem mais de 5 mil downloads somente na Play Store.

5. Boya

Se propondo a ajudar os negócios a terem uma melhor gestão financeira e acompanhamento do que é gasto para que melhores decisões corporativas sejam tomadas, a startup Kenyana, criada em 2021 e com sede em Nairobi vem tornando a vida financeira dos empreendedores mais fácil com o uso de tecnologia para o controle de custos e cartõe Visa digitais e físicos para administração de verba.

O cenário de tecnologia dos países africanos é vibrante e atrai especialistas do mundo todo, então quer você invista, tenha sua startup ou seja só um entusiasta deste mercado, vale seguir as empresas desta lista de perto!

Ciberataques a países da UE vão aumentar “nos próximos tempos”

Os ciberataques a países da União Europeia (UE), na sequência da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, vão aumentar “nos próximos tempos”, considera a empresa de cibersegurança S21sec, apontando os setores energético e de infraestruturas críticas como alvos.

Existe a suspeita de que iremos assistir a um aumento dos ciberataques dirigidos a países da União Europeia e outros países pertencentes à NATO“, afirma o líder da equipa de ‘threat intelligence’ na S21sec Portugal, Hugo Gomes, em comunicado.

Acreditamos que essas ações poderão não ser abertamente comunicadas pela Rússia, pois isso poderia levar a uma escalada nas reações e despoletar um conflito mundial” e, “para já, a maioria dos esforços centram-se na Ucrânia, mas com o passar do tempo poderemos vir a assistir a alguns cenários, com a ressalva que se tratam de possibilidades“, prossegue o responsável.

Entre esses cenários estão a “utilização de táticas ofensivas cibernéticas que permitam a retaliação sobre os mesmos setores em que a Rússia está a ser alvo de sanções internacionais; patrocínio camuflado de ciberataques, por parte da Rússia, a organizações e empresas de países da União Europeia, Canadá ou Estados Unidos da América através de grupos de cibercriminosos (como os grupos de ‘ransomware’ ou milícias digitais); ciberataques coordenados pelas agências de inteligência FSB ou GRU incidindo em infraestruturas críticas de países próximos à Ucrânia“, explica Hugo Nunes.

MAIS: Ataques financeiros online subiram 233% na pandemia

Estas ameaças são direcionadas a setores estratégicos europeus, onde o energético, telecomunicações, transportes e infraestruturas críticas “são os que apresentam um maior risco do ponto de vista da cibersegurança“, alerta a S21sec.

De acordo com o histórico, refere a empresa de serviços de cibersegurança, “desde 2014 há registos de ciberataques entre a Rússia e a Ucrânia, a começar, desde logo nesse mesmo ano, quando atacantes russos bloquearam os sistemas de telecomunicações na Crimeia“.

Em 2015 e 2016, ciberatacantes alegadamente patrocinados pelas Rússia atacaram empresas energéticas ucranianas e, em 2017, o ataque ‘ransomware’ NotPeya “que foi realizado pelas forças russas contra a Ucrânia teve rapidamente impactos significativos em todo resto do mundo“, aponta a S21sec.

Em 2018, “já várias agências de segurança internacionais alertavam para operações russas contra setores estratégicos e, no ano passado, vários grupos de cibercriminosos de origem russa realizaram campanhas contra organizações e entidades europeias“.

Na análise que “a S21sec tem vindo a efetuar acerca do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, foram já confirmados diversos ataques com ‘malware’ do tipo Wiper“, salienta.

Este tipo de ‘malware’ tem a capacidade de destruir os sistemas aos quais se dirige ou eliminar os dados existentes nos mesmos.

[Vídeo] Confira as principais notícias tecnológicas que marcaram a última semana #23

Na semana de 15 a 21 de Maio, a redacção da MenosFios lançou vários artigos que tiveram um grande engajamento por parte dos nossos seguidores, em todas as nossas plataformas digitais.

E são esses artigos que fazem a secção As Melhores Da Semana, contendo um vídeo totalmente interativo com o nosso “host” Sued De Oliveira.

 

A informação que dá conta que o nosso país conta com mais de 17 milhões de assinantes de telefonia móvel, bem como tem mais de sete milhões de utilizadores de Internet e mais de dois milhões de subscritores de televisão por assinatura Luanda, foi muito bem apreciada pelos nossos seguidores pelo que está presente nas melhores da semana.

Por outra, visto que boa parte dos nossos seguidores são jovens inovadores presentes no ecossistema de empreendedorismo digital, pelo que a noticia que dá conta que estão abertas a candidaturas para 2° edição do programa acelerador de startups LISPA JumpStart teve um grande “feedback” dos nossos leitores, por isso está presente no “As Melhores da Semana”, dessa semana.

De informar que o Top é de 5 notícias, pelo que para veres o vídeo completo terá que ires a nossa página oficial do Youtube, clicando em aqui.

E claro, podes ver o preview do vídeo completo acima, e não esqueça que na próxima semana teremos mais um “As Melhores da Semana”.

Então, isso é um Até Já!!!

Foste feito para o cinema e TV? O MultiChoice Talent Factory está a sua espera

A MultiChoice, líder em África no serviço de televisão por satélite, anunciou recentemente as candidaturas para a 5° edição do MultiChoice Talent Factory (MTF), o seu programa de formação em cinema e televisão de classe mundial que arranca em Outubro deste ano.

Segundo o comunicado de imprensa, na qual a redacção da MenosFios teve acesso, para a turma de 2022 a MultiChoice está a procura de 60 aspirantes a criadores de conteúdo de cinema e TV da África Austral, África Ocidental e África Oriental para o seu programa totalmente financiado pela empresa, com uma durabilidade de 12 meses.

As candidaturas estão aberta a todos os cineastas emergentes com alguma experiência na indústria ou qualificação pós-escolar relevante, para se candidatarem a esta excelente oportunidade de melhorar as suas competências de produção de televisão e cinema. O MTF é um programa que combina estudos de cinema, como direcção, design de som, o negócio do cinema, para citar alguns, com experiência no local de trabalho nas principais produções da M-Net.

Nessa edição de 2022, o MTF terá direcção de três novos directores de academia M-Net, nomeadamente Atinuke Babatunde (central da África Ocidental), Victoria Goro (central da África Oriental) e Christopher Puta (central da África Austral).

“Esta não poderia ser uma oportunidade mais emocionante para os criadores de conteúdo de cinema e TV africanos, afirmou a directora da Academia da África Ocidental, Atinuke Babatunde, citado na nota oficial.

MAIS: Combate a pirataria é destaque em Webinar organizado pela MultiChoice

O renomado director frisou ainda que “há tantas histórias no nosso continente que necessitam de ser contadas e documentadas com competência e paixão que apenas um programa como o da MTF Academy pode formar jovens para fazê-lo. Mal posso esperar para fazer parte desta jornada,”.

Por outro lado, a directora da Academia Oriental Victoria Goro liderará a Central da África Oriental da MTF, onde trás no seu currículo 31 anos de experiência em produção cinematográfica e como uma das especialistas em produção de documentários mais procuradas no Quénia.

“Como alguém apaixonado por formação e partilha de conhecimento, não há nada que possa igualar o nível de conhecimento e experiência prática que a Turma de 2023 irá obter. O facto do programa MTF resultar também na criação de empresas de produção por ex-alunos após a graduação, prosperando desse modo no auto-emprego, diz tudo o que necessita saber sobre o sucesso deste programa,” revelou Goro em comunicado.

O MultiChoice Talent Factory vem como uma forma da MultiChoice Africa mostrar que está empenhada em construir e sustentar o canal de formação para o emprego na indústria cinematográfica e televisiva de África, e onde essa iniciativa visa uma divisão 60/40 a favor das mulheres desde o seu início.

De acordo ainda com a MultiChoice Africa, além da formação prática que todos os alunos receberão como parte do programa, receberão ainda uma experiência melhorada de formação por parte das parcerias da Academia, que incluem a New York Film Academy (NYFA), a Henley Business School, a Dolby e a Canon, entre outros.

As candidaturas estarão abertas a partir de segunda-feira, 9 de Maio e terminam na sexta-feira, 3 de Junho de 2022, e podes fazer a tua clicando em aqui.

MUSSIKA: A plataforma que trás uma nova dinâmica de negócios em Moçambique

Nos últimos anos a vida digital tem trago uma infinidade de possibilidade para a sociedade, onde a partir da tecnologia é possível ter disponível tudo quanto as pessoas necessitam no dia-a-dia.

Foi tendo em base essas possibilidades, que um grupo de jovens empreendedores da província da Zambézia, em Moçambique, criaram a plataforma Mussika, que é um mercado digital que visa facilitar a troca de bens e serviços.

Palavra proveniente da língua Chuabo, uma das línguas originais do país, e que em português significa “Mercado”, o projecto está localizado no domínio MUSSIKA.CO.MZ, e foi pensado e criado pelo Centro de Estudos para o Desenvolvimento da Zambézia (CEPDZ), de modo a permitir que os agentes económicos possam expandir, através de uma aforma simples e fácil, os seus negócios, na medida em que estes interagem com os seus parceiros e clientes à velocidade de um clique.

O Mussika vem em um contexto em que o mercado moçambicano tem tido poucas ou nenhuma soluções de comércio electrónico de grandes dimensões, de modo a responder as principais preocupações locais.

Amigos que estão em Maputo e Nampula iam questionando, eu quero passar as férias na Zambézia, será que há locais para dormir? Podes enviar-me contacto de um táxi? Se tiver que fazer uma compra ou comer pode dar-me alguma indicação?. Então, essas questões, que eram colocadas por amigos residentes em Quelimane, influenciaram-nos, no sentido de tornar a situação numa oportunidade de negócios. Mussika surge como uma resposta a questionamentos de amigos e familiares que tinham intenção de visitar Zambézia“, disse Paulo Bonde, fundador da plataforma.

MAIS: Moçambique: Jovens lançam plataforma de compra e venda de artigos em segurança

Segundo ainda o founder, a plataforma Mussika tem como objectivo principal tornar as vida de vários moçambicanos muito mais fácil.

Eu não preciso entrar num aplicativo de restaurante, depois ir para um aplicativo de hóteis ou aplicativo de táxis. Quando entro no Mussika, tenho tudo de que preciso“, frisou Bonde.

A plataforma tem ainda as potencialidades da província da Zambézia, visto que a ideia é abranger, embora que de modo gradual, as riquezas de todo o Moçambique, permitindo assim que toda e qualquer pessoa, não importa onde esteja no mundo, tenha acesso ao aplicativo e poderá comprar/vender produtos e bens para um público diversificado.

Actualmente a Mussika já conta com mais de dez categorias, desde lojas de acomodação, táxi, arte, cultura, restaurantes, eventos, turismo, saúde e de outros serviços.

Ainda na sua abordagem, Paulo Bonde explicou que “num restaurante, o que acontece, de forma geral, é encontrar um cardápio, solicitamos e vemos o menu. Usando a plataforma, é possível entrar em contacto de forma digital com este serviço e solicitar o que o consumidor necessite, daí o provedor de serviço dá seguimento á reserva consoante aos pagamentos verificados”.

Com isso, as organizações governamentais e não-governamentais, além de músicos, artistas e escritores podem divulgar e promover os vários tipos de actividades para um vasto e abrangente mercado, criando assim uma plataaforma de intercâmbio.

Ataques financeiros online subiram 233% na pandemia

A taxa de ataques financeiros fraudulentos via online aumentou 233% entre 2019 e 2021, de acordo com a análise de 18 mil milhões de transações bancárias globais feita pela tecnológica portuguesa Feedzai, que é especializada em prevenção de fraude.

Segundo o Relatório de Crime Financeiro “The RiskOps Age”, da referida empresa, o número de burlas cresceu a um ritmo superior à taxa de transações online legítimas, o que representa um grande aumento substancial do risco.

Viver um estilo de vida digital traz um mundo de conveniência, mas também oferece um ambiente de baixo risco e elevada recompensa aos defraudadores”, disse Jaime Ferreira, vice-presidente de ciência de dados global da Feedzai.

Para chegar a essa conclusão, a Feedzaicomparou os dados de gastos e consumo antes e depois da pandemia de Covid-19, entre 2019 e 2021, e concluiu que, enquanto as transações online cresceram 65%, a taxa de ataques fraudulentos disparou 233%.

Um dos fenómenos identificados pela Feedzai foi o de “esconder à vista”, em que os criminosos tentam passar despercebidos em ambientes onde há um grande volume de transações de baixo valor cada, o que não chama a atenção.

Nas plataformas de entretenimento digital, que experimentaram um salto exponencial por causa do confinamento, a subida dos ataques fraudulentos entre 2019 e 2021 foi de 794%.

É o ambiente perfeito para os defraudadores se esconderem – num número maciço de transações de baixo valor”, frisou Jaime Ferreira, acrescentando que, quanto maior o número de transações, maior a oportunidade dos defraudadores para testarem o uso de cartões roubados e outros esquemas sem levantar suspeitas.

Os consumidores e os bancos precisam de prestar atenção a essas pequenas transações fraudulentas, antes de se transformarem em grandes montantes”, alertou.

As tendências aceleradas pela situação pandémica, incluindo a mudança das transações em pessoa para transações online, vieram aliar-se à abundância de dispositivos e contas que cada pessoa tem, o que cria grandes quantidades de dados.

Os bancos podem usar esses pontos de informação para criarem serviços mais personalizados, mas o risco de fraude aumenta em proporção.

Este é o momento de ligar equipas e dados para prevenir fraude e oferecer melhores experiências ao cliente”, considerou Jaime Ferreira.

No que toca a métodos, a fraude mais usada foi a invasão de conta (account takeover), seguida da aplicação de esquemas de engenharia social e de compras fraudulentas (em que os consumidores pagam por produtos ou serviços que nunca lhes são entregues).

A usurpação de identidade e os esquemas de ‘smishing’ completam o top cinco, sendo este último um tipo de fraude que chega por mensagem de texto com hiperligações perigosas.

Jaime Ferreira mencionou um indicador interessante que adveio da análise aos dados do Reino Unido — onde as fraudes bancárias são 50% mais comuns via computador, telefone ou em pessoa que via aplicação móvel.

Podemos estar viciados nos nossos aparelhos móveis, mas os defraudadores não são tão bem-sucedidos por esse meio”, indicou o responsável. O facto de que os ataques foram 50% mais comuns quando os consumidores britânicos acederam ao banco via computadores, telefones ou em pessoa é uma indicação clara de que o dispositivo móvel é mais seguro no que toca ao acesso bancário”.

Ferreira considerou que os consumidores “devem ser encorajados a usar aplicações móveis seguras ao invés dos seus computadores”.

Para prevenir ataques de engenharia social, que são os segundos ataques mais usados, a Feedzai avisa os utilizadores que não devem abrir nem seguir hiperligações enviadas por email ou SMS, devem ter os seus dispositivos actualizados, usar autenticação de dois fatores e evitar fornecer informação pessoal ou sobre o empregador a terceiros.