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Segunda-feira, Agosto 25, 2025
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Clubhouse é a rede social do futuro ou é a moda do momento?

Nós últimos tempos as redes sociais como o Facebook, WhatsApp, Twitter, SnapChat entre outros, têm dominado as redes sociais acabando por ficar com uma grande quota do mercado internacional em detrimento das outras existentes, mas a cada dia que passa, novas redes sociais surgem, algumas acabam por firmar-se no mercado, outras nem por isso.

Recentemente os grande supracitados, foram confrontados com um novo player no mercado que é o Clubhouse, e como se diz na gíria em Angola “Está na moda” para os usuários da Apple, que neste momento são os únicos que tem acesso a essa aplicação.

Exemplo de uma pagina inicial no ClubHouse a direita, e a esquerda uma sala de conversa.

Diferenciação

Os demais aplicativos que já existem no mercado permitem os utilizadores troca de mensagem de texto, fotos, áudio, criação de grupos, stories, demais recursos, mas o Clubhouse trouxe um conceito totalmente diferente, uma rede social de voz, onde o único recurso de comunicação entre os utilizadores é a conversação por voz em tempo real.

Privacidade e segurança

Todas as redes sociais tem as suas políticas de privacidade e segurança, mas relativamente ao Clubhouse, até ao momento, a mesma procura manter as conversas dentro da aplicação, afastando assim a possibilidade das conversas existentes nas “Salas” de conversas, acabarem fora. A aplicação tem varias regras de utilização, e algumas delas são:

  • Para se ter acesso a aplicação, tens de ser convidado por algum utilizador, caso não fores convidado, e decides registrar-se na aplicação um dos utilizadores que já está na aplicação terá de te aceitar na aplicação para que possas ter acesso.
  • Caso um dos utilizadores que convidaste ou aceitaste na aplicação chegue a violar as regras, ambos podem ser banidos  da aplicação (Expulsos).
  • Não é permitido aos utilizadores efetuarem uma gravação da tela em vídeo da conversa, portanto o que é abordado dentro da plataforma, morre dentro da rede social.

Concorrência 

A chegada do Clubhouse de certeza que despertou a concorrência, já há rumores a circular que alguns dos grandes estão a implementar recursos idênticos existentes nessa plataforma, e recentemente o Twitter acabou por disponibilizar um novo recurso denominado “Twitter Spaces“, que é o mais recente novo concorrente do Clubhouse.

Essa é a rede social é para quem gosta de conversar e partilhar as ideias em tempo real, portanto acaba por ser o sinónimo do futuro caso a maioria das plataformas acabam por adaptar-se, e se a plataforma acabar por chegar ao sistema Android, que tem a maior quota do mercado no que concerne a smartphones, então pode acabar por ditar as regras das redes sociais no futuro.

Evento Viva Techtour abordará sobre as tendências do ecossistema tecnológico africano

A Viva Technology em parceria com a Seedstars Africa Ventures estão a reunir especialistas para discutir o estado e as tendências do ecossistema tecnológico africano nos dias de hoje.

O evento está marcado para amanhã (11 de Março , 11 Horas – Hora de Angola) e as inscrições são gratuitas: https://seedsta.rs/3sNtenF.

O Viva Technology é um dos maiores evento Startups da Europa. A quinta edição terá lugar de 16 a 19 de Junho de 2021, em Paris, , com transmissão online.

Juntamente com a Seedstars, uma holding de investimento sediada na Suíça com a missão de impactar a vida das pessoas nos mercados emergentes através da tecnologia e do empreendedorismo, a Viva Technology está a dedicar um episódio online para falar sobre o ecossistema tecnológico africano.

Este próximo evento faz parte da VivaTech Tour, uma revista semanal online criada para descobrir os mais vibrantes centros de startups do mundo, para se ligar e discutir com os principais actores globais da inovação, e para promover a colaboração em todo o ecossistema tecnológico.

Tópicos em debate

A sessão cobrirá as percepções do mercado, discutindo as tendências do mercado em África; a tomada de posição de um perito nas mais promissoras startups regionais a ter em conta; e finalmente, demonstrações e lançamentos de excitantes inovações africanas. Seedstars Africa Ventures, o fundo pan-africano para a fase inicial, anunciará novos e importantes compromissos de capital para o cenário de inovação do continente.

Veja a lista de oradores

Para mais informações sobre a próxima sessão, visite o site oficial.

Abertas as inscrições para a maior competição do mundo em inovação

Com mais de 100 mil inscrições de projectos, de 187 países, o Campeonato Mundial de Empreendedorismo 2020 deixou uma marca interessante, com vitória da TurtleTree Labs de Singapura, que arrecadou 500 mil USD.

Agora, para 2021, estão abertas as inscrições para a maior competição do mundo em inovação. O Campeonato Mundial de Empreendedorismo ou Entrepreneurship World Cup (EWC), maior ecossistema global do segmento, recebe inscrições de 08 a 26 de Março de 2021. A iniciativa que combina uma competição de pitch com acesso a uma plataforma global com recursos de treinamento virtual, mentoria, conexões valiosas, possibilidade de investimento e uma série de oportunidade de prémios que mudam vidas, é gratuita e está aberta para todas as pessoas que possuem uma equipa e um projeto de inovação, seja ele em estágio de ideação ou de crescimento.

Objectivos do concurso

O programa visa estimular qualquer pessoa, em qualquer lugar, a dar início ou expandir um negócio, e promover uma colaboração transfronteiriça entre empresários, investidores, pesquisadores, formuladores de políticas e organizações de apoio ao empreendedor. Possibilitará ainda aos candidatos apresentarem as suas ideias para o mundo, e aos vencedores globais, lhes serão oferecidos US $ 75 milhões em prémios divididos em várias premiações, desde treinamentos, recursos, conexões, orientações, oportunidades de investimento, aceleração e um total de US $ 1 milhão em dinheiro para os vencedores do campeonato e das diferentes categorias.

Em Angola, é organizado pela primeira vez pela Acelera Angola, instituição que tem como missão contribuir para o crescimento económico e tecnológico do ecossistema de empreendedorismo, apoiando e investindo no desenvolvimento de pequenos negócios que estejam em fase inicial e não só, com potencial para o crescimento e diversificação da Economia, ajudando-os a obter investimento ou a atingir o seu ponto de equilíbrio, para que se possam lançar no mercado e se auto sustentar, visando inspirar e empoderar os empreendedores e promover o talento angolano.

Segundo a equipa de Organização do evento, a importância de participar de um evento dessa dimensão: “Vai permitir destacar o espírito de resiliência na apresentação de ideias inovadoras e transformadoras que terão acesso a uma rede global de contactos e oportunidades, que poderão permitir alcançar a escala de outro tipo de recursos e possivelmente colocar Angola no mapa mundial com alguns vencedores através de iniciativas de inovação e empreendedorismo com impacto. Será a primeira edição e queremos desafiar a todos para inscrição e acompanhar o concurso.”

O Campeonato Mundial de Empreendedorismo é organizado em parceria com a Misk Global Forum, Global Entrepreneurship Network (GEN) e o apoio de parceiros globais como a Global Educational and Leadership Foundation (tGELF) e um grupo de outros parceiros regionais e nacionais.

Inscrições abertas

A inscrição para o campeonato pode ser feito acessando o site oficial do concurso: https://entrepreneurshipworldcup.com/

Tecnologia: como a Inteligência Artificial afecta a experiência de apostadores desportivos

As apostas desportivas fazem parte da vida dos torcedores mundiais e, a pouco e pouco, o avanço tecnológico tem melhorado sua experiência desta atividade. Compreenda como a Inteligência Artificial (IA) altera a experiência dos apostadores desportivos.

Desde meados do século XX e até nossos dias, o avanço da tecnologia tem sido uma prioridade e isso é visível em vários aspetos da vida quotidiana.
Quando começou a ser falado o conceito de Inteligência Artificial (IA), vários filmes de ficção científica discutiram e levaram a uma análise mais crítica sobre as formas como o digital poderia ou não substituir o humano tornando-se inteligente.
De fato, há algumas décadas, a ideias de que a IA estaria presente em nossos dias de forma quase obrigatória não parecia real. Hoje, ainda assim, é quase impossível dar um passo sem nos depararmos com uma demonstração desse tipo de recurso.
A introdução da IA em nossas vidas decorreu de uma forma bastante subtil. Os motores de busca da Internet começaram a completar nossas fases, nosso GPS começou a nos sugerir rotas e os anúncios na Web começaram a nos mostrar aquilo que procuramos ou os artigos que nos interessam.
Os dados dos usuários, bem como seu rastro pelo meio digital, permitiram que o contacto e a interação entre humano e máquina ficasse com margens mais finas, criando maior interatividade e personalização.
Alguns websites, como Betway, não ficaram de fora na integração desses novos meios e, por isso, quando falamos de IA, estamos também falando de novas possibilidades ao nível dos jogos de azar, incluindo casinos digitais e apostas desportivas.
Essa integração mudaria para sempre a forma como os apostadores interagem com plataformas como Betway. Entenda porquê.

Websites de apostas desportivas e a IA

A IA modificou por completo a experiência que os apostadores têm quando visitam este tipo de website, na medida em que tornou toda a experiência mais personalizada, mais imediata e mais realista.
Com esse tipo de integração, não só os bónus e ofertas de espaços como Betway apostas desportivas começaram a corresponder mais à procura de seus usuários, como também opções Ao Vivo se tornaram mais simples e mais comuns.
Para os apostadores, além dessas grandes vantagens trazidas pelos recursos de IA se somou ainda a possibilidade de acessarem serviços de suporte muito mais completos e imediatos, usualmente com funcionamento permanente de 24/7 devido aos sistemas automatizados.

Alargamento do espetro de possibilidades

Relacionado com a IA e com outros avanços tecnológicos, os apostadores ganhariam, ainda, com a disseminação tecnológica e eletrônica, a possibilidade de experimentar todo o mundo dos desportos e das apostas de forma mais interessante e permanente.
Não só o número de modalidades disponíveis se tornou mais vasto, passando a integrar opções como os e-Sports, como também a possibilidade de colocação de apostas ficaria mais livre e ampla, com a criação de aplicativos que permitem aos apostadores colocarem as suas apostas em qualquer local e a qualquer hora.
Assim, a integração dos avanços digitais modificou muito a experiência dos apostadores desportivos no meio online.

Acesso à internet duplica para 76% em Cabo Verde

O acesso e a utilização da internet tem vindo a aumentar nos últimos anos em Cabo Verde, passando de 32% em 2014 para 70% em 2018, estimando-se que atualmente seja de 76%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas.Em quatro anos o acesso à internet aumentou de 32% em 2014 para 70% em 2018 e, segundo o Instituto Nacional de Estatistica (INE) cabo-verdiano, estima-se que 76% da população tenha acesso à internet, principalmente através dos telemóveis. Os dados constam dos resultados do módulo sobre o acesso e consumo da comunicação social do Inquérito Multi-Objetivo Contínuo (IMC) de 2018 do INE, que entrevistou 6.143 indivíduos com idade de 15 anos ou mais, entre outubro e dezembro do mesmo ano.

Os dados definitivos do inquérito reafirmaram que a televisão é o meio de comunicação mais acessível dos cabo-verdianos, com 85% da população com acesso em casa, sendo que 24% têm acesso por assinatura (multicanais).

Segue-se a rádio com 46% da população com acesso em casa, prosseguiu o instituto cabo-verdiano, que informou que o acesso ao computador, seja ele portátil (‘laptop’) ou de mesa (‘desktop’) ou ‘tablet’/’iPad’) tem vindo a aumentar ao longo dos anos e, em 2018, estimava-se que 39% da população residia num agregado com pelo menos um computador. Em sentido contrário, o telefone fixo tende a entrar em desuso, dando lugar aos telemóveis. Cerca de 19% tem acesso a um telefone fixo e aproximadamente 97% da população de 15 anos ou mais tem um telemóvel em Cabo Verde.

Em sentido contrário, o telefone fixo tende a entrar em desuso, dando lugar aos telemóveis. Cerca de 19% tem acesso a um telefone fixo e aproximadamente 97% da população de 15 anos ou mais tem um telemóvel em Cabo Verde.

De acordo com os resultados do IMC de 2018, a televisão é eleita como o principal meio de comunicação para aceder a informações sobre o que se passa no país e no estrangeiro, com 82% da população a elegê-la como o meio de comunicação mais utilizado. Seguem-se as redes sociais com 42%. “É de realçar que as redes sociais são o meio de comunicação com maior expressão entre os mais jovens (66% entre os de 15-24 anos)”, salientou o INE.

Seguem-se as redes sociais com 42%. “É de realçar que as redes sociais são o meio de comunicação com maior expressão entre os mais jovens (66% entre os de 15-24 anos)”, salientou o INE.

Já a rádio segue na terceira posição com 33%, sendo o meio de comunicação mais utilizado pelo público masculino (41%, contra 26% entre as mulheres) e um público mais adulto (44% da população com 45-64 anos).

Os jornais online são a preferência de 11% da população, com maior expressão na população urbana (13%, contra 6% da rural), na população masculina (13% contra 9% entre as mulheres) e na população adulta, 25-44 anos (17%).

Impacto da exaustão de endereços IP em África & Penetração da taxa de internet em Angola

Como sabemos, no mundo da Internet todos os dispositivos têm um endereço IP. Na verdade, não é nada mais nada menos do que um número de identificação. Qualquer dispositivo para navegar na Internet tem o seu endereço IP único para enviar e receber informações. IP é a sigla de Internet Protocol ou, em português, Protocolo de Internet. Trata-se do endereço na rede, ou seja, o dado necessário para que as ligações da internet sejam estabelecidas.

Muito se fala na digitalização, IoT, Machine learning, AI, etc. É importante darmos um passo atrás e percebermos que até então tudo se resolvia com o IPv4, ou melhor dito, IP versão 4. Estes endereços são atribuídos por uma entidade denominada AFRINIC (African Network Information Centre) que por sua vez reporta a uma entidade superior denominada IANA (Internet Assigned Numbers Authority).

A AFRINIC https://www.afrinic.net é a entidade responsável pela alocação/atribuição de endereços IP no continente Africano. A atribuição destes endereços é apenas feita após justificação plausível por parte de ISP’s (Provedores de Internet), IXP’s (pontos de troca de tráfego), empresas no ramo de IT, Universidades etc.

Infelizmente os endereços que “antes” eram suficientes para atender as necessidades do continente e no mundo estão a esgotar-se. O único continente com IP(s) disponíveis ainda no mundo é o continente Africano. Entretanto e de acordo com a imagem 1.0 conseguimos ver que a exaustão está prevista para 2021. Assim sendo, existe a forte necessidade de implementarmos e oferecemos aos clientes finais o IPv6, ou seja, a versão IP mais recente.

Está versão (IPv6) vai permitir que mais dispositivos se interliguem a internet e de certa forma vai garantir a transição da versão anterior (IPv4) para a nova versão (IPv6) sem grandes problemas e dificuldades técnicas.

A titulo exemplar e usando a LAN (local area network) em ambiente residencial, tal como
ilustrado na imagem 1.1 o meu ISP (Provedor de Internet) na Holanda, entrega-me em CPE (casa) somente IPv6, com mecanismo de tradução para poder pesquisar sites ainda na versão IPv4 como por exemplo: 464XLAT. O motivo de receber diretamente IPv6 por parte do meu Provedor de Internet é porque a RIPE (entidade responsável por alocações de endereços IP na Europa) esgotou os seus endereços IPv4 no dia 25-11-2019 conforme artigo publicado na comunicação social que pode ser visualizado clicando aqui.

Como também podemos ver na frase abaixo, todos sistemas autónomos são devidamente
notificados regularmente antes e após exaustão para que os mesmos não sejam apanhados de surpresa: RIPE: Our announcement will not come as a surprise for network operators – IPv4 run-out has long been anticipated and planned for by the RIPE community. Resumindo, é importante vermos que algumas operadoras móveis e fixas em Angola já estão a testar IPv6, conforme podemos ver na imagem 1.2.

A partir do momento que as operadoras de rede fixa ou móvel implementem a versão IPv6, os seus clientes poderão aceder a sites que hoje infelizmente não conseguem em Angola
como por exemplo:

Esperamos ter boas notícias quanto a implementação do IPv6 no evento anual organizado pelo AOPF (Angolan Peering Forum) & AONOG (Angolan Network Operators Group) em finais de 2021, e caso queira participar clique aqui.

Quais são as taxas atuais de penetração da internet em Angola em comparação com outros países africanos?

Para uma melhor contextualização sobre a taxa de penetração de Internet em Angola
poderemos consultar os dados da Internet World Stats (imagem 1.3).

O continente Africano registou um crescimento de aproximadamente 13.898% no que concerne a utilização a Internet entre 2000 – 2020. Um ponto bastante promissor e associado a uma taxa de penetração de 47.1% sobre o total da população.

Numa visão geral, África ainda continua a ser o continente com menos conectividade submarina, bem como inter-conectividade terrestre entre os países que compartilham fronteira. A título comparativo e pegando em alguns mercados Africanos como Gana, Nigéria, Ruanda e África do Sul, ilustramos na imagem 1.4 dados estatísticos referentes a países chave do continente vs Angola.

Se olharmos para a tabela acima vemos que apesar da população do Ruanda ser a menor em relação aos demais – o crescimento da Internet entre 2000 -2020 é bem superior aos restantes. Excluindo por uns momentos a África do Sul por ser o mercado mais maduro da tabela acima, Angola foi o país que entre 2000 – 2020 teve o menor crescimento na utilização da Internet 29,835%. Também podemos aferir da imagem 1.4 que claramente a Nigéria e a África do Sul são os países com maior “Internet users” não só pela sua magnitude populacional, mas também pelo facto de serem os mercados mais maduros.

Até que ponto, projetos de empresas como a Google, Facebook, Space X podem contribuir para transformar a internet em um direito universal?

Este é um tema bastante pertinente e complexo. Maioritariamente porque a Internet é um
mundo de redes e sistemas autónomos. Estes sistemas autónomos controlam e gerem a sua rede de acordo com as suas próprias políticas.

Projetos como o da Google, Facebook e Space X são bastante interessantes pois preenchem uma gap na cadeia de valor que anteriormente não estava assegurado. Se os mesmos vão tornar a Internet num direito Universal, acredito que ainda seja prematuro ter esta abordagem, mas certamente os mesmos terão de respeitar alguns princípios básicos da Internet pois existe sempre a questão do interesse comercial.

A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou em 2011 que o acesso a Internet é um
direito humano. Mas até lá devemos seguir os seguintes pontos:

  • A – Liberdade, privacidade e direitos humanos:  O uso da Internet deve guiar-se pelos princípios de liberdade de expressão, de privacidade do indivíduo e de respeito aos direitos humanos, reconhecendo-os como fundamentais para a preservação de uma sociedade justa e democrática.
  • B – Governança democrática e colaborativa: A governança da Internet deve ser exercida de forma transparente, multilateral e democrática, com a participação dos vários sectores da sociedade, preservando e estimulando o seu caráter de criação coletiva.
  • C – Universalidade:  O acesso à Internet deve ser universal para que ela seja um meio para o desenvolvimento social e humano, contribuindo para a construção de uma sociedade inclusiva e não discriminatória em benefício de todos.
  • D – Diversidade: A diversidade cultural deve ser respeitada e preservada e a sua expressão deve ser estimulada, sem a imposição de crenças, costumes ou valores.
  • E – Inovação: Devemos sempre promover a contínua evolução e ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e acesso.
  • F – Neutralidade da rede: Filtragem ou privilégios de tráfego devem respeitar apenas critérios técnicos e éticos, não sendo admissíveis motivos políticos, comerciais, religiosos, culturais, ou qualquer outra forma de discriminação ou favorecimento.
  • G – Inimputabilidade da rede: O combate a ilícitos na rede deve atingir os responsáveis finais e não os meios de acesso e transporte, sempre preservando os princípios maiores de defesa da liberdade, da privacidade e do respeito aos direitos humanos.
  • H – Funcionalidade, segurança e estabilidade: A estabilidade, a segurança e a funcionalidade globais da rede devem ser preservadas de forma ativa através de medidas técnicas compatíveis com os padrões internacionais e estímulo ao uso das boas práticas.
  • I – Padronização e interoperabilidade: A Internet deve basear-se em padrões abertos que permitam a interoperabilidade e a participação de todos em seu desenvolvimento.
  • J – Ambiente jurídico e regulatório: O ambiente jurídico por sua vez, deve, por meio de regulação adequada, preservar a dinâmica da Internet como espaço de colaboração.

Por fim, se empresas como Google, Facebook, Space X ou qualquer outra respeitar todos esses pontos, então vejo como bom indicador para tornar a Internet como direito universal.
Paralelamente, estas entidades têm desenvolvido projetos nos últimos anos que são tecnologicamente “state of the art”. Um grande exemplo é a construção do sistema submarino 2AFRICA por parte do Facebook que vai cobrir 23 países na costa Este e Oeste Africana com 37,000km de extensão, capacidade de 180Tbps, e 16 pares de fibra, incluindo a nova tecnologia SDM (Spatial Division Multiplexing).

Banco Nacional de Angola desmente rumor sobre ataque cibernético

O país tem registado uma onda de ataques cibernéticos contra às instituições públicas. O caso mais recente afectou o Ministério das Finanças de Angola, cuja plataforma tecnológica de apoio às suas actividades com acesso aos emails e pastas partilhadas foi alvo de um ataque cibernético.

Na semana passada esteve a circular pelas redes sociais, informações de que o Banco Nacional de Angola foi alvo de um ataque cibernético. Com o intuito de repor a veracidade dos factos, o BNA emitiu um comunicado a informar o público em geral que a informação posta a circular é falsa, e que em momento algum foi registado qualquer incidente informático.

O BNA informou ainda que, no âmbito da execução do programa de manutenção preventiva e corretiva do sistema de informação de forma regular e continua, o Banco Nacional de Angola tem levado a cabo acções pontuais de manutenção visando garantir as atualizações recomendadas pelas boas práticas internacionais para o incremento dos mecanismos de segurança do referido sistema.

Maior cabo submarino do continente africano vai pousar na Namíbia

A Paratus e a Telecom Namibia assinaram um acordo inédito para pousar o cabo submarino Equiano, na Namíbia. O cabo proporcionará às redes namibianas e aos seus clientes maior capacidade, possibilitando mais opções de produtos que podem estimular o crescimento económico e apoiar um sector de telecomunicações competitivo.Em 2019, o Google anunciou pela primeira vez que o seu projecto de cabo submarino, Equiano, conectaria a África com a Europa, percorrendo a costa oeste da África, entre Portugal e a África do Sul. O cabo Equiano do Google incorpora nova tecnologia que permite aproximadamente 20 vezes mais capacidade de rede do que o último cabo construído para atender esta região e oferece flexibilidade para adicionar e realocar capacidade em diferentes locais conforme necessário.

O CEO do Paratus Group, Barney Harmse explicou, “Este é um marco importante para a Paratus. Estamos honrados por co-investir com a Telecom Namibia no projecto de cabo submarino Equiano porque isso corresponde aos nossos objectivos de fornecer conectividade ilimitada e construir uma rede de qualidade da África com toda a capacidade de Internet de que precisa.”

A Paratus com a sua rede estendida fornece um serviço focado em conectividade via satélite em 22 países africanos e 4000 conexões via satélite adicionais em todo o continente. A capacidade adicional oferecida pelo cabo Equiano, o maior do continente africano, fortalece ainda mais a presença da Paratus SADC e a conexão de rede europeia, bem como a estratégia de crescimento de longo prazo da operadora.

“Esta colaboração afirma que as parcerias estratégicas entre os provedores de redes locais irão promover muito o crescimento económico e a transformação digital, ao mesmo tempo que acelera a participação da Namíbia na Quarta Revolução Industrial. Temos muito orgulho de ser um investidor na filial da Namíbia ”, disse o CEO da Telecom Namibia, Dr. Stanley Shanapinda.

A cooperação entre a Paratus e a Telecom Namibia reflete o espírito e os objectivos da Lei das Comunicações, conforme previsto pelo governo namibiano. A colaboração de operadoras locais  está a provar que os benefícios da cooperação são de longo alcance, não apenas para os clientes, mas também para todo o mercado de TIC na Namíbia e além.

Gana está a usar drones para entregar vacinas

A Zipline, uma startup com sede em São Francisco (EUA), encontrou uma solução para facilitar a distribuição de vacinas contra a covid-19 nos países menos desenvolvidos e em zonas mais remotas.

A empresa está a utilizar drones para a entrega de vacinas no Gana, tendo desenvolvido uma aplicação para o efeito para que os médicos possam acompanhar as encomendas da vacina. O processo teve início no passado dia 2 de fevereiro, dia em que foram entregues 4.500 doses nas comunidades rurais da região de Ashanti.O objectivo da parceria entre o governo do Gana e a Zipline, anunciada no dia 26 de fevereiro – dois dias após a chegada das vacina em Acra – é melhorar a agilidade e o acesso dessas preciosas vacinas, por meio da entrega sob demanda, mesmo das mais difíceis. áreas de alcance em Gana.

É com os programas de vacinação contra a Covid-19 em andamento que começam a ser encontradas dificuldades em fazer chegar vacinas a países menos desenvolvidos e a zonas remotas. Os drones reduzem para cerca de 30 minutos o tempo de entrega que, para alguns hospitais, poderia ser de 5 horas se a distribuição fosse feita por transporte rodoviário.

Até o momento, a Zipline Gana distribuiu mais de um milhão de  doses de vacinas e muitas delas em partes do país que são difíceis de alcançar por terra ou que lutam com cadeias de frio não confiáveis. Ao fornecer entrega sob demanda usando drones, o governo não só é capaz de alcançar mais pessoas, mas também de maneira mais eficiente.

O  Ruanda foi o primeiro mercado em que a Zipline entrou em África. Agora, conta com um total de 6 centros de distribuição no Ruanda e no Gana, que permitem fazer entregas em 2500 unidades de saúde.

Índice Digital de Qualidade de Vida 2020

Uma pesquisa sobre a qualidade do bem-estar digital realizada em 85 países (com cerca de 81% da população mundial). Um estudo que indexa os países observando cinco pilares fundamentais que definem a qualidade de vida digital.

  1. Acessibilidade da Internet
  2. Qualidade da internet
  3. Infraestrutura Electrônica
  4. Segurança Electrônica
  5. Governo Electrônico

O Índice de Qualidade de Vida Digital revelou percepções sobre quais factores tangíveis têm o maior impacto no bem-estar digital dos países que fizeram parte da ánalise e quais áreas devem ser priorizadas para melhorar seu potencial.

Os principais países com a mais alta qualidade de vida digital

Os países escandinavos se destacam por oferecer bem-estar digital de alta qualidade aos seus cidadãos. Ao mesmo tempo, 7 entre 10 países com o maior qualidade de vida digital estão na Europa, isso reflete um forte desenvolvimento na maioria dos aspectos que influenciam a qualidade de vida das pessoas. Segue o top 5 dos principais países:

  1. Dinamarca
  2. Suécia
  3. Canadá
  4. França
  5. Noruega

Embora o PIB de cada nação tenha uma forte correlação com a qualidade de vida digital, há países que apresentam melhor qualidade de vida digital com PIB menor do que o esperado. Segurança electrônica, infraestrutura electrônica e governo electrônico têm uma correlação mais significativa com a qualidade de vida digital do que o PIB. Isso prova o potencial de nivelar o bem-estar digital com menos recursos e planejamento estratégico mais focado.

13 países (Azerbaijão, Bulgária, China, Croácia, Grécia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malásia, Polônia, Romênia, Eslováquia, Uruguai) de 85 excedem a qualidade de vida digital esperada ao superar outros no fornecimento de níveis mais altos de segurança electrônica e conectividade de Internet mais acessível.

Estudo destaca que, 3 países no Oriente Médio (Bahrein, Kuwait, Arábia Saudita) com PIB per capita relativamente alto estão a ter um desempenho insatisfatório no fornecimento de melhor bem-estar digital para os seus cidadãos devido aos baixos níveis de qualidade da Internet e segurança electrônica.

Países líderes em cada um dos cinco pilares

  • Acessibilidade da Internet: Israel, Canadá e Azerbaijão.
  • Qualidade da internet: Singapura, Suécia e Países Baixos.
  • Infraestrutura Electrônica: Emirados Árabes Unidos, Suécia e Dinamarca.
  • Segurança Electrônica: Reino Unido, França e Lituânia.
  • Governo Electrônico: Singapura, Reino Unido e EUA.

A acessibilidade da Internet desempenha um papel importante, mas tem uma correlação notavelmente menor com a qualidade de vida digital, do que os outros pilares. Por exemplo, a Internet é menos acessível em alguns países do sul ou do leste europeu, mas as pessoas ainda desfrutam de uma qualidade de vida digital acima da média. Curiosamente, a acessibilidade não depende da qualidade da conectividade, nem do nível de desenvolvimento da infraestrutura electrônica.

Globalmente, em média, é necessário trabalhar 3 horas e 48 minutos para pagar a internet de banda larga mais barata, enquanto o tempo médio de trabalho necessário para pagar o 1 GB de dados móveis mais barato é de 10 minutos.

A estabilidade da infraestrutura da Internet se tornou de importância crucial durante a crise da Covid-19, quando as videoconferências substituíram as reuniões ao vivo. Consequentemente, impactou a qualidade de vida digital das pessoas e durante o primeiro mês do bloqueio, 49 dos 85 países experimentaram uma deterioração das velocidades de internet móvel e 44 de conexão de banda larga.