Em Março de 2020, o surto da COVID-19 já havia atingido mais de 100 países e foi oficialmente designado como pandemia. O mundo luta contra esse vírus sem precedentes há um ano. Além dos seus efeitos óbvios na saúde dos indivíduos e nas economias de países inteiros, a propagação da doença desencadeou mudanças repentinas e radicais na vida diária de milhões de pessoas.
O trabalho e o estudo foram transferidos para casa, e a videoconferência substituiu as reuniões sociais e de negócios. A mudança massiva online apenas exacerbou as preocupações com a cibersegurança. A principal mudança no processo de trabalho provavelmente foi a transição forçada para o trabalho em casa.
Muitas empresas não forneceram a seus funcionários equipamentos corporativos. Em vez disso, permitiram que a equipe trabalhasse e se conectasse à infraestrutura de TI do escritório a partir de dispositivos domésticos, que em muitos casos são mal protegidos. De acordo com a pesquisa da Kaspersky, cerca de 68% dos entrevistados trabalhavam em casa e usavam os seus computadores pessoais.
Os trabalhadores remotos também usavam os seus dispositivos pessoais para entretenimento, como jogos online (31%) e assistiam filmes online (34%). No entanto, muitos também usaram laptops e smartphones da empresa para fins “não-corporativos”. Por exemplo, 18% dos entrevistados os usaram para visualizar conteúdo adulto.
Os cibercriminosos exploraram activamente o crescente interesse no entretenimento online, tentaram atrair os usuários a sites falsos e persuadi-los a baixar malware disfarçado em filme ou arquivo de instalação. Um total de 61% dos usuários pesquisados admitiram que baixaram software de sites de torrent, 65% usaram esses sites para música e 66% para filmes.
Os cibercriminosos não inventaram nenhum esquema de ataque fundamentalmente novo durante este ano de pandemia, mas exploraram activamente o tema COVID-19. E, como o trabalho passou para o ambiente online para muitas pessoas, o número de ataques online aumentou.
Para evitar se tornar uma vítima, recomenda-se algumas dicas universais:
- Não clique em links de estranhos ou baixe arquivos de e-mails se não tiver certeza de que pode confiar no remetente;
- Use dispositivos corporativos e software aprovados pela empresa para o trabalho e configure programas e dispositivos adequadamente;
- Peça ao seu empregador para instalar uma proteção confiável nos dispositivos da empresa e fortalecer a segurança do seu próprio computador pessoal e smartphone.





Ao proceder, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, ao lançamento de um programa de sensibilização sobre ataques cibernéticos, para a segurança e protecção de dados, Manuel Homem lembrou que “os crimes cibernéticos são um tema actual e preocupa a sociedade”, numa altura em que a utilização das tecnologias de informação vem crescendo devido à pandemia da Covid-19, que impulsionou a sua utilização a nível mundial.

A internet se tornou uma parte essencial da vida moderna, mesmo havendo lugares em que as pessoas não possuem o acesso tão facilitado, mas hoje em dia existem organizações que ajudam na sua melhor distribuição bem como a definição de politicas para o seu melhor funcionamento e governação. Estas instituições são chamadas de RIRs
Para isso, é preciso assegurar preços mais acessíveis e competências para todos os segmentos da sociedade, diz o Banco Mundial, sublinhando o potencial das tecnologias digitais na economia informal, a “mais importante fonte de renda e criação de emprego” na região.

