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Quarta-feira, Agosto 27, 2025
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Dirigentes defendem aposta em infraestrutura para a soberania tecnológica de África

Os líderes africanos, que participaram na edição de 2024 do Angotic, foram unânimes a afirmar que é preciso um investimento mais robusto para aumentar a inclusão digital e soberania tecnológica dos africanos.

Para os dirigentes, o continente africano depara-se com uma baixa penetração da internet, situada, em média, à volta dos 49,5%, de acordo com a Statista, plataforma alemã que mede os planos de internet.

África tem também de superar o desafio no acesso a equipamentos tecnológicos, nomeadamente telemóveis, que permitem estar conectado à rede global. Para Félix Mutati, Ministro da Ciência e Tecnologias da Zâmbia, deve-se apostar no capital humano africano para potenciar “a soberania tecnológica de África” e impulsionar o desenvolvimento económico.

No seu discurso no principal evento de tecnologia de Angola, o diplomata reitera ainda que os líderes africanos devem continuar a traçar políticas que impulsionam a inclusão e acesso às novas tecnologias.

A Zâmbia está a contar com o apoio da Starlink para aumentar a inclusão e democratizar a internet“, disse Félix Mutati, acrescentando que os países no continente têm de criar espaço para a entrada de parceiros privados no sector já que “as tecnologias, principalmente a Inteligência Artificial, são comboios em alta velocidade, que África não deve deixar passar“.

A Starlink, projeto da SpaceX de Elon Musk, que desenvolve a constelação de satélites de baixo custo, está disponível naquele país desde o último trimestre de 2023.

Os africanos têm também de criar tecnologias mais adaptadas à forma de ser e estar do africano, para garantir uma autonomia e soberania tecnológica“, concluiu o Ministro.

Android 15 vai poupar bateria nos smartphones

Um dos grandes calcar de aquiles dos utilizadores de smartphones, sem dúvidas que é a duração da bateria, mas parece que a Google está a trabalhar para isso, e na nova versão do seu sistema operativo já temos novidades. Com o novo Android 15, a Google traz mais uma forma de conseguir poupar bateria sem qualquer impacto para o utilizador.

Como pode ser já visto na mais recente versão deste sistema, o Beta 3, há uma nova opção disponível. Esta chama-se “Limite de tempo adaptável” e permitirá ao utilizador forçar o Android a encurtar o tempo que o ecrã está ativo sem estar a ser usado. Esta novidade será associada à opção “Atenção ao ecrã” que já conhecíamos e que utiliza a câmara frontal para detetar quando o utilizador olha para o ecrã. Se este continuar para além do tempo definido (normalmente 30 segundos), este permanecerá ligado por mais tempo.

A Google descreve este recurso no Android 15 Beta 3 com o texto “desliga o ecrã automaticamente se você não estiver a usar o dispositivo”. De uma análise realizada, foi possível perceber que é usado o sensor de proximidade do telefone para detetar se este está no bolso. Em caso afirmativo, este irá desligar o ecrã antecipadamente. Mais uma vez, a Google mostra que de forma muito simples consegue dar ainda mais aos utilizadores.

Angola poupa 34 mil milhões kz com Contratação Pública Eletrónica

O Sistema de Contratação Pública Eletrónica gera uma poupança de mais de 34 mil milhões de kwanzas ao Estado Angolano, revelou a secretária de Estado para o Orçamento, Juciene Cristiano de Sousa.

Falando durante o Workshop de Divulgação do Relatório da Avaliação ao Sistema Nacional de Compras Públicas, a dirigente informou que esta poupança resulta das previsões de despesas com aquisições do Estado nos orçamentos dos anos 2021, 2022 e 2023.

Para a Secretária de Estado, os números referenciados mostram a escolha acertada do Governo de apostar nas compras eletrónicas como mecanismo de contratação de serviços e compra de bens a favor do Estado.

A secretária de Estado para o Orçamento disse, citando dados da organização “Open Contracting Partnership”, que, em todo o mundo, um (1) em cada três (3) dólares gastos pelos Governos vai para um contrato público.

A contratação pública é, assim, o maior mercado do mundo, totalizando cerca de 13 biliões de dólares todos os anos”, disse.

Referiu que para o caso concreto de Angola, constata-se também a métrica global, uma vez que 28 por cento dos recursos do OGE de 2023 foram destinados à contratação pública.

É imperioso o aprimoramento de todos os intervenientes na contratação pública – Órgãos Reguladores/Fiscalizadores, sector público e agentes privados, e é inadiável a necessidade de fortalecer os procedimentos inerentes às aquisições públicas, de forma a torná-las mais transparentes, justas, eficientes, económicas e concorrenciais, pois a melhoria da qualidade da despesa, evitando desperdícios, é um objetivo premente e permanente a alcançar”, afirmou.

A governante disse que, por esse motivo, urge a necessidade de se melhorar, permanentemente, os sistemas de aquisições públicas e de atualizar a legislação relevante sobre a matéria, sendo, igualmente, importantes a definição de boas estratégias de aquisições públicas e as avaliações dos sistemas em vigor.

O Workshop foi uma iniciativa do Ministério das Finanças, através do Serviço Nacional de Contratação Pública em parceria com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).

Consultório MenosFios: O que faz a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo?

A Nvidia tornou-se, esta semana, a empresa mais valiosa do mundo, alcançando uma capitalização de mercado de 3,34 biliões de dólares. Mas afinal, o que é e o que faz esta empresa do setor da tecnologia, que é também a detentora da ação mais transacionada em Wall Street? Explicamos tudo no Consultório MenosFios de hoje.

O grupo sediado em Santa Clara, na Califórnia, Estados Unidos, beneficiou fortemente do crescimento do ChatGPT, a plataforma de inteligência artificial da OpenAI, pois os seus populares e poderosos microchips combinam perfeitamente com a ferramenta.

A empresa foi fundada em 1993, alegadamente durante uma refeição na cadeia de restaurantes norte-americana Denny’s, e destacou-se por uma razão: Em vez de se focar na produção de CPUs (unidades centrais de processamento), como a Microsoft, a Intel ou a AMD, a Nvidia optou por especializar-se em GPUs (unidades de processamento gráfico), sendo mais capazes de renderizar imagens. As GPUs são mais difíceis de encontrar do que drogas, chegou a ironizar o fundador da Tesla, Elon Musk.

Estas ferramentas foram inicialmente aproveitadas pelos fãs de videojogos e conteúdos audiovisuais, só que também são capazes de realizar cálculos simultâneos de uma forma que os CPUs normais não conseguem.

Daqui partiu a vantagem inicial da Nvidia, que se começou a destacar ainda mais em 2020, com a pandemia da Covid-19 e a crescente procura pelos seus produtos, devido à maior urgência por ‘data centers’ que permitissem computação baseada na ‘cloud’ e o maior interesse por videojogos – que protagonizaram uma importante fonte de entretenimento durante os vários confinamentos.

Depois veio a ‘explosão’ da inteligência artificial (IA), à boleia da OpenAI, e a Nvidia estava perfeitamente posicionada – com o seu ecossistema completo, desde o software até o fornecimento de materiais -, para transformar-se na fonte de referência de microchips para as marcas que procuravam grande poder de processamento, segundo a NBC News.

Acreditávamos que algum dia algo novo aconteceria, e o resto requer algum acaso. Não foi previsão. A previsão foi a computação acelerada”, disse o cofundador e CEO da empresa, o taiwanês Jensen Huang.

Segundo a NBC News, praticamente todas as grandes empresas de tecnologia, entre elas a Amazon, Google, Meta, Microsoft e a Oracle, usaram os chips da Nvidia em algum momento. A consultora Jon Peddie Research revelou, aliás, que a Nvidia produziu 88% das GPUs autónomas entregues, por todo o mundo, no primeiro trimestre de 2024, demonstrando a grande dominância da empresa no setor.

Por sua vez, segundo o jornal The Guardian, as ações subiram cerca de 180% até agora este ano, comparativamente com os 19% que as ações da Microsoft subiram no mesmo período temporal.

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Esse foi o Consultório MenosFios de hoje, onde pedimos que os nossos leitores as comentem e que contribuam com informações adicionais que julguem serem necessárias sobre esse mesmo tema.

Todas e quaisquer questões que gostassem de ver aqui respondidas devem ser colocadas no canal de comunicação exclusivo e dedicado ao consultório Menos Fios.

Falamos do email criado para esse fim: [email protected]. Este é o único ponto de receção das questões que nos enviarem. Usem-no para nos remeterem as vossas questões, as vossas dúvidas ou os vossos problemas. A vossa resposta surgirá muito em breve.

Dona do Snapchat lança funcionalidades de IA para melhorar efeitos visuais

A Snap, dona da rede social Snapchat, lançou a sua mais recente ‘fornada’ de tecnologia generativa de inteligência artificial (IA), permitindo aos utilizadores recorrer a efeitos visuais mais realistas ao criar conteúdos.

Segundo a agência de notícias Reuters, os criadores de conteúdos de realidade aumentada (RA), muito populares na rede social, podem agora desenvolver ‘lentes’ – o nome dado aos filtros do Snapchat – com recurso a IA.

A empresa também anunciou uma versão atualizada do seu programa para ‘developers’ e artistas, chamado Lens Studio, para poderem criar ferramentas para o Snapchat de realidade aumentada.

O que é divertido para nós é que essas ferramentas ampliam o espaço criativo em que as pessoas podem trabalhar, mas também são fáceis de usar, para que os recém-chegados possam construir algo único muito rapidamente, disse Bobby Murphy, diretor de tecnologia da Snap.

MAIS: Snapchat vai disponibilizar versão ‘web’ para todos os utilizadores

Segundo a Reuters, se as versões anteriores da tecnologia AR eram capazes apenas de efeitos simples, como colocar um chapéu na cabeça de uma pessoa, os avanços permitirão criar lentes mais realistas. Por exemplo, o chapéu em questão poderá passar a mover-se perfeitamente em conjunto com a cabeça de uma pessoa, combinando com a iluminação do vídeo, disse Murphy.

Estão também a ser realizadas experiências de corpo inteiro, e não apenas faciais, como acontece até ao momento. No futuro, deverá ser possível, por exemplo, sobrepor um conjunto de roupa inteiro sobre uma pessoa, com recurso a estas tecnologias.

Comunidades as académicas da CPLP devem massificar o uso das TICs, defende Governo

As comunidades as académicas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem massificar o uso das TICs, visando contribuir para a qualidade da investigação científica e tecnológica, na opinião da ministra do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Maria do Rosário Bragança.

A dirigente que falava no ato de abertura da I Conferência sobre ciência na CPLP e no lançamento do repositório angolano de acesso aberto, disse que a inclusão, promoção e garantia da divulgação científica devem igualmente fazer parte na massificação do uso das TICs e contribuir na qualidade da investigação académica.

Segundo Maria do Rosário Bragança, no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023 – 2027) contém ações para enfrentar os desafios da investigação científica, inovação tecnológica e empreendedorismo.

Explicou que entre as ações do programa UNI.AO destaca-se a criação de uma plataforma de publicação científica que, num esforço colaborativo das duas iniciativas, resulta na criação do repositório angolano de acesso aberto.

Com a criação desta plataforma (RanAA), referiu, o Executivo angolano espera que haja uma maior divulgação das publicações científicas nacionais, no sentido de melhorar os indicadores de qualidade e quantidade, na região e no mundo.

MAIS: Países da CPLP incentivados a investir na digitalização da Educação

Já o secretário executivo da CPLP, João Ima Panzo, informou que o evento simboliza um passo crucial na consolidação da cooperação científica e tecnológica entre os Estados-membros da CPLP, promovendo a ciência aberta no compromisso com agenda 2030 das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável.

João Ima Panzo referiu que a Ciência Aberta representa uma abordagem inovadora ao processo científico, baseado na colaboração, na partilha e na difusão do conhecimento, potenciadas pelas tecnologias digitais.

A ação conjunta da CPLP tem permitido avanços significativos, destacando-se os esforços para a criação do Observatório da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior e as Redes de Agências de Financiamento da Ciência da CPLP“, finalizou.

Bilionário americano quer comprar TikTok para criar “nova Internet”

O bilionário norte-americano Frank McCourt, dono do clube francês Marselha, pretende adquirir o TikTok para salvar a Internet das ‘garras’ das grandes redes sociais, que acusa de estarem a destruir a sociedade e a colocar as crianças em perigo.

Conhecido nos Estados Unidos como ex-proprietário da equipa de beisebol Los Angeles Dodgers, o magnata do setor imobiliário protesta há anos contra o controlo dos gigantes da tecnologia.

E é por isso que vemos em todo o lado nas sociedades livres que o mundo vai mal“, denunciou hoje, numa entrevista à agência France-Presse (AFP), referindo-se à ascensão da extrema-direita em França, que poderá conquistar a maioria dos lugares nas próximas eleições legislativas.

Há muita agitação, muito caos, muita polarização, mas os algoritmos funcionam bem. Mantêm-nos neste estado constante“, frisou o bilionário, acrescentando que “é altura de mudar isso“.

Sobre esta desconfiança na Internet, que descreve como ‘predadora’, Frank McCourt atribui aos perigos que estas plataformas representam para os seus sete filhos.

Estamos a ver casos de ansiedade, depressão e uma verdadeira onda de suicídios entre crianças“, alertou, à margem da conferência de tecnologia Collision, em Toronto.

Perante os desafios, o bilionário faz campanha por uma “nova Internet” que, defende, recuperaria o controlo da web de grandes plataformas como Instagram, YouTube, TikTok ou X.

Estas plataformas têm centenas de milhares de atributos individuais de cada um de nós“, destacou o septuagenário, referindo-se aos nossos hábitos, à nossa localização, mas também à nossa “forma de pensar, às nossas emoções, às nossas reações, ao nosso comportamento“.

Por outro lado, a sua visão de uma nova Internet resultaria num sistema de código aberto, um protocolo descentralizado onde os utilizadores controlam os seus próprios dados, independentemente das redes sociais que utilizam.

A aquisição do TikTok daria ao seu projeto, conhecido como Projeto Liberdade, uma nova escala graças à contribuição de milhões de usuários, a maioria deles jovens, enfatizou.

O Projeto Liberdade tem entre os seus apoiantes o pioneiro da Internet Tim Berners-Lee, bem como Jonathan Haidt, professor da Universidade de Nova Iorque, cujo último livro, “The Anxious Generation”, argumenta que os efeitos das redes sociais sobre os jovens são devastadores.

MAIS: TikTok testa carregamento com vídeos de até 60 minutos

Mas o bilionário norte-americano não é o único a cobiçar a rede social, cuja empresa-mãe ByteDance é chinesa. O ex-secretário do Tesouro de Donald Trump, Steven Mnuchin, também já manifestou interesse.

Estas propostas, que alguns consideram absurdas, foram conhecidas após um projeto de lei assinado pelo Presidente dos EUA Joe Biden, em abril, que dá ao TikTok 270 dias para encontrar um comprador não chinês ou corre o risco de ser banido do país.

Washington teme que os dados de 170 milhões de americanos possam ser recuperados e enviados para a China, o que obviamente constitui uma ameaça à segurança nacional“, vincou Frank McCourt.

No entanto, não é certo que a rede social acabe por ser colocada à venda. A empresa está atualmente a contestar a lei nos tribunais dos EUA e Pequim disse que não concordará em entregar uma das maiores empresas de tecnologia do país.

Mesmo que esta venda não se concretize, Frank McCourt espera que o assunto permita que “as pessoas percebam que os seus dados estão a ser recolhidos e enviados para algum lado”, mesmo noutras plataformas.

Talvez não estejam a ir para a China, mas estão a ir para algum lugar controlado por alguém que tem tudo sobre você, e isso não é normal. É antidemocrático“, reiterou.

Projeto “Escola Virtual” com resultados satisfatórios em dois anos

O projeto Escola Virtual, em implementação no Complexo Escolar “Augusto Ngagula”, no município do Caála, província do Huambo, numa iniciativa da UNITEL, alcançou resultado satisfatório, em dois anos de implementação, foi revelado em nota oficial.

Segundo o departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação do gabinete da Educação na província do Huambo, Graciano Sacalei Freitas, o projeto decorre sem sobressaltos, sendo que, no presente ano letivo, abrangeu centenas de alunos da 4ª a 9ª classes, que por via de um sistema devidamente monitorado, apreendem vários conteúdos.

Por intermédio deste programa, acrescentou, os alunos das escolas nº 1 “Augusto Ngangula”, acedem a escola virtual, em qualquer altura, lugar, facto inovador e vantajoso para o processo de ensino/aprendizagem.

Por isso, valorizou a escolha da província do Huambo e o município da Caála, em particular, ao projeto-piloto, pois incentiva a contínua aposta e parceria da UNITEL no ensino geral angolano.

MAIS: Projeto “Escola Virtual” vai ser alargado de um para três anos

Assegurou um maior engajamento do sector da Educação, da Administração da Caála, professores, pais e encarregados de educação na concretização dos objetivos deste programa.

Entretanto, a equipa técnica da UNITEL augura por uma maior sincronia, entre todos os intervenientes do projeto, cuja expansão pelo país depende, grandemente, do sucesso das escolas pilotos das províncias do Bié e do Huambo.

Em dois anos de implementação, para além da capacitação dos professores, a iniciativa disponibilizou tabletes, computadores e um sistema de distribuição internet empresarial.

Cada meio está projetado para ser partilhado por dois alunos e, ao mesmo tempo que, os professores capacitados têm a missão de disseminar os conhecimentos a outros, em prol dos desafios do programa.

Censo Digital 2024 forma mais de 180 engenheiros informáticos em Benguela

Mais de 180 engenheiros informáticos de Benguela foram capacitados com o objetivo de garantir a operacionalidade do sistema operativo durante o Censo Geral da População e Habitacional, que começa no dia 19 do próximo mês.

Pelo que foi revelado, a ação formativa teve a duração de sete dias e foi dividida em duas vertentes, sendo uma teórica e outra prática. De acordo com o diretor do INEA em Benguela, a formação faz parte do cronograma de preparação, visando o alcance de resultados positivos. José Maria Martins informou que as condições estão asseguradas.

O vice-governador para o Sector Técnico e de Infraestruturas de Benguela, Adilson Gonçalves, destacou a responsabilidade que os técnicos têm na obtenção de resultados. Na qualidade de coordenador adjunto da Comissão Provincial do Censo 2024, o vice-governador disse que para se definir as políticas habitacionais tem de se saber o número da população existente.

MAIS: Condições tecnológicas asseguradas no Censo Digital 2024, revela Governo

Tudo está intrinsecamente ligado ao Censo, que, como sabemos, não é só da população, inclui também a habitação, de forma a trabalhar-se melhor nos projetos de reordenamento das cidades”, justificou.

De informar que o Executivo Angolano vai realizar o segundo Censo da População e Habitação em 2024, mas pela primeira vez de modo digital, isto é, a recolha de informações será feita por tablets com aplicativo de recolha de dados – CAPI, resultante da atualização da cartografia em curso até finais de 2023, revelou uma nota de imprensa do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo a nota, que a redação da MenosFios teve acesso, o INE e a instituição que irá preparar as condições técnicas de todo o processo de Recenseamento da População e Habitação a ser efetuado em todo o território nacional, abrangente aos cidadãos nacionais e estrangeiros residentes ou ausentes temporariamente, bem como unidades de alojamento.

[AngoTIC 2024] ENBI apresentou a tecnologia do Sistema Nacional de Bilhética Integrada

Nos últimos anos, a Empresa Nacional de Bilhética Integrada (ENBI) tem desenvolvido soluções tecnológicas integrais que aumentam a oferta de meios à população, tornando a mobilidade das pessoas em todo o país cada vez mais fácil, segura e rápida. No ANGOTIC 2024, a instituição afeta ao Ministério dos Transportes mostrou aos visitantes como a tecnologia de última geração ajuda a desenvolver o Sistema Nacional de Bilhética Integrada (SNBI).

O passe Giramais é uma destas soluções tecnológicas que trouxeram agilidade e eficácia ao sistema de transporte público no país. Para passarem as catracas, os utentes apenas têm que aproximar o passe aos validadores electrónicos instalados nos autocarros públicos que circulam em Luanda e noutras zonas do país, evitando demoras e longas filas para aceder às unidades. A instalação destes mecanismos digitais foi apenas o primeiro passo de uma estratégia de modernização tecnológica do sector.

Segundo Celso Ferreira, porta-voz da ENBI, a instituição “vai apresentar em breve o protótipo da aplicação móvel com a qual os utentes poderão fazer o cadastro e imitir um passe”. Na prática, descreve, “os passageiros vão preencher um formulário na aplicação, efetuar o pagamento por via dos canais da rede da EMIS, e levantar o passe físico num ponto a indicar”.

Do ponto de vista operacional, o stand da ENBI no ANGOTIC 2024 também demonstrou como a tecnologia está a ser posta ao serviço da monitorização e planificação do sistema de transporte público. A partir da sala de comando do SNBI, a ENBI tem acesso às rotas dos autocarros em tempo real, às horas de partida e chegada de cada unidade, ao número de autocarros em circulação, à quantidade de passageiros por veículo e até aos pontos de maior afluência. Atualmente, o SNBI integra todas as operadoras de autocarros públicos de Luanda, Benguela, Huila. Está também no Huambo e começou a fase de testes em Malanje. Em breve, deverá expandir-se para Cabinda.