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Quinta-feira, Agosto 21, 2025
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Angola Telecom e TV Cabo entre as empresas a ser privatizadas pelo PROPRIV

A Multitel, Angola Telecom e TV Cabo são as empresas do sector das telecomunicações que vão ser privatizados, por via de concurso público, disse esta terça-feira o porta-voz adjunto do Programa de Privatizações (PROPRIV), Ottoniel dos Santos.

O também secretário de Estado do Tesouro, que falava em conferência de imprensa, a saída da Reunião Interministerial sobre o Programa de Privatizações, disse que “estas empresas vão entrar agora na fase de privatização, e, então, viemos aqui dar uma informação a própria Comissão Interministerial de como é que o processo vai decorrer”.

O Programa de Privatizações (PROPRIV) teve o seu início em meados de 2019 e visa, essencialmente, fortalecer o sector privado de Angola, tornando-o mais eficiente e competitivo. Afigura-se como uma das linhas condutoras da reestruturação e redimensionamento do Sector Empresarial Público (SEP).

MAIS: 10 empresas de telecomunicações em Angola serão privatizadas

O PROPRIV enquadra-se na Reforma das Finanças Públicas, tendo em vista a promoção da estabilidade macroeconómica, o aumento da produtividade da economia nacional e o alcance de uma distribuição mais equitativa do rendimento nacional.

No âmbito deste programa, dentre os vários ativos privatizados, consta os bancos BAI, BCI e Caixa Angola

Reveladas todas as cores do iPhone 15

Tudo indica que a Apple deverá apresentar a nova geração de telemóveis – a série iPhone 15 – no decorrer do mês de setembro, com os rumores que surgem a darem algumas informações do que a empresa pretende lançar. Entretanto, foi partilhada uma imagem no Reddit que parece ter revelado todas as cores dos novos modelos.

A imagem em questão foi partilhada no Reddit, onde são reveladas as cores que serão lançadas para o iPhone 15, iPhone 15 Plus, iPhone 15 Pro e iPhone 15 Ultra (Pro Max).

MAIS: Revelada capacidade mínima de armazenamento interno dos iPhone 15

No caso do iPhone 15 e do iPhone 15 Plus, estes telemóveis estarão disponíveis em cinco cores – nomeadamente negro, branco, azul, amarelo e coral. Já no que diz respeito ao iPhone 15 Pro e ao iPhone 15 Ultra (Pro Max) será possível escolher entre quatro cores – negro, cinzento escuro, branco e azul-escuro.

O anúncio oficial do iPhone 15 está previsto ter lugar entre os dias 12 e 13 de setembro, enquanto o lançamento deve estar marcado para o dia 22 de setembro.

Ministros da CPLP reconhecem o papel da tecnologia na erradicação da pobreza

Os ministros das Comunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reforçam a necessidade do reconhecimento do papel das soluções digitais na erradicação da pobreza e promoção da prosperidade, bem como o contributo para avanços em todas as dimensões do desenvolvimento sustentável.

Segundo os responsáveis do sector das Comunicações da CPLP, falando na XI Reunião de Ministros da CPLP, as soluções digitais vem para trazer benefícios económicos, sociais e ambientais para todos, sem deixar ninguém.

MAIS: CPLP implementa “Agenda Digital” para servir como guião estratégico em matéria digital

Os ministros reafirmaram o compromisso com a prossecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), no quadro da implementação bem-sucedida da Agenda 2030 das Nações Unidas, no sector das Comunicações e trabalhar na Visão Estratégica da CPLP 2016 – 2026, que incentiva o aprofundamento da cooperação entre os Estados-membros, através da rede e do desenvolvimento de programas e conteúdos em língua portuguesa no âmbito das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

Consideraram, ainda, o sector das Comunicações importante para assegurar a eficácia e eficiência dos serviços prestados pelo Estado e que potencia oportunidades de cooperação e concertação política para o desenvolvimento económico e social da CPLP.

“Angola Online” vai ganhar mais de 50 novos pontos de internet grátis

KODAK Digital Still Camera

Angola vai ganhar mais de 50 novos pontos de internet grátis no âmbito do programa “Angola Online”, sendo executado pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS).

Segundo o diretor-adjunto para área técnica do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI), Marcos Damião, os novos pontos de acesso à internet grátis a serem instalados, em território nacional, juntar-se-ão aos atuais 127, perfazendo um total de 177 pontos do programa “Angola Online”, que vem com o objetivo principal de ajudar os estudantes das zonas carenciadas na pesquisa de conteúdos académicos e permitir mais troca de informações.

MAIS: Angolanos reclamam de falhas em telefonia e internet nos últimos dias

O “Angola Online” conta ainda com o apoio de várias empresas nacionais tecnológicas, com destaque para a Angola Telecom, TV Cabo, Internet Technologies Angola (ITA), UNITEL e a Zap Fibras, no âmbito das suas responsabilidades sociais, ao passo que nas áreas suburbanas serão instalados através do sistema VSat, ou seja, por via satélite e em cada ponto de acesso instalados 100 megabytes, para um alcance de 100 metros de distância, acoplados com pára-raios.

Marcos Damião frisou também que o processo de revitalização e colocação de novos pontos de acesso de internet gratuita começou no dia 23 do corrente mês e já permitiu com que as pessoas que vivem em zonas mais carenciadas das províncias de Luanda, Zaire, Moxico e Namibe beneficiem da iniciativa.

Starlink já com mais de 5 mil satélites na órbita da Terra

A SpaceX ultrapassou a marca dos cinco mil satélites Starlink em órbita, com o número total a estar agora nos 5.005 satélites desta rede que providencia Internet de alta velocidade a zonas remotas do globo.

O patamar dos 5 mil satélites foi ultrapassado com o lançamento da SpaceX do sábado passado, dia 26, onde foram adicionados mais 22 destes satélites à rede existente. Como é costume, este lote seguiu para a órbita da Terra por via de um foguetão Falcon 9, que descolou no cabo Canaveral no estado da Florida, nos EUA.

Serve recordar que o número atual de satélites ainda fica muito abaixo do desejado pelo patrão da SpaceX, que tem autorização para colocar em órbita mais 12 mil satélites e solicitou aprovação para mais 30 mil.

MAIS: Será que vale pena assinar a internet da Starlink? Saiba tudo sobre o serviço

De informar que a Starlink finalmente já vai chegar a Angola. A SpaceX anunciou que vai começar a operar no país no quarto trimestre de 2023, onde com uma internet até 220 MB/s pode alavancar uma nova realidade para os negócios do setor.

A conexão oferece velocidades de até 220 Mbps de download e 25 Mbps de upload em praticamente qualquer região do mundo. Aqui em Angola, espera-se que a companhia garanta 100% de cobertura nas águas territoriais.

Atualmente, a Starlink já está a aceitar pré-inscrição para o serviço, com um custo de 7.440 kwanzas (cerca de 9 dólares).

Para fazer a sua reserva, clica aqui.

Como é que funciona o processo de instalação dos Cabos Submarinos?

De certeza que muitos de nós nos últimos anos ouvimos falar muito dos cabos submarinos, aproveito para confessar que pessoalmente só comecei a ouvir falar do mesmo depois de a Angola Cables ter dado início as suas operações com a chegada dos cabos submarinos WACS, SACS e o MONET, porém antes disso já existia o cabo submarino SAT-3/WASC onde a Angola Telecom faz parte do consórcio.

Mas após tanto ouvirmos falar dos cabos submarinos, acredito que existe a curiosidade em saber como é que eles são instalados no fundo do mar? Como é que esses cabos são compostos? Dentre essas e várias perguntas que existem, vamos tentar responder por intermédio deste artigo.

Os cabos submarinos são essenciais para as transmissões de dados globais, respondendo por cerca de 99% desse tráfego. Esses cabos de fibra óptica conectam regiões através dos oceanos, constituindo a base da conectividade moderna, e a instalação desses cabos envolve um complexo processo que inclui estudos oceanográficos, mapeamento do terreno marinho e uso de embarcações especializadas.

Como é que é a estrutura interna de um cabo submarino?

A estrutura interna de um cabo submarino é composta por várias camadas. No núcleo, estão as fibras ópticas responsáveis pela transmissão dos dados. Essas fibras são cercadas por camadas de isolamento e proteção, como polietileno e materiais à prova d’água. Aliás, vale dizer que algumas camadas podem conter reforços de aço para garantir a resistência do cabo.

Estrutura interna dos Cabos Submarinos

Os materiais usados na fabricação de cabos submarinos para protegê-los contra danos incluem plástico, fios de aço, cobre e nylon. Esses materiais protegem os cabos contra danos causados pela vida selvagem e ações naturais, além de fornecer isolamento contra as condições adversas do ambiente submarino.

Vida útil dos cabos submarinos

A duração média de vida dos cabos submarinos é de cerca de 25 anos. No entanto, eles requerem manutenção periódica para verificar possíveis desgastes, rasgos ou instabilidades no fundo do mar que possam comprometer a sua integridade.

Quais são as etapas envolvidas na instalação de cabos submarinos?

Equipes de engenheiros, técnicos ambientais, geólogos e oceanógrafos colaboram para definir o trajeto do cabo de forma ambientalmente consciente. Após as aprovações legais, embarcações adaptadas começam a instalação, estendendo os condutes até a costa e, em seguida, no fundo do mar, seguindo trajetos definidos por softwares especializados. A instalação é realizada por embarcações especializadas, que utilizam equipamentos submersíveis controlados remotamente, sonares e GPS precisos para posicionar os cabos com segurança no fundo do mar.

A proteção dos cabos submarinos contra fenómenos naturais e a vida selvagem é alcançada por meio de estratégias como cobrir os cabos com sedimentos, “colchões de concreto” ou usar tubos articulados em áreas com relevo. Isso ajuda a prolongar a vida útil dos cabos e garantir a sua integridade diante das pressões do ambiente marinho, evitando danos por fenómenos naturais.

Quanto a manutenção, quais são os passos envolvidos?

Já antes da instalação do sistema, um estudo minucioso do terreno submarino é realizado para definir o melhor caminho que cause o mínimo impacto ambiental e maximize a durabilidade dos cabos. Tudo é cuidadosamente planeado para evitar interferências na pesca de arrasto e no tráfego de embarcações próximo aos portos.

Embora projetados para durar décadas, os cabos submarinos passam por avaliações periódicas. Nesse processo, os cabos são retirados do fundo do mar para verificar desgastes, rasgos e realizar substituições preventivas de componentes. Equipes utilizam veículos submersíveis equipados com câmeras especiais para inspecionar os cabos e realizar trocas de materiais, se necessário.

Menongue ganha pontos de acesso gratuito à internet “em banda larga”

A cidade de Menongue, capital do Cuando Cubango, ganhou três novos pontos de acesso gratuito à internet “em banda larga”, que surge no âmbito do projeto “Angola Online” do Instituto Nacional de Fomento da Sociedade da Informação (INFOSI).

Os pontos de acesso de internet restaurados ficam instalados no largo Doutor António Agostinho Neto, junto à Sede do Governo da província do Cuando Cubango, na Estação principal do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) e da Reitoria da Universidade Cuito Cuanavale (UCC).

O projeto, uma iniciativa do INFOSI, organismo público tutelado pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, visa promover o desenvolvimento da sociedade da informação em Angola.

Segundo o diretor-geral adjunto da instituição, Marcos Damão, falando para a ANGOP, disse que está medida ainda se enquadra da revitalização do projeto no Cuando Cubango e onde serão instalados em setembro próximo, seis novos pontos de acesso à internet no município sede de Manongue e nas comunas do Caiundo e Jamba Cuio, nos municípios do Cuchi e do Cuito Cuanavale.

MAIS: Moxico sem pontos de acesso de internet há vários anos

Quanto aos estudantes do território, consideram uma mais-valia a instalação de internet grátis no largo Doutor António Agostinho Neto e em outros pontos do casco urbano da cidade de Menongue, por permitir a investigação de conteúdos e matérias científicas sem quaisquer custos.

Acrescentaram que a internet grátis trará grandes vantagens a todos àqueles que se dedicam ao trabalho investigação e, também, aos que buscam informação, numa altura que o ano académico inicia em setembro próximo.

Erros de segurança cibernética a serem evitados

A proteção de dados sensíveis e a manutenção de práticas sólidas de cibersegurança tornaram-se primordiais para empresas de todas as dimensões, prevendo-se que os custos globais da cibercriminalidade atinjam 13 biliões de dólares nos próximos cinco anos. Para ajudar as empresas a fortalecer as suas defesas digitais, eis seis erros de cibersegurança a evitar:

  • Não se esqueça do seu sistema telefónico

Com as soluções de telefonia VoIP na nuvem, os funcionários podem aceder à extensão da empresa a partir dos seus telemóveis, utilizando aparelhos VoIP ou softphones de browser. Isto significa que estão ligados onde quer que estejam, através de um computador ou de um telemóvel.

No entanto, esta mobilidade e acessibilidade também trazem riscos de segurança, diz o CTO da Euphoria Telecom, Nic Laschinger. “Isto tem de ser mitigado na sua rede, assegura que tem uma segurança de dados melhorada – firewalls, antivírus, anti-malware, etc. – e verifica se o seu fornecedor também o faz.”

O seu fornecedor de telefonia pode encriptar os dados de voz e as informações de encaminhamento, com o uso de algoritmos e chaves de encriptação fortes para proteger as informações contra espiões (que querem ouvir as suas chamadas) e roubo de dados. O IPSec é a norma da indústria utilizada para proteger as comunicações na Internet.

  • Não trabalhe às cegas

Tony Walt, cofundador e diretor da empresa de software de cibersegurança Port443, afirma que muitas organizações ficam tão presas aos pormenores dos seus sistemas de segurança que não veem o panorama geral.

“Um grande erro que muitas organizações cometem é ver as métricas críticas, os alertas e os incidentes em todo o património das TICs (nuvem, rede, segurança) de forma isolada. Uma pequena alteração numa área pode ter consequências imprevistas noutra área. Por isso, é fundamental ter visibilidade de todo o património”, explica.

As empresas que utilizam fornecedores de sistemas que não oferecem monitorização em tempo real e relatórios sobre o tempo de inatividade, eventos de segurança e outros incidentes, perdem esta visibilidade crítica, diz Charlotte Koep, COO da plataforma insurtech Root.

“O tempo de inatividade e as vulnerabilidades das plataformas têm impactos comerciais importantes para as empresas. O sector dos seguros, por exemplo, é um espaço altamente regulamentado que lida com resmas de dados pessoais todos os dias. As seguradoras precisam de ser capazes de monitorizar e responsabilizar os fornecedores de serviços em nuvem.

“Isto conduz frequentemente a relatórios e monitorização manual e complicada de KPIs e SLAs, ao paço que os fornecedores de plataformas de nuvem da próxima geração são capazes de fornecer monitorização e visibilidade em tempo real e viradas para o público”, afirma Koep.

  • Não utilize sistemas manuais

Walt diz que tentar distinguir manualmente os “alarmes” oferecidos pelo seu software de monitorização de segurança consome muito tempo e pode deixar as empresas expostas a cibercriminosos.

“Esperar que o pessoal de TI, faça uma distinção rápida e exata entre verdadeiros positivos, falsos positivos, falsos negativos e verdadeiros negativos não é eficiente nem seguro. Com o aumento absoluto do volume de incidentes de comprometimento, a automatização é uma necessidade”, explica Walt.

  • Não se esqueça dos seus portais administrativos

Judy Winn, diretora de segurança da informação da Peach Payments, afirma que as empresas se esquecem frequentemente de proteger os seus portais administrativos e sistemas de apoio com práticas de autenticação fortes.

“Isto inclui palavras-passe fortes, boas políticas e práticas de gestão do acesso dos utilizadores e a ativação da autenticação de dois fatores sempre que esta é oferecida pelos sistemas”, afirma.

  • Verifique com os seus parceiros e fornecedores

Winn afirma que as empresas devem esclarecer com os seus fornecedores e parceiros quem é responsável. Os retalhistas em linha, por exemplo, têm de confirmar o que é da responsabilidade dos seus diferentes fornecedores de tecnologia, como o portal de pagamento, os fornecedores de alojamento de sítios Web e os programadores de sítios Web.

“Verifique também com os seus fornecedores quais os controlos e medidas de segurança que oferecem por inerência e quais as medidas de segurança adicionais disponíveis ou recomendadas”, sugere Winn.

Koep sugere que as empresas utilizem fornecedores de tecnologia de confiança que possam demonstrar a existência de controlos de segurança estabelecidos e, sempre que possível, auditados ao abrigo de uma norma reconhecida como SOC2, ISO3000 e outras semelhantes.

  • Forme os seus empregados – e a sua direção

“As empresas têm de se certificar de que todos os seus funcionários estão cientes de potenciais ataques de phishing, engenharia social e outros ataques cibernéticos que os possam estar a atingir”, afirma Winn.

Koep diz que as empresas não podem assumir que a terceirização para a nuvem transfere a responsabilidade pela segurança para o provedor de nuvem terceirizado.

“Continua a ser necessário garantir a existência dos seus próprios controlos internos. Certifique-se de que o seu pessoal protege as suas credenciais, tem formação sobre segurança e privacidade e não introduz vulnerabilidades nos seus sistemas ou nos do seu fornecedor de tecnologia”, adverte.

“Os dados mostram que cerca de 80% das violações registadas atualmente incluem um elemento humano, como a utilização indevida de privilégios, a engenharia social e o roubo de nomes de utilizador e palavras-passe.”

E se pensa que a formação só é necessária para o pessoal de nível inferior, pense novamente. Walt observa que os conselhos de administração e a direção são responsáveis (e podem ser responsabilizados pessoalmente) por violações que afetem a empresa, os seus clientes e fornecedores.

INSS torna-se sócio maioritário da Movicel com 51% do capital

INSS tornou-se o sócio maioritário da Movicel com 51% do capital através do aumento de capital da empresa em cerca de 1,79 mil milhões Kz, o que faz a operadora passar de um valor de 445.733 milhões Kz para 2.234.801.074 Kz. Este ato administrativo reflete as entradas de capital que aconteceram em 2021, numa altura em que foi necessário injectar dinheiro para manter a empresa em actividade.

MovicelNeste processo emergiu um novo sócio, o GAFP representado pelo economista Francisco Cristóvão, que ficou com 33% do capital da Movicel e posicionava-se para ser o novo investidor da companhia. Isso nunca veio a acontecer, já que não acompanhou o aumento de capital realizado, e na nova estrutura ficou com uma posição residual. Na altura, o INSS acompanhou as necessidades da empresa dentro da sua proporção de capital social, tendo colocado na Movicel cerca 1,24 mil milhões kz.

Durante os dois anos que se seguiram houve inúmeros problemas de gestão, muitos atos administrativos não estavam registados em ata e cartório, sendo que agora a pressão de uma possível venda a um operador africano de telecomunicações levou a que todas estas questões administrativas tivessem que ser resolvidas de forma célere. Foi por isso que se formalizou o aumento de capital da empresa no 1.º Cartório Notarial de Luanda a 23 de junho, publicado na III série do Diário da República nº 116 de 26 de junho, que na não implicou a entrada de capital, mas apenas a formalização dos suprimentos que, entretanto tinham sido feitos.

E nesta nova “arrumação” o INSS torna-se sócio maioritário com 51% do capital social, a Angola Telecom fica com 24%, a Infrasat deixa de fazer parte, sendo que o restante capital se mantém espalhado pela Lisa Pulsaris, S.A., Chitronics Investimentos e Novatel Investment, S.A., que subscreveram o aumento de capital na proporção das suas participações sociais, a Lello, S.A., que subscreveu apenas uma pequena parte do aumento e reduziu a participação no capital social, a ENCCTA, E.P., que ficou com a subscrição realizada por dedução à dívida institucional que a Movicel tem com o INACOM. A estes juntam-se a IPANG e Movicel Telecomunicações S.A (titular de ações próprias).

As negociações para a venda de 51% da Movicel a um operador africano influenciaram também os atuais acionistas a manterem-se na empresa, pois todos acreditam que o investimento em telecomunicações é bastante rentável se tiver uma gestão adequada, que esperam que aconteça na companhia com a entrada do grupo estrangeiro. A este propósito, recordar que todas estas arrumações administrativas são necessárias para que o negócio se faça, pelo menos os intervenientes ouvidos pelo Expansão estão otimistas, prevendo-se que tudo possa estar concluído ainda este ano.

A vantagem que a operadora apresenta são as suas infraestruturas, que apesar de estarem maioritariamente paradas, podem rapidamente voltar a garantir uma cobertura nacional eficaz à Movicel. De acordo com o que o Expansão apurou, são necessários 100 milhões USD para cobrir eficazmente os cinco principais centros de consumo do País – Cabinda, Luanda, Benguela e Lubango – e mais 50 milhões USD para relançar comercialmente a empresa.

Relativamente às dívidas ao Estado e a fornecedores, a com o regulador já está resolvida, sendo que nas restantes existe uma posição de flexibilidade e paciência por parte dos envolvidos. Recordar as palavras de uma fonte do Ministério das Telecomunicações envolvida nas negociações, que disse em julho ao Expansão que “no que se refere às dívidas ao Estado posso informar que isso nunca será um problema para alavancar a Movicel. Sobre as outras dívidas a diversos fornecedores, nós podemos ajudar a renegociar, o que, aliás temos feito, uma vez que conseguimos congelar várias execuções coercivas nesta fase para que a operadora não parasse”.

Investimento na produção de tecnologia irá dinamizar industrialização

O autor do livro “Economia de Angola: digressão pela génese da industrialização nacional”, lançado recentemente no Memorial Agostinho Neto, Edmar Sousa que é também economista, diz que Angola só poderá desenvolver uma industrialização sustentável com alguma tecnologia “parcialmente” produzida localmente.

Edmar Sousa justifica que ao longo da pesquisa verificou alguma abordagem de História Económica e abrange o período da década de 1960 ao início do século XXI, “portanto, pouco ou nada se verifica acerca de inovação tecnológica neste período”, pelo menos comparando com a tecnologia dos dias de hoje.

No entanto, se formos falar sobre os dias de hoje não pudemos ignorar o contributo da inovação tecnológica para o desenvolvimento sócio-económico dos países“, disse.

O escritor caracterizou a industrialização de Angola como altamente concentrada num único sector e por consequência pouco diversificada, por quanto defende que o sector petrolífero, tal como qualquer outro, deve ter um crescimento sustentável. Mas é positivo em relação à sustentabilidade do sector e a calcular o país que até 2050 o país possa alcançar um nível de industrialização mais alto, apesar dos problemas económicos e estruturais atuais.

Sim, o desenvolvimento de qualquer economia carece sobretudo da vontade política (do grego politikos, designando cidadão que habita na cidade ou sociedade organizada), ou seja, da boa vontade de cada um dos cidadãos em fazer o seu melhor para benefício da sociedade nas suas atividades diárias“, referiu.