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Sábado, Setembro 13, 2025
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Google está a desenvolver um novo motor de busca com IA

À medida que o novo Bing com Inteligência Artificial vai ganhando adeptos, a Google continua a desenvolver um novo motor de busca impulsionado pela tecnologia, numa tentativa de não perder terreno em relação à Microsoft.

De acordo com o The New York Times, a gigante de Mountain View terá entrado em pânico ao saber que a Samsung poderia tornar o Bing no motor de busca predefinido dos seus equipamentos, algo que a faria perder um contrato de 3 mil milhões de dólares.

Além disso, como detalhado num email interno a que o jornal teve acesso, a empresa estava com dificuldade em manter o ritmo e em acompanhar a “explosão” em popularidade do ChatGPT e da IA.

Segundo documentos internos, a tecnológica tem também planos para atualizar o Google com funcionalidades de IA, como parte de um projeto chamado Magi, que se estima que esteja a ser desenvolvido por cerca de 160 colaboradores.

Recentemente, a Google terá convidado um conjunto de colaboradores para testar algumas das funcionalidades do projeto Magi. Espera-se que as novas funcionalidades, disponíveis exclusivamente nos Estados Unidos, sejam lançadas no próximo mês, com mais novidades a caminho no outono.

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Por outro lado, os planos para o novo motor de busca da Google ainda estão numa fase inicial e ainda não há certeza quando é que a empresa o tenciona lançar. Em declarações ao jornal, Lara Lavin, porta-voz da Google, afirma que nem todas as ideias acabam por ser lançadas, no entanto, a empresa está “entusiasmada por trazer novas funcionalidades com IA ao motor de pesquisa” e pretende partilhar mais pormenores em breve.

Recorde-se que, ainda no ano passado, o lançamento do ChatGPT alarmou a Google, que lançou um “código vermelho” interno, definindo o desenvolvimento de uma ferramenta semelhante para competir com a solução da OpenAI como algo urgente. Em fevereiro, a tecnológica apresentou o Bard, a sua resposta ao popular chatbot.

Já a utilização do Bing da Microsoft tem vindo a crescer ao longo do último ano, tendo ganho um novo impulso com a integração da IA. Em março, o tráfego no Bing aumentou 15,4% e no motor de busca da Google caiu 2,4%, apontaram dados da Similarweb.

Founder Institute e IFC lançam programa para fornecer apoio e capital inicial às startups

Com objetivo de fornecer apoio e capital inicial às startups graduadas do Programa de Aceleração e aumentar a probabilidade de sobrevivência dos seus negócios, o Founder Institute Luanda (FIL) e o International Finance Corporation (IFC) lançaram recentemente o Programa de Incubação “Vencendo o Vale da Falência”.

Segundo o que foi revelado, o mais recente programa de incubação vai reunir 15 startups do portfolio do FIL e que reunem os requisitos em termos de estágio de desenvolvimento dos projetos.

O programa vai oferecer suporte para ajudar as startups graduadas nas edições do Programa de Aceleração a superar os principais desafios do período de transição após o Programa de Aceleração, como a consolidação do modelo de negócio para escalar com o devido financiamento.

MAIS: Founder Institute. Edtechs é o sector mais criativo nos jovens empreendedores angolanos

A incubadora é também orientada a “Facilitar a exposição das Startups no ecossistema”, “Atuar como Deal-flow-Conector”, criando assim um fluxo de oportunidades de negócio para investidores parceiros bem como “Fornecer serviços e recursos” necessários para reduzir o tempo em que os recursos próprios se esgotam e o momento em que os negócios se tornam viáveis para atrair investimento.

De informar que muito recentemente o IFC assinou um acordo de parceria com várias instituições angolanas para apoiar o crescimento do ecossistema angolano de empreendedores.

As parcerias vão permitir o IFC trabalhar com startups que frequentam os programas de incubação e aceleração, principalmente as dos sectores da tecnologia digital, serviços financeiros, agrotech, mobilidade e logística, ajudando-as a aceder aos mercados e a atrair investimento. As startups receberão mentoria e coaching, incluindo ajuda para desenvolver os seus planos de negócios, visto que o IFC irá de forma seletiva financiar pilotos com grande potencial de impacto permitindo as startups lançarem os seus produtos.

Sem esquecer ainda, que essa iniciativa é no âmbito da estratégia do governo angolano de Desenvolvimento do Sector Financeiro (2017 – 2023), que visa utilizar serviços financeiros digitais e soluções fintech para impulsionar a inclusão financeira, e ao Diagnóstico País do Sector Privado (CPSD) do Grupo Do Banco Mundial que identifica o empreendedorismo como uma prioridade para criar emprego e impulsionar o investimento privado em Angola.

Portugal sofre, em média, 927 ciberataques por semana

O contexto geopolítico ajudou a impulsionar a tendência de crescimento nos ciberataques que já se verificava desde o início da pandemia. Com a guerra na Ucrânia, este ritmo acelerou, com Portugal a ser um dos países da Europa com maior crescimento anual, na ordem dos 30%, segundo dados do Centro Nacional português de Cibersegurança. Ao longo de 2022, o país registou 25 incidentes graves, e o ransomware foi o tipo de ataque que mais cresceu, tendo duplicado neste período.

Além do volume, os ciberataques são igualmente mais rápidos na sua execução, mais sofisticados, e já não são apenas direcionados a setores específicos. Qualquer empresa pode ser alvo de um ataque, independentemente da sua área de negócio ou dimensão, apesar de se verificar uma tendência para ameaças perpetradas por grupos organizados que escolhem empresas de telecomunicações ou serviços de TI, que podem ser uma porta de entrada para outras, suas parceiras, e com sistemas ligados aos do alvo principal.

Grupos de ataque estatais (hacking as a service, contratação de grupos de ataque com intuito de destruir organizações governamentais e críticas às nações), ativistas, ciberespaço económico (exfiltração de informação para monetizar o ataque com venda de informação, e encriptação para resgate) são também cada vez mais frequentes.

Os métodos usados têm evoluído, sendo cada vez mais complexos, mas continuando a aproveitar as lacunas mais comuns. Ou seja, o comprometimento poderá ser via email, diretamente ao controlo dos dispositivos, mesmo que não sejam os utilizados no acesso aos recursos, aplicações, informação empresarial; ou via identidade com dados adquiridos na Dark Web ou numa ação de phishing, ou engenharia social.

As pessoas continuam a ser o ‘elo mais fraco’ na cadeia de ataque, sendo responsáveis por 61% das violações, um número de incidências que poderá ser reduzido através de uma maior aposta das empresas na capacitação dos seus colaboradores, preparando-os para identificar as ameaças mais sofisticadas.

Segundo dados da Microsoft, 98% dos ataques devem-se à falta de higienização das organizações, que inclui o fator humano, mas também práticas como a fraca adoção de medidas de “Confiança Zero”, nomeadamente ausência de implementação de soluções de duplo fator de autenticação, a inexistência de soluções avançadas de antimalware, a reduzida frequência de atualização dos sistemas e soluções críticos, ou o deficit na definição e implementação de estratégias na temática de proteção da informação.

Estas práticas contribuem para o aumento dos custos do negócio em caso de ciberataque, e explicam o valor recorde de 4,35 milhões de dólares verificados, a nível global, em 2022, de acordo com o relatório do Ponemon Institute, ‘Cost of a Data Breach’.

Detetar rápido, responder depressa. 

Para reduzir os custos de um ciberataque, a prevenção será sempre o melhor remédio. No entanto, nenhuma empresa consegue estar permanentemente à frente nesta corrida de ‘gato e rato’. É, por isso, fundamental que possua as ferramentas adequadas para uma rápida identificação das ameaças e que assegure a redução do tempo de resposta, prevenindo a expansão do ataque.

A proteção clássica do perímetro da rede já não é suficiente, pelo que são necessárias novas abordagens que protejam toda a cadeia de valor da organização, permitindo uma visão em tempo real e eficiente do que está a acontecer. A solução Microsoft Security é disso exemplo, através da gestão integrada e potencializada com inteligência artificial e machine learning, que analisa e correlaciona 73 triliões de sinais por dia, oriundos dos diferentes dispositivos, aplicações, plataformas e endpoints, sintetizando-os
em incidentes que contêm toda a história do ataque.

Adicionalmente, a solução da Microsoft permite garantir a proteção total dos vetores de ataque, através de equipas de suporte rápido a incidentes e de recuperação de ambientes comprometidos, acesso a analistas de segurança, e a especialistas com foco em capacitar os clientes a atingir maiores níveis de maturidade.

Incubadora Tecnológica Digital.ao chega ao Huambo

A incubadora tecnológica Digital.ao vai chegar a província do Huambo ainda neste ano de 2023, com o objetivo de fornecer formações tecnológicas e a incubação de startups de toda aquela região.

A garantia foi dada pelo Ministro das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, falando na abertura da apresentação do Angotic-2023, ressaltando ainda que na respetiva província, o Digital.ao vai oferecer também uma visão na rentabilização da incubadora, prestar serviços de registo de domínios.ao, desenvolvimentos de software, hospedagem de páginas web e correio de e-mail corporativo, incubadora, mentoria e acompanhamento de startups.

MAIS: Digital.ao já atraiu mais de quatro mil jovens em apenas duas semanas

Segundo o Presidente da República, João Lourenço, na inauguração da incubadora tecnológica em Luanda disse que  o Digital.ao é uma autentica oportunidade de os jovens nacionais poderem desenvolver os seus próprios negócios e serem independentes financeiramente, adiantando que “para a juventude é uma oportunidade de formação para poderem, mais facilmente, ser absolvidos pelo mercado de trabalho”.

Com a instalação do Digital.ao na província do Huambo, a região vai tornar-se a segunda região do país que tem a incubadora tecnológica e que é um projeto virado para a massificação e inclusão digital dos angolanos, sobretudo, para apoiar a sociedade de informação.

[Moçambique] Tribunal Administrativo informatiza processos para prestação de serviços

A Presidente do Tribunal Administrativo de Moçambique (AT), Lúcia Maximiliano, defendeu a informatização e modernização tecnológica dos processos de trabalho, como ferramenta fundamental para assegurar a celeridade processual e a contínua melhoria da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos.

Falando numa visita de trabalho ao Tribunal Fiscal da Província da Nampula, a presidente do TA exigiu ainda que os tribunais priorizem a capacitação dos juízes, dos oficiais de justiça e de todos os técnicos, com vista, igualmente, ao fortalecimento da capacidade institucional.

MAIS: [Moçambique] Rádio Moçambique vai apostar na digitalização

Em Nampula, Lúcia Maximiliano trabalhou nos tribunais da jurisdição Administrativa, de onde se inteirou do funcionamento dos mesmos, dos principais desafios e perspetivas visando a melhoria da prestação de serviços ao cidadão.

De informar ainda, a timoneira do TA e do Conselho Superior da Magistratura Administrativa, dirigiu no Município da Ilha de Moçambique a 11. Sessão Ordinária do Conselho Judicial dos Tribunais Administrativos Fiscais e Aduaneiros, que decorreu sob o lema, “Por uma justiça Administrativa, Fiscal e Aduaneira mais Transparente e Credível”.

Consultório MenosFios: Como funciona a tecnologia de carregamento rápido da Xiaomi

A Xiaomi tem vindo a testar os limites da tecnologia para proporcionar uma experiência de topo em bateria e carregamento com a sua tecnologia HyperCharge. Velocidade de carregamento mais rápida e maior capacidade da bateria são ainda um desafio para os engenheiros. Num espaço compacto, tendo como exemplo o Xiaomi 11T Pro, este não está apenas equipado com uma carga rápida de 120W, mas também com uma bateria de 5000mAh.

Mas como é que isto se consegue e como funciona a tecnologia de carregamento rápido? No Consultório MenosFios de hoje mostramos como funciona essa tecnologia.

Para conseguir este marco, a Xiaomi utiliza uma combinação de uma nova estrutura de carregamento, aplicação de grafeno em baterias de iões de lítio e 3 tecnologias combinadas que resulta no chamado sistema HyperCharge: tecnologia de baterias MTW, tecnologia de carga MI-FC e tecnologia LiquidCool.

A relação entre tensão e corrente é ajustada para melhorar a potência de carga. As bombas de carga dupla ajustam a voltagem e a amperagem para se conseguir um equilíbrio perfeito, reduzindo a voltagem e aumentando a amperagem para ultrapassar as limitações convencionais de voltagem e permitir uma maior potência.

Como uma bateria única é limitada, a estrutura da bateria de duas células duplica a entrada disponível. No Xiaomi 11T Pro, por exemplo, a capacidade típica da bateria é de 5000mAh. A bateria é dividida em duas estruturas de células de 2500mAh. É utilizado também um melhor controlo térmico com uma maior entrada de corrente.

O MTW (Multi Tab Winding) é uma nova tecnologia de bateria que melhora o fluxo de corrente para a bateria. O MTW apresenta múltiplos ânodos e separadores catódicos para permitir um trajeto de corrente mais curto, menor resistência interna e melhor controlo térmico com uma maior entrada de corrente.

Esta tecnologia é a derradeira experiência de carregamento com uma produção eficiente e consistente de alta energia. Convencionalmente, a velocidade de carga diminui significativamente à medida que a bateria se aproxima dos 100%. O Mi-FC prolonga o tempo de corrente elevada e suporta monitorização da corrente e tensão da célula em tempo real. Como resultado, isto reduz significativamente o tempo de carregamento.

Usando a tecnologia “graphene-based lithium-ion”, as baterias do Xiaomi 11T Pro têm maior condutividade do que as baterias tradicionais.

A Xiaomi utiliza medidas de segurança adicionais para assegurar que não há compromissos na duração de vida da bateria. Com a tecnologia LiquidCool, a dissipação de calor é rápida para que o carregamento seja sempre eficiente.

Além disso, apresenta 34 características de segurança para o carregamento da bateria, abrangendo todo o ciclo de carga desde o carregador, passando pelo circuito, até à bateria. Os nove sensores térmicos monitorizam a temperatura em tempo real, assegurando que o carregamento é sempre seguro.

Outra das prioridades da fabricante passa por assegurar uma duração otimizada de vida para baterias mais seguras e mais duráveis. A bateria é construída com uma proteção de carregamento a alta temperatura, uma proteção de descarregamento a alta temperatura e uma proteção de dupla sobrecarga.

O circuito apresenta uma proteção de entrada USB sobre tensão, proteção de entrada USB sobre corrente e proteção de entrada USB sob tensão. O carregador dispõe de uma proteção contra curto-circuito, proteção contra sobrecorrente e proteção contra sobretensão.

Em resumo, segundo a Xiaomi, com a tecnologia Hypercharge de 120W, é possível garantir de uma proteção profissional completa do dispositivo.

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Esse foi o Consultório MenosFios de hoje, onde pedimos que os nossos leitores as comentem e que contribuam com informações adicionais que julguem serem necessárias sobre esse mesmo tema.

Todas e quaisquer questões que gostassem de ver aqui respondidas devem ser colocadas no canal de comunicação exclusivo e dedicado ao consultório Menos Fios.

Falamos do email criado para esse fim: [email protected]. Este é o único ponto de receção das questões que nos enviarem. Usem-no para nos remeterem as vossas questões, as vossas dúvidas ou os vossos problemas. A vossa resposta surgirá muito em breve.

A China na conquista da Inteligência Artificial

A China é uma das potências mundiais mais poderosas atualmente, com gigantescos investimentos em desenvolvimento civil e militar, está a se destacar em avanços do campo da inteligência artificial (IA). Mas com a crise de microchips e o histórico de rápido sucesso do ocidente nas pesquisas e aplicações da IA, o país começou a potencializar os seus esforços económicos e científicos para alcançar este mercado tecnológico.

E em poucos anos, ocupou o segundo lugar do país que mais investe em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de IAs e demonstra que tem conseguido alcançar a atenção mundial nesta corrida pelo podium.

Construir pontes de inovação

Antes da entrada de Deng Xiaoping como líder do país em 1978, a China viveu num atraso científico gigantesco devido aos valores socioculturais estabelecidos pelos governos anteriores e pelos embargos económicos dos Estados Unidos (EUA) durante a Guerra Fria.

As reformas trazidas por Xiaoping abrem o mercado chinês, inserem valores culturais que priorizem a educação e aumentam o foco nos investimentos em P&D, faz com que a China entra num rápido crescimento tecnológico e científico.

O país iniciou os seus primeiros desenvolvimentos em IA na década de 2010, focadas no mercado privado com sistemas ligados à internet das coisas, big data, computação em nuvem e outras tecnologias da informação.

Isso animou os pesquisadores e os investidores do mercado mundial na área, o que levou o país a começar aplicações governamentais, inserir a tecnologia na produção, manutenção e melhoria da infraestrutura física e social do país. Porém, os avanços da China nunca foram bem vistos por parte da comunidade internacional, ainda mais por aqueles que se declaram ser os principais rivais desta potência.

Os EUA têm avançado contra o país desde a sua revolução em 1949, onde implementou estrategicamente diversas sanções económicas e industriais para frear os avanços tecnológicos e científicos da China. A qual não mediria esforços para contornar esta situação e garantir um lugar no podium de uma corrida que só começava.

Uma corrida caótica

Uma IA avançada é uma tecnologia que necessita de altíssimos recursos computacionais, ainda mais quando se trata de aplicações mercado lógicas e do campo de administração pública de um dos maiores países do mundo. Para isso é necessário uma grande e diversa cadeia de produção e desenvolvimento especializada no ramo, que entregue profissionais, softwares e hardwares de qualidade.

Foi então que, na metade da década de 2010, a China iniciou investimentos industriais focados nesta demanda, perdeu parte da sua dependência de importação de outros países.

A iniciativa de novos investimentos, se provaria essencial nos anos seguintes, devido a novas sanções económicas estabelecidas pelos EUA, motivada por um escândalo de espionagem e roubo industrial que envolvia um cidadão chinês ligado ao ramo da tecnologia.

Em 2017, o Conselho do Estado da China publicou o “Plano de Desenvolvimento em Inteligência Artificial da Próxima Geração”, que visa tornar a China o país líder em tecnologia IA até 2030.

O plano possui três objetivos principais: o primeiro é acelerar as pesquisas na área com altos investimentos públicos/privados e promover programas de inovação tecnológica; o segundo é fazer a integração da IA em variados sectores da economia chinesa, incluindo saúde, transporte, manufatura e militar; e o terceiro prevê um foco na consciencialização e compreensão civil sobre a área.

O governo chinês é um dos governos que mais investem em P&D e aplicação de IAs no quotidiano da sua população. Ela já acompanha o aprendizado e concentração dos alunos, participa na produção e transporte da indústria de base, coordena os funcionários robôs na indústria de consumo, auxilia no armazenamento das centenas de terabytes de dados dos cidadãos e opera em diversos campos do robusto Exército de Libertação Popular.

Mas não é só o governo que faz frente no desenvolvimento da área, empresas como Alibaba, Baidu e a iFlytek, são as maiores empresas no ramo que atuam no país. O Baidu destacou-se no princípio do ano com o anúncio do seu framework de processamento de linguagem natural, Ernie Bot, que ainda não tem data de lançamento e não possui indícios de ser um competidor direto ao ChatGPT.

Em 2018, a China ultrapassou os EUA em três lugares, como a maior possuidora de patentes de IA, a maior produção científica e a maior quantidade de citações académicas no mundo, além de estar em segundo lugar em quantidade de especialistas e companhias focadas no campo.

No entanto, tais conquistas despertam a atenção daqueles que perdem com elas, o que gera tensões ainda maiores quando se trata do embate entre as duas maiores potências do planeta.

O governo dos EUA demonstrou forte apreensão a respeito do rápido avanço da China na corrida das IAs, ainda mais com as aplicações militares e farmacêuticas que surgiram a partir do plano de 2017, o que ajudou a tencionar outros conflitos vigentes entre as duas hegemonias.

Conflitos inacabados

A produção dos avançados microchips da TSMC, sempre é trazida como um dos principais temas de debate sobre o conflito China-Taiwan. Tais microchips, são peças-chave para o desenvolvimento de IAs de altíssima capacidade.

A tensão aumentou com a entrada dos EUA a oferecer o suporte diplomático a Taiwan, onde juntos iniciaram extensas restrições de comércio tecnológico à China; aumentaram as taxas de exportação, limitaram os diversos acessos a patentes de microchips e até proibiram certas empresas de fazerem qualquer partilha de conhecimento científico ao país.

Por mais que a China tenha ganhado grande independência industrial na área, ela ainda fazia importações pontuais para a sua produção, o que foi bastante dificultado com as inúmeras restrições.

Além das complicações geopolíticas, a China é conhecida por ser um dos países com maior nível de vigilância civil do mundo. E com a aplicação das IAs neste campo, as capacidades do governo armazenar os dados dos seus cidadãos é enorme; reconhecimento facial, de voz, de consumo e até de comportamento social, são coletados para usos de ordem governamental.

O uso das IAs de maneira autocrática, pode causar danos ou cercear os direitos de uma sociedade, criando assim, uma aversão irracional a uma extraordinária ferramenta. Além dos riscos à liberdade de expressão e à democracia, que diminuiriam a confiança da população no governo e nas empresas que usam essa tecnologia.

Tais usos indevidos das IAs, não se limitam apenas à China. Os EUA já esteve nos holofotes pelo alto grau de vigilância e uso indevido de informações dos seus cidadãos. Além dos diversos casos trágicos de ataques aéreos norte-americanos realizados por drones, que mataram centenas de civis em mais de cinco países do oriente.

Uma tecnologia com finalidades nobres, quando usada por entidades mal intencionadas, perdem o seu sentido original juntamente com as vítimas destas más intenções.

Reflexões

Não há como negar o grande avanço que a China obteve nos domínios da P&D de IAs, sabe investir, planejar e aplicar as suas descobertas nas áreas civis e continua a transformar sempre a indústria de base e de consumo do país.

E como potência mundial, não limitou os seus esforços na expansão da automatização do seu corpo militar, criou uma das forças militares mais artificialmente inteligentes do mundo. Possui um avanço sistema de logística de integração militar, que conecta os cinco braços militares do país: forças terrestres, aéreas, marinhas, de mísseis balísticos e a força de apoio estratégico.

Quem é Jack Teixeira, o informático suspeito de revelar documentos confidenciais dos EUA?

Aos 21 anos, Jack Teixeira foi detido por revelar documentos militares norte-americanos confidenciais num grupo na plataforma Discord, onde eram habituais conversas sobre Deus, guerras e armas. Teve acesso à informação enquanto membro da Guarda Aérea Nacional.

Conversas sobre guerras e videojogos, preferências de armas, piadas racistas e momentos de oração marcavam o grupo “Thug Shaker Central”, na plataforma Discord, onde Jack Teixeira partilhou documentos militares norte-americanos altamente confidenciais. O membro da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts, nos Estados Unidos, detido na quinta-feira, tem 21 anos e é lusodescendente.

Os documentos divulgados revelam ações de espionagem dos Estados Unidos a aliados, inimigos e dados sensíveis dos serviços secretos militares sobre a guerra na Ucrânia. O jovem será acusado da subtração não autorizada de informações classificadas de defesa dos Estados Unidos, avançou o procurador-geral norte-americano, Merrick Garland, na sequência da detenção.

Identificado como “O.G.”, Teixeira publicou o material durante meses, inicialmente com as suas próprias anotações e, desde há alguns meses, com imagens de documentos com marcas de dobras, porque sentiu que as suas redações não eram levadas a sério, disse à AP um membro do grupo que recusou a identificar-se.

A mesma fonte indica que o jovem era um cristão que frequentemente falava de Deus, orava com os membros do grupo de conversação e, enquanto estava alistado, opôs-se a muitas das prioridades do Governo dos Estados Unidos, mas frisa não acreditar que este tenha divulgado os documentos por motivos ideológicos.

Na Guarda Aérea Nacional desde 2019, o jovem era aviador de primeira classe e “especialista em sistemas de transporte cibernético”, ou seja, um perito em tecnologias de informação responsável pelas redes de comunicações militares. Nesse papel, teria um nível mais alto de habilitação de segurança porque também teria a responsabilidade de aceder e garantir a proteção da rede, disse um oficial de defesa à agência noticiosa.

Quando questionado sobre como um militar tão jovem poderia ter acesso a documentos altamente confidenciais, o porta-voz do Pentágono, Patrick Ryder, disse ser da natureza dos militares confiarem nos seus membros mais novos grandes níveis de responsabilidade, incluindo questões significativas de segurança.

A Guarda Nacional emitiu um comunicado em que realça encarar o tema “muito a sério”. “A segurança nacional é nossa principal prioridade e qualquer tentativa de miná-la compromete os nossos valores e degrada a confiança entre os nossos membros, o público, aliados e parceiros”, pode ler-se na nota.

WhatsApp reforça segurança para prevenir roubos de conta

O WhatsApp anunciou uma série de novas funcionalidades de segurança que farão com que seja muito mais difícil roubar a sua conta. Uma destas novidades ficará evidente quando trocar de dispositivo móvel.

Ao trocar de telemóvel, o WhatsApp poderá pedir ao utilizador que use o antigo dispositivo para confirmar que quer transferir a conta para o novo equipamento. Caso já não tenha acesso ao seu antigo dispositivo, o WhatsApp poderá enviar um novo código para completar este passo.

MAIS: WhatsApp. Agora é possível ter o mesmo número em dois telemóveis

Esta e outras funcionalidades de segurança serão lançadas pelo WhatsApp ao longo dos próximos meses, com a empresa a recomendar aos utilizadores que ativem a autenticação por dois fatores.

LinkedIn lança sistema de verificação de identidade

O LinkedIn anunciou que vai lançar algumas funcionalidades na plataforma e, entre elas, está um sistema de verificação de identidade.

Como conta o site CNet, este sistema foi criado para desmantelar esquemas de utilizadores que dizem ter trabalhado numa empresa quando, na verdade, não faz parte da respetiva experiência profissional.

MAIS: Consultório MenosFios: Sete dicas para impulsionar o seu perfil do LinkedIn

A funcionalidade em questão permite a qualquer utilizador confirmar que trabalha na empresa que refere, enviando um e-mail de confirmação para o respetivo endereço profissional. Após ser testada com um número limitado de empresas, esta novidade já se encontra disponível para todos os utilizadores do LinkedIn.

Quando conheces contactos profissionais pela primeira vez, precisas de sinais adicionais de confiança para teres a certeza de que são quem dizem ser, justificou uma das executivas da Microsoft, Joy Chik, numa publicação de blogueAo olhar para uma verificação, os membros e organizações podem ficar mais tranquilos de que as pessoas com quem colaboram são autênticas e que as filiações profissionais nos seus trabalhos são precisas.