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Quarta-feira, Setembro 3, 2025
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Startup angolana em destaque nas finais globais do ClimateLaunchPad

A startup ANGOCULTIVA, que atua no sector da tecnologia agrícola, através da robótica, blockchain, big data e a engenharia, foi um dos principais projetos inovadores em evidência nas finais globais do ClimateLaunchPad, na sua edição mais recente.

Virada a uma solução voltada para sistemas alimentares,  a startup angolana vencedora do ClimateLaunchpad Angola 2022 destacou-se no concurso pelo valor das suas soluções e o quão promissor é o seu projeto de desenvolvimento de tecnologias para a agricultura sustentável e produção fertilizantes orgânicos a partir do lixo e biofertilizantes a partir de bactérias.

A ANGOCULTIVA apresentou as suas ideias diante de um júri internacional pela primeira vez na final regional, destacando o facto de ficarem a frente de mais de 1.900 startups, sendo selecionadas nos 80 melhores projetos em todo o mundo.

A experiência foi boa, estar ligados a outras startups verdes e bem mais estruturadas (vimos  até startups compostas por pessoas que trabalham na NASA) nos fez analisar que  precisamos de trabalhar mais e que não estamos fora do Mapa, chegar até a semifinal e  estar entre as 80 startups mostrou-nos mais uma vez que os angolanos têm potencial e ainda temos muito para dar. Conseguimos com esta participação dar uma entrevista para a RDP África e falar sobre a nossa participação neste concurso. Agradecemos em especial a Acelera Angola, Embaixada da Suécia e EcoAngola“, disse José Coio, cofundador da startup.

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O ClimateLaunchPad é um programa internacional que tem como base apoiar ideias de negócio que reduzam o impacto negativo no ambiente, e são convidadas a participar no concurso startups com ideias de negócio cleantech – relacionadas com energias renováveis, eficiência energética, agricultura, água, transportes, economia circular e muito mais.

Para a edição de 2022, os temas do ClimateLaunchpad Angola foram os seguintes: Tecnologia Industrial, Transporte e Mobilidade, Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Eficiência Energética e Energia Renováveis.

Huíla ganha estação para medir parâmetros meteorológicos em altitude

Foi inaugurado recentemente uma estação automatizada de medição dos parâmetros meteorológicos em altitude (ROBOTSONDA), na província da Huíla, propriamente no aeroporto da Mukanka, cidade do Lubango.

A infraestrutura tecnológica contém também uma estação aeronáutica do mesmo aeroporto, além das estações sinóptica e sísmica na localidade da Mapunda, ambas na província da Huíla, no âmbito do Projeto de Modernização do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET), em parceria com a Meteo France Internacional (MFI).

Como se tem vindo a constatar, com a crescente evolução tecnológica, os serviços relacionados com a meteorologia no País vêm observando uma radical transformação nas áreas da Previsão do Tempo, Climatologia, Hidrometeorologia, Agrometeorologia, Sismologia e Aeronáutica, com a inclusão de Estações, Hardwares, Softwares e formações nas mais distintas áreas do sector”, pode ler-se na nota divulgada aos meios de comunicação.

A estação ROBOTSONDA está em funcionamento com equipamentos de tecnologias de ponta, que vai permitir modelar de forma realística as condições atmosféricas em altitude, das variáveis de temperatura, direção e velocidade do vento, humidade e pressão (até 35 km), através de sistemas de lançamento de balões de sondagem totalmente automatizados.

Por regra, os dados gerados pelas sondagens (ROBOTSANDA) visam alimentar a rede da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e permitem que Angola contribuiu em grande escala para a correção dos modelos meteorológicos globais”, frisa a nota, destacando ainda que em relação ao continente Africano, com exceção de Angola, todos os outros países operam esta tarefa de maneira convencional.

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De informar ainda que estes dados são também assimilados pelos modelos meteorológicos regionais do INAMET e melhoram a relevância destes modelos, que beneficiará principalmente a população angolana, através de previsões meteorológicas mais precisas e melhores avisos em caso de eventos meteorológicos severos (por exemplo, chuvas extremas e secas).

O equipamento a ser inaugurado no aeroporto Mukanka, completa uma rede que totaliza três ROBOTSONDAS em Angola, um dos quais já operacional no aeroporto 4 de fevereiro na província de Luanda e o outro instalado no aeroporto Comandante Dangereux em Luena, com previsão de inauguração no final de novembro do ano corrente”, finaliza a nota.

Tens uma ideia inovadora? Candidate-se a 2° edição do programa “Quem Quer Ser Empreendedor””

Já estão abertas as inscrições da 2° edição do programa “Quem Quer Ser Empreendedor (QQSE)”, que tem como objectivo apoiar o desenvolvimento de ideias de negócio e startups inovadoras angolanas, oferecendo os recursos e conhecimentos necessários para estas poderem aumentar o seu impacto na sociedade.

O programa que é uma iniciativa da Embaixada dos Estados Unidos em Angola, implementada pelo Acelera Angola, em parceria com a ideiaLab, está aberto a todos os jovens que têm uma ideia de negócio e estão decididos a levá-la adiante.

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Para todos os jovens que começaram um negócio no máximo há não mais de dois anos e precisam de um empurrão para levá-lo ao próximo nível! O QQSE é focado nos jovens (18 aos 35 anos), independente do seu sector de Informação que querem construir uma Angola mais próspera e tornar o mundo num lugar melhor para todos.

Prémios

As 5 melhores ideias de negócio(startups) vencedoras receberão um prémio monetário com base no seu plano de crescimento, para além de um acompanhamento e suporte estratégico de profissionais com larga experiência no ramo empresarial.

As inscrições estão abertas desde o dia 19 de novembro, onde podes clicar em aqui para teres mais informações.

Endure Capital anuncia um fundo de 50 milhões de dólares para as startups em fase inicial de África

A Endure Capital anunciou que o primeiro encerramento do seu novo fundo de 50 milhões de dólares para startups em fase inicial em África foi concluído.

Esse segundo fundo de capital de risco da Endure Capital, o Endure 21, vai investir em grande parte em startups em fase inicial impulsionadas pelo impacto em África, ao mesmo tempo que se aproxima seletivamente das startups em fase de crescimento em todo o mundo.

Instituições como a Micro, Small, and Medium Enterprise Development Agency (MSMEDA), os founders de várias startups regionais de topo, o Fundo Social para o Desenvolvimento do Egito e o British International Investment (BII), uma instituição de financiamento do desenvolvimento e investidor de impacto sediado no Reino Unido, estão entre os parceiros limitados do fundo.

A Endure Capital é uma gestora de fundos local de topo bem estabelecida no ecossistema empresarial do Egito, e onde o BII está entusiasmado por trabalhar com eles.

Estamos entusiasmados com a forma como a nossa colaboração no Endure21 apoiará a próxima geração de líderes empresariais visionários do Egito, dando-lhes o financiamento necessário para lançar empresas que estão a desenvolver novas soluções e a promover um crescimento rápido, inclusivo e produtivo em toda a sociedade“, disse Abhinav Sinha, Chefe de Tecnologia e Telecomunicações da BII.

Já Hany Emad, Diretora do setor central para o financiamento de pequenos projetos na MSMEDA, disse que a sua instituiçao stá feliz em colaborar com a Endure Capital para fortalecer a economia egípcia, apoiando o clima empresarial e capacitando jovens inovadores e empreendedores.

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Além disso, o líder de e-commerce B2B MaxAB e Breadfast, que revolucionou o negócio de entrega de alimentos no Egito, é um dos outros investimentos do fundo inaugural da Endure.

A Aspect Biosystems, a Tribal Credit e a Boom Supersonic são algumas das outras empresas de renome internacional no portfólio inicial da Endure.

Há uma taxa interna de retorno de 43% no primeiro fundo e um retorno de 4,3 vezes sobre o investimento, colocando-o no primeiro trimestre de fundos de desempenho para o seu ano vintage.

De informar ainda que Endure Capital fez com que Mohamed Noweir se juntasse como parceiro para liderar a equipa de investimento para o seu segundo fundo. Com mais de 15 anos de experiência em startups e negócios, Noweir trabalhou para empresas como a McKinsey & Company, IBM, Rocket Internet e Careem.

Foram feitos alguns investimentos com o novo fundo. Algumas delas incluem: liderar a Série A de Brimore, a principal plataforma de comércio social do Egito; Cassbana, uma solução de crédito alternativa (BNPL) para as PME; O Pylon, uma startup no campo da infraestrutura inteligente que oferece “Smart Metering as a Service” (SMaaS) numa base de subscrição para fornecedores de água e eletricidade em países em desenvolvimento.

Além disso, a Endure iniciou o Fundo de Oportunidades de Sem, que aumentará a dimensão dos seus investimentos anteriores mais bem sucedidos.

A Endure Capital, criada em 2015 pelo empresário em série Tarek Fahim, tornou-se uma das maiores empresas de Capital Venture (CV) da área.

O seu fundo inicial foi um dos investidores institucionais pioneiros na Careem, que a Uber comprou mais tarde por 3,1 mil milhões de dólares. A transação continua a ser a maior saída tecnológica que o Médio Oriente já testemunhou.

Com a Endure 21, a empresa vai investir em 24 negócios, assumindo uma posição neutra em termos sectoriais. Metade do capital será reservado pela Endure Capital para investimentos adicionais nos negócios com melhor desempenho da sua carteira.

O fundador e CEO, Tarek Fahim mencionou que a sua estratégia como empresa está a fornecer apoio paciente e a longo prazo aos empreendedores tecnológicos.

Elon Musk avalia reativação de contas suspensas no Twitter

Elon Musk está a avaliar a reativação de contas suspensas no Twitter, questiono os utilizadores sobre esta possibilidade, após ter voltado a permitir a presença de Donald Trump na rede social.

O Twitter deveria oferecer uma amnistia geral para as contas suspensas, desde que não tenham infringido a lei ou feito spam“, questionou o dono da empresa.

Cerca de duas horas depois, mais de um milhão de contas já se tinha pronunciado, sobretudo, a favor da reativação.

No sábado, o presidente executivo do Twitter já tinha voltado a ativar a conta do antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, banido após a invasão ao Capitólio, em janeiro de 2021.

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Musk, que também é responsável pela Tesla e pela SpaceX, tem vindo a sublinhar que o Twitter é uma “praça pública digital”, essencial para a democracia.

Ainda assim, defende que a moderação de conteúdos é muito restritiva, prejudicando a liberdade de expressão.

Perante isto, várias marcas já suspenderam a sua publicidade na plataforma.

SIC recupera cabos de fibra óptica roubados da Angola Telecom

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) da província do Cunene recuperou os 128 metros de cabos de fibra óptica de 24 pares, pertencentes a empresa Angola Telecom, furtados no último mês de outubro.

Segundo Beloune Carlos, porta-voz do SIC e inspetor de investigação criminal, informou que os cabos foram furtados no troço da estrada 105, que liga Ondjiva ao município de Ombadja, e recolhidos na localidade de Olukando, arredores do aeroporto 11 de novembro.

Falando em conferência de imprensa, frisou que as investigações continuam para num curto prazo deter os presumíveis autores, ressaltando ainda que durante o ato foram subtraídos quinhentos metros de cabos de fibra óptica que conecta as províncias do Cunene e Huila.

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De informar que Angola Telecom reforçou a necessidade de se garantir a segurança ao longo da sua linha de cabos de fibra óptica, para que situações de roubos do género não voltem acontecer, por se  tratar de um material que custa muito caro no mercado.

Por isso, a empresa de telecomunicações pede a colaboração das autoridades tradicionais e da população para controlarem a linha, bem como denunciarem os indivíduos que tentarem vandalizar de novo.

Angosat-2 vai impulsionar o sector do Petróleo e Gás

O Angosat-2 vai alavancar o sector do Petróleo e Gás em Angola, no que respeita as telecomunicações, segundo o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.

O dirigente público que falava na Conferência sobre Tecnologias e Inovação, organizada pela Mercury Serviços de Telecomunicações (MSTelcom), disse ainda que é possível fornecer ao sector petrolífero, e não só, sistemas que permitem determinar derrames de petróleo, entre outros serviços, isso tudo com o Angosat-2.

Ao falar para uma audiência vasta de analistas do sector de óleo e gás, Mário Oliveira frisou que com o satélite geoestacionário angolano e o sistema de observação da terra, o Executivo está em condições de fornecer ao sector petrolífero, aquilo que considera necessidades do mercado petrolífero e não só.

O Angosat2 é um investimento grande que o país desenvolveu. É uma componente do Programa Nacional Espacial que inclui o sistema de observação em terra”, informou.

Ainda na sua abordagem, o Ministro salienta que além do Angosat2, o Executivo Angolano deu início ao projeto de expansão da fibra óptica, que virá a ser uma peça “muito importante” para o ecossistema da exploração petrolífera.

MAIS: Executivo prepara-se para comercializar serviços do Angosat-2 nos próximos dias

Mário Oliveira revelou também que o nosso país aderiu recentemente ao cabo “2 África”, um dos maiores em construção de fibra óptica, e nos últimos 20 a 25 anos, mostrando claramente que o Governo tem investido de forma cíclica nas redes básicas de telecomunicações, quer por via satélite, quer por micro-ondas ou em fibra óptica.

Localização do Angosat-2 (Atualizado as 15:46 do dia 24 de Novembro de 2022)
Localização do Angosat-2 (Atualizado as 15:46 do dia 24 de Novembro de 2022)

De informar que Angola conta com um conjunto de três cabos de fibra óptica internacionais que atracam em território nacional, entre os quais o SACS, o único que liga África com a América do Sul.

Outro projeto apontado como sendo de importância capital para beneficiar o sector petrolífero é o de desenvolvimento de aplicações espaciais.

Por fim, o Ministro realçou a  importância de se continuar a dar oportunidade à juventude para continuarem a estudar e a formar-se, pois, “de nada adianta termos satélites, se não tivermos jovens capazes de poder manejar toda a tecnologia em volta do desenvolvimento do ecossistema tecnológico”.

Governo iraniano impõe restrições ao uso de internet

O Governo do Irão impôs esta segunda-feira restrições ao uso da internet, com as ligações móveis cortadas para muitos utilizadores, verificando-se ainda dificuldades de acesso em alguns pontos do país, foi anunciado.
Os dados de tráfego da rede mostram uma grande interrupção do serviço de internet no irão, com a internet móvel cortada para muitos utilizadores“, indicou esta segunda-feira a plataforma ‘online’ NetBlocks.

Por sua vez, a internet fixa encontra-se a funcionar de forma lenta.

O Irão tem enfrentado vários protestos desde a morte de Masha Amini, em 16 de setembro, sendo detida, três dias antes, por não usar, de forma correta, o véu islâmico.

MAIS: Starlink ativa rede de satélites para permitir acesso de internet no Irão

As interrupções no serviço da internet começaram a ocorrer desde o início dos protestos, tendo melhorado nas últimas semanas.

Contudo, aplicações como o WhatsApp, Instagram ou Twitter continuaram a apresentar problemas.

Inicialmente, os manifestantes, sobretudo jovens e mulheres, reivindicaram mais liberdade, mas agora exigem também o fim da República Islâmica.

Pagamentos eletrónicos registam um aumento “significativo” em Angola

O aplicativo Multicaixa Express registou, no último mês de outubro, um total de 34,2 milhões de operações, o que representa um número superior aos movimentos executados pelos Terminais de Pagamento Automático (TPA) que foi de 33,3 milhões.

Os números foram apresentados recentemente em Luanda, pelo vice-governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Rui Miguêns, falando no  XI Fórum  de Economia e Finanças, organizado pela Associação Angolana de Bancos (ABANC), salientado que o número de operações de compras em TPA apresentava, em dezembro de 2017, um total de 12,3 milhões, com base no relatório da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS) referente ao mês de outubro de 2022 cifrou-se em 33,3 milhões, um crescimento de quase três vezes.

Esses números representam um aumento “significativo” do número de transações financeiras com recurso a meios de pagamento eletrónicos, na opinião do vice-governador do BNA, salientando que “é indicativo do quão rápido pode ser a penetração de produtos e serviços diferentes dos tipicamente oferecidos por via do canal balcão bancário“.

Um outro fator destacado por Rui Miguêns é a disrupção digital em Angola, que mostra que o que está em causa, “não é apenas a concorrência entre canais da mesma instituição bancária ou entre instituições bancárias“.

MAIS: Angola vai ganhar uma nova plataforma de transferências móveis instantâneas

Ainda na sua abordagem, o gestor destaca a evolução que se observa nos indicadores da EMIS mostra que os clientes bancários começam a privilegiar os meios digitais para ter acesso aos serviços bancários e efetuar transações.

“Observamos que, para além das operações das tradicionais instituições não bancárias, gradualmente, startups orientadas para a comercialização de serviços passaram a ter carteiras móveis integradas nos seus aplicativos“, salientou.

Por fim, acrescentou que o aumento significativo do número de transações financeiras com recurso a meios de pagamento eletrónicos é indicativo do quão rápido pode ser a penetração de produtos e serviços diferentes dos tipicamente oferecidos por via do canal bancário.

Sendo assim, Rui Miguêns defende que  a concorrência pelo consumidor de serviços financeiros deixou de ser apenas entre bancos, atualmente, o BNA tem licenciadas dezasseis sociedades prestadoras de serviços de pagamento, dentre elas  empresas promovidas por prestadores de serviços de telecomunicações e fintechs.

O BNA não está alheio a este processo e para lá do espaço regulatório que vem oferecendo para uma, cada vez maior oferta de produtos e serviços financeiros digitais, bem como, vem estudando e implementando tecnologias como a robótica e a inteligência artificial, uma forma de tornar os processos de negócio mais céleres, seguros e transparentes“, finalizou.

Parlamento Europeu é alvo de ataque de hackers pró-Kremlin

O site oficial do Parlamento Europeu foi forçado a ficar offline devido a um ciberataque, mais especificamente um ataque DD0S (ataque de negação de serviço, uma tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis), de acordo com o grupo de segurança cibernética BetterCyber, citado pela AFP.

site está supostamente inacessível em vários países da Europa, assim como nos Estados Unidos.

O ataque ocorre poucas horas após o Parlamento Europeu classificar a Rússia como um “estado patrocinador do terrorismo” pelos ataques contra alvos civis na Ucrânia.

Os ataques de negação de serviço são normalmente executados inundando o sistema com solicitações supérfluas na tentativa de sobrecarregar os sistemas.

O grupo de hackers pró-Kremlin “KILLNET” reivindicou a responsabilidade pelo ataque no Telegram.

A presidente da instituição, Roberta Metsola, acusou através do Twitter um grupo ligado à Presidência russa (Kremlin) de ter cometido “um ciberataque sofisticado” e respondeu escrevendo “Glória à Ucrânia”.

O Parlamento está a ser alvo de um ciberataque sofisticado. Um grupo pró-Kremlin reivindicou a responsabilidade, [mas] os nossos peritos em tecnologias de informação estão a combatê-lo e a proteger os nossos sistemas“, referiu Roberta Metsola.

“Isto, após termos proclamado a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo”, lembrou a responsável.

E adiantou: “A minha resposta é ‘Slava Ukraini [Glória à Ucrânia]'”.

Fonte da assembleia europeia confirmou à agência Lusa o ciberataque.

O incidente surge no dia em que o Parlamento Europeu aprovou uma resolução em que reconhece a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo, apresentada pelo grupo político dos Conservadores e Reformistas Europeus (centro-direita).

Os eurodeputados aprovaram, na sessão plenária em Estrasburgo (França), uma resolução que denuncia como “atos de terror e crimes de guerra” os ataques de Moscovo à Ucrânia, nomeadamente a alvos e infraestruturas civis, informou a instituição em comunicado.

Assim, o Parlamento Europeu classifica a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo que “utiliza métodos de terrorismo”, apelando ainda à adoção de um nono pacote de sanções a Moscovo.

A resolução foi aprovada por 494 votos a favor, 58 contra e 44 abstenções.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que responde com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.