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Terça-feira, Agosto 26, 2025
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Um sistema para criar salas de reuniões virtuais?

Com esta estória do “distanciamento físico e social” que a esquindiva da Covid nos obriga com ela, a moda agora é “reuniões virtuais em plataformas digitais”. Já ninguém anda atrás de ninguém para reunir: faz no Zoom, streamline, live e mais alguns nomes que há pouco mais de um ano ninguém conhecia ou ligava nenhuma e — já está! Quando se assustam, a malta está a reunir. Até a sacrossanta Assembleia Geral das Nações Unidas, pela primeira vez na sua história, foi feita desta forma: cada Chefe de Estado “ficou mbora” na casa dele. Reuniu os seus ministros e secretários, “se apontaram” umas câmaras à maneira, ligaram-se a um monitor de televisão e assim fizeram a reunião que simboliza o maior evento da diplomacia mundial.

Nos ministérios e altos gabinetes a mesma coisa: ninguém mais sai do seu gabinete para os encontros e reuniões de trabalho. Cada um liga o computador às tais plataformas digitais e, sem fazer nada mais que um clique, conecta-se e reúne-se como se todos estivessem na mesma sala. Ou melhor, pensando bem, até estão mesmo na mesma sala. Só que digital. A sala da reunião é virtual e a reunião ganhou um nome chique: videoconferência.

Há uns bons meses que venho cobiçando um “baita” desses sistemas de videoconferência na sala de reuniões de uma ministra minha kamba. Sentada na sua cadeira, a ministra fala para Genebra, para Nova Iorque, para as províncias, organiza projectos e programas, dá as suas orientações e, para o meu espanto, muitas vezes dá as instruções a subordinados nas províncias, que se comunicam com ela a partir dos seus telefones. Já a vi numa ocasião a pedir que lhe enviassem um vídeo de uma situação que lhe tinha despertado a atenção e a recebê-lo em menos de dez minutos. O vídeo foi feito naquele mesmo momento pelo técnico, usando o seu telemóvel. A reunião continuou depois com a ministra a falar da situação como se a tivesse visto. E viu de facto, através daquela tecnologia. Admirado, perguntei como tinham obtido o equipamento, dos mais sofisticados que tinha visto, e disseram-me que tinha sido uma oferta da gigante de tecnologia Huawei, como contribuição para o combate à pandemia que assola o mundo inteiro e Angola também.

Lembrei-me disso quando vi há dias num noticiário que a mesma companhia doara um equipamento de videoconferência inteligente à Primeira Dama e se comprometeu, através de um termo de cooperação, a implementar um plano de formação em TIC que incluirá temas como 5G e progresso da indústria, redes de comunicação de dados e tendências de desenvolvimento, computação na nuvem, conceitos básicos de tecnologia, inteligência artificial, entre outros. No período 2021-2022, a Huawei ministrará mil horas de cursos introdutórios às TIC´s e 6 mil horas de Formação para Certificação em Soluções Huawei. Os programas estão direccionados a jovens identificados no âmbito dos programas do Gabinete da Primeira Dama.

Conhecendo um pouco a Primeira Dama e a forma como trabalha – não é por acaso que foi a ministra do Planeamento que serviu mais tempo e membro do Board do Banco Mundial – estou mesmo a ver a tremenda mais valia que o equipamento doado constituirá para ela e para as suas assistentes. Estou mesmo a vê-la a retomar a liderança que exercia na iniciativa do Fórum das Primeiras Damas Africanas na luta contra a transmissão vertical da transmissão de VIH de mãe para filhos durante a gravidez. Esse programa, entre nós conhecido como “Nascer Livre para Brilhar”, e que estava já a dar frutos bastante promissores, foi brutalmente truncado pela pandemia da Covid-19 e a incapacidade de toda a gente, ela incluída, de realizar as viagens de acompanhamento e avaliação que tão bem fazia às províncias. Também já a estou a ver, por via desse sistema, a retomar as reuniões de coordenação com as esposas dos Governadores Provinciais que coordenam o projecto nas respectivas províncias. Atrevo-me a dizer que, com esta oferta, a Huawei pode ter dado um impulso importante ao renascimento da que eu considero uma das maiores iniciativas humanitárias do mandato do Presidente João Lourenço.

Uma outra oportunidade importante que a Huawei facilita é a formação de jovens em soluções de inteligência artificial e o aumento da sua fluência no domínio de tecnologias digitais de ponta. Aí, mais uma vez, vejo um toque da visão da Primeira Dama. É que, essa fluência, hoje por hoje, não só nos protege da contaminação do coronavírus, como constitui um tremendo meio de poupanças num contexto de muito poucos recursos financeiros. Com a popularização das reuniões e encontros digitais, poder-se-á realizar reuniões nacionais, conselhos consultivos e até congressos sem os grandes custos em transporte, alojamento e alimentação a que estamos habituados. E a quantidade das presenças será maximizada – ninguém poderá dizer que não veio por causa dos transtornos de viagem – e a qualidade também, já que cada um poderá assistir ao evento a partir do conforto da residência ou escritório.

Confesso que fiquei com inveja da oferta que a minha kamba ministra e a Primeira Dama receberam da Huawei. Um dos meus sonhos é ter um sistema desses para as minhas “kavuanzas” profissionais com os kambas que trabalham comigo um pouco por este mundo que Deus criou. Por isso o título dessa crónica: Ninguém me oferece só um mambo desses também? Sonhar não custa dinheiro, só sono…

Receitas arrecadadas pelas administrações municipais são controladas em tempo real

No início de 2017 foi lançado o Portal do Munícipe, e cujo um dos objetivos é acabar com a emissão física de documentos nas administrações municipais e distritais, mas pelo que foi constatado, o referido portal continua sem oferecer estas ferramenta aos cidadãos, e de certeza poucos aderem ao mesmo, apesar de já estar implementado em 124 municípios.

Pelo que foi estipulado, até os pagamentos que as administrações arrecadam na emissão de documentos pode ser controlado via portal. O Portal do Munícipe permite maior controlo, em tempo real, das receitas arrecadadas pelas administrações municipais, considerou hoje a vice-presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda (CACL), Amélia Rita. Em declarações à ANGOP, para falar sobre a importância desta ferramenta, em utilização desde 2018 por  algumas administrações dos distritos urbanos, a responsável afirmou que a grande virtude do Portal é o controlo em tempo real das receitas obtidas na circunscrição.

Esta ferramenta não permite que a administração fique muito tempo a aguardar o retorno das receitas para fazer face as despesas básicas, mas ajuda no aumento da arrecadação de receitas, disse, esclarecendo que antes da implementação deste dispositivo muitas receitas se perdiam. A vice presidente da CACL afirmou que  a partir do momento que o valor é declarado no Portal do Munícipe está disponível para ser utilizado pela própria administração.

Tem havido mais  transparência desde que o Portal começou a funcional, não só pelo controlo das receitas, mas também na celeridade do seu retorno para que as administrações não parem com os seus projectos. Explicou que as receitas arrecadadas pelos serviços prestados pela administração são depositados numa conta agregadora para não se perder muito tempo a espera  que os recursos retornem ao Poder Local.

Google Fotos adiciona opção para reduzir espaço ocupado pelas fotos

Dia 1 de junho (terça feira) a Google vai efectuar alterações a um dos produtos que muitas pessoas utilizam (mesmo sem dar conta), o Google Fotos deixará de oferecer armazenamento ilimitado para todos.

Para evitar constrangimentos, a Google adicionará algumas funcionalidades à biblioteca de fotos. A novidade mais chamativa é o modo Storage Saver (economia de armazenamento, em tradução livre), cujo propósito é reduzir o espaço usado para guardar fotos e vídeos. Como consequência, as fotos com resolução muito elevada sofrerão uma compressão. A boa notícia é que as fotos actuais não serão afectadas.

E se quiser ficar com a qualidade original?

Se tiver fotos muito importantes e que precise de manter a resolução, poderá escolher se prefere manter o sistema de economizar espaço ou se quer fazer o backup na mesma resolução e qualidade original.

Com ajuda da inteligência artificial, o aplicação vai sugerir a exclusão de fotos borradas, imagens repetidas, capturas de tela ou vídeos grandes demais.

A Google tem alertado desde o início que todos os ficheiros carregados nos últimos anos, mesmo que sejam imagens em alta definição, não contarão para o limite de armazenamento.

Segundo as estimativas, mais de 80% dos usuários devem ser capazes de fazer upload de arquivos em alta qualidade por mais três anos antes de usar os 15 GB de espaço. Para quem quiser aumentar para 100 GB, terá de pagar 1,99 USD por mês.

Clubhouse finalmente disponível para Android

No principio do ano corrente foi lançada uma rede social que decidiu fazer o diferente das existentes no mercado até ao momento. A quando do seu lançamento, foi apenas disponibilizado para usuários do sistema iOS.

Depois de alguns meses, o Clubhouse finalmente tem um aplicativo Android para os usuários que tanto estavam ansiosos para a sua chegada na plataforma com o maior número de usuários. O Clubhouse começou a desenvolver o aplicativo Android no início deste ano e começou a testar a versão beta externamente neste mês, a startup disse que a disponibilidade no Android tem sido o recurso do produto mais solicitado.

Enquanto o Clubhouse luta para manter seu crescimento, dados de empresas de insight móvel, incluindo AppMagic, sugerem que as instalações do Clubhouse caíram drasticamente nos últimos meses, o aplicativo para o sistema Android pode ser fundamental para aumentar o alcance da startup em todo o mundo.

O Clubhouse poderia potencialmente, também aumentar o seu crescimento, permitindo que qualquer usuário ingressasse no serviço sem um convite. Mas a startup disse que manter a lista de espera e o sistema de convites é parte de seu esforço para “manter o crescimento medido”. (O Clubhouse enfrentou vários desafios de moderação nos últimos meses.)

Preenchendo a lacuna digital: por que nunca devemos desistir da conectividade de banda larga universal

Durante o ano passado, digamos, a transformação digital acelerou a uma taxa sem precedentes nas sociedades de todo o mundo. Quer estivéssemos a trabalhar, a pesquisar ou a manter contacto com amigos e familiares, estar online tornou-se mais imprescindível do que nunca. Porém, apesar de um grande número de pessoas estar a adaptar-se às suas novas realidades, tornou-se também evidente que um número igualmente grande de pessoas foi impedido de o fazer. Considerando que o tema do Dia das Telecomunicações e da Sociedade da Informação deste ano, que aconteceu a 17 de Maio, é “Acelerando a Transformação Digital em tempos desafiantes”, vale a pena examinar o quão grande é essa lacuna e como a mesma pode ser preenchida.

Na África Subsaariana, por exemplo, aproximadamente 800-milhões de pessoas não estão conectadas à internet móvel. Daquelas, cerca de 520 milhões podem acessar à internet móvel, mas não o fazem por razões como penetração de smartphones e falta de habilidades, enquanto 270 milhões não podem acessar à internet móvel porque não têm a cobertura necessária. Em toda a região, a cobertura de banda larga 4G é de apenas 21 por cento.

Os números são ainda mais claros no que diz respeito à conectividade com a Internet de linha fixa. De acordo com dados da empresa de pesquisas Ovum, há apenas 6,6 milhões de assinaturas de linha fixa na África Subsaariana.  Enquanto se estima um crescimento dos números em três vezes até 2023, o que representa ainda uma pequena parcela da população da região. Tais números deixam evidente que a região lida com uma grande deficiência de infraestrutura de Internet.

Os benefícios da crescente acessibilidade à Internet são óbvios. Em 2019, na África Subsaariana, mais de 650.000 empregos foram sustentados directamente pelo ecossistema móvel e mais de 1,4 milhões de empregos informais em 2019. Também contribuiu com mais de US $ 17 bilhões para financiamento público ao longo do ano. A União Internacional de Telecomunicações (UIT) também definiu que um aumento de 10% na penetração da banda larga móvel em África geraria um aumento de 2,5% no PIB per capita.  Isso sem mencionar os benefícios que uma internet móvel melhor e mais acessível pode ter na educação, saúde e serviços governamentais. Com conectividade de Internet de fácil acesso, as pessoas podem procurar empregos, adquirir novas habilidades e acessar serviços governamentais sem terem que se deslocar para um endereço físico e, potencialmente, ficar em longas filas.

Como vimos, a pandemia causou uma devastação económica e social, mudando a forma como vivemos, trabalhamos, estudamos e socializamos, trazendo uma era de distanciamento social. Uma das mudanças mais significativas é a aceleração da transformação digital. Os legisladores africanos perceberam que o acesso à banda larga é fulcral para mitigar os efeitos da pandemia e impulsionar a recuperação económica na era pós-Covid. Com as mudanças no comportamento e na mentalidade das pessoas, a banda larga também continuará a fornecer oportunidades para que os países africanos ultrapassem os obstáculos para o desenvolvimento socio-económico sustentável e inclusivo.

Obviamente, a responsabilidade de criar acesso não cabe apenas ao governo. As empresas também têm um papel a cumprir. Na Huawei, reconhecemos isso e apoiamos uma série de iniciativas que visam ajudar a aumentar o acesso em áreas onde é mais necessário. Em Julho do ano passado, por exemplo, lançámos o projecto DigiSchool em parceria com uma operadora local e uma organização sem fins lucrativos. Em resposta ao apelo para garantir que todas as crianças sul-africanas em idade escolar possam ler fluentemente para entender, o programa visa conectar mais de 100 escolas primárias urbanas e rurais à Internet de banda larga.

Além disso, lançámos DigiTrucks em vários países africanos, o que permite que todos, de estudantes à empresários, aprendam a usar computadores e a conectar-se com o mundo digital. No início deste ano, também anunciámos uma parceria com operadoras do Gana para construir mais de 2.000 estações base em áreas remotas daquele país para conectar os não conectados.

De uma perspectiva de saúde, entretanto, com as conexões de banda larga, Lifebank, uma startup nigeriana pioneira que entrega sangue e outros suprimentos médicos essenciais para hospitais. Ao manter a startup e seus usuários conectados, podemos garantir que os hospitais recebam suprimentos urgentes quando forem necessários.

Esses tipos de projectos, no entanto, servem apenas para ilustrar quanta necessidade de banda larga acessível existe realmente em toda a África Subsaariana. Eles representam um vislumbre do tipo de acesso que todos devem ter e que os intervenientes da sociedade devem procurar fornecer.

Por mais de uma década, as Nações Unidas reconheceram que a internet é um catalisador para o desenvolvimento sustentável. Todavia, como os eventos do ano passado ou mais mostraram, muitas pessoas são incapazes de desfrutar desses direitos porque não têm acesso e conectividade. Todos nós nos beneficiaremos com a expansão do acesso e a redução dessa divisão. Não há dúvida de que deve ser uma contínua grande prioridade para os governos, empresas e actores da sociedade civil.


Por Leo Chen, Presidente da Huawei na Região da África Austral

Unitel à espera do INACOM para implementação do 5G

A Unitel, a maior operadora de telefonia móvel do país, avançou que está somente à espera do sinal verde do Instituto Nacional de Telecomunicações (INACOM) para começar a operar em 5G, segundo o seu director-geral Miguel Geraldes, durante um workshop sobre a tecnologia promovido pela empresa, na passada segunda-feira.

Miguel Geraldes sublinhou, no entanto, que o regulador estaria mais próximo de viabilizar a tecnologia, sendo que a empresa continua a aguardar por um posicionamento oficial que passe pelo leilão das licenças.

A Operadora argumenta que atribuição de licença é condição primeira para a concretização de investimentos.Consultas ocorrem com o regulador, mas ministro afirma que processo está dependente das empresas.

O director-geral da Unitel apontou consultas com o INACOM, destacando que a atribuição da frequência é condição necessária para a realização do investimento. “Não temos investimentos concretizados. Estamos em consulta com Inacom que tem de emitir a frequência de rádio. Não podemos fazer investimento sem saber a frequência que vamos usar”, fundamentou Geraldes, no mesmo dia em que o minstro  das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, atribuía, entretanto, às empresas a responsabilidade para o arranque da tecnologia.

Antecipando que a implementação da tecnologia deverá ser de forma gradual, a começar pelas zonas urbanas que dispõem de pólos industriais, Miguel Geraldes apontou Luanda, Cabinda, Benguela e Huíla como as províncias prioritárias. A efectivação do 5G, segundo se prevê, deverá proporcionar mais velocidade na internet, reduzir custos com o conceito de network, e permitir poupança no consumo de energia nos smartphones, além de revolucionar o sector económico.

A Unitel também reclama dos “elevados custos” na manutenção dos equipamentos, fruto da desvalorização do kwanza. José Mavungo, director de operação e supervisão, enumera outras dificuldades como as vias de acesso e a falta de energia em várias localidades. Dos 44 distritos existentes, não há cobertura de rede no Baia (em Viana) e na Bela Vista (Icolo e Bengo), ambas regiões de Luanda. No entanto, a empresa augura, este ano, efectivar a cobertura, passando a representar um aumento dos actuais 14 mil quilómetros.

O lixo espacial deve ser uma preocupação?

Recentemente o planeta terra esteve preocupado com descaída dos destroços do foguete chinês que encontrava-se descontrolado, dando a possibilidade da mesma ter caído em qualquer lugar, onde existiu até a possibilidade da mesma cair em alguma zona habitada, e essa foi uma das grandes preocupações que existiu em torno do famoso  “Long March 5B”, que felizmente caiu no oceano na manhã de domingo (09/05/2021). O local de descanso final dos destroços do foguete, perto das Maldivas, fica a algumas centenas de quilômetros do extremo sul da Índia.

Como ninguém ficou ferido ou não causou um acidente grave, praticamente o “Problema” foi desconsiderado, mas fiquei alguns dias a pensar: E se tivesse acontecido algo pior? Será que os países tomariam outras medidas? Será que a China seria crucificada? Qual é a quantidade de lixo espacial que existente e que amanhã poderá ser um perigo para o planeta terra? São muitas questões, mas vamos ao que interessa.

Os países continuarão a lançar foguetes com várias cargas úteis para o céu, e o ritmo tende a aumentar à medida que os lançamentos se tornam mais baratos. Isso garante que o lixo espacial será uma preocupação crescente . Já é uma ameaça aqui no solo pois anteriormente não havia garantia de que o foguete chinês pousaria sem causar danos em um pedaço vazio do oceano. Mas também é um problema a algumas centenas de milhas acima, onde a densidade de satélites mortos e foguetes em desuso podem se tornar uma barreira para a exploração espacial.

Ameaças preocupantes vindas dos céus dificilmente são novas, e por mais que não queiramos aceitar, a natureza tem estupidamente bombardeado o nosso planeta com rochas por mais de 4 bilhões de anos ou desde que a Terra existiu. Mas, como o impulsionador da “Long March 5B” deixou claro, os humanos estão dando ao cosmos uma competição real. A raça humana tem estado a colocar hardware em órbita a uma taxa de cerca de 100 lançamentos por ano , e a maior parte deles eventualmente voltará para baixo um dia.

Portanto, tudo o que é enviado para a órbita baixa da Terra (a região mais cobiçada do espaço próximo) é eventualmente retardado pelo atrito enquanto voa através do ar rarefeito encontrado a algumas centenas de milhas acima. Este arrasto desencadeia uma espiral de morte acelerada em que o hardware mergulha na atmosfera mais densa abaixo. Eventualmente, o objeto queima completamente ou, se for grande o suficiente, seus restos carbonizados se espatifam no chão. Para ser uma noção (Em 1961, a queda de destroços matou uma vaca em Cuba).

Em Angola em outras palavras diríamos assim “Tudo que sobe, um dia cai”. Mas antes de construir um abrigo antiaéreo, é instrutivo considerar as chances de que um satélite morto ou um foguete gasto possa regressar a terra. Actualmente existem mais de 6.000 satélites orbitando a Terra. Claro, metade deles está morta, mas essa distinção será de pouco consolo se algum deles um dia cair sobre o telhado da nossa casa, com tantos objetos acima de nossas cabeças, a chuva de destroços continuará.

Existe alguma maneira de nos precavermos deste problema?

Sim há uma solução que poderá ser adotada. Imaginemos equipar cada grande satélite com um propulsor auxiliar. Quando o satélite atinge sua data de validade, o propulsor dispara e manda o satélite extinto para cima, para uma órbita de cemitério mais espaçosa, onde a atmosfera é muito mais rarefeita. Ele poderia ficar lá com segurança por milhões de anos, fora da vista, da mente e, com sorte, fora do caminho para regressar a terra.

Éóbvio que instalar esse tipo de sistema em torno de uma plataforma de lançamento custa dinheiro, tanto a despesa direta da tecnologia necessária quanto o custo de oportunidade de sacrificar a carga útil adicional. Mas os países podem concordar em fazer isso, considerando-o um imposto para o bem comum. Outras propostas não requerem adesão individual. Por exemplo, a indústria espacial poderia construir uma frota de satélites especializados equipados com redes gigantes ou arpões para coletar detritos. Alternativamente, pode-se usar lasers de alta potência para alterar as órbitas de hardware indesejado ou explodi-lo em pedaços pequenos o suficiente para queimar completamente em seu caminho para baixo.
Em qualquer caso, não fazer nada a respeito do lixo espacial não será uma opção por muito mais tempo. Isso se deve a uma reação em cadeia destrutiva descrita pelo cientista da NASA Donald Kessler no final dos anos 1970. Conforme a densidade do lixo espacial aumenta, a chance de colisão também aumenta. E as colisões produzem mais destroços, o que leva a ainda mais colisões.

Manuel Homem diz que o Estado “não impõe restrições ao 5G” da China

Em entrevista ao Jornal de Angola, Manuel Homem disse que o Estado “não impõe restrições ao 5G da China” e que nos termos das recomendações da União Internacional das Telecomunicações, “o órgão regulador está a fazer o ‘refarming’”.

Por outras palavras, o ministro referiu que o órgão regulador do sector das Telecomunicações está a retirar entidades que estejam num determinado espaço para frequências que foram convencionadas para o 5G, “de maneira a que, tão logo existam condições no país, tenhamos capacidade para entregar aos operadores essa frequência”.

O dirigente declinou, sem meias palavras, as afirmações segunda as quais o Estado angolano esteja apreensivo sobre eventuais violações de soberania levantadas pelo Ocidente em relação a tecnologia 5G chinesa.  

O início da operação da tecnologia 5G em Angola, de acordo com o dirigente, está a depender apenas da avaliação técnica das operadoras de telefonia móvel interessadas, das melhores ofertas comerciais de mercado e de autorizações necessárias do Instituto Nacional de Telecomunicações (INACOM) para a cedência e utilização das frequências.  

Garantiu, no entanto, que o INACOM já preparou a faixa de frequência para disponibilizar aos operadores que queiram implementar o 5G. “Estamos preparados para que, caso qualquer dos nossos operadores queira dar início à operação 5G, possa ter o suporte do órgão regulador quanto à utilização das frequências necessárias”, assegurou o ministro das Tecnologias de Informação e Comunicação Social.

A polêmica em torno da implementação da tecnologia 5G é um dos assuntos quentes nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Além dos EUA, países como Reino Unido, Itália, França, Austrália, Nova Zelândia e Japão bloquearam parcial ou totalmente a adesão da quinta geração da tecnologia por meio de empresas chinesas que as oferecem – actualmente a Huawei e a ZTE.

O bloqueio, liderado pelos EUA desde o final de 2018, é baseado em alegações que a nova tecnologia armazena uma quantidade significativas de dados dos usuários e que pode servir de base para espionagem e ataques cibernéticos do governo chinês. Esse argumento é justificado com o facto da parte da infraestrutura do 5G serem datacenters que, supostamente, conseguem armazenar dados dos usuários.

Tecnologia 5G em Angola depende apenas das operadoras

O ministro das Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), Manuel Homem, que negou que o Estado angolano esteja apreensivo em relação a alegadas violações de questões de soberania levantadas pelo Ocidente sobre a tecnologia 5G chinesa.  

O início da operação da tecnologia 5G em Angola está a depender apenas da avaliação técnica das operadoras de telefonia móvel interessadas, das melhores ofertas comerciais de mercado e de autorizações necessárias do Instituto Nacional de Telecomunicações (INACOM) para a cedência e utilização das frequências.  O Estado, segundo o ministro em exclusivo ao Jornal de Angola, “não impõe restrições ao 5G.” “É importante dizer que, nos termos das recomendações da União Internacional das Telecomunicações, o órgão regulador está a fazer o “refarming” (retirar entidades que estejam num determinado espaço para frequências que foram convencionadas para o 5G), de maneira a que, tão logo existam condições no país, tenhamos capacidade para entregar aos operadores essa frequência”, sustentou o ministro.  

Manuel Homem garantiu que o INACOM já preparou a faixa de frequência para disponibilizar aos operadores que queiram implementar o 5G. “Estamos preparados para que, caso qualquer dos nossos operadores queira dar início à operação 5G, possa ter o suporte do órgão regulador quanto à utilização das frequências necessárias”, disse. 

O ministro revelou que há uma licença multi-serviços que permite que qualquer entidade que queira prestar serviços de Telecomunicações de telefonia fixa, distribuição de Internet e de provedor de serviços de comunicações por satélite pode fazê-lo sem pagar nada ao Estado para a sua obtenção, desde que formalize o seu interesse e cumpra com as regras de mercado. 

A rede 5G é a quinta geração das redes móveis. Trata-se de um grande salto evolutivo em relação à rede que é empregada actualmente, chamada 4G. A rede 5G vem sendo desenvolvida para comportar o crescente volume de informações trocado diariamente por bilhões de dispositivos sem fio espalhados mundialmente.

Angola Telecom não será privatizada

O ministro das Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem, garantiu na entrevista publicada na edição impressa do Jornal de Angola desta segunda-feira (17), que Angola Telecom não será privatizada conforme estava previsto.

Segundo o ministro, a saúde financeira da Angola Telecom não está boa. “Existem vários factores que concorreram para que chegássemos a essa situação que se vive hoje naquela empresa pública”. “Uma delas pode ter sido a gestão que foi feita nos últimos anos.” Também podemos considerar que, apesar de ter acompanhado o desenvolvimento tecnológico, muitos dos investimentos feitos foram mal orientados na sua implementação. Também podemos, por outro lado, apontar um pouco aquilo que era o entendimento de que os serviços de empresas públicas são públicos.Logo, instituições públicas não deviam pagar os serviços que consumiam, porque entendiam que era do Estado e podiam, por isso, consumir sem pagar. Era cultural pensar que tudo era do povo. Infelizmente, esse comportamento, que se assistiu durante muitos anos em vários sectores, em particular na Angola Telecom, permitiu que a empresa perdesse muito a capacidade que tinha de fornecer serviços. Mas, a empresa tem bons propósitos, ou seja, tem capacidade para poder responder às expectativas dos serviços.

Manuel Homem garantiu que Angola Telecom não está no Programa de Privatizações (PROPRIV) para ser alienada. “Não está, porque a Angola Telecom é um recurso estratégico e é importante que isso fique claro.” A Angola Telecom gere, se tanto, a maior infra-estrutura de comunicações do nosso país e, por essa razão, deve ter um tratamento diferenciado, tendo em conta a sua relevância estratégica.

Mas não é por causa disso que deve ser uma empresa que viva à custa do Estado. Ela tem de conseguir libertar-se dessas dificuldades. E para isso, aprovamos, já com o novo conselho de administração, o Plano Estratégico de Reestruturação da Angola Telecom que, na verdade, tem vindo a ser executado há alguns anos. Mas entendemos que era preciso fazer correcções pontuais para permitir que a empresa possa ter uma melhor dinâmica e reduzir custos.

Manuel Homem disse que, existiam na empresa serviços desnecessários e era preciso cortar determinados vícios. Ainda não os eliminámos na totalidade, mas temos estado a fazer esse exercício. Estamos à procura de parcerias estratégicas para operar com a Angola Telecom o conjunto de infra-estruturas que possui. É possível abrir nichos de operações para permitir que a empresa tenha mais agilidade e, com isso, chegar com mais qualidade aos clientes.

Em 2019 já estava praticamente confirmado que a privatização da Angola Telecom aconteceria naquele ano e apenas estava a decorrer o processo de avaliação do património e activos da operadora. Segundo o antigo ministro das Telecomunicações, José Carvalho da Rocha, 45% das acções da Angola Telecom que seriam privatizadas estavam avaliados em cerca de 500 milhões USD.