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Sexta-feira, Dezembro 19, 2025
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WhatsApp abre a sua API na nuvem para empresas

O WhatsApp abri a sua API para acesso de empresas de qualquer porte e passa a oferecer toda a infraestrutura necessária para a sua utilização de graça na nuvem. A novidade é tão importante que foi anunciada pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg, na abertura do evento online Conversations, organizado pela companhia, nesta quinta-feira, 19.

A sigla API deriva da expressão inglesa Application Programming Interface que, traduzida para o português, pode ser compreendida como uma interface de programação de aplicação. Ou seja, API é um conjunto de normas que possibilita a comunicação entre plataformas através de uma série de padrões e protocolos.

Tenho o prazer de anunciar que estamos a abrir o WhatsApp para qualquer empresa, de qualquer tamanho, em todo o mundo, com a WhatsApp Cloud API”, disse Zuckerberg. “Qualquer empresa ou desenvolvedor pode acessar facilmente nosso serviço, operar directamente no WhatsApp para personalizar a sua experiência e acelerar o tempo de resposta aos clientes usando o nosso WhatsApp Cloud API segura e hospedada pela Meta”, complementou.

MAIS: WhatsApp duplica capacidade de membros nos grupos (512) e aumenta tamanho dos ficheiros

A Meta vai prover não apenas a hospedagem, mas também a manutenção e toda a capacidade de processamento para as empresas que usarem sua API na nuvem. Isso vai permitir o acesso mais rápido às novas funcionalidades que forem lançadas pelo WhatsApp, e também vai aumentar o tráfego de mensagens enviadas por marcas para seus consumidores. Vale ressaltar que continua havendo cobrança para a iniciação de qualquer conversa entre marcas e consumidores pelo WhatsApp Business API.

A Meta informa que 1 bilhão de usuários no mundo conversam com marcas semanalmente através dos aplicativos do grupo (WhatsApp, Instagram e Messenger). E uma pesquisa encomendada pela companhia mostra que sete em cada 10 pessoas confiam mais em empresas com as quais podem conversar através de mensagens. A mesma pesquisa indica que 65% dos consumidores preferem se comunicar por mensagens do que por email ou telefone.

Tek MenosFios: Navegando na Deep Web (Episódio 03)

Nerds, Makers, Techies, Geeks. Não importa a ordem, mas nos últimos anos qualquer pessoas que ostente algum desses rótulos de gênero deixou de ser um “esquisitão“, que anteriormente era um estereótipo rejeitado pelos grupos mais populares de uma sociedade civil. Mas tem agora uma outra palavra, que é carregada de sinónimos bons e ruins, e que explica muito bem a força de uma turma: Hacker.

A primeira vista, para a maioria das pessoas em geral, salta a vista um criminoso, que invade computadores para roubar informações valiosas e causar transtornos. Mas, acredite: o significado original do termo não tem nada a ver com invasões ou ataques cibernéticos. Em inglês, o verbo “hack” tem uma tradução como lanhar, cortar, romper, isto é, desmontar e refazer alguma coisa de forma rapidamente, com menos peças e de um jeito que ela funcione melhor do que era antes.

Nos anos de 1950, um grupo de estudantes do MIT denominados “Tech Model Railroad Club” (TMRC) reunia-se frequentemente para discutir formas de automatizar o funcionamento de trens em miniatura. Pra esse grupo insólito, “hack” significava uma forma muito boa e eficaz de raciocinar, como “resolver um problema com agilidade e elegância“. Durante os seus 60 anos de existência, o TMRC sempre negou a associação indevida do hacker como um ladrão ou vândalo.

 

CURIOSIDADE EM QUALQUER CANTO

Eric Raymond, escritor famoso e que em 1998 escreveu o conecituado livro “Hacker Howto”, falou sobre o que é que está envolvido nessa filosofia, bem como na sua forma de agir.

A mentalidade hacker não é confinada a esta cultura do hacker-de-software. Há pessoas que aplicam a atitude hacker em outras coisas, como eletrônica ou música – na verdade você pode encontrá-las nos níveis mais altos de qualquer ciência ou arte“, escreveu Raymond.

Na mesma senda de conversa foi o que Jeff Potter, pesquisador em ciência de computação, disse no seu livro “Cooking for Geeks”, onde mostrou a sua visão de “pensamento hacker”, definindo que alimenta uma curiosidade sem fim sobre o funcionamento das coisas. Potter ainda falou sobre as soluções a partir do uso inteligente da tecnologia.

A mistura do “como” com o “por que” também pode funcionar em um ambiente onde panelas e receitas podem ser interpretadas como hardware e software.

Alguns dos melhores hacks começam como formas seguras e estáveis de resolver problemas inesperados, e ser capaz de ver essas soluções é o que significa pensar como um hacker“, escreve Potter.

 

EMBATE ENTRE O BEM E O MAL

Como a palavra “hackear” significa “bater com força e reordenar os pedaços”, como já falamos no episódio anterior, podemos expandir essa idéia em quaisquer áreas. Afinal, se o nosso conhecimento é construído por pedaços de informação, que tal estimularmos formas de encontrar, organizar e espalhar esses pedaços por aí?

Em suma, a cultura hacker tem a ver com a nossa relação com a informação em um mundo 100% digital. Agir como um deles significa dar um passo além daquela “surfada básica” na web, mas sim explorar o oceano como se ele fosse feito com “peças de Lego”. Ser hacker é uma forma incrível de quebrar paradigmas e resolver alguns dos muitos problemas do mundo actual. Mas é como naquele clichê do Homem-Aranha: “grandes poderes nos trazem grandes responsabilidade“.

 

Eis os episódios anteriores.

Episódio 01.

Episódio 02.

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Esse foi o episódio Tek MenosFios: Navegando na Deep Web dessa semana, onde esperamos que seja útil para todo e qualquer pessoa que queira saber mais sobre a Deep Web. Agora, pedimos que os nossos leitores a comentem e que contribuam com informações adicionais que julguem serem necessárias sobre esse mesmo tema.

Todas e quaisquer questões que gostassem de ver aqui respondidas devem ser colocadas no canal de comunicação exclusivo e dedicado ao Tek Menos Fios.

Falamos do e-mail criado para esse fim: [email protected]. Este é o único ponto de recepção das questões que nos enviarem. Usem-no para nos remeterem as vossas questões, as vossas dúvidas ou os vossos problemas. A vossa resposta surgirá muito em breve.

 

Acelera Angola e IFC assinam acordo para impulsionar o ecossistema de startups em Angola

A Acelera Angola, uma plataforma que fornece as ferramentas necessárias para ajudar a alavancar ideias de negócio ou empresas estabelecidas, firmou um acordo de parceria com a International Finance Corporation (IFC) para apoiar o crescimento do ecossistema angolano de empreendedores.

Segundo o comunicado oficial, enviado a redacção da MenosFios, essa parceria com o IFC vai permitir ajudar a incubadora nacional expandir-se, apoiar startups tecnológicas inovadoras, bem como impulsionar o crescimento económico inclusivo no país. Esse convénio vai permitir ainda o IFC trabalhar com startups que frequentam os programas de incubação e aceleração da Acelera, principalmente as dos sectores da tecnologia digital, serviços financeiros, agrotech, mobilidade e logística, ajudando-as a aceder aos mercados e a atrair investimento. As startups receberão mentoria e coaching, incluindo ajuda para desenvolver os seus planos de negócios, visto que o IFC irá de forma selectiva financiar pilotos com grande potencial de impacto permitindo as startups lançarem os seus produtos.

A nota refere ainda que o IFC ira apoiar a aceleradora na expansão e integração de mais startups, fornecendo assim assessoria estratégica à Acelera para aumentar sua capacidade operacional e facilitar parcerias estratégicas com outras partes interessadas relevantes na comunidade empresarial.

Acreditamos que a parceria entre o IFC e a Acelera Angola é um passo fundamental para fortalecer os nossos planos de crescimento e para melhorar as capacidades das startups, aumentando a competitividade e a qualidade das mesmas. A Acelera terá acesso a recursos que permitirão à empresa moldar e gerar uma base estratégica sólida e uma melhor estrutura para apoiar directamente as startups através de programas de aceleração em diferentes fases e promover fortemente a inovação“, disse José
Carlos Santos, Managing Partner da Acelera Angola, citado no comunicado.

MAIS: KixiCrédito vai habilitar à prestação de serviços digitais em parceria com a IFC

Por outro lado, Carlos Katsuya, Senior Manager do IFC para Angola, também citado na nota, diz que “as startups – e as startups digitais em particular – têm vindo a demonstrar potencial de quebrar fronteiras e introduzir inovação em setores-chave da economia, mas muitas vezes lutam para ter acesso a apoio. Através desta parceria, o IFC trabalhará com um player chave no ecossistema do empreendedorismo de Angola e apoiará directamente as startups digitais, ajudando-as a crescer, inovar e criar empregos”.

De informar que esse memorando entre as duas instintuições insere-se no programa de incubadoras de Angola do IFC, que foi lançado em Novembro passado, com o apoio da União Europeia. O programa tem como objetivo ajudar incubadoras e aceleradores existentes a expandir a sua cobertura e impacto bem como trabalhar com o governo nacional para resolver obstáculos legais e regulamentares que atrasam o desenvolvimento de startups e empreendedores.

Sem esquecer ainda, que essa iniciativa é no âmbito da estratégia do governo angolano de Desenvolvimento do Sector Financeiro (2017-2023), que visa utilizar serviços financeiros digitais e soluções fintech para impulsionar a inclusão financeira, e ao Diagnóstico País do Sector Privado (CPSD) do Grupo Do Banco Mundial que identifica o empreendedorismo como uma prioridade para criar emprego e impulsionar o investimento privado em Angola.

Hackers atacam o Banco Central da Zâmbia

O Banco da Zâmbia, o banco central do país, tornou-se o mais recente alvo de criminosos cibernéticos depois que os seus sistemas de TI e alguns aplicativos foram invadidos recentemente e resultaram na interrupção das operadoras no mercado de serviços financeiros.

O incidente ocorreu em meio a alertas da Autoridade de Tecnologia da Informação e Comunicação da Zâmbia (ZICTA) sobre um aumento no crime cibernético, visando especificamente o mercado de serviços financeiros do país.

O regulador identificou o aumento da adoção e uso da internet como um factor contribuinte. O Director Adjunto do Banco da Zâmbia responsável pela comunicação, Besnart Mwanza, disse que o Banco sofreu uma interrupção parcial dos seus sistemas e aplicações de TI.

“A interrupção que afectou alguns sistemas do banco, como o sistema de monitoramento da casa de câmbio e o site, emanou de um suposto incidente de segurança cibernética”, disse Mwanza.

MAIS: FBI acusa hackers norte-coreanos de roubarem USD 620 milhões em criptomoedas

Recentemente, o governador do Banco da Zâmbia, Denny Kalyalya, enfatizou a necessidade da Zâmbia aumentar a conscientização sobre segurança cibernética para proteger melhor os consumidores de serviços financeiros digitais. Kalyalya disse que a inclusão financeira geral do país aumentou de 37,3% em 2009 para 69,4% em 2020.

“Ainda existem alguns desafios que devemos enfrentar para explorar plenamente o potencial dos sistemas de pagamento digital em nível nacional e regional. Áreas específicas que serão importantes para nós abordarmos é a prevalência de incidências de fraude relacionadas a serviços financeiros digitais. É imperativo que a fraude cibernética seja abordada para garantir que os ganhos obtidos até agora na inclusão financeira sejam mantidos e aprimorados. Temos à nossa disposição várias ferramentas para enfrentar esse desafio, incluindo o investimento em sistemas e aplicativos seguros, conscientização do consumidor e compartilhamento de conhecimento,” disse KaIyaIya.

Kaspersky lança curso online de treinamento de resposta a ransomware

A Kaspersky, provedora independente de segurança cibernética e segurança online baseada na Rússia, anunciou o lançamento de um novo curso de treinamento de resposta a incidentes do Windows. Isso é para oferecer às equipas internas de segurança cibernética e profissionais da InfoSec uma oportunidade de expandir as suas habilidades analíticas no domínio da resposta a incidentes, especialmente no meio de um ataque de ransomware. Todo o curso pode ser feito online.

De acordo com a recente pesquisa global da Kaspersky realizada entre gerentes seniores que não são de TI e proprietários de empresas, 73% das empresas não conseguem lidar com um ataque de ransomware sozinhas ou com a ajuda de provedores regulares de serviços de TI.

Nos últimos anos, a falta de uma equipa técnica qualificada que possa detectar e responder a incidentes complexos, juntamente com a falta de visibilidade na infraestrutura e gerenciamento consistente, foram os maiores desafios para as empresas ao lidar com ameaças cibernéticas complicadas.

O recente estudo global da Kaspersky intitulado “ Como os executivos de negócios percebem a ameaça de ransomware? ” confirma que a maioria das empresas (73% globalmente) terá que procurar a ajuda de provedores externos de resposta a incidentes no caso de um ataque de ransomware. Isso ocorre apesar do facto de que 66% dos entrevistados globais consideram que há uma grande possibilidade desses ataques em sua organização.

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E também é provável que as empresas que nunca sofreram um ataque de ransomware superestimem as habilidades dos seus provedores de segurança regulares e equipas internas de TI. As estatísticas mostram que as organizações que foram expostas anteriormente a essas ameaças dependem menos dos seus recursos existentes.

Para as empresas que desejam aprimorar a experiência das suas equipas internas de análise forense digital e resposta a incidentes, bem como para profissionais de segurança de TI que desejam actualizar habilidades relevantes, a Kaspersky expandiu seu portfólio de treinamento especializado online.

O curso de treinamento autoguiado inclui 40 aulas em vídeo e 100 horas de laboratório virtual para aprendizado prático. A duração estimada do treinamento é de 15 horas, mas os participantes terão seis meses de acesso à plataforma para finalizar o treinamento.

Falhas de rede e preços altos “enfurecem” os clientes dos serviços de telefonia móvel em Angola

As frequentes falhas de rede e o alto custo dos planos oferecidos têm sido uma das principais “dores de cabeçados mais de 17 milhões de assinantes de telefonia móvel em Angola, pelo que está a desafiar as operadoras a melhorarem os serviços prestados aos utentes.

Por exemplo, o preço médio da recarga da Unitel ronda os 600 kwanzas (considerando as recargas de 350, 500 e 1000 kwanzas), isto é, sem considerar os planos diários, semanais e mensais.

Já por outro lado a Movicel, tendo em conta apenas as recargas de 500 e 1000 kwanzas, pratica um preço médio de Kz 750 em recargas normais, enquanto a Africell oferece uma tarifa média de 600 kwanzas (com o valor do saldo a variar de 200 para 1000 kwanzas).

MAIS: Conheça a quota de mercado de telefonia móvel de Angola do ano 2021

A última actualização do preço da Unidade de Taxa de Telecomunicações (UTT) no país aconteceu em Novembro de 2016, passando de 7.2 para 10 kwanzas/UTT, aprovado pelo Conselho de Ministros, elevando o o preço da recarga telefónica de 125 UTT para 1.250 kwanzas (um aumento de 38,88 por cento), depois de mais de 10 anos a ser comercializada a Kz 900.

Com a entrada da Africell como a quarta operadora, em Abril último, no país, a sociedade civil angolana ainda reclama de sucessivos corte das chamadas, sinal de rede ocupada sem justificação e o envio de mensagens em horas impróprias como os constrangimentos mais visíveis que embaraçam o dia-a-dia dos clientes. Além desses todas situações críticas, a “evaporação/gasto do saldo em pouco tempo”, a indisponibilidade do número do telemóvel, o fraco sinal de internet, bem como o excessivo tempo de espera no atendimento dos clientes que afluem às lojas das operadoras são outros dos factores reclamados pelos utentes.

Moçambique: Lioness of Africa incentiva as mulheres apostarem na inovação tecnológica

O Standard Bank, em convénio com a Lioness of Africa e a Embaixada do Reino dos Países Baixos em Moçambique, organizaram recentemente a primeira edição do ano do Lioness Lean In Live Webinar, que consiste em um evento virtual de partilha de experiências e estabelecimento de parcerias no ramo empresarial entre mulheres empreendedoras.

Tanuja Viriato, gestora sénior do Africa China Banking no Standard Bank, em seu discurso de abertura disse que o Lioness Lean in Breakfast tem dado o seu contributo para o surgimento de novas empreendedoras moçambicanas, bem como para o crescimento das que já estão no mercado de negócios.

Os produtos e serviços das mulheres empreendedoras moçambicanas têm estado a penetrar não só o mercado nacional, mas também o regional, e isso é sinal de crescimento e demonstra que esta iniciativa é relevante“, disse a gestora.

MAIS: Moçambique: Lançado nova edição do laboratório de inovação social liderado por mulheres

Por outro lado, a fundadora e directora executiva da Lionesses of Africa, Melanie Hawken, frisou às participantes a abandonarem a zona de conforto e a apostarem na inovação tecnológica para poderem destacar-se no mercado económico.

O crescimento só começa quando saímos da nossa zona de conforto e começamos a traçar novas estratégias para enfrentar os desafios que nos impedem de dar o primeiro passo. Igualmente, temos de ser assertivas nas abordagens e temos foco durante a jornada empreendedora”, frisou Melanie Hawken.

Quem esteve também no vento foi o responsável da Área de Cooperação na Embaixada do Reino dos Países Baixos em Moçambique, Marteen Rusch, que falou sobre a importância desse Wbinar, onde o mesmo tem potencial para promover o desenvolvimento do ecossistema de empreendedorismo  feminino em Moçambique.

Priorizamos a rapariga e a mulher em todas as nossas intervenções e é neste âmbito que apoiamos várias iniciativas de promoção do empreendedorismo feminino em Moçambique. Por isso, esperamos que as conquistas e experiências partilhadas pelas oradoras sirvam de inspiração para as demais mulheres. Por isso, é importante que reflictamos sobre os desafios que as mulheres enfrentam no seu dia-a-dia“, referiu Marteen Rusch.

Sobre o evento, de informar que teve como oradoras Gércia Sequeira (ITIS – Instituto de Tecnologias, Inovação e Soluções), Taciana Lopes (Escritório de Advogados LTPA e Mozambique Women of Energy), Yolanda Matine (Azura), Anna Karina de Sousa (Executive Nails), bem como Sofia Maquile (Smaq) e Aurora Matavel (SCS) que, na qualidade de expositoras, falaram sobre os seus produtos e serviços.

Cooperação com a Áustria vai priorizar modernização tecnológica da função pública

O Governo Angolano vai cooperar com a Áustria para que possa alinhar as suas estratégias às novas tendências mundiais de soluções tecnológicas aplicáveis aos serviços públicos.

Essa tendência ficou mostrada na visita do ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, a aquele país europeu, onde desenvolveu contactos de alto nível com as autoridades, visto que a Áustria desenvolveu com simbiose entre as políticas de modernização administrativa e de atracção de investimento que o transformaram num Estado com o melhor ambiente de negócios.

MAIS: Adão de Almeida: Modernização e Transição Digital da Administração Pública exige aprovação urgente

Segundo ainda o que foi revelado aos jornalistas, os contactos políticos de alto nível com as autoridades locais incluiam iniciativas de assistência técnica, estratégia e pedagogia no domínio da modernização administrativa, onde ministro de Estado Adão de Almeida visitou locais de grande destaque, como a dependência do Ministério dos Assuntos Económicos e Digitais, órgãos de decisões políticas e orientação das operações no sector.

De informar que nessa visita de dois dias, acompanharam o ministro de Estado e chefe da Casa Civil, Adão de Almeida, a embaixadora acreditada na Áustria, Teodolinda Coelho, o secretário do Presidente da República para a Reforma do Estado, Pedro Fiete, o secretário de Estado para a Administração Pública, Vânio Americano, o director-geral do Instituto de Modernização Administrativa (IMA), Meick Afonso, e técnicos superiores da Casa Civil.

 

Baobab Network escolhe 5 startups africanas para o seu programa de mentoria

A Baobab Network, um programa acelerador que investe em startups em fase inicial em todo o continente africano, revelou o seu mais recente grupo das cinco startups que vai investir, onde cada uma vai receber mais de 25 mil dólares em um mentoria que vai compreender três meses.

O investimento nesses projectos tecnológicos africanos é mais um passo que mostra que a Rede Baobab tem vindo a acelerar as empresas com capacitação e angariação de fundos desde 2019, onde no seu catalógo já conta com apoio em 25 startups, espalhados em 11 países.

Confira as 5 startups escolhidas para o programa acelerador.

Sidebrief (Nigeria)

A startup Sidebrief consiste em uma plataforma que torna a conformidade do negócio simples e rápida automatizando-a. Através das suas APIs, a startup também ajuda as empresas africanas na expansão além-fronteiras, racionalizando a legalidade, incorporação, administração da empresa, banca e regulação.

Lendha (Nigeria)

A Lendha é uma plataforma para os empresários nigerianos que procuram expandir as suas operações e aumentar o fluxo de caixa através de empréstimos de capital de trabalho rápido. Tem sido uma plataforma versátil para pedidos de empréstimo.

MAIS: Fórum Económico Mundial escolhe seis startups africanas para os Pioneiros da Tecnologia

Gootalent (Nigeria)

A Goodtalent é um mercado de talentos sociais baseado na nuvem que permite que as empresas advogam, e recrutam para posições a tempo inteiro, remota e contratual em todo o mundo.

Opusanalytics (Egypt)

A OPUS capacita as empresas a tomarem decisões baseadas em dados, integrando o poder dos dados do seu povo.  Além de monitorizar, rastrear, gerar e reatribuir indivíduos, a startup também fornece visibilidade em Competências, Medições de RH e Inteligência de Talento através de uma força de trabalho.

Mightyfinance (Zambia)

A Mighty Finance tem sido um forte parceiro financeiro das PME para o crescimento das empresas e para a mudança de vidas através da concessão de empréstimos flexíveis, simples e acessíveis. PME, pequenas empresas e entidades pessoais podem obter empréstimos rápidos e fáceis da startup.

De informar que as cinco cinco startups vão receber cada uma 25 mil dólares em financiamento e um programa de expansão abrangente, bem como vão se juntar a outras 20 startups em que a Rede Baobab investiu desde a criação do seu acelerador, em 2019.

Projecto detector de malária é a grande vencedora da edição FITITEL 2022

O projecto detector de malária não invasivo que possibilita a realização de testes sem ser preciso uma colecta de sangue foi o grande vencedor da 13ª edição da FITITEL -Feira de Inovação Tecnológica do Instituto Médio de Telecomunicações (ITEL), que encerrou nesta última quarta-feira.

De autoria de duas alunas dos cursos de informática e electrónica, nomeadamente Awa Joaquim Dieme e Adama Joaquim Dieme, o “Sistema Detector de Malária não Invasivo” utiliza uma tecnologia capaz de detectar mudanças nos glóbulos vermelhos de um paciente, permitindo fazer um rápido diagnóstico sobre o estado do mesmo, isto é, quando os glóbulos vermelhos são atacados pela malária, explica as inventoras, a forma, a cor e a sua concentração no sangue muda.

Uma vez detectada essa mudança no estado dos glóbulos, o aparelho transmite, em dois minutos, um sinal ao aplicativo agregado a si, reportando a presença de malária sem precisar tirar uma amostra de sangue.

Primeiro faz-se a higienização das mãos, a seguir põe-se o dedo indicador no nosso aparelho e então um raio de luz monocromático incidirá sobre o dedo, podendo dizer se o paciente está ou não infectado”, disseram as inventoras.

Sobre a fase de concepção do projecto, o mesmo foi testado no Hospital dos Cajueiros, em Luanda, onde consistiu em duas etapas:

Primeiro o paciente era testado utilizando-se o aparelho criado pelas estudantes, após se saber o resultado os pacientes eram novamente testados, mas desta vez utilizando-se o método invasivo que envolve a retirada do sangue. Em mais de 100 testes efectuados, os resultados apresentados pelo aparelho foram iguais aos conseguidos com o método invasivo.

Base científica

Quanto a base científica por trás do projecto, Awa Joaquim Dieme informou que a funcionalidade do aparelho criado assenta, em parte, na lei de Lambert-Beer sobre a espectrofotometria, uma lei desenvolvida pelo investigador suíço Johann Heinrich Lambert, cujo método consiste no estudo da interacção da luz com a matéria. Segundo esta lei, cada composto químico absorve, transmite ou reflete luz ao longo de um determinado intervalo de comprimento de onda, sendo por isso possível aplicar a espectrofotometria na identificação e quantificação de substâncias químicas a partir da medição da absorção e transmissão de luz que passa através da amostra. E foi basicamente isso o que as jovens estudantes fizeram.
O estudo do sangue nos hospitais é feito actualmente com recurso ao espectrofotómetro, e com a mesma teoria da espectrofotometria e a lei de Lambert-Beer, Isaac Newton uma vez fez um estudo sobre a incidência da luz nas substâncias, é esta mesma teoria que nós implementámos no nosso projecto, porque sabemos que nada é impossível”, revelou Awa Joaquim Dieme.
A estudante acrescentou que apesar de terem tido éxito com o projecto, que levou seis meses a ser desenvolvido, o processo de criação foi uma etapa difícil, visto que foi tudo criado do zero e foram necessárias algumas formações em medicina para melhor compreenderem a funcionalidade dos glóbulos vermelhos no corpo humano.

Objectivo do projecto

Tendo como base os altos números de casos de malária em Angola, Awa Joaquim Dieme disse que o projecto pretende contribuir positivamente para a erradicação desta doença no país, adoptando medidas sustentáveis e futuristas.
Nos dedicamos neste tema, porque em Angola já fomos quase todos vítimas da malária. Por exemplo, no ano passado o país registou 3,8 milhões de casos de malária e entre os falecidos estiveram maioritariamente mulheres grávidas e crianças dos zero aos cinco anos de idade. Por isso o nosso objectivo é ajudar a erradicar esta doença e simplificar o processo de testagem da população, pois é deprimente saber que alguém pode morrer de malária devido ao diagnóstico tardio da doença”, concluiu.
Como prémio por serem as vencedoras da edição 2022 do FITITEL, as vencedoras vão receber 900 mil kwanzas, cada uma um computador portátil, um curso de inglês e entre outros prémios aliciates.
De informar que o FITITEL teve como objectivo criar oportunidades para que os estudantes apresentassem os seus projectos à comunidade, bem como concorrer à diversos prémios, bem como serviu para estímulo ao desenvolvimento de um espírito inovador e empreendedor e realizou-se em alusão ao dia das Telecomunicações, celebrado terça-feira (17 de Maio).
Na feira estiveram presentes 15 empresas nacionais e 80 expositores. dentre eles alunos do instituto.