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Sábado, Junho 7, 2025
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ITA anuncia o lançamento de fibra óptica de alta velocidade que liga Angola à RDC

A Internet Technologies Angola (ITA) anunciou o lançamento de fibra óptica de alta velocidade que liga Angola à RDC através de Noqui (Angola) e Matadi (RDC).

A ligação de 600 quilómetros entre Luanda e Noqui, com capacidade até 200 gigabits por segundo, vai também fornecer serviços de Internet a municípios ao longo da rota, incluindo Nzeto, Tomboco e Mbanza Congo, na província do Zaire.

Na sequência do investimento do ITA e do Grupo Paratus, esta ligação entre Angola e a RDC assinala a primeira de muitas a ser lançada na região da SADC pelo grupo.

A fibra de Noqui beneficiará a RDC ao fornecer serviços de Internet em Kinshasa, que tem uma população de cerca de 17 milhões. Este roll-out faz parte da estratégia da ITA / Paratus para interligar Angola com a região, através da fibra, e concretizar a visão estratégica do grupo para estabelecer Angola como um hub de tráfego dentro da SADC.

“Para as empresas na região da SADC, a conectividade de fibra óptica é essencial”, afirma o Diretor Executivo do ITA, Francisco Pinto Leite. “A fibra oferece alta velocidade e latência reduzida por meio de uma conexão de qualidade com a comunidade empresarial. O outro benefício importante é a acessibilidade porque, para uma conexão de satélite comparável que oferece alta largura de banda e velocidades, a fibra é, na verdade, cerca de 70% mais barata. ”

Os benefícios para a economia angolana das ligações de fibra intercontinentais de alta velocidade estão implícitos quando se considera como um hub angolano dentro da SADC servirá para desbloquear um enorme potencial comercial na região. Como CTO do Paratus Group e CEO da ITA, Rolf Mendelsohn explica: “O nosso investimento em Angola e na região da SADC está a ajudar a abrir oportunidades de negócio reais.

Nossa estratégia – em fornecer a rede de qualidade da África – está sendo realizada por meio de nosso investimento em infraestrutura. O lançamento desta ligação de fibra – com mais ligações entre Angola e os países vizinhos a seguir – demonstra como estamos a pensar grande e a permitir que os nossos clientes empresariais, multinacionais e internacionais também pensem grande agora que podem ter ligações mais rápidas, fiáveis ​​e mais acessíveis

El Salvador adopta Bitcoin como moeda oficial

Esta terça-feira entrou em vigor em El Salvador a chamada “Lei Bitcoin“. O país latino-americano é o primeiro no mundo a aceitar oficialmente a criptomoeda mais popular do mundo na sua economia.

A proposta partiu do presidente Nayib Bukele, político de 40 anos, que chegou ao poder em 2019. A 8 de junho foi aprovada pelo Congresso com 62 em 84 votos.

Bitcoin
No diploma pode ler-se que todos os agentes económicos poderão aceitar a bitcoin como forma de pagamento, “quando oferecida pela pessoa que adquire um bem ou serviço”, e que o objetivo da medida “é a regularização da bitcoin como moeda legal, sem restrições, com poder libertador, ilimitado em qualquer transação”. A nova lei aplica-se apenas à bitcoin e exclui qualquer outra criptomoeda.

Nayib Bukele referiu como um dos principais benefícios para os salvadorenhos uma poupança em taxas na ordem dos 400 milhões de dólares por ano em transferências de dinheiro do exterior, caso essas movimentações sejam feitas em bitcoins. No ano passado, os cidadãos expatriados de El Salvador enviaram para casa quase 6 mil milhões de dólares, maioritariamente dos Estados Unidos. O montante equivale a 23% do PIB do país.

Contudo, num país em que se estima que uma grande fatia da população desconheça o que é a bitcoin ou mesmo uma criptomoeda, a medida tem levantado reservas juntos dos cidadãos, que receiam, por exemplo, que as suas pensões passem a ser pagas em bitcoins.

“Os salários e as pensões continuarão a ser pagos em dólares”, garantiu o presidente, numa comunicação ao país, em junho. “Contas bancárias em dólares não serão convertidas em bitcoins”. Em 2001, com a mudança da moeda oficial de colóns para dólares americanos, houve uma “dolarização” da economia salvadorenha, com todo o dinheiro a ser automaticamente convertido. “Neste caso não vai ser assim. As contas em dólares continuarão a ser em dólares”, sublinhou.

No Twitter, Nayib Bukele veio esta segunda-feira indicar que o executivo do país tinha adquirido 400 bitcoins, o que equivale a quase 21 milhões de dólares, à taxa de câmbio actual.

Outras medidas de preparação para a entrada em vigor da nova legislação incluem a instalação de pontos ATM que permitem levantar bitcoins em dólares; a criação de uma app própria, que funcionará como carteira digital; a disponibilização automática de 30 dólares em bitcoin para todos os cidadãos com a aplicação instalada; e ainda a criação de um fundo de 150 milhões de dólares para salvaguardar a conversão de bitcoins em dólares.

Apesar de haver já vários serviços que aceitam criptomoedas com forma de pagamento, por todo o mundo, nenhum país tinha ainda instituído de forma oficial a sua utilização devido à volatilidade característica destas moedas, que têm suscitado alertas, a nível global, por parte de bancos centrais, analistas e governos.

M-PESA torna-se o maior FinTech de África com 50 milhões de usuários activos

O serviço de dinheiro móvel da maior operadora de telecomunicações do Quénia atingiu oficialmente 50 milhões de usuários activos em toda a África, de acordo com um anúncio da Safaricom.

M-PESA é agora, pelo tamanho da sua base de usuários activos, a plataforma de dinheiro móvel mais popular no continente e a maior tecnologia financeira de África.

O serviço conta com a maioria dos seus usuários no Quénia, mais de 29,1 milhões, onde também goza de quase total onipresença nos telemóveis do país, com quase 99% de participação de mercado. O serviço também está disponível na Tanzânia, Moçambique, RDC, Lesoto, Gana e Egipto.

O M-PESA foi lançado inicialmente em 2007 e tem sido constantemente aprimorado por meio de novos recursos e serviços que o levaram ao status que desfruta hoje. A plataforma também tem sido responsável pelo fecho contínuo da lacuna de inclusão financeira em todo o continente, especialmente em sua casa, o Quénia.

“Há 14 anos, lançamos o M-PESA para conectar nossos clientes uns aos outros e a diferentes oportunidades. Estamos muito satisfeitos em comemorar este marco notável com nossos mais de 50 milhões de clientes em todo o continente ”, disse Sitoyo Lopokoiyit, MD, M-PESA Africa.

Em sua forma actual, o M-PESA oferece duas opções principais – ele fornece serviços financeiros para pessoas físicas e jurídicas. Os clientes podem usar a plataforma para enviar e receber dinheiro de mais de 200 países e regiões da Terra. Os investidores podem usar a plataforma para fazer pagamentos altíssimos e as empresas podem aproveitar o M-PESA para processar pagamentos.

Mais de 500.000 empresas movimentam mais de USD 7 bilhões todos os meses por meio do M-PESA, diz a Safaricom. A empresa também afirma ter mais de 500.000 agentes M-PESA que apoiam a plataforma e seus serviços.

Huawei Potencia Serviço De Protecção Civil Com “Kit” Inteligente De Videoconferência

O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros do Ministério do Interior recebeu, recentemente, uma doação da Huawei, no âmbito das acções de caracter social que aquela gigante asiática tem estado a levar a cabo um pouco por todo País.

Para efeitos operacionais, a Huawei doou um Kit inteligente de videoconferência denominado, IDEAHUB e 10 Milhões de kwanzas para fazer face aos possíveis desastres naturais coordenados e assegurados pela instituição angolana.

O acto de entrega ocorreu no Quartel Principal do SPCB (Serviço De Protecção Civil e Bombeiros), em Luanda, e contou com a presença de altos funcionários do SPCB e de representantes oficiais da Huawei. Na ocasião, o Comandante Nacional do SPCB, comissário bombeiro principal, Bensau Mateus, frisou que o gesto da empresa chinesa é de grande importância, visto que vai ajudar a suprir com algumas necessidades do sector e permitir a realização de reuniões e outras actividades de forma remota.

Por sua vez, o comissário, José Dembi, Director de Intercâmbio e Cooperação do MININT, em representação do Ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, lembrou que a doação foi concedida e acompanhada pelo presidente da Huawei para região subsariana, Chen Lei e pelo Ministro do Interior em Junho do corrente ano, sendo que este acto hoje é da entrega oficial do equipamento.

Para a representante da Huawei em Angola, Sucre Zhang Peng, a cooperação com o Ministério do Interior é de Longa data, pelo que acções do género vão continuar. Tendo anunciado, para breve, a inauguração de um Parque Tecnológico com vários centros de formação.

Angola com primeira plataforma de tokens não fungíveis (NFTs)

De certeza que o termo “Token” poderá ser novidade para algumas pessoas, mas para quem já está inserido no mundo das criptomoedas de certeza que já sabe do que se trata, mas nunca é demais deixar as coisas bem claras.

No universo dos investimentos, token é o registro de um ativo em formato digital. No entanto, este termo é muito amplo. Deste modo, pode variar desde um registro de nome do cliente, sem valor comercial, até tokens que representam investimentos imobiliários. Foi o uso da criptografia, e das redes descentralizadas das criptomoedas, que impulsionou este mercado de tokens. De fato, quase tudo pode ser transformado em token, ou seja, ganhar uma representação em formato digital.

Chega a primeira plataforma Angolana.

A equipe responsável pela Yetucoin, a primeira criptomoeda angolana acaba de anunciar à toda comunidade a construção do Mercado de NFTs do Projeto YETU, que terá o nome de YETUNFTs, o mesmo estará disponível no próximo mês de Outubro e poderá ser usado por todos artistas e entusiastas do universo cripto para venda dos seus trabalhos.

O objetivo é de juntar toda a comunidade de criadores Angolanos no mercado de NFTs, desde músicos, influencers, artistas plásticos, e toda a gama de criadores que desejam monetizar o seu trabalho. A negociação de NFTs será feita com duas moedas, Binance Coin (BNB) e Yetucoin – A primeira criptomoeda Angolana. Será concedido o suporte na compra de Yetucoin com kwanza para todos membros novos no universo cripto.

O valor de venda de um determinado item dependerá do vendedor, no entanto, também teremos peças a serem vendidas em leilões, nesse último caso – o valor dependerá dos compradores. Os artistas e a comunidade em geral poderão vender todo tipo de imagens, gifs e músicas. Iremos juntar os artistas e criadores de conteúdos mais destacados residentes em Angola e na diáspora no nosso mercado de NFTs, além da nossa vasta comunidade que já conta com mais de 100 mil membros espalhados nos 4 continentes do globo.

YETUNFTs é o segundo produto a ser lançado pela empresa de direito Angolano Yetubit, depois do Protoclo descentralizado PAN-Afrikano YetuSwap, que já conta com mais de 100 mil dólares em valor bloqueado.

10 data centers em hiperescala serão construídos em África

Africa Data Centers, um dos principais provedores de data centers de co-localização neutra para operadoras do continente, anunciou planos para construir grandes data centers de hiperescala em toda a África, incluindo os países do norte da África, Marrocos, Tunísia e Egipto.

O projecto está a ser financiado por meio de novas ações e recursos das principais instituições financeiras de desenvolvimento e organizações multilaterais. O CEO da Africa Data Centers, Stephane Duproz, explicou que o financiamento para a implantação foi fornecido por capital e empréstimos à empresa-mãe da Africa Data Centers, Liquid Intelligent Technologies, para financiar totalmente a expansão.

Ao explicar a ambiciosa iniciativa, Duproz disse: “Já começamos a adquirir terrenos nesses países e planejamos implantá-los muito rapidamente para atender às necessidades de nossos clientes existentes e novos. Este é apenas o começo para nós. ” A expansão vai mais do que duplicar a já significativa pegada dos centros de dados africanos no continente.

“Todos os nossos data centers são de classe mundial – construídos com o mesmo padrão líder de mercado global e oferecem uma base confiável, resiliente, segura e interconectada. 

De acordo com um comunicado divulgado pela Africa Data Centers, o projecto envolverá um custo de mais de US$ 500 milhões. Duproz disse que as indústrias com maior probabilidade de serem impulsionadas pela expansão dos Data Centers da África são os sectores bancário e crescente de fintech, organizações médicas e de seguros, o sector público, provedores de nuvem em hiperescala e provedores de conteúdo.

“Este compromisso com a África, por meio da implantação contínua de projetos de infraestrutura de capital intensivo, tem repercussões fundamentais para as comunidades e economias que atendemos”, afirma Duproz.

Conheça o Blend, novo recurso do Spotify que permite localizar pessoas com o mesmo gosto musical

O Spotify, cada vez mais, procura oferecer serviços personalizados, e no passado mês de Julho anunciou uma nova funcionalidade chamada de Blend que dá a possibilidade dos utilizadores criarem listas com os amigos e familiares com músicas que fossem ao encontro do gosto pessoal de todos.

A nova função permite que dois internautas combinem os seus hits preferidos para criar uma playlist unificada de forma automática. A novidade possui um carácter de fundo social ao serviço.

A tecnologia é a mesma utilizada para gerar as playlists personalizadas como o Family Mix e Duo Mix. A diferença é que agora será possível mesclar duas listas de pessoas distintas. Quem tem o pacote premium, receberá a recomendação do algoritmo para fazer o cruzamento entre os gostos e entregar uma análise percentual.

O Blend vai ter uma story, que pode ser partilhado nas redes sociais, vai ter um sistema de pontuação onde é demonstrado o nível de compatibilidade de gostos musicais. Para além de partilhar gostos com os amigos, o Blend também permite ver as preferenciais musicais de outros utilizadores.

Tanto os utilizadores pagos como gratuitos vão ter acesso ao Blend, revela o Spotify, contudo a empresa anunciou que os utilizadores do plano premium vão ter à sua disposição um maior número de informações.

Para utilizar o Blend, o utilizador basta carregar em “Criar Blend” e adicionar a pessoa com quem quer partilhar a lista. É necessário que o outro utilizador aceite o pedido. Depois, o Spotify encarrega-se de exibir a playlist em função do gosto musical de ambos.

OFICIAL: Windows 11 será lançado no dia 5 de outubro

Microsoft anunciou no 31 de agosto, que o Windows 11 será lançado oficialmente no próximo dia 5 de outubro. O sistema operacional será oferecido como um upgrade gratuito para os usuários da versão mais recente do Windows 10 com PCs compatíveis e também será oferecido pré-instalado em novos PCs.

De acordo com o anúncio da Microsoft, os usuários começarão a receber o upgrade gratuito para o Windows 11 via Windows Update já a partir do dia 5 de outubro. Vale destacar que assim como ocorreu com o lançamento de novas versões do Windows 10, nem todos os usuários verão o upgrade para o Windows 11 imediatamente no dia 5 – basicamente isto significa que PCs compatíveis e com hardware mais recente receberão o upgrade primeiro, com os outros a receberem o upgrade nas semanas e meses seguintes.

É preciso se certificar de que o usuário tem uma CPU compactível. Há o requisito de um processador Intel de 8ª geração ou mais recente, AMD Zen 2 ou mais recente ou Qualcomm Snapdragon 850 ou mais recente. O TPM 2.0 também é necessário, mas tem sido em novos PCs desde 2016, muito antes de qualquer um dos processadores com suporte ser lançado.

Como nem tudo são boas notícias, uma novidade prometida quando o sistema operacional foi apresentado no dia 24 de junho não estará disponível quando o Windows 11 for lançado no dia 5 de outubro – o suporte para aplicativos do Android na Microsoft Store, que serão oferecidos graças a uma parceria com a Amazon e com a Intel. De acordo com a Microsoft, este recurso só estará disponível em 2022 e os participantes do Programa Windows Insider poderão testá-lo já nos próximos meses.

Para usuários do Windows 10 em PCs que não suportarão pelo Windows 11, a Microsoft continuará a oferecer suporte para o sistema operacional até outubro de 2025. Além disso, a actualização 21H2 para o Windows 10 já está em fase de testes e será lançada até o final deste ano.

Está ansioso para testar o Windows 11?

Google e Microsoft vão investir 30 mil milhões de dólares em cibersegurança

MicrosoftGoogle e outras gigantes da tecnologia se encontraram com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, no dia 25 de agosto, para discutir sobre a segurança cibernética no país. A iniciativa resultou em propostas bilionárias por parte das duas companhias, somando um total de 30 mil milhões de dólares prometidos para investimentos no sector durante os próximos cinco anos.

Satya Nadella, CEO da Microsoft, usou a sua conta Twitter para esclarecer que uma parte desse investimento irá para actualizações dos sistemas de cibersegurança da Microsoft.

“A Microsoft irá disponibilizar imediatamente 150 milhões de dólares em serviços técnicos para ajudar agências governamentais americanas a atualizarem as suas proteções de segurança e irá expandir parcerias com universidades e organizações sem fins lucrativos para formação em cibersegurança.”

Enquanto o Google prometeu US$ 10 mil milhões, a Microsoft se comprometeu em colocar US$ 20 mil milhões para aprimorar a cibersegurança nos Estados Unidos. Esse dinheiro será usado para expandir a rede de treinamento das empresas e ajudar agências governamentais a actualizarem seus sistemas, conforme revelou o CEO da Microsoft, Satya Nadella.

Em união a este investimento, o Presidente Biden reuniu-se com grandes empresas tecnológicas para debater ameaças, como o recente ataque à SolarWinds, bem como possíveis soluções a adoptar para proteger os sistemas digitais dos EUA. Outras empresas e organizações líderes no mercado como a Apple, a Amazon, IBM e Girls Who Code pretendem expandir as suas defesas de cibersegurança, seja de forma interna (ou seja, dentro da empresa) ou externa, protegendo os sistemas do governo e a sociedade americana.

A Huawei, A Unitel, Mobile Money e inclusão financeira

Assim mais ou menos “de kaxêxe”, sem muita gente dar-se conta, fez-se história no desenvolvimento do nosso país: a partir de 25 de Agosto deste ano, as pessoas já podem enviar dinheiro a parentes, amigos ou parceiros comerciais através da rede UNITEL. Nem é preciso possuir conta bancária, basta ter um número de telefone desta operadora. Faz-se história porque, de repente, os cerca de 11 milhões de utilizadores da operadora móvel entram sem mais porquês no sistema financeiro nacional.

Esse serviço – lançado a 23 de Agosto, em Luanda – tornou-se possível graças a uma parceria entre a UNITEL e a gigante de tecnologias chinesa Huawei, que fornece o suporte tecnológico. Esta plataforma “capacita as plataformas e serviços de pagamento móvel com as suas tecnologias inovadoras, capacidade de P&D, experiência e ecossistema, com o objetivo de fornecer um serviço seguro, confiável e conveniente para clientes locais com experiência de primeira classe”, lê-se no comunicado distribuído à imprensa na ocasião.

E o que isso significa exactamente? Significa que qualquer pessoa pode movimentar entre 25 e 300.000 Kwanzas de cada vez sem precisar de ter conta bancária. Pode enviar dinheiro para outra pessoa ou empresa, pagar água, energia ou outros serviços de uma forma rápida e segura, sem precisar de nenhuma daquelas burocracias necessárias para abrir conta num banco. Melhor, sem os riscos de enviar valores através de um portador ou algo semelhante. Através da plataforma disponibilizada pela Huawei, basta digitar *449# e o número UNITEL que, no seu conjunto, funcionam como número de conta bancária. Enviado o dinheiro por essa via, o beneficiário recebe uma mensagem instantânea no seu telefone e pode dirigir-se a qualquer agente UNITEL em qualquer das 18 províncias e 164 municípios angolanos.

Nas minhas andanças pelo país, tenho-me sentido muitas vezes angustiado com a falta ou com o deficiente serviço do sistema financeiro no interior. Já estive em municípios que não possuem uma única agência bancária e os funcionários têm que se dirigir a outras localidades, às vezes a dezenas ou mesmo centenas de quilómetros de distância, o que diminui a sua frequência no serviço. O comércio nestas localidades é feito totalmente com dinheiro vivo e é literalmente impossível enviá-lo sem ser através de um portador. Tudo isso agora fica completamente ultrapassado graças a esta parceria UNITEL-Huawei. Não só as pessoas nas cidades vão poder enviar dinheiro a parentes e familiares nos municípios e aldeias de forma rápida e segura – é aqui que se faz história – como também as enormes quantidades de dinheiro vão retornar para o circuito financeiro e deixar de estar fora dos bancos, como acontece agora. Finalmente, pode dizer-se, estamos a entrar na economia digital e na consequente inclusão financeira. Sem traumas nem “kigilas”.

Outro factor facilitador desta plataforma disponibilizada pela Huawei é que todos os actuais agentes da UNITEL, desde as lojas mais sofisticadas aos “mamadus”, podem ser agentes do “mobile money”. E isso traz outra vantagem: grande parte do dinheiro no circuito informal sob controlo destes actores comerciais vai também entrar para os circuitos formais. Por outras palavras, à inclusão financeira vai juntar-se a quebra de factores importantes de informalidade de que enferma a nossa economia.

Desde que começou o confinamento por causa da pandemia da Covid-19 vimos defendendo que as propostas tecnológicas da Huawei proporcionam uma oportunidade de desenvolvimento socioeconómico e produtivo do país e dos angolanos, pois não só oferecem a capacidade de realizar à distância funções que antes exigiam proximidade ou presença, como ainda garantem uma maior eficácia. Esta entrada na economia digital por via do “mobile money” parece ser apenas o primeiro de muitos passos. Tal como o telefone celular e o cartão multicaixa, tudo indica que, em questão de meses, os serviços facilitados por esta parceria UNITEL – Huawei passará a fazer parte do dia-a-dia dos angolanos.


Artigo escrito por Celso Malavoloneke , publicado no MenosFios com a autorização da sua assessoria de imprensa.