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Quarta-feira, Agosto 20, 2025
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Consultório MenosFios. Como medir a velocidade da sua internet pelo Ookla Speedtest

A Ookla Speedtest é uma plataforma que permite medir tanto a velocidade quanto a qualidade da Internet nos telefonesAndroid e iPhone (iOS), assim como no computador. A ferramenta fornece dados sobretaxa de download e upload, latência, e ainda mostra a localização do servidor sendo utilizado pela operadora que fornece a rede.

No Consultório MenosFios de hoje, juntamente com a Unsplash, vamos mostrar como medir a velocidade da sua internet pela Ookla Speedtest. O tutorial foi realizado no aplicativo para iOS num iPhone 11, mas também é possível usar a ferramenta direto de um navegador web pelo celular ou pelo PC.

  1. Baixe o aplicativo da Ookla Speedtest ou acesse o site da plataforma pelo navegador web:

    O aplicativo da Ookla Speedtest está disponível de graça na App Store, em iPhones, ou na Google Play Store, no Android.

  2. Clique em “Iniciar”:

    Logo na primeira tela de aplicativo ou do site, inicie o teste de velocidade e aguarde.

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Aguarde alguns segundos:

A ferramenta vai encontrar o servidor mais próxima da sua localização e medir latência e velocidade de download e upload.

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Veja os resultados:

Quando o teste for concluído, o aplicativo vai mostrar os resultados de desempenho da sua Internet.

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Como medir a velocidade da internet no PC

  1. Acesse o site da Ookla Speedtest pelo navegador web;
  2. Clique em “Iniciar”;
  3. Aguarde alguns segundos;
  4. Veja os resultados.

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Esse foi o Consultório MenosFios de hoje, onde pedimos que os nossos leitores as comentem e que contribuam com informações adicionais que julguem serem necessárias sobre esse mesmo tema.

Todas e quaisquer questões que gostassem de ver aqui respondidas devem ser colocadas no canal de comunicação exclusivo e dedicado ao consultório Menos Fios.

Falamos do email criado para esse fim: [email protected]. Este é o único ponto de receção das questões que nos enviarem. Usem-no para nos remeterem as vossas questões, as vossas dúvidas ou os vossos problemas. A vossa resposta surgirá muito em breve.

Comissão Europeia ameaça com multas as principais empresas tecnológicas

A Comissão Europeia abriu hoje investigações de incumprimento contra a Alphabet (da Google), Apple e Meta (dona do Facebook) ao abrigo da nova lei dos mercados digitais, ameaçando com multas de até 10% da faturação destas ‘gigantes’ tecnológicas.

Hoje, a Comissão Europeia deu início a investigações de incumprimento ao abrigo da Lei dos Mercados Digitais relativamente às regras da Alphabet sobre a orientação no Google Play e a autopreferência na Pesquisa Google, às regras da Apple sobre a orientação na App Store e o ecrã de escolha para o Safari e ao modelo de pagamento ou consentimento da Meta” por suspeitar que “as medidas adotadas por estes controladores de acesso não permitem o cumprimento efetivo das obrigações que lhes incumbem por força da nova lei“, indica a instituição em comunicado.

Em concreto, no que toca à Alphabet e à Apple, o executivo comunitário afirma estar “preocupado com o facto de as medidas poderem não ser totalmente conformes, pois impõem várias restrições e limitações”.

Abrangidos estão serviços como Google Shopping, Google Flights e Google Hotels e, sobre a Apple, estão em causa aplicações de software no sistema operativo iOS.

Já relativamente à dona do Facebook, Bruxelas diz estar “preocupada com o facto de a escolha binária imposta pelo modelo ‘pagar ou consentir’ da Meta poder não oferecer uma alternativa real no caso de os utilizadores não consentirem, não atingindo assim o objetivo de impedir a acumulação de dados pessoais pelos controladores de acesso”.

Bruxelas tenciona concluir o processo iniciado hoje no prazo de 12 meses sendo que, se confirmar existência de infração, pode aplicar coimas até 10% do volume de negócios total da empresa a nível mundial, que ascendem a 20% em caso de infração repetida, segundo as regras da nova diretiva.

Perante infrações sistemáticas, a Comissão Europeia pode ainda adotar medidas corretivas adicionais, como obrigar um controlador de acesso a vender uma empresa ou partes da mesma, ou proibir o controlador de acesso de adquirir serviços adicionais relacionados com o incumprimento sistemático, está ainda previsto.

Em causa está a nova Lei dos Mercados Digitais, que se aplica aos ‘gatekeepers’, empresas que, por vezes, criam barreiras entre empresas e consumidores e controlam ecossistemas inteiros, constituídos por diferentes serviços de plataforma, tais como mercados em linha, sistemas operativos, serviços em ‘cloud’ ou motores de busca ‘online’.

São alvo desta designação de intermediárias de conteúdo as plataformas digitais com um volume de negócios anual na União Europeia (UE) ou valor de mercado de, pelo menos, 7,5 mil milhões de euros, que operem em pelo menos três Estados-membros e tenham mais de 45 milhões de utilizadores ativos mensais.

Em vigor na UE desde novembro de 2022, a Lei dos Mercados Digitais estipula regras sobre o que as empresas tecnológicas com estatuto de ‘gatekeepers’ são ou não autorizadas a fazer na UE, uma espécie de lista negra com regras para estas grandes plataformas.

Hoje, foi ainda anunciado que, além das questões alvo de investigação, a Comissão Europeia quer esclarecer se a nova estrutura de taxas da Apple para as lojas de aplicações alternativas e as práticas de classificação da Amazon no seu mercado respeitam a nova Lei dos Mercados Digitais.

A instituição veio ainda hoje exigir documentos à Alphabet, à Amazon, à Apple, à Meta e à Microsoft para controlar a aplicação efetiva e o cumprimento das suas obrigações, de acordo com o comunicado de imprensa.

Africell vai construir mais de 700 torres de comunicações

A Africell vai investir mais de 105 milhões de dólares na construção de mais de 700 torres em quatro províncias, medida que se insere no programa de construção de infraestruturas próprias.

Segundo o que é revelado pelo Valor Económico, essa decisão também se enquadra pelo fracasso na negociação de utilizar as torres da Unitel, algo que tinha sido prometido pelas autoridades angolanas.

De acordo com as informações que chegaram a redação da MenosFios, o preço estipulado pela Unitel para a partilha das infraestruturas foi o primeiro constrangimento, visto que a Africell considerou “bastante elevado”, enquanto a Unitel defendia cobrar um “preço justo” tendo em conta que o investimento feito estava avaliado em cerca de 5 mil milhões de dólares.

Outro senão, as infraestruturas da Unitel revelaram-se alegadamente sem capacidade para albergar mais de uma operadora, como revelou a Africell.

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Por sua vez, Miguel Geraldes, CEO da Unitel, argumentou que a partilha não foi possível porque Africell é também o seu cliente. “Nós prestamos circuitos à Africell nas zonas fora de luanda“, afirmou.

Entretanto, o CEO da Unitel, empresa com a maior rede de infraestruturas do país, diz que Angola está nas melhores posições do continente ao nível de infraestruturas de telecomunicações.

Conheço várias fibras nacionais na região e vários países, apenas nos comparamos com a África do Sul, e neste momento já há comparações com o Quénia. Além destes, não há outro país onde tenha um nível nacional de fibra óptica nacional como temos em Angola“, afirmou.

Startup Digital Lab entre os finalistas da competição internacional “Gaming Startup Retreat”

A startup angolana Digital Lab, um Indie Game Studio inovador, dedicado a criar experiências interativas e contar histórias cativantes por meio do desenvolvimento de videogames, é uma das finalistas do Demo Day da competição internacional “Gaming Startup Retreat”, organizada pela Startup Madeira, eGames Lab e pelo Nova SBE Haddad Entrepreneurship Institute no dia 26 de março de 2024.

Segundo o que foi revelado pelo founder da startup Marcelo Gomes, em entrevista ao Founder Institute Luanda, a Digital Lab vai apresentar o seu projeto “The Village”, uma trilogia que narra a história de uma jovem angolana que se torna mestre de capoeira. Situado em Angola no final do século XVIII, o jogo promete ser uma fonte rica de histórias culturais angolanas, proporcionando uma experiência imersiva e envolvente.

MAIS: Startup Digital Lab representa Angola no Gaming Startup Retreat

Destacando-se como um dos finalistas da segunda edição do evento, a startup angolana aproveitou a ocasião para expor o seu ecossistema internacional de videogames, onde nas seis semanas do programa, a equipa se dedicou intensamente para se preparar da melhor forma possível para o DemoDay, um evento direcionado à comunidade de jogos, investidores e stakeholders do ecossistema europeu de videogames.

A DigitalLab teve também a oportunidade de colaborar com empresas renomadas, como InfinityGames e RedCatPig, estúdios de destaque em Portugal, bem como estúdios alemães como a Bytro, que possuem uma forte presença no mercado de jogos móveis. Além disso, contaram com mentores que contribuíram para grandes produções de consoles, como The Witcher 3, Wolfenstein, StarCitizen, entre outros, abordando diversos aspetos, desde o design de som e jogo até questões relacionadas à análise de mercado, licenciamento e publicação de jogos.

A delegação que representou Angola no evento foi liderada pelo fundador Marcelo Gomes, especialista em Arte Técnica e Design de Níveis de jogos, juntamente com Vivaldo Zacarias, Agile Coach. Durante o evento, eles estabeleceram contactos importantes com instituições como Digital Valley e eGamesLab, o consórcio de videogames português.

Nvidia. “Programar vai deixar de ser essencial devido à IA”

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, voltou a tecer comentários sobre a importância de aprender a programar e, tal como tem vindo a acontecer até aqui, o executivo deu a entender que esta capacidade deixou de ter a relevância que tem vindo a ter até aqui.

Em conversa com os jornalistas durante o evento desta semana da Nvidia, Huang explicou que a programação será, no futuro próximo, algo que poderá ser assegurado em grande parte por Inteligência Artificial (IA).

Penso que as pessoas têm de aprender todo o tipo de conhecimentos, afirmou Huang, adiantando, contudo que a programação não será essencial para teres sucesso na vida. “Mas se alguém quiser aprender [a programar], por favor façam-no porque estamos a contratar programadores”.

MAIS: Mulheres angolanas devem apostar na programação computacional

Huang explicou também que, para que uma IA generativa seja bem sucedida, terá de ter alguém com uma grande variedade de conhecimentos para conseguir usar uma ferramenta de IA generativa.

“Não tens de ser um programador de C++ para teres sucesso. Tens apenas de ser um engenheiro de comandos. E quem é que não pode ser um engenheiro de comandos? Quando a minha esposa fala comigo, está a ser engenheira de comandos comigo. Todos temos de aprender a comandar IA, mas isso não difere de aprender como comandar colegas de equipa, explicou Huang de acordo com o site TechRadar.

Apple Watch compatível com telemóveis Android? Apple pensou na ideia

A Apple foi processada esta quinta-feira, dia 21, pelo Departamento de Justiça dos EUA e, ainda que o processo se foque sobretudo no mercado de telemóveis, ficamos a saber também mais detalhes sobre outros dispositivos da marca.

Entre as informações presentes neste processo está o facto de que a Apple terá, alegadamente, tentado tornar o Apple Watch compatível com telemóveis Android. Como refere o site 9to5mac, a Apple terá passado três anos a tentar adicionar suporte Android ao seu relógio inteligente e acabou por desistir devido a “limitações técnicas”.

MAIS: [Rumor] Apple ainda não desistiu de lançar um iPhone dobrável

A Apple já afirmou, entretanto que pretende defender-se “vigorosamente” das acusações deste processo, pelo que podemos certamente esperar ouvir falar sobre este tema durante os próximos tempos.

Gestantes ganham solução tecnológica de acompanhamento durante a gravidez

Angola conta agora com uma plataforma tecnológica que faz o acompanhamento de mulheres gestantes através do envio de mensagens com conselhos e lembretes durante a gravidez.

Denominada Monami, a inovação tecnológica conta já com mais de 30 mil gestantes registadas, que recebem mensagens semanais com alguns conselhos e alertas úteis.

Implementado e desenvolvido pela Appy People, o piloto foi liderado pela Maternidade Lucrécia Paim, apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e a Unitel“, disse o diretor-geral da Appy People, Pedro Beirão, promotora da solução tecnológica.

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A diretora geral do Hospital Materno Infantil Azancot Menezes disse que a plataforma “Monami” vai ajudar as mulheres a ter informações sobre medidas de prevenção de complicações na gravidez, que podem levar à morte.

Segundo ainda Pedro Beirão, a plataforma “Monami” visa trazer informações sobre nutrição, lembretes de consultas, bem como reforçar os conhecimentos sobre saúde materna, contemplando um sistema de voz, para mulheres que vivem em zonas recônditas e que não sabem ler.

IA constitui “uma grande oportunidade” para os países africanos, afirma investigador

O investigador norte-americano Nathaniel Allen afirmou à Lusa que “há várias formas de africanizar” a Inteligência Artificial, uma tecnologia que, mesmo que esteja a ser desenvolvida pelas maiores potências mundiais, constitui “uma grande oportunidade” para os países africanos.

É verdade que as empresas e indivíduos nos Estados Unidos e na China estão na vanguarda do desenvolvimento da inteligência artificial (IA), especialmente para fins militares e de segurança, mas aqueles que criam a tecnologia não são necessariamente os que colhem os maiores benefícios“, afirmou à Lusa o investigador e professor de Estudos de Segurança no Africa Center for Strategic Studies (ACSS), em Washington.

Nate Allen reconheceu que, em vários aspetos, muitos dos algoritmos de IA e a forma como a tecnologia está a ser utilizada “têm potencial para – e, de certa forma, já estão a – reforçar as desigualdades entre o Norte e o Sul do mundo”, mas o desenvolvimento da tecnologia digital “não é como construir um navio de guerra ou um avião, que depende de enormes economias de escala. A tecnologia digital é barata e pode difundir-se muito rapidamente”.

Ainda que seja “barata”, como diz Allen, o seu funcionamento “é extremamente dispendioso”, contrapõe Abdul-Hakeem Ajijola, presidente do Grupo de Peritos da União Africana (UA) que desenhou a Convenção de Malabo sobre proteção de dados e uso ético da IA no continente africano.

Penso que o funcionamento do ChatGPT — plataforma da Open AI – custa cerca de 100.000 dólares norte-americanos por dia, o que implica que possuir uma plataforma de IA não é algo que a maioria das organizações africanas e até mesmo governos africanos possam suportar“, disse à Lusa o especialista nigeriano.

A inteligência artificial está madura para ajudar a resolver alguns problemas importantes em África, desde a agricultura ao setor da saúde, passando pelo sistema financeiro, mas o especialista senegalês Seydina Moussa Ndiaye alertou para uma nova “colonização” do continente por esta nova tecnologia, caso as grandes multinacionais estrangeiras continuem a alimentar-se de dados africanos sem envolver os atores locais.

Para Ndiaye — que participou na elaboração da Estratégia Pan-Africana sobre IA da UA, assim como consultor da Parceria Global das Nações Unidas sobre Inteligência Artificial (GPAI) –, essa é mesmo a “maior ameaça” da inteligência artificial no continente africano.

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“Para mim, a maior ameaça é a colonização. Podemos acabar por ter grandes multinacionais na área da IA que imporão as suas soluções em todo o continente, não deixando espaço para a criação de soluções locais”, afirmou à UN News numa entrevista recente.

A maior parte dos dados atualmente gerados em África é propriedade de multinacionais cujas infraestruturas são desenvolvidas fora do continente, onde também opera a maioria dos especialistas africanos em IA.

“Isto leva-nos a pensar que enfrentamos uma nova vaga de neocolonialismo, porque, sejamos realistas, a maioria dos algoritmos são desenvolvidos no sul da Califórnia ou nos Estados Unidos, em geral”, disse também Ajijola.

Outro elemento importante a ter em conta é o contexto da quarta revolução industrial, alertou Ndiaye. O poder da IA, combinado com os avanços da biotecnologia ou da tecnologia, é imenso, mas todas as soluções têm de ser testadas e África pode ser o local para onde as empresas olhem.

“Se não for supervisionado, podemos acabar por ter testes em seres humanos com chips ou mesmo elementos biotecnológicos integrados que melhoramos. Estas são tecnologias que não dominamos bem. Em termos regulamentares, há certos aspetos que não foram considerados. O próprio quadro de aplicação das ideias e da regulamentação existente não é eficaz”, segundo o especialista senegalês.

“Em termos concretos, e quando não se controla estas coisas, pode acontecer sem ninguém saber. Podemos ter África a ser usada como cobaia para testar novas soluções, e isso pode ser uma grande ameaça para o continente”, concretizou Ndiaye.

Os conjuntos de dados, os conhecimentos especializados, a formação dos algoritmos estão, na sua esmagadora maioria, baseados nos Estados Unidos e na China, “o que constitui certamente um perigo”, concedeu Allen.

Ainda que “compreenda” as preocupações de Ndiaye, Allen disse acreditar que, “uma vez identificados certos preconceitos, é possível atenuá-los”.

“Não tenho a certeza se a narrativa que diz que as grandes potências mundiais vão ser as únicas a beneficiar da disseminação da tecnologia, mesmo que sejam elas a desenvolver, é completamente exata”, afirmou.

Pagamentos por TPA registam um aumento “significativo” em Angola

As operações de levantamento por terminal de pagamento automático (TPA) tiveram um aumento significativo nos dois primeiros meses do ano, Janeiro e fevereiro, crescendo 39 por cento face ao mesmo período de 2023, para 167.297 operações.

A informação foi revelada Banco Nacional de Angola (BNA), onde afirmou que, de janeiro a fevereiro foi registado um montante de 1.171 milhões de kwanzas, “o que se denota uma tendência evolutiva”.

No cômputo do ano passado, foi registado um montante global de algo mais do que 6 mil milhões  de Kwanzas em levantamentos de numerário por TPA, com um total de 429.613 operações.

O banco central explica os levantamentos por TPA pela premência da garantia de uma oferta mais alargada de serviços de pagamento que atenda as necessidades da população, face ao atual contexto de informalidade da economia.

Assim, o serviço de levantamento por TPA foi estabelecido para assegurar a disponibilização de um canal adicional de obtenção de numerário, podendo-se “considerar que o objetivo foi alcançado”, declarou o BNA na nota.

O objetivo do BNA é o de caminhar para a digitalização dos pagamentos, onde se destaca a recente implementação do sistema de transferência instantâneas Arranjo KWIK.

Moçambique debate lei sobre uso de drones

O parlamento moçambicano debateu esta quinta-feira a Proposta de Lei de Levantamentos e Cinematografia Aéreos para Fins Civis, que o Governo considera necessária para acabar com “a selva” no uso de drones e garantir a segurança nacional.

De acordo com a agenda divulgada pela Assembleia da República, o órgão legislativo também apreciou a Proposta de Lei que Estabelece o Regime Jurídico Aplicável às Micro, Pequenas e Médias Empresas a (MPME).

O ministro da Defesa de Moçambique, Cristóvão Chume, disse, numa audição parlamentar em 6 de março, que o país precisa de regular o uso de drones, porque estes dispositivos são operados numa “selva”, numa referência à falta de lei sobre a matéria.

“Estamos num campo selvagem, onde tudo o que nos preocupa está a acontecer sem regulamentação“, afirmou Cristóvão Chume, durante uma audição com os deputados da Comissão de Defesa, Segurança e Ordem Pública da Assembleia da República, sobre a proposta da Lei de Levantamentos e Cinematografia Aéreos para Fins Civis.

Chume afirmou que a ausência de uma norma específica sobre o assunto está a permitir o sobrevoo sem controlo por drones de áreas de operações militares, nos quartéis, levantamento de informação geológica, topográfica, sobre fauna e de outro tipo de recursos.

Com esta proposta de lei, vamos ter uma oportunidade para dizer como é que nós queremos que as coisas devem acontecer e quem deve fazer“, sublinhou.

O ministro da Defesa Nacional assegurou que o futuro diploma vai respeitar os direitos fundamentais dos cidadãos, incluindo a liberdade de imprensa, à exceção de restrições impostas por situações como o estado de emergência.

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Cristóvão Chume afirmou que a lei vai balizar o uso de drones, colocando os devidos limites no recurso a este tipo de dispositivo e de outros veículos aéreos de captação de informação.

Locais como instalações das Forças de Defesa e Segurança, Presidência da República, Assembleia da República, aeroportos e eventos públicos sem autorização para sobrevoos serão legalmente protegidos da utilização dos referidos aparelhos, acrescentou aquele governante.

Cristóvão Chume sublinhou que a futura norma vai permitir investimentos para que informações recolhidas por veículos aéreos para fins económicos sejam processadas no país e não fora, como está atualmente a acontecer.

“Há a necessidade de investimentos em instituições nacionais para que, a pouco e pouco, possamos diminuir a possibilidade de recurso a empresas estrangeiras na área de cartografia, porque, algumas vezes, as informações sensíveis que têm a ver com pesquisas de gás e petróleo, por a informação ser complexa, têm que ser levadas para fora do país“, enfatizou Chume.

Esses dados analisados no estrangeiro podem não regressar ao país, prosseguiu.

O ministro da Defesa Nacional adiantou que o processo de autorização do uso de veículos aéreos não tripulados deve envolver aquele pelouro, a Polícia da República de Moçambique (PRM) e o Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE).