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Sábado, Agosto 16, 2025
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Microsoft anuncia encerramento do Internet Explorer

Microsoft anunciou o encerramento do Internet Explorer, navegador líder de mercado entre o fim dos anos 1990 até a primeira década do milênio. Os serviços online como o Office 365, o OneDrive ou o Outlook, entre outros, deixam de suportar a última versão do browser.De sublinhar que a aplicação web do Microsoft Teams deixa de suportar o Internet Explorer 11 já em novembro deste ano. O suporte a última versão do browser vai ser terminado apenas para os produtos online da Microsoft e não completamente no Windows 10.

Em nota divulgada, a companhia recomenda que os clientes façam a transição para o Microsoft Edge, navegador alternativo ao Internet Explorer lançado em 2015 pela empresa. “Nós estamos comprometidos a ajudar essa transição a ser a mais tranquila possível”, diz o comunicado. “Nossos clientes usam o IE desde 2013, um tempo no qual o ambiente online era bem menos sofisticado do que os que vivemos agora. Desde então, novos navegadores – como o Microsoft Edge – têm oferecido experiências melhores e mais inovadoras.”

O processo de fim do Internet Explorer já começou há algum tempo e este é mais um passo nessa caminhada – recentemente, o icónico navegador celebrou 25 anos de existência. Apesar da própria Microsoft deixar de suportar o Internet Explorer 11, naquela que é uma mensagem clara quanto ao futuro do navegador, a empresa sublinha que o browser vai continuar a receber “actualizações de segurança” e “apoio técnico” durante os ciclos de vida dos sistemas operativos nos quais está incluído – Windows 8.1 e Windows 10.

Na prática, isso significa que o suporte do Internet Explorer 11 só vai acabar quando estas versões do Windows deixarem de receber actualizações: Windows 10, Windows 8.1 Update, Windows Server 2012, Windows Server 2012 R2, Windows Server 2016 e posteriores.

Segundo dados de julho da consultoria NetMarket Share, o Internet Explorer é o quarto navegador mais usado globalmente em computadores desktops e notebooks, com 4,23% do total. O Chrome, navegador do Google, é o líder com 71,11% do total, seguido pelo Microsoft Edge, com 8,09%. Nos anos 2000, o Internet Explorer chegou a estar presente em 90% dos computadores.

Hackathon Covid-19 reúne programadores de Cabinda

O GDG Cabinda (Grupo de Desenvolvedores do Google) e a TchiowaHub organizaram na semana dos 10 aos 15 de Agosto a primeira edição de um Hackhathon em Cabinda, que foi baptizado de Hackhathon Covid-19. Esta iniciativa é um convite aos programadores de Cabinda para que em tempo record pudessem criar uma solução tecnológica local e impactante para a prevenção e sensibilização na luta contra o Covid-19.

O evento visou motivar os programadores de Cabinda a usarem sua criatividade para ajudar no combate à Covid-19, criando meios que ajudem na sensibilização e prevenção do vírus.

Empreendedores digitais e programadores já com uma vasta experiência no ramo, interagiram com os participantes do Hackaton, passando as suas experiências profissionais e pessoais na área de programação, de formas a passarem conselhos e dicas aos programadores em competição.

O Hackhaton Covid-19, foi criado com o intuito de poder se juntar aos esforços já vários da luta contra a Covid-19 a tecnologia em particular a programação e com o intuito de fomentar interesse para a área de programação na praça de Cabinda. O evento foi realizado de 10 de Agosto de 202 0à 15 de Agosto de 2020.

Vencedores

1ºLugar: John Gimbi com o projecto intitulado de Hcovid

2º Lugar: Emanuel Maimona com o projecto Angola Unida

Unitel Go Challenge : se tem a melhor startup de Angola, tem 3 dias para inscrever-se

Na dia 07 de Agosto, a Unitel lançou o concurso UNITEL GO Challenge. Quem está atento ao ecossistema de empreendedorismo em Angola, deve ter associado logo ao concurso anterior, o Unitel Apps. A Unitel confirma que é uma versão mais abrangente e pretende identificar as melhores startups de negócios digitais do País, assim como potenciar o Ecossistema Digital de Angola.

Quem pode participar?

Aberto a todos os empreendedores e desenvolvedores de Angola assim como angolanos residentes na diáspora, o UNITEL GO Challenge dá possibilidade ao concorrente de apresentar o seu projecto de forma individual ou em grupo de até 5 elementos, sendo obrigatória a submissão de um protótipo funcional (ex. Aplicação móvel, Website ou outra Tecnologia Digital).

Requisitos

A UNITEL projecta este concurso para encontrar projectos sustentáveis. Para este ano, 70% do critério de avaliação está ligado à Gestão Empresarial, como a operacionalização do negócio e à constituição de equipas com viabilidade económica.

O conceito do concurso ronda à volta da premissa de que “qualquer programador poder desenvolver um Front Office, mas apenas uma startup robusta pode desenvolver um negócio sustentável”.

Entre os requisitos de participação, destaca-se:

  • Permissão de utilização de qualquer programa de desenvolvimento
  • Submissão de vídeo explicativo de tamanho inferior a 16 MB e com até 2 minutos de duração, onde é demonstrado o funcionamento do Negócio Digital
  • Apresentação de documento com a descrição funcional (PowerPoint ou PDF) baseado no template disponibilizado no site da UNITEL

O projecto desenvolvido deverá ser enviado para o endereço de email [email protected], no período de 07 de Agosto à 24 de Agosto de 2020, para o processo de triagem para as fases seguintes até a classificação final, prevista para o mês de Outubro.

A atribuição dos prémios estará classificada nas seguintes categorias:

  • Vencedor
  • Menção Honrosa:
    • Inovação
    • Responsabilidade Social (Educação e Saúde)

O vencedor terá direito a:

  • 4 Milhões de kwanzas
  • Participação online no WebSummit 2020
  • Até 5 computadores portáteis
  • 1 ano de telecomunicações grátis
  • Divulgação nos canais de comunicação da UNITEL e parceiros
  • 1 ano de mentoria com profissionais da UNITEL e parceiros
  • As menções honrosas terão direito a:
  • Até 5 computadores portáteis
  • 1 ano de telecomunicações grátis
  • Divulgação nos canais de comunicação da UNITEL
  • 1 ano de mentoria com profissionais da UNITEL e parceiros

A sua startup tem tudo para vencer? Não espere mais, o envio das propostas encerra dentro de 3 dias.

África carece de políticas de crimes cibernéticos

De acordo com a União Internacional de Telecomunicações (UIT), em 2019 cerca de 4,1 mil milhões de pessoas a nível mundial usaram a Internet. Indicando um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior.A UIT estimou que em 2019 nos países menos desenvolvidos, apenas 19% dos indivíduos utilizaram a internet, em comparação com 87% nos países desenvolvidos. Nesta escala, a África obteve a classificação mais baixa, com apenas 28% dos indivíduos utilizaram a Internet, em comparação com a Europa, que obteve a classificação mais elevada, com 83% dos indivíduos que usaram a Internet.

Nesse mesmo ano, o continente africano tinha a maior percentagem de população offline do mundo, e a maioria dos países nesta condição situam-se na África Central, Oriental e Ocidental. Apesar das disparidades na penetração da Internet em África e em outras regiões, o continente africano ainda mostra que é bastante vulnerável ao cibercrime.

Isso ocorre porque a maioria dos africanos que estão a ser expostos à internet, devido a uma série de factores como ampla cobertura de internet, carecem de conhecimentos técnicos básicos sobre como usá-la, tornando-se alvos fáceis para cibercriminosos transnacionais.

Em 2016, aproximadamente 24 milhões de incidentes de malware atingiram vários países do continente. Em 2017, malware, e-mails de spam e pirataria de softwares, entre outros crimes, foram relatados em muitos países africanos. Segundo um relatório da Interpol, a inadequação ou a ausência de leis de crimes cibernéticos e a sub-documentação do crime em África estavam a impedir a luta contra o crime cibernético.

A nível continental, em 2014, a União Africana (UA) adoptou a convenção sobre Cibersegurança e Proteção de Dados Pessoais. No entanto, apenas 14 dos 55 países membros da UA assinaram a convenção, e apenas sete a ratificaram, até janeiro de 2020, diz o relatório da Interpol.

A convenção precisa ser ratificada por pelo menos 15 países membros para entrar em vigor, ou seja, ainda não entrou em vigor. Isso mostra que a segurança cibernética ainda não é percebida como uma necessidade por muitos países africanos, o que agrava ainda mais o problema.

Como está a situação em Angola?

  • Em fevereiro de 2017, o Governo angolano aprovou a Lei de protecção das Redes e Sistemas Informáticos, que inclui o ciberterrorismo, com vista a proteger os cidadãos e as organizações de ciberataques.
  • A lei aprovada possui uma abrangência na qual os crimes cometidos em território nacional por cidadãos angolanos, estrangeiros ou por pessoa colectiva com domicílio em território angolano, mesmo que visem alvos localizados fora de Angola, ou na situação inversa, onde o crime é cometido fora de Angola mas visando dados localizados no país.

De acordo com o relatório da Interpol, as nações africanas estão a perder milhões de dólares no mundo do crime cibernético, já que em 2017 as perdas económicas no continente chegaram a USD 3,5 bilhões.

A Nigéria registou perdas de USD 649 milhões, o Quénia foi de USD 210 milhões, enquanto a África do Sul também relatou grandes perdas económicas devido a ataques cibernéticos, perdeu cerca de USD 157 milhões.

Os crimes cibernéticos em África incluem abuso e exploração sexual infantil, crimes ambientais, tráfico humano, tráfico de armas e drogas e comércio ilícito de minerais, entre outros.

Kubinga revela dados da sua facturação após estado de emergência

Para muitos quando se fala em mobilidade em Angola, ainda existe alguns pontos de interrogação a ser feito, mas para quem já conhece esse mercado, sabe que existem plataformas como a Kubinga a operar no mercado nacional.

Já a operar a mais de 2 anos, a empresa já venceu concursos como o Seedstars Luanda 2018, Unitel Apps 2019, e participou no Web Summit 2019.  A fase que nós encontramos de certeza que não está a ser das melhores para as empresa que trabalham neste sector da mobilidade, exemplo vivo são as companhias internacionais como a Uber, Bolt, Free Now (Kapten) que acabaram por perder muito dinheiro por culpa do COVID-19.

Não foram só internacionais que tiveram percas nessa fase, a empresa Kubinga, detentora da plataforma com o mesmo nome e conhecida como a ‘uber angolana’, contabilizou quebras de 71% nas solicitações diárias, recuando de 800 para 230 registos ao longo do estado de emergência (Março e Abril).

Segundo Emerson Paim, CEO da empresa, foi proporcional à redução das receitas, que quebraram 70% para os cerca de 24 milhões de kwanzas por mês. O mesmo nota, entretanto, uma “recuperação satisfatória”, com o fim do estado de emergência, estando a facturação mensal agora posicionada nos 60 milhões de kwanzas. “Aproveitámos o mês de Abril para actualizar a aplicação, que, além de transportar pessoas, passa a fazer entregas de produtos, ter lojas virtuais e permitir a actualização da carteira digital. Nestes últimos meses, temos estado a recuperar bastante”, reconhece.

Do valor facturado, cerca de 75% é destinado aos mais de 399 proprietários de viaturas inscritas, somente em Luanda, enquanto os restantes 25% revertidos à plataforma. A plataforma espera que o número de inscritos aumente, nos próximos dias, com a implementação do serviço de ‘táxi num clique’ na cidade do Lubango, na Huíla, meta atrasada pela pandemia. Benguela será o destino seguinte.

Aplicativo Umbrella traz detalhes das rotas dos táxis particulares e colectivos em Angola

Os táxis são os meios de transporte mais utilizados em Angola. Com a limitação conhecida nos transportes públicos, o sector privado tem colmatado essa deficiência. Se circular por Luanda ou qualquer outra província em Angola, decerto que verá um “Azul e Branco”, como são apelidados os táxis colectivos. Mas, a segurança dos transportes públicos é questionada muitas vezes, com relatos de assaltos, incumprimento das rotas, especulação de preços. Soluções procuram-se.

E se conseguisse identificar taxis colectivos certificados?

Januário Agostinho, criador da App Umbrella

Surge então a aplicação Umbrella, um aplicativo que foi criado por Januário Agostinho e desenvolvido pela empresa Select Service, para operar no sector de mobilidade e segurança pública.

Com esta aplicação, todas as viaturas em Angola, que exercem a actividade de Táxi, serão cadastradas para garantir o melhor serviço aos passageiros.

Os dados de cadastro para os táxis colectivos de passageiros vulgo “azul e Branco” e autocarros serão:

  • Imagens laterais, frontal, traseira do veículo.
  • Nome e fotografias dos motoristas e cobradores
  • Rotas mais frequentes,
  • Números da matricula e licença de táxi,
  • Associação a que pertence,
  • Proprietário e contactos telefónicos.

Depois de efectuado o cadastro será gerado um número de identificação do veículo de no máximo (4) quatro dígitos que será colado nas partes frontal, lateral e por cima da viatura.

Através deste numero de identificação os passageiros, a polícia e as associações vão poder pesquisar na App e ter toda informação sobre o veículo.

Benefícios para os passageiros

  • Os passageiros vão poder classificar  o comportamento do motorista e cobrador;
  • Denunciar cobranças de preços exagerados, vias curtas, excesso de velocidade;
  • Os passageiros terão acesso a um Botão pânico (alarme) caso sintam-se em perigo dentro da viatura.

Em contacto directo com a polícia nacional

Todas as notificações de denúncias, classificações e botão de pânico serão directamente encaminhadas para o CISP – Centro integrado de Segurança Pública, com os dados de quem reporta e da Geo localização da viatura de onde surgiu a denuncia. O que permitirá o rastreio do veículo e garantindo a segurança dos utilizadores da aplicação.

Mais funcionalidades…

Os passageiros ainda terão acesso ao menu perdidos e achados onde poderão reportar ou encontrar itens perdidos e achados no interior dos táxis ou na via pública.

Na versão 1.2, que será lançada ainda este ano, os Táxis “azuis e branco” em melhores estados de conservação e conforto poderão de ser chamados para corridas de táxis por grupos perfis de passageiros com as mesmas  rotas ou simétricas, que serão criados na App. 

Os utilizadores terão acesso ao trânsito em tempo real e poderão partilhar a existência de obstáculos na via pública. 

Lançamento

O lançamento está previsto para breve, numa primeira fase estará disponível nas plataformas iOS, Android e Web. Está prevista a disponibilização das mesma funcionalidades para telemóveis que não são smarts, através da tecnologia USSD.

Mais imagens da aplicação em acção

Angola deve apostar na Tecnologia de Informação e Comunicação para acelerar o crescimento socioeconómico

À medida que entramos numa nova era cuja tendência é a conectividade, todas as coisas se vão tornando sensoriais, conectadas e inteligentes. Neste contexto incerto e de rápidas mudanças os países (desenvolvidos e emergentes) priorizam as TIC como um facilitador crítico com potencial para aumentar a competitividade, o crescimento económico e o emprego. O desenvolvimento das TIC e o seu uso são factores que impulsionam o crescimento da economia de um país, bem como a transformação da sua indústria. As metas estipuladas no Plano de Nacional de Desenvolvimento 2018-2022 e o investimento podem promover e acelerar a adoção das TIC e melhorar a produtividade e a competitividade do país.

As TIC, igualmente, proporcionam aos cidadãos acesso a uma panóplia de produtos e serviços digitais, transformando o país numa Sociedade Inteligente. Uma Angola mais e melhor conectada será sinónimo de uma nação mais próspera que, conectada digitalmente ao mundo, pode contribuir, por mérito próprio, para a sociedade global. A transformação das TIC é, portanto, crucial para que, nos próximos anos, Angola assuma o seu devido lugar na plataforma global, contribuindo com o desenvolvimento de produtos e conteúdos digitais locais acessíveis globalmente.

Ainda existem lacunas de infra-estruturas nas três primeiras revoluções industriais. Em África, mais pessoas têm acesso a telefones móveis do que a água potável ou a uma conta bancária. África é vasta e porque os índices de pobreza ainda são elevadíssimos enfrentamos, no continente-berço, os mesmos desafios. As TIC podem acelerar o desenvolvimento económico dos nossos países, com a adopção e implementação de soluções tecnológicas como mobile money, blockchain 5G, Inteligência Artificial (AI), aprendizado de máquina (machine learning) etc., que com certeza, desempenharão um papel fundamental no futuro colectivo desejado para o nosso país e para o continente.

1.    Política de partilha de infra-estruturas

Vários países ao redor do mundo estão a colocar, à disposição dos operadores, vários recursos e infra-estruturas das suas cidades a taxas relativamente baixas e, em alguns casos, até gratuitas.
Na era da economia digital estes modelos de cooperação entre o governo e o sector privado assumem crescente importância, especialmente à medida em que são adoptadas abordagens mais centradas no cidadão, capazes de expandir as redes de banda larga e alcançar as metas estabelecidas pelo governo no Plano Nacional de Desenvolvimento. A estreita colaboração entre as várias partes interessadas no ecossistema digital permite que as operadoras obtenham eficiência e racionalização de custos na construção da rede, enquanto os cidadãos (clientes) se beneficiam da melhoria da qualidade da rede e possivelmente do custo dos serviços à medida em que a escala aumenta.

A partilha de infra-estrutura básica existente é crucial para acelerar as estratégias de inclusão digital. É necessária a existência de normas tanto para o planeamento, como para a construção e partilha de instalações básicas. A utilização de infra-estruturas públicas, como edifícios governamentais, escolas, estradas, linhas-férreas e outros canais utilizados para a disponibilização de serviços de utilidade pública (condutas, redes de transporte de energia eléctrica, etc), por parte dos operadores, poderá contribuir positivamente para a redução de custos e a aceleração dos projectos de expansão da rede.

Os prestadores de serviços de inclusão digital, podem partilhar infra-estruturas e instalações básicas construídas mediante a assinatura de contractos de inclusão digital com outros operadores licenciados. Isto permitirá que pelo menos um outro operador ofereça serviços de retalho na mesma área, por ordem de chegada.

Tais infra-estruturas, bem como a partilha de instalações essenciais, podem ser oferecidas a preços baseados nos custos. A partilha de infra-estruturas pode ter um impacto substancial na redução do capital a ser investido, contando também com reduções contínuas de custos operacionais estimados entre 50% e 80%, dependendo da estrutura do mercado e do modelo de partilha implementado. Isto acabará por acelerar a implantação de redes nas zonas rurais de uma forma mais sustentável.

Angola tem, para a implantação de redes ou para o aumento da capacidade da rede existente, centenas de milhares de sites ou locais potencialmente viáveis. No entanto, num cenário onde as infra-estruturas pertencem às cidades, ou surgem dificuldades para os operadores obterem acesso rápido a estes sites ou locais planeando adequadamente a sua utilização, poderão existir atrasos no processo, dependendo do órgão, instituição ou departamento governamental que supervisiona ou ‘possui’ os lotes de infra-estruturas da cidade. Neste contexto, ao invés de uma negociação por site, ou caso a caso, no sentido de fornecer conectividade a áreas onde ela é necessária, os contratos de arrendamento a granel para esses sites ou locais passam a ser muito importantes caso os operadores tenham que planear a expansão ou melhorias da rede e dar seguimento a esses planos.

Já são visíveis alguns esforços do nosso Governo por via de alguns programas e iniciativas que visam garantir cada vez mais a inclusão digital permitindo assim que todos, dentro de suas áreas, possam ter acesso à banda larga de qualidade e participar em pé de igualdade numa sociedade conectada globalmente e na economia digital.

A importância de um Plano Nacional de Banda Larga, bem como os seus objetivos para todas as partes interessadas e envolvidas no alcance da inclusão digital para todos, não pode ser subestimada. Sem uma rede de Banda Larga omnipresente e de alta qualidade, as estratégias e os planos para transformar e digitalizar a economia de Angola serão abrandados e o fosso digital talvez até aumente. É, portanto, imperativo, que o governo aproveite os conhecimentos disponíveis e os recursos de infra-estrutura de rede existentes e disponibilizados pelos actores do sector privado ao longo dos anos construindo, rapidamente, redes de comunicações móveis que servirão para atender a cada vez mais crescente demanda por estes serviços, principalmente em consequência da pandemia que estamos a viver e que demonstram-nos cada vez o quão úteis as TIC são para qualquer nação

Disponibilizar, nacionalmente, recursos públicos a apoiar iniciativas privadas com a mesma finalidade, permite que o governo agilize e mais rapidamente atinja a meta de conectividade digital para todos os cidadãos. Políticas, processos e estatutos devem apoiar e facilitar o acesso aos recursos e infra-estruturas das cidades por parte dos operadores, simplificando ao máximo os processos para obtenção das respectivas autorizações locais para usufruto de tais recursos e infra-estruturas. Por exemplo, contratos de leasing a granel para vários postes na via pública simultaneamente numa determinada área demarcada, podem ser uma ferramenta valiosa para acelerar o desenvolvimento ou aprimoramento da rede, numa determinada área ou região. O Governo de Angola deve, portanto, liderar a unificação e o trabalho com todas as partes interessadas no sector público e privado, bem como com as comunidades em todo o país, no sentido de garantir a criação de um ambiente propício para a construção deste tão almejado futuro digital.

Resumo e conclusão

Angola, sem dúvida, desenvolveu-se muito rapidamente no quesito infra-estrutura de TIC ao longo dos anos. No entanto, com a aproximação do lançamento comercial da tecnologia 5G no mundo (Angola, inclusive), surge a necessidade de existir já algum trabalho de preparação no terreno, a fim de acelerar a entrada do país para a 4ª Revolução Industrial.

A tecnologia 5G promete trazer uma série de novos serviços e soluções avançados para o mundo, mas, como em qualquer tecnologia, o seu valor reside na sua aplicabilidade e relevância para um determinado país, num determinado momento. Considerando os desafios dominantes que Angola enfrenta actualmente, devem ser tidas em consideração as soluções que dão resposta à questão da intensificação económica na agricultura, mineração e turismo, bem como melhorias educacionais e de habilidades. Vídeo em alta definição (HD), Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR) com tecnologias de drones, podem, oferecer maior benefício se implantados nos próximos meses, à medida que outros elementos de activação do 5G forem implementados. No entanto, esses serviços mais básicos e soluções avançadas que estarão disponíveis na era 5G, ainda exigem uma base de conectividade de rede de banda larga de alta qualidade. Considera-se a existência de banda larga omnipresente quando todas as lacunas/desafios de cobertura e conectividade no país forem ultrapassadas

Existem desafios actualmente enfrentados pelos operadores e outros prestadores de serviços do sector na obtenção de aprovações necessárias dos municípios para a construção de novos sites em áreas onde ainda existem lacunas de cobertura ou deficiências de conectividade e capacidade. Para agilizar a implantação da rede de banda larga de alta velocidade em Angola, particularmente em áreas sem cobertura ou capacidade, é imperativo que seja dada prioridade às seguintes áreas críticas, a fim de garantir que a primeira seja uma realidade para o país ao nível do município ou cidade:

  • Remoção de restrições de distância entre torres e locais desalinhados com a densificação da rede de comunicações na era do LTE + e 5G, considerados importantes catalisadores da digitalização do país ou enablers para a entrada na 4ª Revolução Industrial.
  • Criação da Política Nacional de Telecomunicações, Normas e Padrões Nacionais para a Construção de Redes de Telecomunicações para orientar os Esquemas e Regulamentos Municipais para todas as cidades e municípios no país.
  • Processo de aprovação e optimizado para diferentes tipos de sites, a fim de agilizar a implantação de redes onde pouco ou nenhum impacto adverso é esperado nas comunidades e no ambiente e garantir que os preços permitam apoiar a rápida implantação de redes, ao invés de impedi-las.
  • Aproveitamento dos recursos e infra-estruturas da cidade para que as operadoras de rede móvel possam rapidamente acelerar a expansão das suas redes móveis e, em particular, de banda larga

Por Joel Epalanga

Instagram: Usuários com possibilidade de partilhar perfil com código QR

Nos últimos anos o Instagram tem nos habituado com a chegada de novos recursos, tanto que acabou por matar algumas redes sociais que tinham ou tem o mesmo propósito, que é o caso do Snapchat, bem como outros aplicativos da concorrência.

Após um curto período de teste, o Instagram decidiu lançar códigos QR que funcionam de maneira semelhante aos crachá, mas com uma diferença fundamental – as pessoas que tentam encontrar seu perfil podem procurá-los em qualquer aplicativo por intermédio da câmara nos smartphones capaz de ler códigos QR.

Caso estejas apenas a tentar trocar perfis rapidamente com um novo conhecido ou se você tem uma pequena empresa que deseja adicionar seguidores locais, é muito mais fácil do que esperar que eles escrevam seu apelido correctamente nas primeiras tentativas. Para encontrar o seu código QR, basta olhar no menu do seu perfil, conforme mostrado acima. Este acaba por ser um atalho bem mais fácil.

Conheça os países com maior número de vítimas de ataques phishing em 2020

A mais recente investigação da Kaspersky sobre spam e phishing, realizada no segundo trimestre de 2020, ou seja entre abril e junho, indica que 10 países entre eles Portugal e Brasil registaram um aumento considerável de utilizadores atacados.

phishing, segundo a Kaspersky é um dos ataques de engenharia social mais antigos e flexíveis do cibercrime, utilizado de muitas formas e para diferentes fins, com o objectivo de atrair utilizadores menos precavidos para um determinado website, levando-os a fornecer informações pessoais a hackers mal intencionados.

De acordo com o novo relatório Spam and Phishing , publicado pela companhia de cibersegurançca, cerca de um a cada oito usuários de internet do Brasil (12,9%) acessaram, de abril a junho deste ano, ao menos um link que direcionava a páginas maliciosas. Portugal é o segundo país com a maior percentagem de utilizadores atacados (13,51% do total de utilizadores).

Tatyana Sidorina, perita em segurança da Kaspersky avança que,“ao analisar os resultados do primeiro trimestre, assumiu-se que a COVID-19 seria o tema principal para os spammers e phishers no segundo período do ano. E isso verificou-se. Embora o tradicional envio de spam sem mencionar a pandemia tenha persistido, “notámos que os phishers adaptaram os seus antigos esquemas para os tornar mais relevantes no actual contexto, criando novos truques“.

Confira a lista dos dez países com maior proporção de usuários vítimas de tentativas de ataques de phishing, de abril a junho, segundo a Kaspersky:

  • Venezuela: 17.56%
  • Portugal: 13.51%
  • Tunísia: 13.12%
  • França: 13.08%
  • Brasil: 12.91%
  • Qatar: 11.94%
  • Bahrein: 11.88%
  • Guadalupe: 11.73%
  • Bélgica: 11.56%
  • Martinica: 11.34%

Facebook começa a fundir as mensagens do Messenger e Instagram

Mark Zuckerberg o criador do Facebook, anunciou os planos para fundir os serviços de mensagens do Messenger e do Instagram em janeiro do ano passado. A mudança, porém, só agora começará a entrar nas fases iniciais.

Os primeiros rastros da novidade surgiram aos usuários logo assim que abriram o Instagram. Com o título “There’s a New Way to Message on Instagram” (“Há um novo jeito para enviar mensagens no Instagram”, em tradução livre), a notificação apresenta os recursos que serão levados ao chat do Instagram, caso habilite a integração.

Assim como no WhatsApp, por exemplo, as conversas em demais plataformas seriam protegidas com criptografia de ponta a ponta. Dessa maneira, ao usar o WhatsApp para um contacto que está apenas no Facebook, o conteúdo contaria com a mesma proteção para evitar vazamentos.

O usuário é exposto a dois botões na parte inferior do ecrã: “Update” (“Actualizar”), para habilitar as novas funções, e “Not Now” (“Agora não”), para não activar a integração.Para já, de acordo com a publicação, algumas funcionalidades do Messenger terão sido aplicadas às mensagens diretas do Instagram, sem forma de desactivar. E também ainda não existe forma de conversar com utilizadores do Facebook de forma direta.

O plano para criar uma base tecnológica partilhada pelas três plataformas, por forma a permitir uma comunicação sem barreiras dos utilizadores dos três serviços – enviar uma mensagem pelo WhatsApp e receber pelo Messenger, por exemplo foi apresentado no início do ano passado.