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Sexta-feira, Dezembro 19, 2025
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Índice de qualidade de vida digital de 2021- Angola é 16º em África

A empresa de segurança cibernética Surfshark já apresentou edição de 2021 do Índice de Qualidade de Vida Digital (DQL). Este ano, o estudo indexa 110 países de diferentes partes do mundo e cobre 90% da população global. O estudo classifica os países em termos de bem-estar digital com base em cinco pilares: qualidade da internet, acessibilidade da internet, infraestrutura electrónica, governo electrónico e segurança electrónica.

Com a Dinamarca a ocupar a primeira posição do índice pelo segundo ano consecutivo, o novo top 10 mudou em relação a 2020 com a entrada da Coreia do Sul para o segundo lugar, acima da Finlândia e de Israel. Os Estados Unidos saltaram da 22ª posição (2020) para a quinta graças às melhorias na qualidade da Internet e infraestrutura eletrónica do país. Portugal encontra-se no 30º lugar do ranking geral, o que faz com que seja o 21º país com melhor qualidade de vida da Europa.

Entre os países da África, a África do Sul desfruta da mais alta qualidade de vida digital. A Nigéria teve o maior salto no tempo para trabalhar e pagar pela internet móvel mais barata, a Tunísia teve a maior queda no governo electrónico.

Angola que entrou pela primeira vez no estudo da DQL ocupa a décima sexta posição em África e posição 106 um dos últimos no mundo em termos de qualidade de vida digital.qualidade de vida digital

Alguns pontos Índice de qualidade de vida digital de 2021

  • A Itália teve o maior salto em infraestrutura electrónica, a China teve o maior salto na velocidade da banda larga, o Brasil tem internet banda larga mais estável.
  • A Suíça tem Internet móvel mais estável, o Azerbaijão teve a maior queda no tempo para trabalhar e pagar pela Internet móvel mais barata, as Filipinas tiveram o maior salto na qualidade da internet.
  • A Dinamarca tem melhor qualidade de vida digital, a Grécia é a melhor em segurança cibernética, o Quénia teve a maior queda na velocidade da banda larga, a Ucrânia teve o maior salto no número de usuários da Internet.

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Globalmente, a Internet de banda larga mais barata custa 6 horas de trabalho por mês. Para efeito de comparação, os dinamarqueses e os suecos precisam trabalhar três vezes mais para pagar pela internet de banda larga, enquanto os noruegueses trabalham quatro vezes mais. O país também apresenta melhores pontuações de segurança eletrônica e governo eletrônico do que a Dinamarca, que ficou em primeiro lugar globalmente este ano.

“As oportunidades digitais provaram ser mais importantes do que nunca durante a crise do COVID-19, enfatizando a importância de cada país garantir capacidades operacionais totalmente remotas para as suas economias”, explica Vytautas Kaziukonis, CEO da Surfshark. 

Descoberto novo ransomware, que bloqueia ficheiros em arquivos quando não é capaz de os encriptar

Uma investigação da SophosLabs revelou que há um novo tipo de ransomware, com uma abordagem fora do comum do que é habitual. Segundo os especialistas, ao contrário da maioria dos softwares maliciosos do seu género, o ransomware Memento não encripta diretamente os ficheiros das vítimas, mas sim opta por copiá-los para arquivos protegidos por uma palavra-passe. A password é depois encriptada e os ficheiros originais são apagados.

De acordo com a empresa desenvolvedora e fornecedora de software e de hardware de segurança, esse novo ransomware foi detectado em Outubro último, onde os piratas informáticos tentaram encriptar diretamente os ficheiros das vítimas numa fase inicial. Ao notarem que o plano inicial elaborado não funcionou, os maliciosos mudaram a sua estratégia de operação.

No novo modo de ataque, os hackers acederam à rede de uma organização em meados de abril deste ano, e tirando partido de uma falha no vSphere da VMWare, uma ferramenta de virtualização de computação na Cloud, conseguiram se infiltrar no servidor.

Nos meses seguintes, os cibercriminosos aproveitaram realizar uma série de atividades de reconhecimento para estabelecerem uma ligação interativa com o servidor afectado, e onde usando a ferramenta Mimikatz conseguiram recolher várias credenciais de contas.

Durante o mês de Outubro, o grupo de hackers utilizou a ferramenta WinRAR para comprimir um conjunto de ficheiros, depois exfiltraram através do Remote Desktop Protocol, e onde três dias depois, lançaram o ataque pela primeira vez.

No ataque feito, as medidas de segurança do sistema acabaram por bloquear as tentativas dos criminosos de encriptar os ficheiros. Depois de mudarem a sua estratégia, exigiram um resgate de 1 milhão de dólares em Bitcoin. No entanto, a vítima foi capaz de recuperar os seus dados sem ser necessário envolver os atacantes.

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A Sophos informa ainda que, à medida que os atacantes responsáveis pelo Memento se embrenhavam na rede da vítima, outros dois cibercriminosos aproveitaram a “porta aberta”, deixando cryptominers no mesmo serviço comprometido.

Já assistimos a este fenómeno diversas vezes: quando as vulnerabilidades voltadas para a internet se tornam públicas e não são corrigidas, vários atacantes vão tirar partido delas com rapidez. Quanto mais tempo as vulnerabilidades ficarem por resolver, mais atacantes atrairão,” explica Sean Gallagher, Senior Threat Researcher da Sophos.

Os cibercriminosos estão constantemente a analisar a Internet para encontrar pontos de entrada vulneráveis e não ficam à espera na fila quando encontram um. Ser atingido por diversos atacantes agrava a disrupção e o tempo de recuperação, e também dificulta que os investigadores forenses possam atuar e perceber quem fez o quê: uma informação importante para que os especialistas em resposta a ameaças consigam ajudar as organizações a prevenir a repetição dos ataques.

Para se proteger do Memento, a Sophos recomenda às organizações que implementem proteção por camadas para bloquear e detetar atacantes no maior número possível de pontos de acesso de uma rede. A combinação entre especialistas humanos e tecnologia anti-ransomware é também essencial.

No quesito tático, os mesmos especialistas recomendam que é importante monitorizar e dar resposta a alertas, garantindo que as ferramentas, processos e recursos humanos estão prontas a cumprir a sua função. À implementação de palavras-passe fortes, únicas e complexas, que nunca deverão ser reutilizadas, junta-se também a utilização de Autenticação Multifator (MFA).

Conheça as startups nacionais presentes no concurso Southern Africa Startups Awards

Nos últimos anos, o continente africano tem feito parte da maior plataforma independente de prémios do ecossistema digital, o Global Startup Awards (GSA), onde anualmente são conhecidos os líderes africanos em inovação e empreendedorismo digital, divididos em 5 regiões: SOUTHERN AFRICA STARTUP AWARDS, NORTHERN AFRICA STARTUP AWARDS, EASTERN AFRICA STARTUP AWARDS, WESTERN AFRICA STARTUP AWARDS, CENTRAL AFRICA STARTUP AWARDS.

Angola está situada na região Southern Africa Startups Awards, onde já foi divulgado a lista das startups nacionais que vão concorrer no concurso, espalhados em 12 categorias, todas afectas ao ecossistema de empreendedorismo digital.

Confira abaixo os nomes das startups angolanas, bem como as categorias que cada uma foi selecionada:

Agri Tech Winners: Kepya

Commerce Tech Winners: Paga3

ESG Tech Winners: AroTec e AngoWaste

Industrial Tech Winners: Arotec

Women In Tech Winners: AroTec

Best Accelerator/Incubator: Disruption Lab

Best Newcomer: Paga3, OneShop, Movimenta, AngoWaste

Founder of The Year: Pedro Nolasco(OngueYa)

Startup of The Year: AroTec, Kubinga, Spot

Esses são as representantes angolanas no Southern Africa Startups Awards, que juntamente com as outras quatro regiões constituem uma pesquisa continental nos 55 países, com o objectivo de identificar startups que conseguiram encontrar soluções em várias categorias com foco na inclusão financeira, HealthTech, AgriTech, Fintech, energia renovável, sustentabilidade e empoderamento femenino nas TICs.

A par das startups nacionais, a região do Southern Africa Startups Awards incluí também startups da África do Sul, Botswana, Eswatini, Lesotho, Malawi, Moçambique, Namibia, Zámbia e Zimbabwe.

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Trabalhando com os players locais do ecossistema de inovação em cada uma das 5 regiões, a GSA Africa irá destinar a esses líderes de inovação com startups baseadas em tecnologia a resolver os maiores problemas que África e o mundo enfrentam.

A redacção da MenosFios convida-o a votar nas startups nacionais presentes no Southern Africa Startups Awards, onde podes fazer isso clicando aqui.

 

IBM lança programa de alfabetização digital na África do Sul

Na África do Sul, a IBM fez uma parceria com a NYDA(Agência Nacional de Desenvolvimento Juvenil) para eliminar a exclusão digital para os jovens sul-africanos, aprimorar a alfabetização digital e prepará-los para ter sucesso activo no local de trabalho do século 21 com as habilidades essenciais para esta era turbulenta. 

Diante das altas taxas de desemprego juvenil na África do Sul, e considerar que a tecnologia está a transformar empregos, indústrias e economias inteiras – a IBM e a NYDA realizarão uma série de campos de treinamento educacionais por meio dos escritórios regionais da NYDA para capacitar digitalmente os jovens.

A IBM anuncia o compromisso maciço e um plano global para fornecer a 30 milhões de pessoas de todas as idades as novas habilidades digitais necessárias para os empregos de amanhã até 2030.

A IBM diz que os jovens sul-africanos estão a enfrentar dificuldades extremas na África do Sul, pois apenas cerca de 24% deles têm empregos – e mais de 3 milhões de jovens entre 18 e 24 anos não estão empregados. De acordo com a Statistics South Africa, os jovens com idades entre 15-24 anos e 25-34 anos têm as maiores taxas de desemprego de qualquer faixa etária com 64,4% e 42,9%, respectivamente – destaca-se a necessidade crescente de que os sectores público e privado colabore em educação e treinamento que acompanhe as demandas do mercado, mudanças demográficas e progresso da tecnologia.

Com diversas ofertas e uma abordagem adaptável, o portfólio de educação da IBM se esforça para ser único e eficaz, que reflete o entendimento da empresa de que uma abordagem de tamanho único simplesmente não funciona quando se trata de educação.

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Os programas da IBM variam de educação técnica para adolescentes em escolas públicas físicas e universidades, e estendem-se a estágios e aprendizagens locais pagos da IBM. Os programas de treinamento e habilidades da empresa também combinam os mentores da IBM com os alunos e fornecem currículos online personalizáveis ​​e gratuitos para aspirantes a profissionais.

Para atingir esse objectivo, a IBM detalhou um roteiro claro com mais de 170 novas parcerias acadêmicas e do sector. O esforço vai alavancar os programas existentes da IBM e as plataformas de construção de carreira para expandir o acesso à educação e funções técnicas sob demanda.

Saiba mais sobre o programa da IBM clicando aqui 

Rússia obriga Twitter, Apple, Meta e outras grandes tecnológicas a criarem uma presença local

A Rússia vai passar a exigir que as grandes empresas tecnológicas que operam no seu território tenham operações locais. Essa medida é tendo como base à nova legislação daquele país, aprovada em Julho de 2020, mas só agora é que o órgão federal de supervisão das atividades de media quer ver a mesma aplicada.

O Roskomnadzor, instituição do país que cuida dessa secção, chamou 13 empresas para as informar da exigência, onde nessa lista contém nomes como a Apple, Google, Meta (dona do Facebook), Telegram, TikTok e Twitter, segundo o que conta a Reuters(via NewsBreak).

Na lei aprovada pelos parlamentares russos, está definida a regra de presença local obrigatória para empresas de internet que servem diariamente mais de 500 mil utilizadores, o que significa exatamente ter uma presença oficial no país russo, uma vez que algumas das empresas já têm escritórios locais. Para os legisladores russos, a aprovação dessa lei é como uma forma de poder reforçar a capacidade de regular localmente estas empresas.

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Por outro lado, as empresas que se enquadram nessa lei e decidirem não cumprir a mesma, espera-se um número variados de sanções, desde limitações à atividade na área da publicidade, recolha de dados e transferências de dinheiro, bem como à proibição de atividade no país.

As mesmas empresas foram dadas uma data límite de até ao início do próximo ano, e onde estar sujeita a lei aprovada é praticamente  estar no país segundo as regras locais, o que significa um maior espaço de manobra das autoridades para algum tipo de censura.

De recordar que a caminho de dois meses, o mesmo Roskomnadzor ameaçou bloquear o YouTube se a rede social continuar a se recusar a levantar a suspensão das contas alemãs do canal de televisão público russo RT.

Apple processa grupo israelita NSO devido ao escândalo do Pegasus

SHANGHAI, CHINA – APRIL 12, 2021 – Photo taken on April 12, 2021 shows Apple’s flagship store on Nanjing East Road in Shanghai, China. (Photo credit should read Costfoto/Barcroft Media via Getty Images)

A Apple anunciou ontem(24) que apresentou uma queixa contra a NSO Group, a empresa israelita que fabrica o programa informático de espionagem Pegasus, onde o objectivo da mesma é que o tribunal impeça definitivamente a NSO de instalar os seus programas nos aparelhos e serviços que disponibiliza.

Em Maio deste ano, a NSO foi exposta durante uma investigação jornalistica, realizada por um consórcio de 17 meios de comunicação de vários países, e que revelou o seu aplicativo Pegasus permitia a espionagem de jornalistas, políticos, militantes e empresários de diferentes países, incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron.

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No mercado de eletrónica para o grande público, os aparelhos da Apple são os mais seguros, mas as empresas que desenvolvem programas informáticos para a espionagem por conta de Estados tornaram-se mais perigosos“, diz o vice-presidente da Apple, Craig Federighi, citado em comunicado.

Mesmo que estas ameaças à segurança informática afetem apenas um pequeno número dos nossos clientes, levamos a sério todos os ataques contra os nossos utilizadores“, acrescentou.

De informar que em setembro último, a empresa do Iphone teve de reparar, com caráter de urgência, uma falha informática que o Pegasus foi capaz de explorar nos smartphones da empresa, prejudicando um grande número de utilizadores.

Segundo os investigadores do Citizen Lab, que repararam o problema nos Iphones, informaram que o programa informático espião aproveitava-se daquela falha desde, pelo menos, fevereiro de 2021. Os investigadores foram ainda mais a fundo, descobrindo que um militante saudita tinha sido infetado através do iMessage, o serviço de mensagens da Apple.

Tendo como base esses todos incidentes vindo da NSO Group, no mês de Novembro Washington acrescentou a empresa à sua ‘lista negra’ de empresas.

Os EUA estão determinados a utilizar de maneira incisiva o controlo das exportações para responsabilizar as empresas que desenvolvem, comercializam ou utilizam tecnologias para fins malfazejos, que ameaçam a segurança informática dos membros da sociedade civil ou do governo, dos dissidentes e de organizações baseadas no estrangeiro“, afirmou a secretária do Comércio, Gina Raimondo.

Acesso à internet pode acelerar empregabilidade no país

Uma taxa de acesso aos serviços de Internet de até 75 por cento da população activa pode significar ao nosso país a geração de 44 mil postos de trabalho, segundo afirmou, ontem, em Luanda, o gestor do programa Acelera Net da Angola Cables, Eng. Crisóstomo Mbundu.

O gestor falava durante a mesa-redonda, com o tema “Os desafios da aceleração digital do país”, em que também foi orador o Eng Matias Borges(Director Nacional das Telecomunicações e Tecnologias), Dr. José Silva(CEO da IpWorld) e o Dr. Antonio Pinto(Director de Marketing da NCR), bordaram a necessidade da criação de uma estratégia de desenvolvimento das infra-estruturas tecnológicas no nosso país, bem como a criação de uma indústria de software local, visto que Angola ainda gasta somas avultadas em serviços tecnológicos importados.

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No mesmo paínel, Matias Borges indicou que Angola está em décimo quarto (14º) lugar como utilizador de 1GB (um gigabyte) e os actuais preços de consumo são baixos, mas, reconhece, a utilização ainda não é satisfatória para os utilizadores e para o Executivo nacional.

Tendo como base esse problema, o Director Nacional das Telecomunicações e Tecnologias informou que vários projectos estão a ser desenvolvidos a nível do sector das tecnologias, como é o caso do satélite “Angosat-2” e a entrada de mais um operador telefónico, visando diversificar o mercado, sem esquecer é do concurso internacional para a gestão da Angola Telecom.

Várias iniciativas estão em curso para melhorar a Internet, visto que o que temos ainda não é satisfatório. O Executivo quer ver maior satisfação a nível das comunas onde há dificuldade em termos de acesso à rede telefónica ou de Internet. O Governo está a trabalhar para que o acesso e a qualidade seja um facto com estratégias devidamente definidas para a entrada da nova operadora que vai contribuir para a melhoria a nível da rede nacional”, disse.

 

Angosat-2 poderá ser lançado no segundo trimestre de 2022

O satélite angolano de telecomunicações geoestacionário (Angosat-2), que está a ser construído pela empresa AirBus Defence and Space, poderá estar em órbita no segundo trimestre de 2022, informação dada hoje(24) pelo o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem.

Manuel Homem falava em entrevista à agência Russa “RIA Novosti”, onde ainda afirmou ser importante para Angola que o satélite Angosat-2 seja lançado em 2022, desde que não haja qualquer impedimento.

O primeiro semestre de 2022 deve ser decisivo para a implantação do projecto. Muito será demonstrado pelo trabalho em curso neste momento, pois espera-se que nenhuma outra circunstância impeça o cumprimento dos prazos” reforçou o Ministro.

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Sobre a construção do Angosat-2, Manuel Homem disse que encontrou-se alguns desafios e problemas, visto que alguns componentes são produzidos na Rússia e outros adquiridos fora da Federação Russa.

Ao avaliar-se um projecto temporariamente, é necessário antecipar certas circunstâncias que fogem do nosso controle, tal como a pandemia da Covid-19, que fez com que os especialistas angolanos não pudessem se deslocar livremente à Rússia e vice-versa, além de haver países terceiros envolvidos na criação do satélite”, concluiu.

Na mesma entrevista,  Manuel Homem salientou que o governo angolano acredita no sucesso do projecto, consciente da possibilidade de alguns problemas na parte de engenharia, por nunca poderem ser descartados, entre outros imprevisíveis.

Engenheiros angolanos vão apostar na adaptação às inovações tecnológicas

Os engenheiros angolanos tem como objectivo reforçar a adopção de medidas que se adequam à Quarta Revolução Industrial (Indústria 4.0), marcada pelas constantes inovações tecnológicas, com vista a contribuírem na resolução dos problemas socioeconómicos do país.

Essa vontade de trabalho veio no IV Congresso Internacional da Ordem dos Engenheiros de Angola, realizado nos dias 18 e 19 deste mês, em Luanda, e onde a “Indústria 4.0” deve ser o referencial para a proposição de tecnologias inovadoras, visando a produção de bens e serviços para a população.

O congresso de dois dias serviu para debater e trocar experiências entre especialistas de vários países, onde os engenheiros nacionais são de mente que as inovações tecnológicas devem servir de suporte para impulsionar os processos de ensino e aprendizagem, através do uso do 5G  e a Big Data.

Segundo ainda os profissionais angolanos, a robótica avançada, inteligência artificial, computação em nuvem, novos materiais inteligentes, entre outros meios, também são de extrema importância para potencializar o desenvolvimento tecnológico de Angola.

Nesse IV Congresso Internacional da Ordem dos Engenheiros de Angola destacou-se também a necessidade de se trabalhar no sentido de atrair investimentos que possam potencializar o aumento da produção de petróleo bruto e gás, em Angola, bem como alavancar a transição energética.

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Ampliar a matriz energética nacional, com a incorporação de energias renováveis e as energias vindas do processamento de resíduos sólidos e líquidos urbanos foi um dos outros assuntos abordados pelos profissionais, e onde para tal recomendaram que se deve fazer o investimento em infra-estruturas territoriais, para ampliar a integração dos diversos sectores da economia nacional e contribuir, de forma eficaz, na interligação entre as 18 províncias do país e promover o desenvolvimento em rede.

O congresso teve como tema “Engenharia Disruptiva: construindo um futuro sustentável para Angola”, e o seu objectivo foi fortalecer a profissão de engenharia e caracterizá-la como pilar para o desenvolvimento do país.

Durante dois dias, os participantes ao certame debateram, entre vários temas, a “Engenharia ao serviço da diversificação e sustentabilidade da economia”, “Energia sustentável”, “Contribuição das empresas na diversificação da economia: Estratégias e programas empresariais”.

Além de Angola, país anfitrião, participaram no evento especialistas de Cabo Verde, Monçambique, Guine Bissau, Zimbabwe, Portugal e Brasil.

Identidade do criador da Bitcoin poder ser revelada devido a imposição legal

A identidade do criador da Bitcoin, Satoshi Nakamoto, pode estar prestes a ser revelada devido a uma investigação judicial que visa determinar os herdeiros legais de uma fortuna avaliada em mais de 70 mil milhões na moeda digital.

Segundo o que conta o Wall Street Journal, o caso em destaque é entre a família de David Kleiman, falecido especialista em computação forense, e Craig Wright, um antigo parceiro de negócios que alega ser Satoshi Nakamoto, o pseudónimo sob o qual foi fundada a moeda digital Bitcoin.

A família de Kleiman acusa Wright de se apropriar indevidamente do nome Satoshi Nakamoto, bem como da quantia e alega que os dois criaram a criptomoeda juntos, pelo que a fortuna deve ser divida em dois.

Temos provas e acreditamos que elas são suficientes para mostrar que existiu uma parceria para criar e minerar mais de um milhão de bitcoins“, disse Val Freedman, advogado da família Kleiman, falando ao jornal.

De acordo com vários analistas dessa actividade, defendem que qualquer um dos envolvidos só conseguirá provar que é, de facto, o criador da moeda, caso consiga apresentar uma password válida que lhe dê acesso à carteira digital de Nakamoto, onde estão guardadas mais de um milhão de bitcoins. A quantia nunca foi mexida e o facto de nenhuma das partes ter ainda sido capaz de produzir uma password válida tem gerado cada vez mais céticos que se inibem de escolher um lado nesta disputa.

A identidade de Satoshi Nakamoto, o criador da criptomoeda Bitcoin, é um autêntico mistério desde 2008, altura em que foi lançado um documento com nove páginas para anunciar e explicar o nascimento e funcionamento da Bitcoin, até agora. O manifexto foi  assinado por Satoshi Nakamoto, mas pelo mesmo nunca ter mostrado o seu rosto, para os entendidos da matéria levanta várias questões, como se se trata de um indivíduo ou de um grupo de pessoas.

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A família Kleiman diz que o documento que fez o teorema da mineração da moeda digital Bitcoin foi redigido por David Kleiman e Craig Wright, e onde o último diz que ele e só ele é Satoshi Nakamoto, embora que vários outros cientistas e figuras proeminentes no mundo das criptomoedas têm sido apontados como possíveis criadores da Bitcoin.

Pelo que já foi divulgado até agora, a lista de “prováveis” conta com nomes como  o engenheiro nipo-americano, Dorian Satoshi Nakamoto; Michael Clear, ex-aluno de criptografia no Trinity College, em Dublin; Nock Szabo, cientista húngaro; e o investigador finlandês, Vili Lehdonvirta. Todos eles negaram ter tido qualquer responsabilidade na criação da moeda.

Nakamoto já não aparece online desde Dezembro de 2010, depois de um periodo de actividade nos dois anos anteriores, tempo esse que publicou mensagens e trocou ideias com os primeiros a revelar curiosidade pela criptomoeda.

Até ao momento não há nenhuma prova genuína, independente e confiável que prove a identidade de Nakamoto, embora que há grandes suspeitas que complicam os casos de Kleiman e Wright pelo que a investigação deverá arrastar-se durante um bom tempo.

Informar ainda que no principio desse ano, Wright enfrentou algumas críticas por ter aberto uma ação judicial com o objetivo de tentar reaver 7,25 mil milhões de dólares em criptomoedas que diz possuir. O australiano exige que 16 programadores especializados em criptomoeda o ajudem a recuperar o valor que estará guardado em duas carteiras digitais registadas sob endereços para os quais Wright não tem password porque, segundo o próprio, a sua rede de computadores doméstica foi hackada.